A Placa escrita por CrimsonQueen


Capítulo 1
A Placa - Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Waaaaassup! ~ * Crimson Queen aqui ♥ como vão? Espero que estejam bem PORQUE EU NÃO ESTOU NADA BEM ASDFGHJKLÇSDFGHJKLÇDFGHJKL mas enfim, para não assustar vocês vamos começar do começo, do início. Não é surpresa nenhuma que eu sou uma escritora que lida diariamente com uma dose de feelings maior do que o recomendado e o suportável pelo cérebro humano, OU SEJA, isso 99,9% das vezes resulta em overdose de feelings e choro em posição fetal no cantinho do quarto abraçada a um rolo de papel higiênico. POIS BEM, MEUS QUERIDOS, não sei vocês, mas eu quando não estou dormindo nem comendo estou escrevendo — que novidade. Já perdi as contas de quantos RPGs eu tenho e acrescento que tenho mais RPGs que fios de cabelo , ou seja... é. A vida não tá fácil, principalmente para uma pessoa sensível como eu que não pode ouvir uma música que já pensa em como pode encaixar seus OTPs nela. E o OTP da vez é Yullen! ♥ Assim como todas as minhas outras oneshots esta aqui nasceu de várias madrugadas sem dormir chorando em cima do teclado e abarrotando uma pasta do HD externo com imagens do Google QQ E como toda boa coisa feita pela linda autora que vos escreve, nasceu de monólogos/turnos de RPG que eu jamais vou postar porque o RPG está esquecido nas profundezas do oceano por falta de atualização. Mas acreditem, é horrível escrever tão rápido como eu faço — rápido entre umas trinta aspas, porque dependendo do turno eu demoro até uma hora pra escrever, mas também é O turno, recheado de feelings e tudo o que tem direito. Numa bela noite lá estava eu toda feliz porque tinha 80% dos meus RPGs para responder, mas aí quando eu fui espirrar já tinha respondido tudo. PUTA QUE PARIU, ISSO É MUITO TRISTE, SÉRIO. MUITO, MUITO TRISTE. >: É HORRÍVEL SER UMA PESSOA TÃO FEELINGZENTA COMO EU, PQP! Ç__Ç Às vezes eu fico me perguntando "Como será que é a vida de quem tem uma vida e não fica escrevendo 24h por dia como eu faço?" ... É. Eu sou uma desocupada do caralho. Julguem-me. QQ Mas eu vou encontrar uma utilidade para tanto feeling e tanta coisa que escrevo, podem deixar... ou não. ENFIM! Essa oneshot é a que contém a maior porcentagem de turno de rpg de tudo o que eu já escrevi, na verdade ela é 100% um turno de RPG de Yullen que eu est(ou)ava escrevendo com uma amiga — felizmente não direi o nome da quenga :v QQQ. Bom, também resolvi postar porque o arquivo onde eu guardo meus turnos está com 22 páginas, e está ficando um ~pouquinho~ pesado. QQ Às vezes eu acho que escrever tanto assim é uma coisa ruim, mas me lembro do sentimento de realização que toma conta de mim depois de cada escrita e cada elogio recebido, e então eu mando os pensamentos ruins para a puta que pariu. POIS BEM, vamos falar da oneshot em questão: ela se passa logo após a batalha com o Alma Karma, abrangendo o arco que começa no volume 20, capítulo 189 (A Voz de Judas) até o volume 22, lá pelo capítulo 200 (Semente da Ruína). É CALARO QUE eu inventei coisas, porque se você continuar lendo o mangá eles prendem o Allen e colocam o Link pra vigiar ele por causa do aparecimento do Décimo Quarto e bláblábláleiamomangáporqueeunãogostodedarspoiler. AH, SIM! Spoilers... eu, como sou uma dama super educada que não dá spoilers a menos que a pessoa peça já aviso que essa oneshot está cheia deles, ou seja... leia por sua própria conta e risco! QQ Mas ela é boa, eu garanto. ♥ Eeeeee como toda coisa que eu escrevo, não poderia faltar o catalisador de feelings, a.k.a música! Eu sempre escrevo ouvindo músicas ou versões instrumentais, e quando não ouço na hora eu ouvi e chorei antes QQQQ Bom, a fanfic é drama (e eu estou quase mudando meu nome de Crimson Queen para Drama Queen, porque né), então deixarei aqui as principais músicas (versões instrumentais, menos a última) que me inspiraram a escrever. São elas:The Last Song Im Wasting On You Evanescence (https://www.youtube.com/watch?v=CWQhEXwKPrw)Underneath Adam Lambert (https://www.youtube.com/watch?v=vc4bqgicqUM)My Immortal Evanescence(https://www.youtube.com/watch?v=K65jlSS1EEY)In Case Demi Lovato(https://www.youtube.com/watch?v=JaB_r0cAypQ) Recomendo que ouçam nessa ordem ♥ não precisam começar já ouvindo, coloquem para tocar quando vocês sentirem os feelings borbulhando no peito QQQ eu até cronometraria a minha escrita para bater com as durações das músicas, mas como cada um tem uma velocidade de leitura diferente não adiantaria muito. A da Demi tem a letra, e vocês vão encontrar uma sucinta explicação do motivo de todas as músicas no final da fanfic. Espero que não tenha cansado vocês com tanto texto IRAIRIARIARIR desejo a todos uma boa leitura! ~



