The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2 escrita por Ana Katz


Capítulo 21
Ato 2 - Na Busca Por Respostas


Notas iniciais do capítulo

NA: Alguns de vocês devem estar se perguntando por que eu estou postando hoe, sexta. É porque agora que vamos começar o Ato 2, eu vou mudar a data de postagem para sexta, que geralmente é mais fácil para as pessoas lerem e também para eu postar.
Aproveitando, alguém aqui já viu o Hobbit? Vi quarta. O que acharam?
Então: feliz começo do Ato 2!!!

Aqui começa o Ato 2...

Música: James Horner - The Car Chase
Link: https://www.youtube.com/watch?v=inRbPW7j8Bw



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/549893/chapter/21

*Dia 110 do 2º ano da 3ª era de Cryostan.

–Você tem certeza disso, irmã?

–Do que?

–Deixar eles usarem o Inter – Worlds. Não é seguro. Só os deuses para saberem o que eles podem fazer com tal poder.

–Eles nunca vão saber que estão na posse da magia do Inter – Worlds, nós só vamos contar o necessário para eles. Vai dar tudo certo, eles não ousariam profanar a nossa magia.

–Não tenha tanta certeza, irmã. Você sabe que o rei conspira contra nós.

No palácio dos guardiões, Thanabyien e seu irmão, Theryan, discutiam sobre a decisão de emprestar seu poder secreto, sua arma final, o Inter – Worlds, para o reino, isso enquanto ela arrumava as estantes do escritório.

–Você realmente não acha que eu revelaria tais informações para o rei, acha?

–Claro que não, minha irmã. Mas é sempre bom ter certeza.

–É uma pena que o príncipe tenha morrido, ele parecia que daria um governante muito melhor que o pai.

–Como assim?

–Eu não gosto do rei Thidyus. Ele nos menospreza como se fôssemos vermes, sendo que ele é que é um. E, como você mesmo diz, ele conspira contra nós.

–Mas mesmo assim você parece gostar muito de Kryn. – ela parou, se viando para o irmão, sem expressão.

–O que você quer dizer?

–Eu posso não ter os seus poderes, mas a semelhança entre os dois é notável. E também a aproximação que o garoto tinha do príncipe, eles pareciam irmãos. O que me pergunto é com que vagabunda ele teve o garoto. Como uma mãe tem a coragem de deixar uma criança no meio da floresta...mas é muita sorte que você a encontrou. – a moça só fez uma cara de desentendida. - Não me diga que não notou que Kryn é a criança que você trouxe naquela noite que retornou. – ela sorriu, percebendo a perspicácia do irmão.

–Você está mais rápido do que de costume. – ela voltou a arrumar as estantes do local, colocando os livros em ordem alfabética. – O que o levou até essa toda...investigação?

–Eu estava curioso, os guardiões não recebem membros novos a séculos. E você sabe, eu sempre pesquiso sobre as pessoas que entram aqui.

–É bom saber que eu não sou a única que toma cuidado dessa ordem.

–Como assim, irmã?

–Estamos acabados, você sabe disso. Eu me lembro do dia que esses corredores eram cheios de pessoas, dos dias que as pessoas do reino podiam vir aqui sem nos interferir, do tempo que o reino era bom.

–Eu sei, a única coisa que podemos esperar é que o futuro herdeiro do rei seja mais digno...

–Um herdeiro? Já?

–Sim, já vazaram notícias de que a rainha pode estar grávida.

–Para mim ela parece nada mais que uma reprodutora. Mal morre um filho e ela já está tendo outro. Ela não tem alma não? É muito difícil que ela tenha filhos, mas vive tentando. Algo me diz que o destino não quer que o próximo rei seja filho daquelas pestes.

–Só aqueles que governam os céus sabem o que se passa na cabeça de certas pessoas.

–Ok, mas agora precisamos preparar a caravana que irá para o reino. Pode providenciar isso para mim?

–É claro, milady.

*Dia 112 do 2º ano da 3ª era de Cryostan.

–Essa é a melhor coisa a se fazer. Nós vamos disponibilizar as naves para que achem as pessoas e também para guiá - las uma vez que as acharem. Está entendido? – explicou Theryan.

–Sim. – respondeu o rei, líder do conselho do reino.

–Mas, como saberemos que alguém pode ser essa pessoa? – perguntou Hartan, um dos generais.

–Vocês poderão sentir. Pelo que eu sei a pessoa destinada é muito poderosa e por isso quando próximas dela vocês poderão sentir o seu poder. – interferiu Thanabyien.

–Os cavaleiros já estão prontos? – perguntou rei Thidyus.

–Sim, vossa majestade.

–Ótimo, pode mandá – los. Que comece a busca!

*Dia 30 do 1º ano da 4ª era de Cryostan.

–Vocês, meus caros, são os quatorze cavaleiros que conseguiram cumprir a missão de achar alguém poderoso, mas ainda ninguém cumpriu a missão de achar o escolhido. A partir deste dia, vocês terão que guiar seus novos aprendizes ao caminho que os levará ao seu destino de ser ou não o escolhido. Cada um terá uma lista de testes obrigatórios que seus escolhidos terão que fazer, mas fora estes estarão livres para os guiar da forma que quiserem. Agora, eu determino que o Conselho do Destino está aberto em sua primeira sessão oficial.

Assim, todos os quinze participantes se sentaram em seus devidos lugares.

–A minha direita eu tenho: Hartan, Retes, Hyun, Randyan, Rymich, Jaych e Tharos. E a minha esquerda tenho Kratos, Lodrus, Optim, Quanjy, Yandom, Handrom e Kryptonarion. – disse o rei. – Esqueci de alguém, por acaso?

–Não, vossa majestade. – falaram todos, simultaneamente.

–Senhor Kryptonarion? – perguntou o rei.

–Sim?! – disse Kryn, que parecia estar em um devaneio.

–Eu se fosse você começava a prestar atenção nas palavras do rei. – ameaçou Hartan.

–Calma, essas coisas acontecem. Mas deve prestar atenção em nossas palavras. E isso que vou dizer é para todos. Ninguém deve saber de qualquer coisa que é dita aqui. Nem mesmo os guardiões ou seus escolhidos. Qualquer coisa que é dita aqui permanece aqui e pronto. É tudo confidencial. – explicou Thidyus.

Por um momento, Kryn se sentiu sendo fitado por Hartan, que parecia de alguma forma pelo menos suspeitar do fato que ele era um dos guardiões e que contaria tudo das reuniões para seus aliados.

–Agora, completem as fichas sobre os seus escolhidos. – disse o rei, quando vários papéis foram entregues para cada um.

–Isso parece algo bem específico, meu lorde. – comentou Kratos.

–E é, precisamos saber tudo se queremos descobrir a pessoa.

Depois de um tempo completando os papéis, Handrom, que se encontrava do lado de Kryn, espiou a folha dele.

–Um humano, hein. Que azar. – soltou uma risada.

–Por que seria um azar?

–Humanos são fracos, vivem pouco e é raro achar poderosos deles. Pegando a ficha de Kryn e analisando mais, contra a vontade do dono, ele continuou tagarelando.

–E ainda é uma mulher? Além disso, é uma criança? Tem certeza que pegou a pessoa certa?

–Sim. – disse, arrancando a folha do companheiro.

–Qual é o problema em ter um humano? – questionou Tharos, que estava sentado na frente dos dois. – O meu também é um humano...só não é uma mulher.

–Viu? Ele também concorda que mulheres humanas não servem.

–Eu não disse que concordava. Eu não sei muito sobre humanos porque nunca convivi com eles, mas uma coisa eu sei: mulheres são fortes. Pode acreditar, depois que você levar uma panelada da minha mulher você vai ver só. – Kryn deu uma leve risada. – Sobre ser uma criança...uma hora elas crescem.

–Vocês três, parem de fofocar. – implicou Hartan, que parecia estar falando com o rei e Kratos (este último também era um dos generais).

–Sim, senhor. – respondeu Kryn.

Depois que todas as fichas estavam completadas, estas foram recolhidas e levadas para uma sala especial onde seriam decididos os testes. Um exemplo bem próprio desses testes foram os Jogos que Ana acabou de fazer parte.

Enquanto as listas eram feitas o rei explicava algumas coisas básicas e assim a reunião continuou. Depois de um tempo, as listas foram entregues e a reunião acabou. No dia seguinte, eles continuariam a discutir sobre o que fazer.

*De noite, naquele mesmo dia...

–Então, amor, como foi o dia? – perguntou Arnyka, a rainha, já deitada na cama.

–Foi ótimo. – disse seu marido, abotoando o pijama e se deitando.

–Decidiram alguma coisa importante? – mudou de expressão, parecendo séria, e tocando no marido. – Você não vai ter que viajar, vai?

–Por enquanto parece que não. Mas temos que ficar atentos. Aqueles guardiões podem ter nos dado informações sobre a visão, mas se ousarem interferir no projeto, eles vão ver só. Vou ter que ir lá eu mesmo enfiar o meu punho na cara deles.

–Sim, meu rei...eu quero um filho.

–Você já não está com um aí? – disse ele, tocando indelicadamente no corpo da moça.

–As médicas disseram que eu talvez esteja com um filho, mas ainda não está certo. Agora...venha aqui...

*Enquanto isso...no castelo dos guardiões.

–Já faz quase uma era que nós dissemos da visão e eles só encontraram pessoas agora? – comentou Thanabyien.

–Quatorze pessoas foram encontradas. Há um cavaleiro para cada uma, Kryn é um deles.

–Isso é ótimo. Alguma informação dele?

