Os Olhos São Os Portões Da Alma escrita por Vidar Beauchamp, Mana L, meochi, The Queen of Ducks, Mari Bear Mikaelson


Capítulo 7
Entrando pro Time


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal. Mari postando.
Não me matem pelo atraso. O colégio é de enlouquecer qualquer um.
Espero que gostem.
Ps: Cap dedicado á todos os leitores - inclusive os fantasmas escondidos na escuridão -



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Miwa-

Já fazia um bom tempo que eu seguia o quarteto dos b’s (babuínos bobocas balbociando em bando), uma referência a algo que minha irmã mais velha kimi sempre citava, era de alguma coisa que ela gostava, algum livro, sei lá. Ou quem sabe fosse um filme. É uma das únicas lembranças que tenho do meu clã, já que todos eles, por algum motivo desconhecido por mim, morreram. Os únicos sobreviventes foram eu e Danzou Shimura, um homem que já tinha seus 20 anos, mas que acolheu uma garotinha chorosa e amedrontada, e acabou se tornando o que eu tinha mais próximo de uma família, de um pai.

Apesar de eu não vê-lo assim, era o que ele tinha feito. Ou tentado fazer, aliás. Eu sempre fui muito... como posso dizer...rebelde? Não, acho que a palavra não é essa. Talvez manipuladora? Pesada demais. Ah, já sei, persuasiva. Isso, sempre fui muito persuasiva. Então “nós” acabamos decidindo que seriamos irmãos.

Durante todos esses anos eu tentei ajuda-lo com seus poderes, já que ele não domina o nosso kekke genkai, mas seu foco não era isso, e sim sua estranha obsessão a alguma teoria que tinha descoberto quando jovem, algo como Tendou. Todo esse tempo treinando me fez ser ótima com quase todos os jutsus e principalmente com minhas habilidades.

Nossa kekke genkai? Eu tenho o dom de manipular energia para controlar os objetos ao meu redor.

Mas enfim, voltando aos bakas...O apelido encaixara perfeitamente. A garota mais fraca me lembrava um babuíno. O garoto forte – Nahari, eu acho – as vezes ficava olhando as garotas com cara de boboca. Mayu, a outra garota, vivia balbuciando com seu “eu interior”, e o Maiochi, o garoto mais fraco, só seguia o bando. Eu criei esse brilhante apelido a mais ou menos um mês atrás, no mesmo dia em que decidi tentar me infiltrar no meio deles.

Flashback On

Estava sentada encima de uma grande pedra na beira do lago. A alguns metros de mim as garotas tomavam banha enquanto conversavam. De repente Kami se “transformou” em Mayu e começou a tirar sarro dela.

– Oi! – disse em uma voz fina ridícula – Eu sou a Maru-Maru. Tenho um péssimo gênio e um quadril excepcionalmente grande – falou gesticulando como se estivesse apresentando um show.

– Ei! – disse ela irritada – Primeiro: Essa sua implicância com os meus quadris está mais me cheirando à inveja, senhorita pernas finas. E segundo: meu nome é Mayu! Acerte pelo menos isso! – começou a gesticular com Kami, que ficava a imitando.

– Blá Blá Blá-Blá Blá, Blá Blá Blá-Blá Blá... – Cantarolava fazendo bocas com as mãos.

Deus! Era tão engraçado vê-las se matando. Comecei a rir sozinha. De repente percebi que elas estavam em silêncio. Kami estava se “destransformando”. Elas ficaram se encarando por uns dois minutos e depois começaram a rir.

– Você é um saco, sabia? – Perguntou em meio ao riso.

– Ounnn... Também te amo, baby – Ela disse, pra variar, se achando.

– Você não tem jeito mesmo! – Estava começando a concordar com a Mayu – Aliás, já percebeu que na verdade esse seu dom é meio inútil? Tipo, você só pode se transformar em garotas.

– Não posso não! – Falou – Olha só! – Ela se transformou no Maiochi.

– Ei, não vale outra garota! –Disse séria. Elas se olharam e começaram a gargalhar.

Eu ri junto. É sério, não tinha como não se divertir com isso.

– Ok. Se é isso que quer... – Kami falou ainda rindo. Agora ela tinha virado Nahari.

– Oi, eu sou o Ná-Náh. Eu me acho extremamente foda e não admito que tenho um penhasco pela Mayu.

Foi automático: Eu comecei a rir e Mayu a encarou tão séria que de longe pude vê-la engolindo em seco. Mayu começou a se aproximar e ala foi indo para trás, morrendo de medo. É baby, falou merda agora aguenta!

Kami aos poucos foi saindo do lago, mas de repente começou a fraquejar.

– Droga... Usei... Poder demais... – E do nada simplesmente apagou. É sério, essa garota tem que comer mais ferro. Isso de ficar desmaiando o tempo todo já está chato!

