If I Were A Boy escrita por Carol Munaro, Warri0rGirl


Capítulo 9
I was born for give the best for women


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁ! Boa leitura!



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– Olá, senhor Carter. - Falei assim que abri o consultório. Ele era meu primeiro paciente do dia e chegou antes que eu, como sempre.

– Bom dia, doutora Megan. - Ele falou animado. Acho que vou dançar em todas as minhas consultas pra ver se tiro os pacientes da fossa. Ou não. Porque aí não vou ter dinheiro pra pagar as minhas contas.

– Acordou animado hoje, hein.

– Quero casar de novo. - Pai nosso… Ele não aprende. Já casou três vezes na vida e tá procurando a quarta.

– O senhor gosta de casar, né? - Abri a porta da minha sala e ele entrou. Fui até a recepção pra pegar minha agenda e o prontuário dele, e voltei pra sala. Sentei-me e ele começou a contar.

– Não gosto de viver sozinho. Sem contar que a tarefa doméstica fica toda pra mim. Isso é frustrante.

– E em quem o senhor está interessado? Ela é próxima?

– Não conheço ainda. Acho. Apesar de que, uma amiga da minha primeira ex-mulher parece estar interessada. E, além de ela ser agradável, é rica. Ou seja… - Mas será possível que não pode confiar em uma mulher sequer nessa vida, minha gente?

– Vai casar por interesse, senhor Carter?!

– Do jeito que a coisa tá indo, doutora… - E ele foi contando sobre a tal mulher e sobre o resto da vida dele. To pensando em aumentar o preço das consultas.

Logo quando ele saiu, fui até a recepção.

– Atrasado de novo, Connor. - O menino sorriu “amarelo”.

– Certos hábitos são difíceis de quebrar, doutora.

– Arranja uma frase melhor da próxima vez, garoto. Tava em uma festa ontem?

– Digamos que sim. - Ri baixo. Esse menino não tem jeito. - Chegou um envelope pra você. Acho que tem alguma coisa a ver com aquele seu ex-namorado. - Revirei os olhos e peguei o tal envelope.

– Ah… É sobre o Natal. Brinquedos pra crianças e blablá. É bonitinho. Você devia comprar algo pra alguma criança também. Pelo menos o Cameron serve pra alguma coisa.

– E como funciona isso?

– Compra um presente pra um menino e uma menina e ele vai passar aqui pra pegar. Com você, claro. Não quero mais contato com aquele ser. - Voltei pra minha sala pra esperar o próximo paciente.

(…)

– Como é esse negócio de presente? - Logan perguntou.

– É pra presentear uma criança carente. É meigo, vai. Você não vai recusar.

– Lógico que não. Eu tenho um coração, se não dá pra perceber ainda. Mas entrego pra quem?

– Pra mim. Ele vai buscar lá no consultório.

– Ele quem?

– Cameron. - Ele ficou em silêncio. - Logan?

– Você falou com ele?

– Não. Ele falou com o Connor, o menino da recepção.

– Hm… Eu não sei o que comprar.

– Eu também não sei. Acho que vou passar no shopping depois do trabalho amanhã.

– Quinta é dia de Ação de Graças. Vai estar um inferno aquilo.

– As pessoas não presenteiam as outras. Só no Natal. Sem contar que sexta as coisas vão estar mais baratas.

– Isso sim. Esqueci de sexta. Falando em Ação de Graças… Eu não quero passar sozinho. - Ele falou com manha.

– E seus pais?

– Minha mãe não ligou ainda. E, bom, hoje é segunda.

– A minha sempre some e só aparece no Natal.

– Ao invés de parecermos solitários demais…

– Passamos o dia juntos. - Até que ia ser divertido. Pelo menos eu acho. - E se a sua mãe aparecer?

– Você passa o dia com a gente.

– Ia ser, no mínimo, estranho. - Eu conhecer a família dele levaria as coisas ao um outro patamar, certo?

– Para de frescura. Eu vou fazer o almoço de quinta. Então, pode ser aqui em casa, pra facilitar. Você traz a sobremesa. Tudo bem?

– Tá. Não esquece que…

– Você é alérgica a frutos do mar. To sabendo.

– Que fofo. Você lembra.

– Sou um amor de pessoa. - Ri baixo. - Tenho que desligar. Entrou cliente aqui. Depois a gente se fala.

– Tá. - Desliguei o telefone. Tentei ligar pra minha mãe, mas caiu na caixa postal. De novo. Eu sempre passava esse dia com o Cameron e com a família dele. Minha mãe nunca foi sentimental, sabe? Então, não passávamos juntas. Nunca me importei, na verdade, mas, se não fosse pelo Logan, eu iria ficar o dia todo sozinha.

Meu celular tocou e era ela. Até estranhei.

– Você me ligou, meu amor?

– Liguei, mãe. É que… Quinta é o Dia de Ação de Graças.

– To sabendo… Quarta de noite eu já estou aí.

– Espera aí. Esse ano você vai vim?

– Sim. Você vai estar sozinha, não vai? - Primeira vez na minha vida que vejo minha mãe sendo meiga.

– Na verdade, era pra eu estar. Mas vou na casa do Logan. Mesmo assim, aparece aqui. Vai ser divertido.

– Claro que vai. Ainda mais com a presença dessa escultura humana.

