Arabesque escrita por Redmayney


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Devo pedir desculpas sim ou claro?
Sim, não postei ontem por dois motivos. Primeiro: Cheguei tarde em casa, fui cuidar de umas coisas relacionadas a minha viagem para SP. Segundo: Descobri que tinha prova de biologia e português, então tive que estudar legal, além de treinar violino pra hoje c:

Então me desculpem e agora vamos para o primeiro capítulo!



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Não demorou muito para chegarmos ao meu sobrado, ele se mostrava ser um daqueles enormes e modernos que muitos filmes famosos utilizam, e o único motivo de me fazer morar nele é por minha família ter me dado de presente, como uma comemoração pela a minha entrada na faculdade. Óbvio que o lugar era lindo, ao entrar pelos portões de ferro decorados, onde tinha uma guarita com um guarda de boa idade sentado e lendo um jornal, era possível já perceber a beleza do lugar e de como era delicado. Uma fonte enorme de água era vista na lateral, era o lugar destinado a tardes de chá sozinhas com acompanhadas de Mycroft, que insistia em me visitar e se preocupar comigo. O carro parou à beira das escadas frontais atrás de uma Lamborghini Murciello, pertencente a mim... por Mycroft, o homem-governo. Desci, assim como meu irmão, andando delicadamente para a porta de madeira escura que tinha um 221 metálico pendurado de cor dourada, em seguida para a sala de jantar, onde a reunião seria realizada. No ambiente era possível encontrar meus avós, tios e minha mãe. Infelizmente meu pai está cumprindo seu papel como militar, no Iraque e tem a estimativa de apenas voltar em Dezembro deste ano para o natal e ainda estamos em Setembro.

Todos ali presentes usavam roupas que não condiziam com a maioria das vezes que encontrei-os em outras ocasiões, menos minha mãe. Ela utilizava um vestido azul e amarelo que recebia detalhes de Vincent Van Gogh, sem contar que sua beleza era de deixar qualquer homem aos seus pés, ela era uma mulher de estatura alta, cabelos negros que contrastavam muito bem com sua pele branca feito porcelana. Sempre a via vestida conforme suas emoções, até porque seu trabalho era de ser modelo de passarela.

– Sherlock, o que aconteceu com o seu rosto?! - minha mãe exclamou caminhando em minha direção e dando um beijo em minha testa. Tratei de colocar uma de minhas mãos sobre o machucado. - Oh meu Deus! Te bateram?! O que fizeram com meu Jack Sparrow?

– Mãe, vamos falar disso depois. Agora é hora da reunião e pelo que eu saiba, infelizmente cheguei atrasado. - disse calmo – E não me chame de Jack, isso era quando eu tinha 8 anos. - ela deu uma risada e se sentou ao lado de meu tio, puxando uma cadeira e dando batidinhas para me sentar.

– Garoto, saiba que iremos tratar de algo sério e que tem a ver muito com seu futuro. - meu tio tratou de pronunciar, pegando um jornal que tinha sobre a mesa redonda de granito.

– Tenho certeza de que em tudo que você participa, são sobre assuntos sérios. - concluí e ele balançou levemente a cabeça como se aprovasse o que foi dito.

– Bom, vamos começar. - disse meu irmão surgindo do além com uma bandeja de prata com xícaras e um bule que denunciava conter chá.

–-------Arabesque--------

Minha mãe me abordou em meu quarto, pertencente ao primeiro andar do sobrado, após a reunião, para tratar de meus machucados, incluindo meus pés que tinham mais esparadrapos que pele humana. Em meu rosto uma área arroxeada se formou porém minha mãe não perdeu tempo lamentando e utilizou seu kit da salvação, que consistia em ser pó, base e corretivo.

– Pronto! Assim está melhor. Agora vá se arrumar para a sua aula de ballet e depois a gente vai ver como funciona os testes para a Royal Academy Ballet, ok? Foi bom ter tocado no assunto quando sua vó sugeriu na reunião. - minha mãe, Violet, disse feliz. Ela queria me ver da mesma forma fazendo o que gosto.