Mayu começou a se afastar do meio do lago, mas parecia com dificuldades para nadar. Do nada ela afundou e sumiu. Me sentei mais reta no meu lugar e esperei. Cinco segundos depois ela voltou à superfície tossindo e cuspindo água. Que estranho isso. Ela nada bem. Não é possível que a irritação...

Ai, droga. Ela é uma jinchuriki que está muito irritada e no meio de um enorme lago. Isso só pode ser coisa da...

– Sambi, sua biju idiota! – Gritou arquejando – Tudo bem que você adora água, mas eu preciso respirar, poxa! Se não eu vou morrer afogada. – parece que a biju estava respondendo – Como assim por você tudo bem? Não! Sambi! – Ela foi puxada de novo.

Inferno! Eu ia ter que me revelar e interferir e salvar a Mayu. Claro que só porque se ela morresse libertaria Sambi, e acho que ninguém além dela própria queria isso. Estava me levantando quando Nahari – o verdadeiro – apareceu na outra borda da clareira, na mesma hora que Mayu conseguiu subir à superfície.

– Não estou conseguindo controlar... – Disse baixinho, fraca – Me ajuda...

Graças aos céus o boboca não demorou a entender a situação e pulou no lago. Claro que eu só estava preocupada por causa da Sambi. Ele mergulhou e voltou a superfície com ela nos braços. Subitamente percebi que faltava “certa” cordinha ao redor do pescoço dela. Enquanto lutava com Sambi devia ter perdido a parte de cima do biquíni. Cara, isso vai dar tanta merda.

Fiz um esforço e controlei seus braços para se cruzarem acima do peito antes deles saírem da água. Ele a colocou na areia. Acho que ainda não tinha percebido a situação. Me concentrei e fiz aa toalha parar do lado dela, perto do seu cotovelo. Ela começou a acordar e Nahari relaxou. Mas ao relaxar ele olhou para baixo e acho que percebeu a situação, pois ficou mais vermelho que o Shimura quando destruí totalmente um laboratório dele durante um acesso de raiva.

Finalmente Mayu abriu os olhos e disse:

– Obrigada Kami... – Falou e sorriu, virando a cabeça para o lado e tirando os braços da frente do corpo. De repente ela viu a no máximo dez metros dela Kami – ainda transformada em Nahari – desmaiada. Olhou rapidamente para cima e viu o garoto a encarando com sua cara normal, ou seja, de boboca. – Puxou rapidamente a toalha para cima de si e começou a gritar.

– Tarado! – Enquanto gritava deu uma joelhada nele, fazendo-o cair ao chão. Boa, garota!

Ela levantou e ajeitou atoalha – que “misteriosamente” ainda não tinha caído – ao redor do seu corpo, fez um nó bem apertado e começou a bater nele enquanto o xingava (extremamente vermelha, aliás), e o mais divertido disso era que ele nem podia tentar se defender, já que ela usava o seu poder – e uma pequena ajuda minha – para mantê-lo imóvel. Eu já estava começando a ficar cansada, tentar controlar seres humanos me deixa assim, mas isso não me importava tanto. Ai como é bom ver o circo pegar fogo!

E pelo visto eu não era a única que pensava assim, já que Maiochi, que chegou quando Mayu abriu os olhos, estava gargalhando desde o momento em que entendeu a situação. Ficava murmurando baixo entre o riso:

– Se ferroou... Nahari... Se ferrou... hue hue hue – É sério, esse garoto tem problemas. E que risada mais escrota é essa? Ok, voltando à parte interessante...

Mas no final quem se ferrou foi ele. Acho que a Mayu ficou com pena do Nahari, porque foi parando de bater nele e se virou, pela cara dela tentando achar outro alvo para descontar a sua raiva, quando viu o babaca com cara de mané e rolando no chão de tanto rir. Ele virou o rosto e viu ela o lançando um olhar que se ela tivesse meu poder, faria todas as plantas em um raio de 10 metros murcharem. Pelo menos ele tem amor à vida, já que parou de se contorcer e foi engatinhando de costas, tentando fugir enquanto Mayu calmamente andava até ele. Finalmente conseguiu ficar de pé e se virou, tentando correr para fora da clareira. Não tão fácil, baby. Agora que não tinha mais que segurar Nahari e ajudar Mayu com a toalha, manipular uma planta parece tão fácil como respirar, mesmo já estando cansada. Pelo menos todos esses anos treinando sem descansar tiveram algo de bom. Os reflexos do garoto estavam tão lentos por causa do riso, que não teve nem chance de conseguir desviar do galho que fiz se enroscar em seu tornozelo, muito menos do que ficou na altura de sua garganta. Ele bateu com tudo neles e caiu ainda rindo e com dificuldades para respirar.

