The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2 escrita por Ana Katz


Capítulo 39
Capítulo 33 - Argárir, a Águia do Oeste


Notas iniciais do capítulo

Então gente, como vão?
Respondi todos os comentários, olha como eu sou uma autora aplicada ^^
Bom, esse capítulo não ficou tão grande, mas vou ver se consigo fazer o maior. Ainda estou com aquele problema de inspiração, mas estou tentando de tudo para acabar com ele.
Bom, sem mais delongas, aqui o novo capítulo!
Espero que gostem e boa leitura!

Nesse capítulo:
Ana conhece um novo guerreiro, será ele um aliado?



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O homem parou na minha frente e se virou para mim. Ele possuía longos cabelos castanhos (e quando digo longos, eu realmente quero dizer longos, eram maiores do que de qualquer elfo que eu já tinha visto), olhos cor de mel que brilhavam na luz do luar, pele clara e feições delicadas. Utilizava uma tiara com penas marrons e um manto de mesma cor. Por cima uma capa de um tom um pouco mais claro, e botas beges levemente douradas. Para completar o traje, luvas de um marrom chocolate.

Com cada mão ele segurava uma espada, não muito longas, as quais possuíam o cabo muito bem trabalhado, cheio de arabescos e enfeites, aparentemente, pareciam ser suas únicas armas. Mal eu sabia que ele podia fazer muito mais do que empunhar uma dupla de lâminas.

–Você está bem? – ele me perguntou.

–Bom, agora que você me salvou... – comecei. - ...estou bem melhor.

–Ótimo. – ele comentou.

–Argárir, águia do Oeste, faz um bom tempo que não vejo este rosto. – comentou o homem de preto que parecia menos firme no tom de voz do que estava antes.

–Poderia dizer o mesmo de você.

–Você e seus companheiros realmente não sabem quando morrer.

–E nunca saberemos. Afinal, nossa mestra ainda vive.

–E o que faz você pensar que é ela?

–Eu consigo sentir.

Espera aí, será que com “ela” eles estavam falando de mim? Mas mestra? Mestra do que? Não pense besteira, Ana, óbvio que não é você.

–Me desculpe interromper, mas eu ainda estou aqui e eu não estou entendendo nada do que vocês estão falando.

–Nada? – perguntou o tal Argárir.

–Nada. – respondi, e ele parecia um tanto surpreso.

–Ela não parece muito a par da situação. Não conhece a sua mestra, pelo visto.

Ótimo, não estavam falando de mim.

–Como não? Mas ela...é verdade isso? – o meu salvador perguntou.

–Não faço ideia de quem seja.

–Estranho. – ele murmurou. – Esperava que você já tivesse passado desse estágio...Mas nada disso importa agora. Nós podemos falar sobre isso depois...agora, vá! Deixe a garota em paz. – mandou Argárir.

–Você pode ser poderoso, mas sabe que não pode me ganhar sozinho, ainda mais agora que tenho esses guerreiros comigo.

–Você fala como se esses seres repugnantes fossem algum obstáculo para alguém como eu.

–Pelo o que eu me lembro bem eles foram da última vez.

–Teve suas razões. Agora eu estou muito mais forte.

–E ele não é o único com poderes que está contra você aqui, sabe...

Nesse momento, os dois se viraram para mim. Argárir parecia surpreso, não estava esperando que me intrometesse.

–Eu também sei lutar. – disse, me levantando. – E se necessário, vou acabar com cada um de vocês sozinha se não me deixarem ir. – nesse momento peguei a minha espada.

–Não há necessidade disso, eu posso tomar conta deles.

–Não sei quais são as suas razões, não sei o que você sabe de mim ou porque me salvou. Mas eles estão atrás de mim, então esse problema é mais meu que seu, e eu irei resolvê-lo, independentemente do que você vá fazer.

–Se é essa é realmente sua vontade, não há anda que eu possa fazer. Então, lute ao meu lado.

–Sim.

Nesse momento, ele jogou a capa no chão. Em seu manto (por uma razão que eu descobri só um pouco depois) pude ver duas aberturas no início das costas. Sua expressão estava ainda mais séria que antes, e podia sentir alguma espécie de força fluindo dele. Que poder todo era aquele?

–Não vou pedir que libere todo o seu poder, seria até insensato fazer isso, mas irei liberar o meu. – me disse.

–Interessante, você realmente parece mais forte do que daquela vez.

–Eu não pareço, eu estou.

