Best Friend escrita por Erzy


Capítulo 1
Nunca é tarde demais.


Notas iniciais do capítulo

Bem minha gente, meu pc deu pau de novo, então, para compensa-los, escrevi essa one-shot. Boa leitura! o/

"Tirei duas frases da música a primeira estrofe, só para avisar" auehaeuae



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Você se lembra de quando eu disse que sempre estaria lá.
Sempre, desde que tínhamos dez anos, baby.

Lá estava ele, novamente, lembrando-se da promessa que fizera para ruiva, que naquele tempo ainda era uma garotinha.

—Não chore, Erza. – Dizia um menino de cabelos rebeldes e azuis. Ele tentava consolar uma menina de cabelos escarlates, que batiam acima dos ombros.

—M-Mas estou com medo, Jelly. – Choramingava a mais nova de cabeça baixa, enquanto agarrava seus joelhos.

Eles estavam na casa da ruiva, sozinhos, quando o “apagão” aconteceu pelo bairro todo. Seus pais haviam saído comprar a janta, já que os mesmo pediram lanches.

O garotinho não agüentado ver sua amiga chorando, abraçou-a.

—Não precisa chorar, eu estou aqui com você. – Disse, acolhendo-a para si.

— P-Promete que não vai me deixar sozinha? – Perguntou, correspondendo o abraço aconchegante do azulado. Ela se sentia tão segura ali.

—Sempre estarei aqui para você... É uma promessa. –Afagou os cabelos de Erza ao perceber que ela havia parado de chorar.

Agora eu percebo que você é a única
Nunca é tarde para demonstrar
Nós crescemos juntos
Ter sentimentos que já tivemos
Voltar para quando éramos tão inocentes.

Deus! Já se passaram nove anos desde aquela promessa, mas ele ainda a cumpria! E foi pelos seus quinze anos que ele começou a notá-la, mas achava que era apenas carinho pela sua amiga de infância.

Oh, como gostaria de voltar aquele tempo e demonstrado o que sentia, quando a mesma disse que estava sentindo algo a mais por ele, mas foi tão idiota ao fingir não entender.

J-Jellal... – Chamou a ruiva. Ela que estava andando ao lado, havia parado. Seu rosto estava com as maçãs vermelhas, dando um ar extremamente fofo.

—O que foi, Erza? – Pergunto virando-se para ela.

—E-Eu gosto de você... – Ela o encarou tão profundamente, que ele poderia ficar horas admirando aqueles olhos, mas não era o momento certo. Ele não tinha certeza de que os sentimentos que estava adquirindo por ela era amor, então tomou uma atitude tola.

Também gosto de você, afinal, nós nos conhecemos desde pequenos. – Sorriu desconcertado.

Ela sorriu, mas um sorriso triste, pois toda a coragem que havia reunido para se confessar foi água abaixo, achando que ele havia entendido errado – pelo menos era o que ela pensava–.

Eu rezo pelo seu amor
Garota nosso amor é tão irreal
Eu só quero te encontrar e te tocar, te apertar, alguém me belisque
Isso é como um filme
E eu não sei como ele termina garota
Mas eu me apaixonei pela minha melhor amiga.

Em pouco tempo, a garota deixara de ter a aparência infantil, e ganhara belas curvas, tornando-se uma linda mulher. E aquele sentimento que ele sentia por ela ficou mais forte.

Ele notava cada detalhe seu:

Perfume

Corte de cabelo

Roupas

Expressões

Manias

Olhos

Voz

Mas o que ele não deixava de notar era o seu sorriso... Aquele sorriso infantil ao comer sua fatia de bolo de morango ou quando era direcionado principalmente para ele... Droga! Ele estava a notando demais!

Quando ela passava as férias com a família dela, ele sentia tantas saudades. Queria encontrá-la logo para poder a abraçar, tocar e senti-la o mais perto possível dele. Alguém o belisque, ele está a amando!

Pobre Jelly, estava apaixonado e, para ser mais clichê, estava apaixonado por sua melhor amiga.

Passando por todos os caras que vieram
E todas as noites que você chorou
Eu estive do seu lado
Como eu poderia lhe contar que te amava
Quando você estava tão feliz
Com outro cara?

Desde que ela havia se declarado, e ele fingiu não entender, ela nunca mais voltou ao assunto, o que deixava certo azulado aflito.

Mas aflito por quê? Se foi você mesmo que causou isso, Jelly?

Depois de um longo tempo, a ruiva comentou que estava saindo com um garoto mais velho que se chamava “Simon”.

Até ai tudo bem, o azulado nada sentiu, afinal, ela tem direito de sair com quem quiser, não é mesmo?

Mas as coisas mudaram, Erza começou a namorar.

E o azulado? Bom, esse se afundou em tristeza, e a única que podia tirá-lo de lá era ela...

Jellal estava observando da janela o céu, que estava com poucas nuvens, não estava calor, mas não estava frio. O dia perfeito... Pelo menos até a ruiva chegar aos prantos na sua casa.

Céus! Aquilo foi de partir seu coração!

Ver a ruiva chorando por ter sido largada por aquele cretino, fazia o sangue de Jellal ferver. Ela andava tão feliz ao lado dele, que o azulado chegava a ter inveja daquele Simon.

Quando ela havia lhe contado sobre o namoro, chegou como uma bomba pra ele, e quando vem, é pra explodir e acabar com tudo, e foi o que aconteceu com Jellal, porém, ele decidira contar o que sentia, mas como ele poderia fazer isso se ela chegava transbordando alegria depois de ver seu namorado? Aquilo doía tanto...

Eu sei que isso parece loucura
Que você seria meu bebe
Mas você significa muito mais pra mim

Porque nada se compara com quando
Nós estávamos mais leves que o ar
E não queríamos descer.

Cansado de ficar se lamentando, decidiu fazer algo por si, levantou-se da cama e discou um número no telefone.

Será que é tarde demais?

—Jelly? – Perguntou do outro lado da linha.

—Erza, você pode me encontrar no parque agora?

—Posso sim, mas por quê?

—Logo vai descobrir, até.

Mas eu não quero arruinar o que tivemos
Amor é tão imprevisível

Mas é o risco que eu estou correndo
Esperando, rezando
Que você se apaixone pelo seu melhor amigo.

Era tudo ou nada.

Ele estava arriscando tudo que viveram, mas o amor é assim, nos faz querer apostar coisas importantes e, no final restam apenas dois destinos.

Você pode manter tudo ou pode ficar sem nada.

E ele rezava enquanto estava de pé, no local marcado, relembrando tudo que viveu ao lado dela.

—Jelly... – Ele virou-se para trás, encontrando-a. Ela estava linda como sempre, com seus cabelos longos até a cintura, de uma cor única. Inconscientemente, levou suas mãos aos cabelos delas. Era tão bom tocá-la.

—Erza... É tarde demais para que se apaixone por mim?

Pela reação de surpresa que ela mostrou o azulado já pensou no pior.

Droga! No fim restou o nada...

— Você esteve aqui como prometeu – disse levando a mão perto do seu coração, surpreendendo o azulado dessa vez. –, então não acho que seja tarde, aliás, nunca foi.

Eu me lembro de quando eu dizia que sempre estaria lá
Sempre, desde que tínhamos dez anos
Quando nós estávamos na caixa de areia brincando de fingir.
Eu não sabia naquela época...


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Notas finais do capítulo

Muito obrigado aos que leram! Espero que tenham gostado!