Quando caminho pelas ruas, tendo ao máximo me esconder do sol, como se ele fosse tocar em minha pele e mostrar a todos como sou.

Julgam-me um leão inofensivo, pois não tenho garras.

Cochicham a todos como não sou a personificação da beleza.

Apontam a mim como se isso fosse tirar minha inteligência.

Dizem que minha força esta nos livros.

Que habito com os ratos a biblioteca.

Chamam-me de sangue-ruim quando passo.

Depois dizem que eu tenho uma vida perfeita, só para dizerem que sofrem.

Acham que sou fraca por abraçar o silencio como um velho amante.

Mais... não tem como planejar um assassinato em voz alta.