E nesse momento, ele sumiu da minha visão, saindo de sua posição. Rapidamente, vi uma trilha de orcs caindo no chão, mortos e pingando sangue.

De repente, ele apareceu bem na frente do homem de capuz, direcionando as espadas para ele, que rapidamente defendeu. Defendeu com uma espada (que eu nem tive tempo de perceber de onde ele havia tirado) longa, de cabo negro como suas vestes e lâmina tão escura tanto. O quão sombrio aquele homem podia ser?

Ouvi o barulho das lâminas se encontrando. Uma pressionando a outra para ver qual era segurada pelo guerreiro mais forte. Girei a minha espada e, já que Argárir já batalhava, comecei a atacar os orcs que ainda se mantinham em pé.

Encorajada pela determinação de Argárir, batalhava sagazmente, derrotando os inimigos com destreza. Todos eles tombavam ao se aproximar de minha lâmina, mal os dava tempo de reagir.

Enquanto isso, a águia do Oeste continuava batalhando com o homem de capuz quando foi surpreendido pelo líder dos orcs, Azog, que o golpeou nas costas com uma adaga. Ele urrou de dor e rolou para trás ao tombar no chão. Rapidamente fui ao seu encontro, para ver se ainda tinha condições de se levantar.

–Malditos covardes. – comentei.

–Eu estou bem. – disse, se levantando logo em seguida, deixando um pequeno filete de sangue escorrer de sua boca.

–Eu posso ver o quão bem você está.

Aquilo era bem estranho. Mesmo que tivesse sido um golpe forte, e criado um corte nas costas dele, não parecia algo que o fosse ficar tão ofegante e suando tanto. Além disso, ele já estava até cuspindo sangue e seu poder parecia diminuído. Mesmo quando eu recebi golpes mais sérios não tinha ficado tão danificada.

–Não...tem...problema. – ele falava com dificuldade.

–O que houve? – perguntei, preocupada.

Foi nesse momento que percebi que ainda tinha a adaga nas costas, e do ferimento saia bastante sangue.

–Deixe-me ajudar você com isso.

–Não se aproxime. – ele levantou uma das mãos na minha direção, me impedindo de chegar perto.

Ele rapidamente tirou a adaga da pele, fazendo com que parte de seu manto rasgado caísse. Assim, suas costas ficaram expostas, e nelas pude ver várias tatuagens estranhas.

–Tem uma razão para me chamarem de águia do Oeste, caso você não se lembre. – ele disse para o homem de negro.

De repente, aquela força dele que parecia danificada se tornou ainda maior que do começo da luta, e algo totalmente inesperado aconteceu.

Bem, os orcs tinham voltado a atacar, aproveitando aquele momento em que estávamos tão vulneráveis. Eu defendi Argárir enquanto podia, mas um dos orcs pegou em minha cabeça e me puxou para o fim do penhasco, procurando me jogar de lá.

Uma vez que fez isso, soltei o meu gancho acertando ele. Enquanto ele não tombava, puxei a corda e pulei para frente, procurando voltar para a superfície (era quase desafiar as leis da física, mas não era impossível na distância que eu estava).

Porém foi aí que o tal fato inesperado aconteceu.

Ao realizar o pulo e me encontrar perto de alcançar a superfície, vi Argárir, que corria na minha direção.

Eu esperava que ele estivesse lá para me ajudar, para me puxar de volta para a superfície ou algo do tipo, mas não foi o que aconteceu.

Senti sua mão tocar na minha armadura e fui empurrada para trás.

Foi nesse momento que eu comecei a cair. Sim, ele tinha me jogado. Por que? Eu não fazia ideia.

Enquanto isso, algo mais acontecia ali em cima.

–O que planeja fazer? – o homem de capuz tinha finalmente desmontado do cavalo, e havia aparecido ao lado de Argárir, apontando sua longa espada para ele. – Ela ainda não sabe liberar esse poder.

A águia do Oeste nada respondeu, somente se jogou do penhasco também, caindo na escuridão da noite.

Eu não sabia o que pensar. Aquele Argárir não era para ser o meu aliado? Ele não estava lutando comigo? Ele não tinha me salvado? Por que então ele tinha me jogado do penhasco? Aquele ferimento talvez tivesse perturbado as ideias dele? Ou será que eu estava atrapalhando?

Não. NÃO! Não havia nenhuma razão aparente para ele ter me jogado...então por que? Eu simplesmente não conseguia compreender. Não fazia sentido.

Mal eu sabia que ele era a águia que cortava os céus.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, vejo vocês nos comentários e nos próximos capítulos ^~^