Agradeci e desci as escadas, indo à cozinha procurar algo para comer pois teria 3 aulas de ballet praticamente seguidas, no final acabei optando por um copo de leite pela preservação do meu estômago insistente em dar voltas e voltas, devido ao evento ocorrido mais cedo. Bebi o líquido e me encaminhei para fora da casa, em direção ao meu carro. Entrei ligando a máquina, descansando minha bolsa de ballet no banco passageiro e pegando o rumo para minha escola de ballet. Durante o trajeto nada de diferente aconteceu, nem mesmo o cd que havia colocado, nada mudou muito meu humor. Estacionei nas vagas que tinha na garagem da escola e desci, indo para dentro do lugar.

– Sherlock! Graças a Deus, pensei que não vinha! - um garoto ruivo falou alto, vindo em minha direção, me abordando na porta. Reconheci ser Vincent, o garoto ruivo que poderia muito bem ser parente de Ed Sheeran se não fosse alto que nem o ator, Tom Hiddleston.

– Ah, olá Van Gogh. - falei normalmente e ele sorriu. Seu nome era realmente esse, por motivos que sua mãe adotiva era uma grande fã do pintor e acabou resultando nisso. Andamos para o vestiário masculino em que se guardava nossas coisas em nossos respectivos armários.

– Sei que pareço dramático mas é verdade, todos ficam me encarando como se fosse uma aberração de zoológico.

– Como se não fizessem isso o resto da sua vida nesta escola. - falei sarcástico, abrindo o meu armário e pegando um par de sapatilhas de ponta que minha professora sugerira após eu ficar vidrado abestadamente olhando os pés dos outros da minha classe que faziam o uso.

– Hoje você tem aula particular? - Vincent perguntou, pegando sapatilhas meia ponta e a de ponta. Ele também era desses que utilizava.

– Tenho. Depois da aula em dupla e a de classe. - comentei fechando o compartimento e me virando pra ele.

– Hoje pelo jeito vai ser uma noite corrida pra você. - finalizou Van Gogh sorrindo. - Pra mim também, bom, metade do seu tempo. Afinal faço da aula de dupla com a Molly e você faz com a Janine, ai a aula de classe a gente se encontra denovo com o resto dos rapazes.

– Melhor irmos para nossas salas. Até mais, Vincent. - falei já andando para longe e ele riu.

Abri a porta da sala respectiva a minha primeira aula, a em dupla, e encontrei Janine treinando uma série de piruetas e sodanges, logo ela notou minha presença e pausou a música no som da sala, ela é cheia de espelhos, barras e ganchos para bolsa atrás da porta. Dei um oi e peguei as roupas necessárias para a aula, me encaminhando a um provador/camarim no canto da sala. No caso era apenas botar minha leggin preta e meu collant branco, mas não demorei muito no processo, realizando a troca e indo guardar o desnecessário em minha bolsa, pendurando-a atrás da porta.

– Estão prontos? - perguntou o Profº Rathe à nós dois, chegando pela porta que dava para a sala de professores. Afirmamos com a cabeça e a aula se resumiu em ensaiar o The Awakening Pas de Deux. Rathe não deixava nenhum erro passar diante de sua visão sem ser corrigido, a maior parte foi de Janine que estava tendo problemas com a postura mas aos meus olhos ela fazia tudo muito perfeito e ele afirmava estar errado. Não é atoa que a maioria dos alunos não gostam dele por ser tão rigoroso. E vamos concordar que levantar Janine e caminhar com ela não foi muito fácil pois exigia força e delicadeza ao carregá-la pela cintura, problema resolvido por mim, após testar uma teoria. A aula acabou assim que nossa dança deu fim e mal fiquei para dar tchau, tinha pouco tempo para ir à outra sala, tratei de pegar minha bolsa e sai correndo para a aula em classe.

