A Chance escrita por Pauliny Nunes
O s seios de Beatriz saltam ao ter seu vestido rasgado pelas mãos impiedosas de Flávio, que os olha com profundo desejo. Ele a levanta, forçando colocar as pernas ao redor de sua cintura, com a metade do vestido presa em seu corpo. Nunca tinha sentido tanto desejo vindo de alguém desde…. Hugo, mas isso foi ha tanto tempo que, para ela, é uma novidade.
Sem dificuldade, Flávio chuta a porta da suíte e entra com Beatriz em seus braços, a segurando como se fosse o bem mais precioso que possui. Admira a expressão de surpresa e desejo que estampada em seu rosto. Ele joga o vaso de plantas de cima da mesa, que fica no hall de entrada do quarto, e a deita ali. Aproxima de seu rosto, colocando metade de seu corpo sobre o dela e toma seus lábios com furor. Ela passa seus braços em volta do pescoço de Flávio que os segura com uma das mãos e os prende em cima da cabeça de Bia, que o olha confusa. Fiz algo de errado? pergunta, mentalmente. Ele balança a cabeça, negativamente:
— Ainda não… Não queremos plateia. As pessoas podem ficar com inveja da nossa performance – Flávio vai até a porta e coloca a placa de “não perturbe”. Ele gira seu corpo e caminha soltando os botões de sua camisa — Agora, sim.
— Faça um strip-tease para mim – pede Beatriz sentada na mesa. De onde veio isso? Okay… Relaxe Bia… Aproveite… Por todos os 385 dias….Balança a cabeça afastando seus pensamentos e sorri para Flávio — Já que esse é um não encontro, quero isso.
— Como desejar. Hoje serei seu escravo… Do prazer – diz se encaixando entre as pernas de Beatriz. Beija seu pescoço e ombro. Então diz com a voz rouca — Mas não aqui.
Levanta-a novamente, a coloca nos ombros, fazendo Beatriz dar um pequeno grito de susto. Flávio a carrega para o quarto dele, a deitando carinhosamente em sua cama e a beija com ternura, finalizando com um sorriso maroto. Caminha até o outro lado da cama, liga seu tablet e deixa “Is This Love10”, tomar conta do quarto. Vai para a parte frontal da cama e diz:
— Aproveite, minha senhora. Pelos seus 385 dias, cruelmente não aproveitados.
Beatriz abre os lábios, não consegue acreditar no que está acontecendo. Isso é real? Ele é muito mais sexy assim, mas o que estamos fazendo? O que eu estou fazendo? Será que é tarde demais para voltar atrás?
Flávio toca em seu terno, passando os dedos na lapela e os descendo, sensualmente. Sorri para Beatriz e tira o terno, lentamente, conforme a batida da música. Gira-o no ar e lança para Beatriz que ri, enquanto pega o terno. Ele passa mão por cima da camisa dançando, rebolando, enquanto suas mãos se aproximam do cós da calça e mordendo os lábios. Tira rapidamente a camisa e joga no chão, deixando seu peitoral definido e pelos loiros, à mostra. Beatriz encosta na cabeceira da cama mordendo o dedão, rindo. A sensação que tinha agora nem se compara à que teve no sonho. Aquilo é real e ela o deseja, mais que nunca.
Flávio sobe na cama e se posiciona colocando suas pernas ao lado das de Beatriz. Segura o cinto e passa a língua pelos lábios, fazendo Beatriz derreter. Maravilhoso e só para mim. Vendo as faces de Beatriz ardendo como fogo, faz cara de menino mau e abre a fivela do cinto.
— Bee, vem tirar – pede estendo a mão.
Ela se ajoelha em sua frente e então tira o cinto devagar, o encarando. Assim que termina, ele sorri, terminando de tirar a calça rapidamente. Então se ajoelha e toma os lábios dela, agressivamente, segurando sua cabeça com uma das mãos enquanto seu outro braço a prende pela cintura. Então ele puxa os cabelos de Bee, a puxando para si. Ele beija seu pescoço e desce com os lábios, passando um pouco de sua língua, fazendo Beatriz gemer com o toque. Assim que encontra os seios enrijecidos de Beatriz, os beija calmamente, mas aos poucos coloca o direito em sua boca enquanto com a outra mão segura o esquerdo, brincando com o mamilo entre os dedos. Beatriz está ofegante, aquele misto de sensações era intenso demais, algo único, se sentia virgem outra vez.
