The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2 escrita por Ana Katz


Capítulo 33
Capítulo 28 - Conversas em Imladris


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bem? *desvia de uma pedra*
Me desculpa por ter atrasado o capítulo [de novo]. Inspiração tá me deixando de lado e não ando tendo muito tempo de escrever (volta as aulas :v).
Mas saibam que tento postar sempre que posso. E eu queria fazer uma semana especial cheia de capítulos. Afinal, essa semana teve carnaval e é o meu aniversário, sem contar é claro que sexta é o dia normal de postagem. Então vou recompensar vocês. Só esperem.
Esse fica como o cap. que eu devia ter postado sexta.

Nesse capítulo:
Ana discute sobre a sua situação em Imladris.



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As palavras de Elrond não saiam de minha cabeça. Eu era importante. Alguém sombrio estava e caçando.

–Eu temo que um mal muito maior e pior do que orcs esteja atrás de você.

Aquelas palavras martelavam a minha mente. Porque alguém iria me querer? Eu nem era de lá!

E os meus poderes escondidos? Como iria saber o meu limite se a cada segundo parecia descobrir alguma coisa nova? E eu estava causando problemas em Rivendell, algo da minha magia estava bloqueando o poder do vale. Eu não podia ficar, pessoas iriam se machucar por minha causa.

–Eu tenho que partir. Meu destino está muito além do vale.

–Onde planeja ir?

–Planejo ir para além das montanhas e florestas, planejo seguir até o mundo dos homens.

–Qual mundo dos homens?

–Por que se importa tanto? Eu não quero colocar nenhum de vocês no meio dos meus problemas.

–Eu estou disposto a ajudar.

–Não precisa. Eu tenho que ir o mais rápido que puder, não posso ficar!

–Você ainda está se recuperando, deve descansar.

–Irei, mas por pouco tempo. Eu realmente preciso ir.

–Por que?

–Eu estou indo encontrar alguém que possa ter respostas, não só mais perguntas! Mas se quer tanto ajudar- nesse momento percebi que tinha subido o tom de voz, retomando a voz calma. – É melhor dizer logo tudo o que sabe.

–Eu queria saber de alguma coisa.

–Mas você sabe. Você só tem medo de me contar. Sua mente lhe diz alguma coisa, joga com você e te engana, te fazendo duvidar de qualquer um, inclusive eu. – eu o rodeava. – Mas se isso lhe dá algum conforto eu não sou aliada do inimigo. Seja orc ou não. – ele me olhou com um olhar sério, ele sentia que eu sabia sobre o passado negro dele e da Terra - Média. – Eu tenho perguntas, e espero que possa respondê-las.

–Se possível, irei.

–O que você fez comigo no quarto?

–Como assim?

–Você usou algo em mim. Se não estou enganada teve alguma coisa a ver com um tal de...Vilya.

–Como sabe sobre Vilya?

–Eu sei muitas coisas, Lorde Elrond. Você não é o único que tem poderes. E também não é o único que tem o dom da visão.

–Entendo. A flecha Morgul estava amaldiçoada. Alguém muito poderoso colocou parte de seu poder ali, para poder te rastrear. O bom é que eu consegui expungir aquele mal de lá.

–Com o seu anel.

–Exatamente.

–Bom. Espero descobrir quem foi.

–Assim como eu...mas eu me pergunto...

–Sim?

–Por que foi embora ano passado sem e avisar?

–Eu temia que algum dos seus...amigos quisesse me prender aqui por mais tempo. Eu realmente precisava partir.

–Sua partida nos deixou ainda mais duvidosos.

–Pelo menos eu deixei um recado.

–Sim, foi muito útil para acalmar nossas almas. Se não tivesse deixado, temia que achariam que você fosse uma serva daquelas criaturas nojentas.

–Eu também teria suspeitado se fosse um de vocês.

–É o esperado, não? – ele se sentou.

Eu olhei para a janela e comecei a pensar nos momentos que tinha passado naquela mesma sala no ano passado. A primeira vez que havia falado com Elrond. Me lembrei do que falei e do que ele falou, e uma leve dúvida veio a minha mente.

–Eu tenho me perguntado.

–O que?

–Como você sabia que era Legolas?

–Não entendo.

–No ano passado, na primeira vez que nos encontramos.

–Sim?

