A Maldição de Pandora escrita por Ana


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

EU DEMOREI DEMAIS D: Mas voltey á postar )O) E não vou parar, okay? Então espero que vocês gostem *U*
Boa leitura, cupcakes



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Dianne Green

– Ellie, Sue... Ela está… Ela não... - eu me senti no estágio 3 da tristeza. – Ela sumiu. Sue desapareceu sem deixa rastros. Ela pode estar morta por ai, ou jogada no mar, sei lá!

Eu comecei á chorar. Ellie não era de chorar. Ela era uma garota forte. Mas, em um dos meus vislumbres, eu a vi enxugando uma lágrima. Leo veio até mim.

– Nós estamos procurando por ela – diz Quíron – Mas já faz mais de um mês. Se ela não aparecer até segunda, iremos queimar sua mortalha.

Eu me virei bem devagar.

– Vamos o que?

– Dianne, uma semideusa sem experiência como Sue desapareceu. Já faz muito tempo que ela se foi.

Eu tive que compreender. Quíron se responsabilizou de mostrar tudo á Ellie. Eu voltei ao chalé de Zeus. E fiquei lá até o dia seguinte.

Ellie Green

Que lugar mágico! Eu não podia estar acreditando no que estava vendo. Filha de um deus grego? O rei do Olimpo? Nunca passou algo assim em minha cabeça.

Tudo isso me fez esquecer a seguinte situação: Sue. Eu não acreditava que ela estava morta. Desaparecida, okay. Agora morta, fora de questão. Eu sempre senti essas coisas. Tipo Deja-vú. Eu sei quando algo ruim aconteceu ou vai acontecer.

– E aquilo? – apontei para um chalé meigo, parecido com a casa da Barbie.

– Chalé de Afrodite. Quer ir lá?

– Não, não. Prefiro continuar o tour.

– Já acabamos o tour, Ellie – diz ele – Acabamos de finalizar.

– Poxa – Eu faço beicinho. – Okay, o que eu posso fazer nesse tempo livre?

– Gostaria de dar uma volta?

– Claro! – eu sorrio – Você não vem?

– Ah, não – Quíron sorri – Obrigado pelo convite.

– Tudo bem.

– Sabe Ellie, você está levando muito bem tudo isso. Dianne ficou em choque quando soube.

– Dianne sempre foi mais cabeça dura. Eu senti a falta dela. Agora o que não faltará é tempo para ficarmos juntas.

– Claro que não - ele acena e se vira.

– Thau! – aceno de volta e me vi para os chalés – O que eu faço agora? – sussurrei. Avistei um garoto ao longe. Ele estava sentado na escada de mármore negro que compunha a entrada de sua casa. Além de vestir roupas pretas, parecia ouvir música. “Bem, deveria fazer novas amizades, certo?” “Certo” – pensei.

Fui me aproximando, caminhando em passos pequenos e leves. Ele me viu se aproximar. Apenas ficou me encarando. Quando eu abri a boca para dizer algo do tipo: “Olá!” ou “Que música é essa?”, ele apenas diz:

– Não.

Um garoto moreno passou e gritou: “Eai, Nico?”, e o garoto emo apenas esboçou o que seria um breve sorriso e se virou para mim novamente.

– Não o que? – disse, cruzando os braços.

– Não quero papo. – e ele voltou a colocar os fones de ouvido.

– Pois bem – eu me sento ao lado dele – Eu posso apenas ficar aqui, sentada, fazendo absolutamente nada.

Nico tirou os fones e me olhou, erguendo uma sobrancelha.

– Vem cá, você não tem mais nada para fazer?

– Bem, Senhor... – eu olho para traz, e o chalé em que estava sentado de costas me lembrou um castelo. Do mal. – Nico das Trevas, defina “nada para fazer”.

Ele dá um pequeno sorriso. Pequeno mesmo. Mesmo.

– Você é insistente, garota.

– Deixe- me apresentar, então. – eu me levanto e me curvo diante dele – Ellie Green. Apesar do meu sobrenome – digo, sentando-me – sou mais legal que a minha irmã.

Agora sim isso era um sorriso. Uma garota passou por nós e olhou estranho.

– Qual é a dessa gente? - sussurro.

– Sei lá. – diz ele – Devem estranhar alguém vir falar comigo desse jeito.

Dianne Green

Eu fiquei deitada do mesmo jeito que fique quando chegara aqui pela primeira vez. Fitando o teto. Era tudo um quebra-cabeça. A Profecia não parecia fazer sentido. Ela já havia se completado? E Pandora? Ela disse que eu não estava sozinha. Ela sempre fora parte de mim... Minha única parte era Sue. Não... Não mais. O sumiço de Sue era um enigma. Minha outra metade estava apenas ofuscada.

Era Ellie.

Sempre foi. Ela agora era a outra escolhida de Pandora. Mas para que? O que ela teria de resgatar?

Minha cabeça doía. E eu estava morta de fome. Teria de sair logo dali.

Peguei meu casaco, mesmo não estando frio, e o amarrei-o na cintura e sai do chalé. Precisava fazer algo. Ficar vegetando não estava me ajudando.

Fui até o chalé de Hefesto, e entrei sem bater.

– Leo está lá no fundo, Anne – diz Lenia, meia-irmã de Leo.

– Obrigada, Le – e fui até o final.

Lá era calor e úmido, e um cheiro de sucata e metal. Tudo aquilo me lembrava Leo.

Leo estava sentado no seu beliche e me levou um susto á me ver ali. Me ajudou á subir e fiquei ao seu lado.

– Estou com problemas – digo á ele. – E tenho algumas hipóteses também.

– Eu posso te ajudar, gata. Se me permitir.

– Olha lá o que você vai fazer Valdez.

Leo pulou do beliche, largando o que estava fazendo.

– Eu proponho que a gente vá dar uma volta pelo mundo dos mortais.

Eu o olhei enquanto sorria, com as mãos posicionadas no quadril, como um super herói.

– Eu vim para conversar e você me chama para fugir? – sorrio, mas logo perco a face – Quíron nunca, ouça bem, nunca vai deixar.

Leo chegou bem perto de mim.

– E quem disse que vamos pedir permissão?

– Vem cá, você está tendo aula com a Ellie de como ser rebelde?

– Eu passo no seu chalé daqui a meia hora. Leve o que precisar. Vamos ficar até o final da tarde passeando.

Desço do beliche, ele segura minha mão e deposita um beijo afetuoso em minha bochecha. Eu o abraço.

Apesar de pensar em todos os problemas possíveis, não posso ficar desse jeito. Eu entendi a mensagem de Leo: temos que dar um tempo disso tudo.

Saio do chalé de Hefesto, indo arrumar minha mochila.

Talvez seja um encontro normal, entre dois adolescentes normais.

Talvez.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem comentários *u* Até a próxima c:



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