–-------Arabesque--------

Minha aula em classe terminou e meu corpo doía, principalmente o abdômen, havíamos feito tantas flexões e abdominais que mal conseguia ficar em pé. A dor provocada pelo tal Lestrade acabou ficando mais forte e esconder estava sendo difícil. Vincent e um garoto que conheci aquele dia, Castiel, me ajudaram ir até o vestiário, aonde me sentei e um deles foi buscar um copo de água para mim. Poucos minutos depois, contei o que aconteceu para acontecer aquilo comigo, omitindo a parte do soco em meu rosto. Vincent estava furioso com o atleta que me agrediu e juro que a vontade de socar algo era grande dentro dele, Castiel se preocupava em achar um remédio para dor em sua bolsa. Por sorte minha aula começava daqui 30 minutos, amém.

– Aqui, finalmente achei! - o garoto de olhos azuis e cabelos espetados rebeldes comemorou, entregando um dos comprimidos para mim. Engoli de uma vez sem mistério, esperei o efeito dar início. Agradeci e ele sorriu.

– Cara, eu vou amanhã na sua faculdade matar este idiota. Quem ele pensa que é? - Van Gogh perguntava se acalmando. Pedi para ele não ligar e fiquei feliz por minha mãe ter passado maquiagem em meu rosto, imagina se ele soubesse do soco? Ai sim, amanhã meu amigo estaria no jornal com os dizeres "BAILARINO MALUCO MATA JOGADOR DE FUTEBOL". - Mas eles te chamarem de gay só porque você dança ballet é pra acabar!

– Agora é sério, menos Vincent. Vou ficar bem, não irei morrer. Enfim, tenho que ir pra aula. Amanhã a gente se vê. - falei me levantando e acenando, eles me deram tchau e fui embora para a sala de aula particular. Entrei nela encontrando tudo apagado, tratei de ligar as luzes e uma sensação reconfortante cresceu dentro de mim. Deixei minha bolsa de lado no pendurador atrás da porta e fui me alongar pela terceira vez aquela noite, meus pés doíam mas nada que não fosse habitual.

– Boa noite, Sr. Holmes. Espero que seu problema de dores tenha sido resolvido. - uma voz misteriosa disse atrás de mim e vi seu reflexo no espelho, era o Profº Rathe. Ele me encontrava abrindo uma abertura na barra de ballet de modo que poderia ser considerado perfeito. - Sim, a propósito bela abertura.

– Obrigada senhor.

– Continuando. Infelizmente sua professora não pode vir...

– Ou o senhor queria testar algo comigo. - concluí sua frase e ele sorriu. Saí da barra e comecei a testar minha meia ponta e ponta do pé.

– Seu irmão lhe criou bem até. Pensei que seria muito para a sua cabecinha. - Rathe comentou e dei um pequeno sorriso. Ele se aproximou e segurou minha cintura e a virou para frente do espelho, corrigindo minha postura. - Faça virado para o espelho e procure olhar seus pés no momento. - Assenti com a cabeça e fiz o que ele pediu. Recomeçando os mesmos exercícios de antes.

– Apenas a vi hoje de manhã, presumi que estaria correto em minha teoria. - falei rindo.

– Boa observação, Holmes. Agora deixa de moleza e vá para a diagonal, vamos testar seu nível de aprendizagem. A começar pelo sodange e depois seus giros. - ele pediu indo até o som da sala e ligando em uma música que reconheci ser Master of Tides da Lindsey Stirling.

Me encaminhei para o local indicado, corrigi minha postura, posicionando meus braços em braba, abrindo os meus pés ao máximo do possível que meu corpo fazia sem dobrar os joelhos para colocá-los em terceira posição, cruzando um pé até o meio em frente ao outro. Chequei rapidamente: Corpo para cima, pernas viradas para fora, peso sobre as duas pernas, sem deixar o pé ceder para algum lado... é parecia bom.

Lá vamos nós.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, amanhã (27/09/2014) deve ter mais um capítulo porque como eu já tinha tudo programado, vai ter sim.

A coreografia que o Sherlock tava treinando com a Janine era essa: http://youtu.be/XCiwE1vIOUI?t=1m5s c: