Mira encarou seu guardião e apontou a metralhadora para ele. O titã parecia confuso, mas continuou parado.

– Guardião. Eu estou suspendendo os seus serviços. – Mira disse com a voz fraca. “Cresça Mira!” Ela brigou com si mesma. – Venho lhe trazer a paz.

Ela destravou a arma e atirou. Uma rajada de balas caiu sobre o titã. Ele morreu após alguns tiros, mas Mira não conseguia parar a arma.

– Pare com isso! Pare! – Ela gritava para a metralhadora. Após um ou dois minutos a metralhadora parou. – Ufa...

Mira ajeitou seu cabelo e fechou o sobretudo até o pescoço. O inverno era rigoroso nas florestas do sul. Ela chegou perto do titã e pegou a pérola que ele carregava. “Isso deve valer muito dinheiro!”. Ela sorriu para a pedra satisfeita e a guardou dentro da bolsa. De repente ela sentiu uma enorme dor na nuca. Esticou o braço e tocou em uma bala. Um líquido vermelho e aguado saia do ferimento. Então tudo ficou escuro e ela desmaiou.

– Guardião! Guardião! – O titã se virou para a garotinha e rugiu. Ela fez cara de choro, mas logo voltou a sorrir e abraçou o enorme braço do titã. – Meu guardião!

– O que é você, pequena criatura? – O titã indagou.

– Eu sou Mira. E estou a procura do meu guardião. – Ela sorriu e correu em volta do titã.

– Quer ajuda?

– Claro! Claro!