Ele empurra o corpo de Beatriz com uma das mãos enquanto mordisca seus mamilos, passa a língua ao redor, em um de cada vez. Ela volta a ficar deitada na cama enquanto ele joga seu corpo por cima, fazendo com que ela sinta sua ereção. Beija-a novamente enquanto passa as mãos pelo corpo de Beatriz, a encara, ofegante ,admirando seu belo rosto que está de olhos fechados.
— Olhe para mim – sussurra com a voz rouca passando a mão nos cabelos de Beatriz — Quero que sinta e veja o que sou capaz de fazer por você.
Ela abre seus olhos e o vê a desejando. Ele desce beijando lentamente o pescoço de Beatriz, seus ombros, seus seios. Eu ainda estou casada…. Acho que ainda amo outro…. Mas por que não me parece errado?
— Você não sabe o quanto é gostosa. - sussurra Flávio dando beijos na barriga de Beatriz. Ele tira, o que antes era um vestido, e nota que ela estava sem calcinha, sorri diante daquela bela surpresa. Chega à virilha de Beatriz e olha para ela que o encara nervosa — Não se preocupe, Bee, quero satisfazê-la.
— Ah Flávio… – sussurra Bia ofegante quando ele a beija entre suas coxas.
A língua de Flávio passa indo e voltando mais intensa pelo sexo de Beatriz, entrando em sua vagina, a fazendo gemer cada vez mais segurando forte em seus cabelos loiros. Faz círculos ao redor do clitóris, a levando em êxtase ao soprar suavemente. Então afasta seu rosto, encarando Beatriz. Como ousa parar... Estou tão perto… Tão perto…
— Por favor, não pare – suplica Beatriz não suportando mais aquela tortura.
— Seu gosto é maravilhoso, melhor que qualquer vinho que já provei, mas não quero que goze ainda – confessa Flávio.
Ele se joga para o lado de Beatriz e tira sua cueca, mostrando seu membro ereto. Pega a camisinha que está dentro do criado-mudo e a desenrola em seu pênis lentamente, olhando para Beatriz que estampa em seu rosto todo o desejo que sente.
Sem tirar os olhos de Bia, afasta as pernas dela com as dele, deitando seu corpo por cima. Fecha os olhos expressando todo o prazer que sentia e a penetra lentamente, fazendo que ela arqueie o corpo ao senti-lo. Ele preenche todo seu corpo, um encaixe perfeito.
O ritmo lento torna aquele momento extraordinariamente delicioso, saboreando juntos, todas as sensações que sentem. Beatriz segura forte os ombros de Flávio, empurrando sua bacia contra a virilha dele, gemendo. Ele apoia o corpo com as mãos na cama, sai, bem devagar fazendo ela se contorcer, entra de novo, seguidamente. Olha para Bia, a beija e aumenta o ritmo.
Beatriz segura com força os cabelos de Flávio, o aumento do ritmo implacável a deixa alucinada. Ela se contorce embaixo do corpo dele que acelera mais ainda seu movimento, forçando mais seu pênis em Bia. Ela está muito perto do orgasmo, quando Flávio para.
— Não pare… Por favor… Continue – implora Beatriz, gemendo.
— Não quero que termine assim… – diz a puxando da cama e colocando seu corpo sobre o dele — Mostre do que é capaz.
Ela o beija lentamente enquanto segura seus braços, os levantando para cima da cabeça de Flávio. Seus seios tocam o peitoral suado dele com o movimento, ela o olha com desejo e encontra o mesmo no olhar dele. Mexe-se bem devagar ainda deitada sobre ele, observando Flávio fechar seus olhos, gemenedo. Ela beija seus olhos, suas bochechas e seu queixo, seguindo o ritmo lento de seus corpos. Afasta de seu corpo sentando sobre ele e começa a cavalgar.
— Isso, Bee… Isso mesmo… –geme Flávio segurando Bia pelos quadris e a impulsionando para cima e para baixo — Muito gostosa… Muito gostosa… Ah… Isso…
Ela se mexe mais rapidamente, tira as mãos de Flávio de seus quadris e as coloca em seus seios. Ele brinca com os mamilos de Beatriz entre os dedos enquanto ela geme. O ritmo estava mais rápido, ele se levanta, senta com Beatriz ainda em cima dele e a segura pelas nádegas. Puxa e a empurra em ritmo acelerado, fazendo Beatriz segurar em suas costas e arranhá-las sem receio. Ele geme de prazer.
