The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2 escrita por Ana Katz


Capítulo 62
Capítulo 51 - Música


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!
Consegui dar uma escapadinha e postar um capítulo novo, palmas pra mim o/
Sem mais deongas, vamos para o capítulo. Só queria dizer rapidamente que nesse capítulo (óbvio né) também vai ter música o/
Boa leitura e espero que gostem.

Nesse capítulo:
Ana almoça com a família real...mas qual é o ritmo da música que bate dentro dela?



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Em uma questão de pouco tempo, estava eu sentada à mesa, com o Rei Thranduil e o príncipe Legolas. Conosco também estavam Cílion e Cíwen. Devia ser pelo fato de serem da nobreza de Lothlórien. Será que tinham alguma relação com Lady Galadriel?

Agora as coisas faziam mais sentido. Como nem todos os companheiros de Legolas eram gente da classe alta, eles só participavam das refeições na ausência do rei, e também em outra sala de jantar. Era um pouco de discriminação, ao meu ver, e aquilo mantinha um ar de tensão incrível no local.

Mas fazer o que, se alguns podiam ter o direito de estar no mesmo lugar que o rei, mesmo não tendo nada de especial, muita gente iria querer. Ou talvez somente os humanos fosse assim...

No jantar com os outros, todos falavam, interagiam e sorriam. Já lá era quase um silêncio intocável, que estava me dando nos nervos, mas eu não seria aquela com a coragem para quebrá-lo.

—Então, Vossa Majestade fez uma boa viagem de volta? – perguntou Cíwen.

—Sim, tirando por um trecho, o caminho estava bem tranquilo.

—Um trecho? – perguntou Legolas.

—Sim, eu e meus soldados fomos surpreendidos por um pequeno grupo de orcs no caminho. Nenhuma ameaça para nós, mas eu me pergunto o que estavam fazendo tão próximos de nossas terras.

—Deve ser por causa de Dol Guldur. Ouvi boatos de que aquela fortaleza está cheia de coisas ruins. Se orcs fizessem parte desse grupo não seria surpresa alguma. – comentou Cílion.

Por que? Foi a primeira coisa que veio na minha cabeça. Por que eles estariam conversando sobre aquele tipo de coisa na minha frente. Era claro que o rei suspeitava de mim, então qual seria a razão para colocar um assunto tão delicado bem na minha frente? Esse não era o tipo de coisa que se contava para algum convidado, Por acaso seria outros teste?

—É verdade. Mas eu me pergunto porque se colocariam no meu caminho. É realmente algo estranho. – falou Thranduil. – Ana...está sabendo de alguma coisa? – perguntou Legolas, na sua clara inocência, fazendo o papel que o pai teria que fazer caso ele ficasse de calado.

Senti um frio na barriga. O que responderia? Para falar a verdade, eu realmente não sabia a razão daqueles orcs estarem por lá. Mas podia ter algo a ver com as caçadas que eles faziam atrás de mim. Mas se eu soltasse algo sobre isso não seria nada bom.

Ele estava realmente me testando, não estava?

—Eu? Não...não sei de nada. – respondi, seca.

—É uma pena. É realmente um problema que precisa ser resolvido. Assim como o dos bandidos.

—Bandidos? – perguntou Cíwen.

—Sim, os bandidos que surpreenderam Legolas e seu grupo na floresta. Quando Ana o salvou pela primeira vez. – o rei explicou.

—Ah, sim.

—Eu me pergunto o que um grupo daqueles fazia nessas terras. Sendo eles bandidos, como esperavam encontrar algo aqui dentro? O fato de ter encontrado o seu grupo parece até muita coincidência.

Você sabe que não é.— ouvi uma voz dizer.

Senti um frio percorrer o meu corpo. Quem tinha dito aquilo? Olhei para trás e para os lados, mas não vi ninguém. Não tinha sido Thranduil, Legolas, Cíwen ou Cílion, isso eu tinha certeza.

Definitivamente era a voz de um homem. Mas de quem?

Respirei fundo, devia ser algo da minha mente mais uma vez.

—Está tudo bem, Ana? – perguntou Legolas. – Você ficou um pouco pálida.

—Ah, eu? Está tudo bem. – dei um sorriso falso.

Naquele exato momento, senti um olhar torto vindo de Thranduil. Por acaso ele tinha percebido que eu estava fingindo que estava tudo bem? Ele parecia sempre estar atento à tudo o que eu fazia. Pelo visto, ele realmente ainda suspeitava de mim, isso era uma certeza.

Será que aquele pequeno momento de insegurança tinha feito eu falhar no teste?