–Eu perguntei sobre alguém dos meus sonhos. Existem milhões de elfos loiros de olhos claros. Mas você parecia muito certo de que era Legolas, como?

–Eu vi.

–Viu o que?

–Quando encontraram você. Eu consegui entrar na sua mente por alguns minutos e ver algumas de suas visões. Lá eu encontrei Legolas e Thranduil, então só poderia ser um dos dois.

–Eu me lembro de ter visto só um elfo, e ele com certeza não era o rei élfico.

– Deve ter sido uma visão rápida, e já que não o conhece não o reconheceu.

–E mesmo se eu tivesse visto ele, acredito que ele seja parecido com o filho, então poderia estar mencionando qualquer um dos dois...não?

–Sim, eles se parecem. Mas no vislumbre eu pude ver o rei com sua coroa esculpida, cheia de folhas e frutas de outono, e o elfo que você descreveu não usava tais coisas.

–Entendo.

Nesse momento uma longa pausa tomou a conversa, colocando o ambiente em um silêncio que era quebrado somente pelo barulho das cachoeiras e, no máximo, de animais, como pássaros.

Quebrando aquela melodia natural que dava tranquilidade ao ar, eu ouvi a voz do lorde:

–Acabamos?

–Não exatamente. Por favor, se sabe de mais alguma coisa...

–Bem, ano passado, Lady Galadriel me contou que sentia um grande poder vindo de você. Ela própria não conseguiu entrar em suas memórias, como se houvesse uma barreira.

–Mas você conseguiu.

–Você estava totalmente inconsciente e mal sabia de seus poderes. Não é de admirar, mas foi pura sorte.

–Eu vejo. Eu só queria saber quem é que está me caçando... – disse, observando o céu estrelado. – E por que...

–Sinto que suas respostas virão em breve, Ana. É só ter paciência.

–Assim espero. – me virei - Obrigada.

–De nada. Daqui a pouco o jantar estará servido no salão coberto. Mandarei Lindir lhe avisar. – ele disse.

Assim, eu assenti, saindo do cômodo.

Comecei a andar pelo lugar, explorando novamente como tinha feito antes. Nem parecia que havia passado um ano desde a última vez que havia andado aqueles corredores.

Comecei a pensar, mas qualquer pensamento que tinha foi interrompido ao ouvir uma voz carinhosa de um pequeno ser que corria na minha direção.

–Ana!

–Estel!

O garotinho me abraçou fortemente e eu acariciei seu cabelo castanho.

Uma vez que ele me soltou, eu me ajoelhei para ficar mais próxima da altura deste e perguntei:

–Como vai?

–Bem. E você?

–Bem também. Esteve estudando muito? - ele assentiu positivamente. - E creio que tenha brincado também. - ele riu. - Muito bem.

Eu fiz carícias na cabeça dele e me levantei novamente, sentindo uma mão quente tocando o meu ombro.

Me virei rapidamente, vendo Elrohir.

Este agora não usava mais a armadura. O elfo usava uma túnica branca cheia de detalhes com um leve tom prateado nas bordas, calça marrom e uma bota cor de vinho. Uma tiara prateada e seus cabelos estavam trançados em um meio preso meio solto.

–O jantar está servido. - ele disse.

–Me foi dito que Lindir me avisaria sobre isso. - comentei.

–Eu sei, mas eu estava de passagem então fiz isso por ele. - ele sorriu.

–Obrigada.

Assim, eu e ele seguímos para o salão coberto calmamente, diferente de Estel que fui quase que em disparada para o local do jantar.

Ao chegarmos lá, eu me sentei e Elrohir sentou-se do meu lado. Ao lado de fora podia-se ver uma leve neve caindo dos céus, bom que aquele vestido era bem quentinho.

No jantar eu fiquei em boa parte calada, só ouvindo as conversas dos elfos entre si.

Depois disso, Elrohir e eu começamos a conversar. Uma vez que levantamos, fomos para um canto mais reservado.

–Ana, tem algo que eu quero mostrar para você.

***

Ao entrarmos no quarto de Elrohir ele pediu que eu sentasse e esperasse um minuto. Assim, ele se dirigiu à uma caixa que tinha em sua mesa e a abriu, tirando algo de lá.

Quando ele virou em minha direção eu pude ver uma espada em suas mãos.