– Mãe…

– Tá, desculpa. Mas ele é lindo!

– Controle os hormônios.

– Já estão controlados. Bom, até quarta, meu amor.

– Até. - Desliguei. Inacreditável. Isso é tipo um milagre.

"Minha mãe vai passar o dia com a gente"

Mandei pra ele. Quase meia hora depois ele respondeu. Eu tinha fechado mais cedo o escritório. Então, só estava esperando ele me responder.

"A minha acabou de ligar. Ela e meus irmãos vão passar o dia aqui em casa"

"Cancela tudo?"

"N. Vai ser divertido. E sua mãe é muito engraçada"

Ah, claro. Só por ela ficar tarando ele. Continuamos conversando e combinando o que comeríamos e todas essas coisas chatas. Eis que surge a seguinte mensagem:

"Vou ter trabalho pra cacete, então. Mas n vou reclamar. O bom de tudo é que vou comer você e sua mãe"

Ele tá de zoação com a minha cara?

"Logan, eu vou arrancar teu pau fora"

"COM VOCÊ*

Puta que pariu, Meg. Era pra ter o ‘com’ ali.

Não me mate. Juro por Deus que era pra ter ‘com’”

Comecei a rir.

"Como você é otário"

Ele resolveu me ligar.

– Juro por Deus que comeu uma palavra ali.

– Tá. Eu entendi já.

– Primeira vez na vida que eu ia falar alguma coisa bonitinha.

– E saiu putaria. O destino quer que você seja um cafajeste. Aliás, acho que já se acostumou com esse teu lado.

– Exatamente. Meu destino é ser filho da puta.

– Você não nasceu pra relacionamentos.

– Meu plano de casar um dia foi por água a baixo. - Juro que eu ainda não conseguia acreditar que ele pensa em casar. Porque, assim… É o Logan. O terror das menininhas. O cafajeste da cidade. Não é possível que, um dia, ele esteja de terno, no altar, esperando por uma mulher vestida de branco.

– Sua opção é torcer pra ser um coroa gato.

– E ter mulheres que gostem de caras mais velhos. Porque mulher de 60 anos não é muito atraente. A menos que seja sua mãe. Porque, com todo o respeito, Meg, mas ela é gostosa. - Dei risada. Ele, definitivamente, não presta.

– Bom, pra começo de conversa, ela não tem 60. Tem 49. E sei que ela tá com tudo no lugar ainda. E para de falar assim. É minha mãe.

– Tudo bem, já parei. E prefiro a versão mais nova. - Fiquei em silêncio. Ele sabia muito bem que me deixava sem graça e com vergonha.

– Obrigada. Eu acho.

– Tá com vergonha de novo? Você sabe que é bonita, Meg.

– Hm…

– Tá. Eu realmente to te cantando, mas é a verdade.

– A gente podia se ver hoje. - Falei como quem não quer nada. - Eu já to em casa.

– To quase saindo daqui também. - E, pela primeira vez na história, ficou um silêncio constrangedor entre nós dois. Era só o que me faltava. Será que ele tinha tinha ficado envergonhado pela primeira vez na vida?

– Vai vim mesmo?

– Vou. E… Eu tava pensando em dormir aí.

– Tudo bem. Vou terminar umas coisas aqui. Até mais tarde.

– Até depois, Meg. - Desligamos. Ele vai dormir aqui, ou seja, a gente vai transar. E eu tinha que arrumar a casa. E me arrumar também. Digamos que minha situação estava um pouco… Ruim.

Uma hora e meia depois, ele chegou. Bem arrumado só pra uma “visita a Meg”. Jantamos, vimos um filme, conversamos… Mas as coisas não estavam normais. E reparei que parecia que nós dois estávamos no cio. Porque tudo voltou ao normal com as preliminares.

– Acho que não deveria demorar tanto pra isso acontecer de novo. Porque o resto da noite foi estranho. - Ele falou depois de tudo.

– Sim. E isso que você disse não foi nada sexy.

– Broxante?

– Hm… Não muito. - Ele parou em cima de mim.

– Espera que eu fale o que?

– Sei lá.

– Algo excitante? - Ri.

– To com preguiça de um segundo round, Logan.

– Com dor nas pernas? - Ele perguntou com um sorriso totalmente malicioso.

– Idiota. - Ri mais ainda. Ele saiu de cima de mim, finalmente. Ficamos os dois olhando pro teto. Virei de lado, ficando de frente pra ele. - Dormir?

– Acho que sim. Cansada?

– Relaxada. - Ele riu baixo.

– Esse é o poder do Logan. Nasci pra dar o melhor pras mulheres. - Revirei os olhos.

– Muito obrigada por deixar eu usufruir desse “bem”. Boa noite, Log. - Me inclinei e dei um selinho nele.

– Boa noite, Meg. - Senti o braço dele envolver minha cintura e logo depois adormeci.


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Notas finais do capítulo

Bom, antes de tudo, eu sei que o dia de ação de graças já foi, mas vamos fingir né, gente. N faço ideia se o cap ficou bom ou n e.e Espero que tenham gostado.
LEIAM LEIAM LEIAM>>>>>>>>> http://fanfiction.com.br/historia/564713/Nothing_Left_To_Lose/
Beijos no heart



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