Assim, a refeição continuou. A conversa era bem rasa e eu quase não falava. Claro que continuei recebendo as várias indiretas do rei, que sempre achava uma oportunidade para me testar dos jeitos mais diferentes.

—Legolas me contou que você canta bem.

Congelei ao perceber que ele estava falando comigo. Isso estava começando a parecer um jantar de família (só troque Legolas por sua mãe, a frase fica perfeita).

—É sério?

Maldito seja você Legolas, pensei. Ainda arranjaria a chance de me vingar por todas essas inconveniências que ele cometia.

—Ele disse? – perguntei, incrédula.

Claro que ele disse isso baseado no sonho do ano passado, aquele em que o bendito Elrohir se meteu no meio.

—Sim. Poderia nos dar o prazer de ouvir a sua voz?

Internamente, a minha vontade era de soltar um bem curto e grosso não. Mas era um pedido do rei. De um rei que duvidava de mim e eu estava em seu reino. Não podia simplesmente negar, era praticamente uma situação sem escolha e sabia que se tentasse desconversar, não daria certo.

—É claro.

Me levantei e respirei fundo, fechando os olhos. E, aos poucos, comecei a cantar uma melodia élfica que conhecia:

Immen dúath caeda
Sui tollech, gwannathach omen
Boe naid bain gwannathar,
Boe cuil ban firitha.

 

Enquanto cantava, pude percebi que todos os elfos me olhavam com olhos atentos. E nos olhos do príncipe eu pude sentir um pouco de admiração ao ver que ele me mandou um sorriso. Mas eu tinha que me focar na canção, não podia fazer feio.

 

With a sigh you turn away
with a deepening heart
no more words to say
You will find that the world has changed forever.

I amar prestar aen

And the trees are now turning from green to gold
And the sun is now fading
I wish I could hold you closer.

 

Já que estava sem nenhum instrumento de fundo, era um pouco difícil dizer o tamanho das pausas, mas isso não foi um problema.

Tentei manter os olhos fechados, para poder ficar focada na música. Os tantos olhares cutucavam o meu ser de forma inexplicável.

Time and tide will sweep all away

Boe naid bain gwannathar,
Boe cuil ban firitha.

 Uma vez que a música tinha acabado, fiz uma reverência ao ouvir as palmas do rei.

—Realmente, meu filho não estava brincando. Estou admirado. Sua voz é tão boa quanto a de um elfo.

—Obrigada. É uma honra poder ter agrado.

Um ponto para a senhorita Ana, fazendo certo mais uma vez.

Pelo menos dessa vez, né.

***

Depois da refeição ter acabado, fui de volta para os meus aposentos. Ainda tinha o resto do dia para sobreviver, e sei que não seria exatamente a tarefa mais fácil de todas, mas eu conseguiria.

O resto do dia passou normalmente. Não tive a oportunidade de perguntar para Legolas sobre a rainha da luz e a suspeita de Thranduil parecia diminuir aos poucos.

Seria um processo difícil erradicar totalmente qualquer descrença que ele tivesse em mim, mas eu iria colocar todos os meus esforços nisso.

E também teria que tomar todo o cuidado para não soltar nada sobre a verdadeira razão de eu estar indo para a Cidade do Lago e os acontecimentos dos últimos meses. Eles não poderiam saber a verdade sobre mim nem sobre os meus poderes. Não podiam saber absolutamente nada!

Por alguma razão, fiquei incrivelmente feliz quando vi que Legolas estava gostando da música...mas por que? Talvez sentia a necessidade de agradar ele depois de tudo o que tinha acontecido?

E foi com todos os esses pensamentos que passei mais um dia na floresta das Trevas.

Bem, nesse dia em particular...eu me salvei de ser morta por aquele mago das trevas, fiz uma promessa para Legolas e viramos amigos, fui examinada pelo misterioso médico élfico Raichon, falei com o rei Thranduil, conheci os companheiros de Legolas e almocei com a nobreza.

Muita coisa, e esse foi só o primeiro dia. Esse era o início de uma longa semana. Uma semana que mudou completamente a minha vida.

O tempo estava passando. Eu estava mentindo e ele ainda mantinha a promessa.

—--Fim do primeiro dia---


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Como vocês podem ver, a música do capítulo é a que ela canta :3 Amo essa música do filme ^^
Bom, como vocês puderam ver, esse foi o fim do "primeiro dia". A partir de agora MUITAS coisas vão acontecer na fic, já que estamos entrando na reta final do Ato 2, e cada dia vale alguma coisa.
O primeiro dia tomou do cap. 45 até esse aqui. Muita coisa aconteceu como vocês podem ver :v e esse é só o primeiro.
Espero que tenham gostado, espero vocês nos próximos o/



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