Ele foi até mim e me deu a espada, dizendo:

–Nós não conseguimos recuperar as armas que você perdeu na luta. Então eu tinha essa espada e acho que ela será muito útil.

–Elrohir, não precisava.

–Eu nunca cheguei a usá-la, e você vai precisar. Aqui, pegue-a.

Segurei a espada com a minha mão. Ela era mais leve que a outra, e com certeza conseguiria segurá-la só com uma mão. Tinha um cabo pequeno, tendo assim uma lâmina maior do que teria caso tivesse o tamanho do cabo da outra. O cabo parecia de madeira, mas tinha efeitos metálicos. E, ao tocar na espada, percebi que esta era muito bem afiada.

–E, para completar, um arco.

Ao ouvir isso, olhei para frente e vi Elrohir segurando um arco do mesmo estilo da espada.

–São lindos.

–E por último, esse punhal.

–Obrigada.

O punhal era quase uma versão mini da espada. Era um pouco maior que a adaga na certa, e seria muito útil.

–Por que você está me dando todas essas coisas?

–Porque eu sei que quando você sair daqui você vai precisar delas. É um mundo perigoso lá fora.

–Eu já percebi.

–Eu sei. E é por isso que estou ajudando.

–Obrigada, de novo.

***

Eu segurava uma taça de Hidreymial e me apoiava no parapeito da varanda.

–Meu pai me disse que você vai partir em breve.

–Então seu pai te conta sobre as minhas conversas com ele?

–As vezes. - ele deu um sorriso irônico e eu sorri também.

–Eu tenho que ir. Muitas coisas para fazer, só estou de passagem.

–Você deveria passar mais tempo aqui. - ele se aproximou um pouco.

–Eu queria poder. Mas eu realmente tenho que ir.

–Sério? - ele chegou ainda mais perto.

–Sério.

Nesse momento, ele estava lá, bem na minha frente. Mesmo que não dissesse nada, o que ele queria estava óbvio, estampado em seu rosto. Ele lutava pela oportunidade de ficar perto assim de mim desde o nosso reencontro. Eu sentia isso.

E agora estávamos ali, tão próximos e sozinhos, sem ninguém para nos interromper.

Ele se atreveu a aproximar-se ainda mais. Senti sua mão leve tocar a minha cintura. Assim, seu corpo parou e só sua cabeça se mexeu. O que eu fazia? Recuava? Fazia o mesmo?

Nossos lábios estavam a centímetros um do outro. Ele ia me beijar.

Mas antes que isso acontecesse, senti algo estranho. Uma pontada de dor no ombro. Toquei no ombro e olhei para baixo. Apertei os olhos procurando controlar a dor. Seria nervosismo?

De repente, senti uma dor no corpo todo. Uma dor alucinante. Não era nervosismo, era algo pior. Toquei na primeira coisa que tinha na frente (que no caso era o abdomen de Elrohir) e inclinei o meu corpo para frente, tentando controlar aquilo.

Ele parecia um pouco frustado por eu ter recusado o beijo dele, soltando a minha cintura, mas foi aí que ele percebeu que eu suava e que parecia um pouco...estranha.

–Ana? Ana!

Levantei por alguns segundos, sem expressão. Olhei para Elrohir e ele percebeu que eu realmente não estava bem e que precisaria de ajuda.

Assim, meu corpo tombou para trás, sendo rapidamente segurado pelo elfo.

O mal que Elrond havia tirado de mim...ainda não tinha sido tirado completamente.


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Notas finais do capítulo

Gente, o que acharam?
OBS: Sobre as armas.
A espada da Ana é bem parecida com a espada da elfa do trailer de Elder Scrolls online (essa aqui:http://cs619116.vk.me/v619116848/919c/W8xTZGItay4.jpg) e com a que o Elrond usa no último filme do Hobbit (um gif dela de presente para vocês: http://www.graffitiwithpunctuation.net/wp-content/uploads/2014/11/dvl0k.gif e uma foto https://heirsofdurin.files.wordpress.com/2014/11/the_hobbit_the_battle_of_the_five_armies_trl_2-1080-mov_000069569.jpg). O arco é tipo o do arqueiro também do trailer de ESO (aqui: http://cs613525.vk.me/v613525530/e98a/epTjLFQuxeA.jpg)


Espero que tenham gostado do capítulo! Vejo vocês em breve ~



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