Depois que o trem partiu a bagunça tomou conta do mesmo. Nada além do anormal.

Lily havia se despedido da mãe e a fizera prometer que lhe escreveria de dois em dois dias e que qualquer problema, não hesitaria em pedir-lhe ajuda.

Quando entraram no trem, foram para a cabine, onde já se encontrava Cassandra, Danielle e Luke.

– Então, acho que são novatos. Nunca os vi em Hogwarts. De onde vieram? – Lily perguntou depois de um silêncio constrangedor.

– Durmstrang. – Luke respondeu.

– Ah. Dizem que lá ensinam Artes das Trevas. – Dominique disse e Cassandra sorriu.

– Isso mesmo, é uma matéria bastante interessante. Eu particularmente gosto bastante. – Cassandra falou e viu um brilho passar pelos olhos de Lily.

– Eu sempre me interessei por Artes das Trevas, acho fascinante, mas nunca pude aprende-la. – Lily indagou com pesar. – Sabe, quando se é filha de Harry Potter, não se pode ter envolvimento com esse tipo de magia.

– Acho isso totalmente errado, só porque é filha de Harry Potter não quer dizer que não pode aprender Arte das Trevas. – Danielle, que estava entretida lendo uma revista trouxa, falou. – Temos liberdade de expressão! Estamos em um país livre!

Lily e Dominique riram da atitude de Danielle, que se levantou e fez uma cara bastante engraçada.

– Desculpem por ela. – Cassandra apontou para Danielle, que fez uma cara indignada. – Ela é bastante a favor da liberdade de expressão.

– Não tem problema. A Dominique, por exemplo, já perdeu cinco quilos, porque vive na biblioteca. Ela ama mais os livros do que a ela mesma. – Lily falou e foi a vez de Dominique fazer uma cara de indignação.

– Hey! Eu não tenho culpa, se eu simpatizo melhor com os livros do que que com as pessoas. – Dominique falou. – Estou até surpresa de estar falando com vocês, geralmente as únicas pessoas com quem falo, são a Lily e meus pais.

– Nossa! – Luke exclamou surpreso. – Uau! Mas porque você não fala com as pessoas?

– Não sei ao certo como explicar. Eu só me sinto mais à vontade com os livros do que com as pessoas. – Dominique suspirou.

– Entendo, sabe tem uma amiga nossa, ela também tem essas coisas. Só que invés de livros, ela só vive no computador. – Danielle falou e as duas primas ficaram com uma cara de interrogação.

– O que é computador? – Lily perguntou e Cassandra respondeu.

– É tipo uma caixa em que pode ver vários tipos de informações e notícias. Ela é bem complexa. É difícil de explicar. Mas tenham em mente que ela pode trazer coisas boas e outras bem ruins. – Cassandra terminou de falar e as expressões das primas suavizaram.

Durante toda a viagem os cinco jovens conversaram sobre vários tipos de assuntos e Cassandra até conseguiu arrancar algumas informações da família Potter, sem que Lily ou Dominique percebe cessem.

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– James! – Um garoto ruivo chamou o primo, quando o mesmo entrava no corredor.

– Fred! Meu caro amigo! Como vai? Não te vi na Toca nessas férias. – O moreno, que se chamava James, parou ao lado do primo e pegou um cigarro.

– Fui para o Brasil, com meus pais e Roxanne. As mulheres brasileiras são deliciosas. – Fred falou animado. James acendeu o cigarro. – Sabe James, você deveria parar de fumar esses cigarros.

– Relaxa Frederico, faz uns dois dias que eu não fumo. – James inalou a fumaça do cigarro e depois solto-a.

– Não deveria nem fumar. – Fred resmungou e James revirou os olhos.

– Eu ouvi Fred. Acho que não deveria se meter na minha vida assim. O que eu faço com meu corpo ou não, só diz respeito a mim. – James falou mal-humorado.

– Não, só a você James. – Fred falou e mais uma vez James revirou os olhos. – A sua mãe, seu irmão, sua irmã, todos os seus familiares.

– Você acha mesmo que eles se importam? Acha mesmo que se algum de nós morresse agora, eles iriam sofrer metade, do que dizem que sofreriam? Acho que não Fred. – James, que a essa altura já havia terminado o cigarro, saiu andando pelo vagão.

Seus pés lhe guiaram até uma corvina do sexto ao, em que ele havia se interessado á algum tempo.

Logo os dois estavam trancados na cabine mais próxima. E essa era a rotina de James Sirius Potter.

Sexo, cigarros, drogas, e mais sexo.

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– Albus estou lhe dizendo! Claire vai me enlouquecer! Você acha mesmo que eu vou conseguir controlar aquela peste!? – Scorpius, o mais novo dos Malfoy’s, falava nervosamente para seu melhor amigo, Albus Potter.

– Scorpius, sua irmã é mais velha do que você, e não precisa que você cuide dela. – Albus disse entediando, já que o amigo não parava de falar desde que entraram no trem. – Você acha mesmo, que para uma garota que sempre estudou em Durmstrang, Hogwarts vai ser um problema?

Scorpius ficou sem ação, tentou argumentar com o amigo, mas não achou um argumento melhor. Então falou, o que todos os irmãos ciumentos falariam.

– Albus, você não entende a gravidade da situação? Claire é linda, qualquer um cairia aos pés dela! Vai que tem um tarado em Hogwarts! – Scorpius disse e o amigo revirou os olhos.

– Scorpius, estou cansado de ficar ouvindo você reclamar. – Albus disse e Scorpius fechou a cara. – Afinal, onde sua irmã está?

– Ela teve que ficar em casa, para conversar um assunto super importante com Lucius. – Scorpius disse ainda com a cara fechada.

– Scorpius pare, olha cara eu não estou muito afim de ouvir você e seus ataques de ciúmes ridículos. – Albus depois de explodir, saiu da cabine e começou a andar pelo trem.

Albus andava sem rumo pelo trem, quando sentiu um corpo se chocando contra o seu.

– Olha por onde anda! – A voz despertou Albus do transe em que o mesmo estava.

– Desculpe, eu, eu não estou bem das ideias. – Albus suspirou cansado.

– Você está bem? Quer que eu chame alguém? – A expressão da garota mudou drasticamente. De raivosa para preocupada.

– Não, não. – Albus se permitiu sorrir.

– Hum, qual o seu nome? – A garota sorriu mudando de assunto.

– Albus, Albus Potter. – O moreno disse e um brilho estranho passou pelos olhos da garota.

– Malfoy, Claire Malfoy.