— Quase lá…Quase – suspira Flávio — Goze Bee… Goze, para mim…
— Ah… Flávio… Assim… Isso… Vai… Isso…
Seus corpos entram em êxtase. Flávio urra, com o prazer intenso, o nome de Beatriz, deixa seu corpo cair na cama. Beatriz desfalece em cima dele, enterrando a cabeça em seu peito.
***
Flávio dorme tranquilamente, sua cabeça está encostada em cima da Beatriz, seus cabelos desgrenhados cobrem seu rosto, seu braço esquerdo, segura os ombros dela, e o outro está largado na cama. Seu corpo está coberto pelo lençol apenas na cintura caindo um pouco em sua coxa. Bia está deitada com a cabeça em seu ombro e seu braço esquerdo em seu peitoral, cobrindo seus seios. Desperta com o barulho da porta da sala. Levanta a cabeça e observa Flávio demoradamente, toca em seu rosto, para confirmar que é real e sorri. Ele está ali, com ela, em completa entrega.
O que eu fiz? Sônia vivia dizendo que não deve transar no primeiro encontro e eu fiz o oposto. Ele disse que era um não encontro…. Não encontro ou encontro, eu transei com ele! Cedo demais? Tarde demais? Será que estraguei a viagem? Como será agora? Será que fui fácil demais? Posso culpar o Martíni… Ele já me viu bêbada, não cairá nessa… E se ele perder o interesse? Se eu sou ruim de cama… O Hugo nunca reclamou, mas também não posso comparar… Nem tem como comparar… Transávamos com amor… Isso foi sexo… Sexo intenso… Sexo puro… Sexo com química… Ah, sexo com desejo… O toque dele… O jeito como ele me tocou… Meu corpo se encaixando no dele… E aquele oral… Nossa o orgasmo… Será que eu nunca tive um orgasmo com o Hugo…Foi tão… Tão… Para de pensar nisso…. Nessas coisas… Foco, Beatriz! Será que devo voltar para o meu quarto e fingir que nada aconteceu? Ou eu peço um café da manhã e trago na cama? Isso é coisa de filme… Os filmes deveriam ensinar o que se faz quando isso acontece… Mas tem um que fala… Qual é o nome? … Parabéns Beatriz, ficou um ano assistindo filmes e não consegue lembrar-se de nenhum… Por que raios eu acordei primeiro? pensa com os olhos arregalados, olhando para o rosto adormecido de Flávio, alheio aos pensamentos dela.
Ela tira o braço dele de seu ombro devagar, o fazendo resmungar, então gira seu corpo para sair da cama, sendo impedida pelos braços de Flávio que a agarram, puxando de volta.
— Aonde pensa que vai, Bee? – pergunta Flávio sem abrir os olhos — Tá cedo….
— Eu preciso ir ao meu quarto – responde Beatriz segurando nos braços de Flávio.
— Por quê? Está tão bom com você aqui…. – sussurra em seu ouvido.
— Eu preciso de roupas, sabe – comenta Beatriz — Alguém teve a maravilhosa ideia de rasgar as minhas.
— Quem foi essa pessoa? Preciso dar um prêmio para ela – zomba Flávio levando um tapa no braço — Humm… Você é sempre agressiva assim pela manhã?
— Não… Só quando alguém tira uma com a minha cara – responde Bia sorrindo. Ela vira o rosto para ele e pede — Pode me soltar, por favor?
— Você realmente quer isso? – pergunta Flávio erguendo uma de suas sobrancelhas.
— Que… Que… Quero… –vacila Beatriz diante do olhar de Flávio. O que eu quero mesmo? Ah… Roupas — Por favor?
— Como quiser – responde Flávio abrindo seus braços musculosos.
Ela senta na cama e prende os cabelos em coque, sente suas costas queimarem, tinha certeza que Flávio a observa. Sorri, maliciosamente, levanta da cama nua e vai desfilando até o banheiro, onde pretende pegar o roupão de Flávio.
— Mudei de ideia – avisa lorde Wilkinson pulando da cama e correndo em direção de Beatriz. Ele a levanta e joga nos ombros — Vamos tomar banho primeiro.
— O que é isso, Flávio? Precisa mesmo me carregar assim? – reclama Bia batendo nas costas arranhadas de Flávio que sorri — Coloque-me no chão!
— Você não devia ter me provocado, Bee. Agora quem quer, sou eu: Eu quero você debaixo do chuveiro, sendo minha. E não vou desistir tão fácil – responde Flávio impassível. Ela continua batendo em suas costas e ele bate em suas nádegas — Sossega mocinha, se não faço sexo com você aqui nesse chão.
