Entre a razão e a emoção escrita por thali


Capítulo 3
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

Alô galera. Bem esse capítulo é um pouco curto, por que eu não tive muito tempo hoje. Mas prometo que os próximos serão maiores. Beijos de Luz



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Quando finalmente dormi, o que eu mais temia me aguardava. Os pesadelos, que sempre tive. Pensei que mesmo depois de tudo ter acabado, de alguns anos depois, eles iriam passar, mas estava errada.
Sonhei que estava de volta a minha primeira arena, mas eu não estava lá como um tributo que foi escolhido para os jogos, podia ver tudo o que acontecia a minha volta, mas era como se ninguém pudesse me ver. Vi Cato, Clove, Glimmer, Marvel e todos os outros participantes daquele jogos. E então vi ela... Prim estava na arena. Ela estava sentada em um tronco de árvore junto com alguém, eu não consegui ver bem quem era, mas parecia que estava dividindo algo com Prim. Meu coração quase explodiu de alegria, disparei na direção de Prim, louca para dar um abraço forte nela, e protege-la. Mas quando gritei seu nome, ela continuou o que estava fazendo, como se não tivesse ouvido minha voz, e de fato ela não ouvira, era um sonho. Agora de perto pude ver quem estava com ela, e quando vi meu coração se quebrou em mil pedaços. Ela estava com Rue, a garotinha do 11 que foi minha aliada e amiga nos meus primeiros jogos, eu vira ela morrer em meu colo, cantei para ela. E agora ela estava ali, dividindo a comida com a minha irmãzinha. Me lembrei de quando eu e ela fizemos algo parecido, parecido não, idêntico, era o mesmo lugar. Aquele meu sonho seria como se a Prim tivesse ido mesmo para a arena. Não pude suportar aquela visão, as minhas duas garotinhas, ali juntas dividindo a comida. Agora as duas estavam mortas. Elas teriam sido grandes amigas, Rue era tão doce e meiga, Prim também era. De trás das árvores venho um barulho, as duas garotas se levantaram e apontaram suas facas, com as mãos tremulas de medo. Saindo de um arbusto, Cato se materializou na frente das meninas e elas gritaram, e tentaram correr, mas a trás delas não havia nada além de um muro de pedras que dava para um riacho, elas estavam presas. Cato deu um sorriso prazeroso, e fez sinal com a cabeça para que seus companheiros chegassem também, e disse:
Elas estão aqui pessoal! As coitadinhas estão prontas pra morrer. A expressão no rosto de Prim e Rue era de total pavor. Eu queria poder gritar ali mesmo, pegar uma flecha e disparar em Cato, sem dó algum, mas não podia fazer isto.
Oh, vocês estão com medo? Não se preocupem lindinhas, vai ser bem rápido, eu prometo. E você loirinha, que pena que sua querida irmã não pode fazer nada por você agora né?! Os aliados de Cato, se juntaram a ele, em meio a risadinhas.
Quer fazer as honras Glimmer? Disse se direcionando a garota loira.
Com todo prazer. Disse ela, puxando uma flecha de sua aljava e a preparando no arco. Mirou em Rue primeiro, disparou a flecha certeira bem no coração. Mas Rue ainda estava em pé, com os olhos arregalados, olhando para a amiga no chão. Prim tinha se jogado a frente de Rue, para salva-la. Prim se sacrificou por Rue. Era assim que ela morreria, se eu não tivesse me voluntariado no lugar dela. O ódio tomou conta do meu corpo, e eu simplismente não poderia fazer nada naquele momento. Cato e Glimmer olhavam com espanto diante da cena, e Rue logo se recuperou do choque, olhou para eles que ainda olhavam Prim no chão, segurou sua faca com leveza e arremessou. Em segundos a faca estava no meio da testa de Glimmer. Cato gritou e partiu para o ataque com Rue, mas a menina era rápida e se esquivou de seu golpe, e correu para dentro da floresta mais rápido que pode.

Acordei dando um grito desesperado. Estava suando e chorando, olhei ao redor do quarto, tudo estava calmo, o sol entrava pela janela, Peeta já não estava mais na cama. Tentei me recompor, levantei fui até o banheiro e tomei um banho gelado. Hoje era aniversário de Peeta, hoje Delly ia distrair ele para que eu pudesse preparar um bolo de aniversário para ele. Nada poderia dar errado, ia ser um dia maravilhoso, e tinha que evitar pensar no sonho, por mais difícil que fosse.
Depois de me vestir, me direcionei para a cozinha tomar um café da manhã, Peeta estava lá como sempre, passando o café, assando pães de queijo, que eu amava.
Bom dia bela adormecida. Disse ele com um sorriso em seu rosto.
Bom dia Peeta, você dormiu bem amor? Falei me acomodando na mesa, e colocando café na xicara.
Dormi sim, imagina se não ia dormir feito um anjo depois da nossa noite. E você?
Não queria contar para Peeta sobre o sonho, não queria mais lembrar desse sonho.
Ótima. Dormi como um anjo também. Menti
Hã...Katniss. Eu ouvi você gritando quando acordou, não fui até lá por que você me pediu para não ir mais quando isso acontecesse, a menos que você chamasse. Mas se você não quer falar do sonho tudo bem eu entendo.
Peeta tinha uma capacidade impressionante de me entender, parecia que conseguia ler meus pensamentos, ele sabia exatamente quando eu precisava de conforto e quando queria ficar sozinha.
Obrigado. Disse baixinho.
Mas então, vamos comer? Esse meu pão de queijo deve estar uma delicia. Peeta me observava com um olhar curioso, como se esperasse algo de mim. É claro que ele esperava, hoje era o aniversário dele, ele gostaria que eu fosse a primeira pessoa a lhe dar parabéns. Mas essa era a minha intenção, fazer ele pensar que eu tinha esquecido de seu aniversário, e quando voltasse hoje a tarde do passeio com Delly teria a surpresa.
Vamos sim. Disse pegando um dos pães de queijo.
Hm, Kat. A Delly me chamou para passar a tarde com ela hoje, pra conversar um pouco, relembrar os velhos tempos e tudo. Você se importa?
Claro que não Peeta, imagina. Pode ir, afinal tenho que limpar essa casa hoje. Não se preocupe.
Okay então. Vou tomar um banho, e ir até a casa dela. Disse ele me dando um beijo na testa, e indo para o banheiro. Mal podia esperar para ver a cara dele quando chegasse em casa hoje a tarde. Pois veja bem, eu nunca fui muito boa com essa coisa de culinária, sabia só o necessario, não esse tipo de coisa que se usa para fazer um bolo de festa. Mas ia tentar, esperava que desse certo.


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