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(...)

Eu sabia que isso poderia acontecer. Na verdade, acho que estava apenas esperando. Tinha empurrado esse pensamento para um canto escuro da mente tentando esquecê-lo, mas mesmo assim não adiantou. Era uma coisa que não dependia apenas de mim.

Eu sabia que aconteceria, mas fingi não saber para tentar ser um pouco menos infeliz. Pensei em mim, mesmo sendo uma coisa que não sei fazer muito bem... mas foi meio em vão. Aquela história que se desenrolou diante dos meus olhos quando fiquei preso com Road dentro da mente de Kanda... era uma história que se concretizaria custasse o que custasse.

Kanda não está destinado a ser meu. Nunca esteve, na verdade. Ele sempre foi do Alma, mesmo no passado não sabendo disso. A linha vermelha do destino nunca ligou nós dois... Ela esteve sempre bem amarrada a uma “outra pessoa”. Mas está tudo bem. Mesmo doendo, mesmo me dilacerando partícula por partícula, está tudo bem. Se Kanda não me amasse simplesmente por não amar aí sim eu ficaria com raiva, talvez o odiasse por algum tempo, mas acontece que ele não pode me amar. Não há o que fazer. Eu posso amá-lo — e o amo —, mas ele não pode me amar... ele não precisa. Mas, apesar de tudo, foi por amá-lo que consegui fazê-lo ficar com Alma, porque se dependesse daquele tapado os dois teriam simplesmente se destruído; Kanda nunca é sincero com os próprios sentimentos... Pelo menos consegui dar uns tapas nele. Eu não aguentaria, mais do que tudo, que ele não soubesse a verdade. Que não soubesse que a pessoa que sempre procurou estava ao seu lado o tempo inteiro. Protegi seus sentimentos para que pudesse entregá-los ao Alma e, ao fazer isso, tive enfim consciência dos meus... Mas já era tarde demais. Sempre foi. Quando peguei o garoto nos braços estava assinando minha sentença... estava entregando Kanda a ele. Se eu o quisesse para mim poderia apenas ter matado Alma ali mesmo na justificativa de estar fazendo meu dever... Mas eu jamais faria isso. Eu acho que queria vê-los juntos... mesmo amando Kanda com todas as minhas forças.



Sim, eu o amo, por isso o deixei ir.



Ele não seria feliz comigo. Naquele momento eu estava pensando nos dois, mas em mim também. Por isso chorei. Mas por isso entreguei um ao outro; por isso “os salvei”. E sabia que havia acertado em cheio quando, pela primeira vez na vida, fui chamado pelo meu nome completo.