–Sim, já recebemos cópias de todas as fichas de cada um dos escolhidos. – falou Theryan, entregando os papéis a sua irmã.

–Eu temo por Kryn. O garoto é muito esperto mas tenho medo que alguém o pegue fazendo essas coisas. – ela se levantou e saiu do escritório, seguida pelo irmão. - Quero que você mantenha seus agentes de olho. Qualquer sinal de que ele será descoberto tire – o de lá imediatamente.

–Sim, milady, eu informarei – os agora mesmo.

Os dois trocaram uma reverência e Thanabyien se encaminhou para o seu quarto, se trancando lá.

–O que será que você pretende mantendo essa operação em sigilo, Thidyus. – comentou consigo mesma. – Será que ele já descobriu sobre quem eu era?

Ela ficou por um bom tempo pensando enquanto observava as estrelas.

Depois disso, se despiu por completo e foi na direção do banheiro. Lá ela se observava no espelho. Mesmo depois de quatro eras inteiras, ela ainda tinha o corpo de uma mulher jovem. Alguns diziam que ela era amaldiçoada e por isso não tinha nascido com nenhum cristal no corpo, somente no rosto. E também por isso que tinha nascido com tais poderes que ninguém mais de sua espécie tinha. Mesmo que os outros guardiões tivessem poderes e fizessem uso da magia, não eram que nem ela. E também seu cabelo não era preto como o dos outros, era azul e com mechas brancas. O que poucos sabiam era que seu corpo tinha escamas que lembravam cristais perdidos por algumas partes como em seus seios, seus ombros e sua cintura. Os olhos dela também eram distintos, suas írises eram quase transparentes.

Depois de se olhar mais um pouco, ela entrou em um banho morno, tentando esquecer de todas as preocupações da vida.

Porém, de repente, seus olhos tornaram – se branco, e ela teve outra visão.

A Terra. Uma rua, destruída. Uma mulher de cabelos negros andava nela. Uma mulher alta, de pele clara, devia ser humana. Ela estava toda suja e machucada. Havia sangue espalhado pelo seu corpo, mas não era só dela. Quando seu rosto apareceu, ela pode entender o que a visão queria dizer. Por alguns momentos, os olhos da garota também ficaram inteiramente brancos. Aquela devia ser a escolhida.

Quando a visão terminou e Thanabyien acordou, ela não estava mais no banheiro, e sim deitada na cama com sua camisola e um curativo na cabeça. Do lado da cama havia um recado:

“Você desmaiou no banho e bateu a cabeça. Ouvi o barulho da água correndo por muito tempo e vim ver o que era. Desculpa se fui inconveniente, mas achei que a melhor coisa a fazer era colocar alguma coisa em você e fazer um curativo. Já falei com seu irmão e estará tudo bem com você uma vez que acordar. – Kryn.”

Uma vez que acabou de ler a carta, ela sorriu orgulhosa do garoto. Mas, esquecendo aquilo e correndo imediatamente para a escrivaninha, Thanabyien destrancou uma graveta onde pegou as fichas das pessoas.

Procurando freneticamente, finalmente encontrou uma que se encaixava com a visão. Rapidamente foi ver quem era o cavaleiro que cuidaria daquela. Por alguma razão do destino desconhecida, era Kryn.

*Nove anos depois, Panem, Distrito 5.

Kryn observava enquanto Ana se arrumava. Eles sairiam de Panem naquele dia. Onde será que a jornada deles os levaria?

A única coisa que Kryn conseguia pensar era o que será que o Conselho do Destino estaria fazendo naquele momento para encontra – lo.

*Enquanto isso...no quarto do rei.

–Vossa Majestade? Posso entrar? – perguntou Hartan, batendo na porta.

–Claro. – disse o rei, rapidamente indo atrás do divisor para se trocar.

–Vossa Majestade. – disse Hartan, se direcionando a rainha, que permanecia deitada em sua cama, como se nada estivesse acontecendo.

–Lorde Hartan. – os dois se entreolharam, como se soubessem de algo que nem o rei soubesse.

–O que houve? – indagou Thidyus, quebrando o silêncio.

–Ainda não temos nenhum rastro de Kryn.

–O maldito se esconde bem. – murmurou o rei. – ORA! Se não o encontraram ainda continuem procurando!

–Mas, senhor, eu gostaria de dizer que eles foram sim para os Jogos, mas já se retiram de lá, o que significa que ele afinal seguiu o protocolo.

–Então o que será que ele planejava com toda essa fuga?

–Eu ainda não sei. Algo me diz que ele talvez esteja aliado com os guardiões. Deveríamos investigar isso?

–Perfeitamente. Mande um agente agora! Se aqueles malditos guardiões acham que podem interferir nos assuntos do meu reino estão muito enganados! – disse o rei, agora com sua vestimenta completa. – Minha capa.

–Sim, senhor. – respondeu Hartan, colocando a capa no rei.

–Vamos, o conselho abrirá em breve.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.