Maiochi ia tentar se levantar de novo quando Mayu parou ao seu lado. Ele tentou se mexer e não conseguiu. Ela estava o imobilizando totalmente sozinha. O-Ou. Tomara que ela consiga se controlar antes de explodir, porque se não... Estremeci. Não seria nada legal nem mesmo pensar nisso.

– Agora, Meochi – Disse com uma voz capaz de gelar até o inferno – Já que gostou tanto, é a sua vez.

Ela deu dois socos seguidos nele, tão rápido que a criatura não teve nem tempo de pensar. Quando ela deu o soco de direita, eu só vi a mandíbula dele deslocar, e quando acertou o de esquerda ela voltou pro lugar. Senhor, que coisa linda de se ver. Tenho pena do Maiochi, ele não vai conseguir comer nem falar sem sentir dor por umas duas ou três semanas, acredite, eu falo isso por experiência própria. Ai, ai... Bons tempos. Enquanto eu viajava em pensamentos, Mayu acertou mais uns três socos no estômago dele e se levantou, tentando – em vão, aliás – se acalmar.

Acho q ela percebeu que toda essa raiva está dando espaço para a Sambi tentar controlá-la. O ruim é que ela guarda todo sentimento ruim por tanto tempo – com medo de que se liberá-los pode libertar Sambi – que quando ela explode...

De repente parece que a Kami recuperou suas forças porque levantou e andou até onde eles estavam. Olhou primeiro para a Mayu e não ficou muito feliz com o que viu - Claro, ela se caga de medo dela. Mas tudo bem, continuando... -. Olhou para o Maiochi e sua expressão ficou muito engraçada, em um misto de raiva e.... Divertimento ou Orgulho, quem sabe? Acho que sim. Isso ainda vai dar um rolo... Ela olhou bem nos olhos dele e gritou:

– Puuuuuto!!! – Se esgoelou enquanto acertava um belo de um chute no meio das pernas dele.

Mayu a olhou, ainda séria, mas do nada seus olhos voltaram ao normal – perdendo a sombra de trevas e escuridão – e ela começou a rir.

– Kami... – Falou entre o riso – Os filhos dele... vão nascer com... a marca do seu sapato... háháháháhá – Ok, definitivamente essa garota é tripolar, porque bipolares não tem tantos problemas. As duas olharam ao redor e a cena realmente era engraçada: Nahari gemendo de dor de um lado e Meochi gemendo de dor do outro.

Elas se olharam, fizeram um High-Five e disseram ao mesmo tempo:

– Go Girl Power!!! – Gritaram, parecendo duas loucas.

E saíram da clareira rindo e olhando para trás.

Flashback Off

Mas deixando o passado para trás... Finalmente cheguei a Ame, agora só faltava encontrar aquele bando de doidos. Finalmente tentaria me infiltrar no meio deles. A única coisa que me incomodava eram as palavras de Shimura na última vez que falei com ele, que insistiam em ficar rondando a minha cabeça

Tudo bem, você que sabe... Nunca consegui te controlar mesmo. Mas tenha consciência de que assim que se decidir por continuar com essa loucura vai ter que esquecer que seu nome algum dia foi Danzou Miwa.”

E como eu sou eu, adivinha qual foi minha decisão? Vou dar uma dica: meu nome agora é Wingless Miwa. Teria que conseguir virar o quinto “b” do grupo. Já até imaginava os possíveis significados. Segundo as palavras de Danzou (vou ter que me acostumar a chamá-lo assim), provavelmente seriam Boba ou brutal.

Brutal porque, bem, qualquer um que me visse em uma luta corpo a corpo diria isso, fora que eu tendia a ser meio sádica ás vezes, quando me irritavam. O que aliás, infelizmente para os outros, acontecia frequentemente.

E quanto a parte do boba, bem, talvez ele tivesse razão mesmo. Afinal, quem é que decide se infiltrar entre inimigos perigosos só porque seu instinto lhe diz que alguém que pode ser tão leal e solidário com pessoas que tem opiniões e ideias completamente diferentes das suas e adotá-las como sua família não poderia ser tão ruim a ponto de querer fazer algo para prejudicar pessoas inocentes e de bem?

A resposta? Eu. Não conseguia tirar da minha cabeça que Shi... Ops, Danzou não me contou nem metade da verdadeira história.

Parei de pensar nisso quando passei em frente a uma loja e meus olhos brilharam. Eu não sou fútil, ok? Me dêem um desconto, eu sou uma garota poxa!

Do nada uma lâmpada acesa apareceu do lado da minha cabeça. Já que eu sei que vou levar uma eternidade para achar todos eles e já estou – pela primeira vez em semanas – na cidade mesmo...

Vamos ás compras!!!


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Notas finais do capítulo

E aí, o q acharam?aprovada?
Se gostou? Comente
Se acha q pode melhorar? Comente
Se odiou? COMENTE!!!
Críticas construtivas são bem vindas.
Abraços de Urso, Mari



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