É como uma placa. Ela está onde deve estar independente de vontades. Ela sinaliza algo, e ela espera por alguém que precise ver esse sinal. Eu fui a placa de Kanda... Eu lhe mostrei, lhe sinalizei que era Alma quem ele realmente amava. E ele voltou, finalmente tomando o caminho certo.

Só é uma pena que... na minha placa e na de Alma... esteja escrita a mesma coisa.

... Ou talvez na minha não esteja escrito nada. Ou esteja escrito uma coisa que eu ainda não estou preparado para ver.



Ele estava vivo? Morto? Eles estavam vivos? Mortos? Eu não sabia, mas daria a vida para saber...

... ou não. Fui eu que os mandei para Martel, logo aqueles momentos eram de mais ninguém além de apenas os dois. Eu ainda tinha tanto para dizer a ele, todas essas coisas que só já não foram ditas pois ficam dentro da mente, e porque o nó na garganta não deixa passar nada além de ar, em respirações ofegantes de dor e desespero. Eu sentia a falta dele. Eu sentia a dor dele. E sentia por não tê-lo contado antes tudo o que eu sentia.



É uma dor que só quem sangra dessa maneira invisível e infinita sabe como é.



Eu estava desnorteado. Não entendia direito a situação na qual eu me encontrava, mas aquele mantra que eu sempre repeti para mim não surtia mais efeito. “Fique calmo, está tudo bem, vai ficar tudo bem”. Eu sempre, sempre repeti isso para mim mesmo, me mantive firme e forte, porque é isso que as pessoas precisam: de alguém que as ajude, que traga para elas a luz que tanto procuram. Eu aprendi com Lenalee a ver a Ordem como um lar, a querer bem as pessoas que também me queriam bem, e felizmente aquele lugar estava cheio de pessoas assim. Mas, mesmo que estivesse, nenhuma palavra, nenhum consolo e nenhum abraço de nenhuma delas poderia me tirar desse estado de desesperança no qual eu me encontrava.

Eu havia fugido de minha razão. Mas, se não fosse por toda a força e fé adquiridas por todos esses anos, eu estaria bem pior; eu já teria perdido a batalha para o desespero, que como corvos empoleirava-se em meus ombros, me empurrando para baixo. Meus pés pesavam como se algemas estivessem presas a eles, e apesar de todas as dores que me ferroavam por todos os lados, eu continuava caminhando. Não me era seguro sair do quarto ou da vigilância de alguém no meu presente estado, mas eu mesmo assim o fiz; sentia que precisava.

Entretanto, não eram passos de quem buscava algo. Eram passos de quem apenas esperava.

E só quem já esperou sabe que a espera às vezes também pode matar. Mas eu não podia morrer, de jeito nenhum. Não queria, mesmo apesar de ter perdido Kanda... Exato. Eu não sabia se ele estava vivo, não sabia quando e se ele voltaria... e isso era o pior de tudo. Minhas mãos fracas e libertas das luvas alisavam a parede fria e débil enquanto eu andava em linha reta, em direção a uma porta em particular: a porta do quarto dele. Tão sozinha quanto eu.



“Ele está livre agora. Era tudo o que ele queria, e principalmente o que mais merecia. O que ambos mereciam. Ele está livre, está bem... está com quem ama. Agora para sempre, sem que nada os possa separar.”



Era o que eu conversava comigo em pensamento, uma tentativa inútil de aplacar a dor que me dilacerava, e me fazia sangrar de um sangue que ninguém mais podia ver. Não havia como curar estas feridas, então eu apenas me deitaria em meio a elas, e esperaria. Pelo quê? Não sabia ao certo. Mas eu esperaria. Era tolo esperar que Kanda voltasse quando eu mesmo havia assinado seu passaporte para a liberdade após tê-los mandado para Martel? Eu me contorcia entre as duas opções enquanto algo me vem à mente.



“Se lembra do lugar pra onde

a gente foi na primeira missão juntos...?”

“Sim!

Lá eles não vão nos achar por um tempo.”



Eu me ative às suas palavras como se elas fossem minha salvação.