Ela sabe que ele falou sério, então para. Na verdade, deseja sentir aquilo tudo novamente. Ele fecha a porta do banheiro e a coloca no chão. Antes que Beatriz fale algo, Flávio toma seus lábios, agressivamente.
— Banheira ou ducha? – pergunta Flávio ofegante segurando a cintura de Beatriz.
— Ducha – responde Beatriz sem pensar — Nunca fiz… nada em uma ducha.
— Então eu volto a ser seu primeiro em alguma coisa – responde ele sorrindo e toca no rosto dela — Farei do jeito que você nunca esquecerá, Bee. Prometo.
— Se for igual ontem, tá bom para mim – dispara Beatriz que arregala os olhos.
— Quer dizer então que gostou? Farei melhor – a levanta pelo quadril, beijando sua boca ardente.
Entra no Box com ela e abre a ducha, deixando cair à água quente em seus corpos. Ele segura suas pernas acima dos joelhos e as encaixa em sua cintura, fazendo com que ela o sinta enrijecido.
— Mas já? – pergunta Bia surpresa com a ereção.
— Estou sempre às suas ordens, Bee – responde Flávio a beijando da orelha até os ombros — Seu gosto fica divino, misturado com a água.
— Obrigada…– responde confusa. Então ela segura no pênis dele e sussurra — Mas eu ainda não senti o seu.
— Você quer…? Tem certeza? – pergunta Flávio, surpreso — Uau! Você sabe ser imprevisível.
— Achou mesmo que eu não gosto disso? – pergunta Beatriz subindo e descendo sua mão fazendo Flávio fechar os olhos.
— Se começar, terá que terminar – alerta Flávio ao toque de Beatriz — Se é o que quer...
— Eu realmente quero isso – diz Beatriz descendo da cintura de Flávio e agachando até a virilha dele.
O que está fazendo? Você não sabe fazer isso…Beatriz sabe que não tinha experiência de Flávio, mas está determinada a dar o máximo de si, para satisfazê-lo. Ela o encara, segura uma das mãos tremendo e a outra toca mais embaixo. Aperta o membro com força, subindo e descendo, observando a expressão de prazer de Flávio. Conforme ela vai aumentando a velocidade, seu corpo se enrijece e sua respiração fica mais forte. Eu consigo fazer isso. Então o coloca na boca devagar, fazendo Flávio abrir os olhos e encará-la ao sentir o calor dos lábios de Bia. Ela o chupa com força, subindo e descendo Ele segura os cabelos de Beatriz guiando os seus movimentos, colocando mais fundo.Beatriz percebe que ele ficou extremamente duro, passa a sugar mais forte. Ele arqueia seu corpo em direção a Bia.
— Não… Não termine… Pare… Bee… – geme Flávio tentando afastar a cabeça de Bia que passa a língua na ponta — Caralho! Chega… Bee… Pare… Não faça isso…
Flávio se abaixa e ergue Beatriz com força e a pressiona contra parede a beijando intensamente.
— Minha vez – diz Flávio colocando as pernas de Bia novamente em torno de sua cintura — E eu não vou parar.
Flávio treme ao entrar em Beatriz que geme baixo. Ele se movimenta impiedoso, forçando sua pélvis contra Bia, enfiando com mais força a fazendo gritar.
— É assim que eu gosto – geme colocando com mais força — Grita para mim, Bee.
— Se… Continuar… Assim… Eu… Eu… – tenta dizer Bia sendo interrompida pelos lábios de Flávio. — Por favor… Eu… Vou…
— Vem, Bee. Liberte-se… Venha… – pede Flávio.
O ritmo se torna intenso e suas respirações ficam sincronizadas. Meu Deus… Estou quase… Ahhhhhh… Posso sentir… Beatriz segura fortemente nas costas de Flávio, ele completa todo seu interior. Beatriz se deixa levar pela sensação embriagante.
— Isso Flávio… Meu Deus… Isso! – grita Beatriz chegando ao orgasmo. Logo em seguida Flávio grita o nome de Beatriz, tremendo todo o seu corpo em êxtase.
Meu vício, pensa Beatriz beijando os ombros de Flávio, molhados pela ducha.
***
A mesa da sala de jantar da suíte está repleta de comida, um café da manhã para a realeza. Beatriz senta com o roupão, os cabelos molhados, pega um morango e um pouco de creme de leite. Flávio aparece logo em seguida, apenas com a toalha envolta da cintura, deixando que seu abdômen definido desvie a atenção de Bia.
— Tem algo a falar? – pergunta Flávio se aproximando de Beatriz e a beijando de língua — Humm…. Morango.