Ele se lembrava da primeira missão que tivemos juntos. A primeira de todas, quando mal havíamos acabado de nos conhecer. Ele se lembrava de tudo aquilo. Eu guardava aquele lugar para mim como um santuário... um santuário que agora Kanda visitava, mas na companhia de outra pessoa. Uma pessoa que não era eu. A ironia me fazia sangrar um pouco mais, e meus braços caem esgotados sobre meu colo, e o cansaço obriga-me a sentar em frente àquela porta, mesmo sem ninguém atrás dela.

“Eu sei que não posso pedir isso a você, mas vou pedir assim mesmo: volte, Kanda. Eu achei que conseguiria viver sem você, mas eu não consigo. Mas eu não posso pedir para você voltar... embora eu queira muito. Você vai ficar bem? Eu sei que vai. Alma vai cuidar de você, e você vai cuidar dele... fique bem, Kanda. É só isso o que eu peço. Se você morrer depois do trabalho que me deu para mandar vocês para Martel eu juro que vou comer todo o sobá da Ordem, e não vou dividir com você, mesmo você me surrando depois, porque você é um babaca que só sabe resolver as coisas na base do tapa.”

Eu dirigia falas desvozeadas a mim mesmo, ou talvez para um ouvinte. Um ouvinte que estaria sempre ausente. Minhas mãos se levantaram novamente mas não foram muito longe, e pousaram na madeira da porta, onde depois eu encostei a testa, para então sentir os rastros quentes que as lágrimas grossas e salgadas deixavam pelo meu rosto. Aquilo realmente estava me matando. Não era uma ferida feita por akuma, mas doía tanto quanto uma.

Não. Doía infinitamente mais.

Lala, você pode me ouvir? Pode cantar para mim? Uma canção que me ajude a suportar tudo isso, uma que me guie enquanto eu tento juntar os cacos que antes formavam meu coração? Pode levar um recado para Kanda? Pode dizer que fui eu quem mandou... diga que eu o amo. Amo muito, e me arrependo de não ter dito antes. Diga que, se caso um dia ele quiser, ele pode voltar... Porque eu estarei esperando. Eu continuarei vivendo e andando, jamais vou parar... porque sei que um dia vou encontrá-lo de novo.

Tenho certeza de que vou encontrá-lo. Porque Kanda, acima de tudo, não obedece ninguém, e não faz nada que ele não queira. Muito menos obedecer a uma placa sem graça, que só fica lá, parada no lugar.


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Notas finais do capítulo

E aí?! Gostaram?! Tem alguém chorando aí (além de mim)? IRIAIRAIRAIRIR pois bem, vamos direto ao assunto: as músicas. É claro que mesmo que eu diga que o Allen estava sentindo isso e isso talvez vocês não concordem 100% comigo apesar de terem lido o mesmo texto, mas enfim, vou explicar: "The Last Song I'm Wasting On You" mostra a desesperança do Allen diante dos acontecimentos, e a dor que ele sente por não ter dito ao Kanda que ama ele, somada à dor de não saber se o Kanda, apesar de tudo, corresponderia ou não aos seus sentimentos. "Underneath" significa a profundidade do sofrimento do Allen, que por estar cercado de sofrimento numa escuridão sem fim apenas é guiado pelos sentimentos, indo até o quarto do Kanda sabendo que ele não estaria lá; isso significa a espera do Allen, mesmo ele não sabendo se o Kanda estava sequer vivo. E como eu quis terminar essa oneshot com uma faísca de esperança, "In Case" vem por causa da fala do Allen: "diga que, se caso um dia ele quiser, ele pode voltar". Na verdade aí é o pulo do gato, porque a expressão "In Case" significa "Caso [você queira alguma coisa]", que foi a palavra que usei na frase para ligar a música. E É ISSO AÍ!! Mereço um comentário, não? Nada mais justo, vai. É assim que vocês me ajudam a melhorar e a trazer fanfics cada vez mais cheias de feelings pra chorarmos todos juntos IRAIRAIRAIRAIRARIAIRAIRAIRI ENTÃO COMENTA AÍ! ♥



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