— Humm, delícia – elogia sorrindo mergulhando o morando no creme de leite. Olha para ele que senta na ponta da mesa e chupa o creme de leite do morango, seduzindo.
— Não comece o que não poderá terminar – avisa Flávio servindo o suco de laranja. Olha para ela e pergunta — O que gostaria de conhecer hoje?
— Não sei… Escolhe você – responde Beatriz, decepcionada pelo fato dele ter mudado de assunto.
— Vamos ao Museu Egípcio do Cairo –escolhe comendo uma torrada — Tem algumas coisas que podem inspirar você a descobrir o que quer.
— Como assim, o que eu quero? – pergunta Beatriz franzindo a testa.
— Você sabe, profissionalmente – explica Flávio bebendo um pouco do suco — Eu acho até interessante você mexer com caridade e tudo mais. Porém, você precisa fazer algo que realmente gosta, pois sei que essa história de caridade tem a ver com a sua mãe e não com você.
— Eu gosto de fazer caridade…Ela me deu a ideia, mas eu escolhi fazer parte. O que tem de mais nisso? – responde Bia, irritada.
— Não tem nada de mais. Porém, o que você gosta de fazer? O que sempre quis ser? Por que fez Administração?
— Eu fiz Administração pela minha família. Então a situação se complicou mais quando meu pai descobriu o câncer na próstata e não tinha a quem passar suas ações, nem quem fosse gerenciar o grupo. Ele só tinha a mim e eu não podia decepcioná-lo – confessa Beatriz, triste. Ela encara Flávio, cabisbaixa — Mas no fundo, nunca foi minha vocação, diferente do Hugo. Eu agradeço muito a ele nisso. Ele sempre amou o grupo, conquistou a confiança do meu pai e cresceu por conta própria. Além de tirar o fardo da obrigação de gerenciar a empresa das minhas costas. Eu fiquei aliviada por ele fazer o que era minha obrigação.
— Tudo bem, entendo isso – afirma Flávio, incomodado com o rumo da conversa — O que você sabe fazer? O que gosta?
— Não sei. Achei que soubesse ser uma boa esposa, me dediquei a casa, aos eventos familiares, ao Hugo… – responde Beatriz com um sorriso fraco — Porém, falhei nisso também. Na verdade, eu nem lembro mais do que gostava antes...
— Qual foi à última coisa que fez e lhe deu o sentimento de estar satisfeita, de que faria aquilo mil vezes, sem parar? Algo que você olhou e teve a certeza de que sabe fazer aquilo?
— Acho que vou virar garota de programa – zomba Beatriz rindo.
— Ahahaha… Como você consegue ser tão pervertida e sexy, ao mesmo tempo… –Ri Flávio. Segura a mão de Beatriz e beija — Seria uma boa… Mas teria de ser só minha… O que dificultaria o seu trabalho.
— Uma pena… – brinca Beatriz vermelha. Então ela arregala os olhos e diz sorrindo – Meu duplex!
— Seu duplex? – pergunta Flávio, sem entender a resposta de Bee. — Achei que eu fosse ter um apelido mais carinhoso… Fla, querido, amado, Flavinho, mor, baby. Ou mais intenso… gostosão, tesudo, mel, tudo de bom, o cara, loiro sexy, mas duplex… Duplex é novo para mim.
— Deixa de ser bobo – zomba Beatriz — A última vez que eu me senti completa, foi quando decorei o meu duplex. Eu comprei todos os móveis, a decoração, os quadros, tudo. O melhor é que eu quem fiz tudo, sem encheção de saco… Foi tão bom.
— Pode tentar ser decoradora ou design de interiores. Você é jovem, inteligente, com certeza fará dar certo – elogia Flávio a deixando vermelha — Mesmo separando do Hugo, você sabe que ele cuidará bem da empresa da sua família. Por que não investe em algo nessa área, investe em cursos para você?
— Uma boa – diz sorrindo — Pensarei no assunto.
— Eu sou bom… Uma delícia… – cantarola Flávio beijando Bia. Ela coloca as mãos no ombro dele e abre mais a boca, permitindo que o beijo se torne mais profundo. A respiração do lorde Wilkinson fica ofegante ,então ele a segura pelos ombros e a afasta — Não, senhora. Chega de sedução, eu prometi que seria seu guia turístico e serei. Vou ligar para o motorista e você, trate de se arrumar.
Flávio se levanta e vai para o quarto, deixando Beatriz com seus pensamentos: Por que não tentar?
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10 Música da banda Whitesnake.