Three dark brothers escrita por Pão da Paz, Angels


Capítulo 2
O último medalhão


Notas iniciais do capítulo

Heyy, não sei se vocês sabem, mas cada capítulo é narrado por uma autora. Ou seja, eu narro a Alexi, e a nossa tia Pão da Paz narra a Samantha. Espero que curtam



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Alexi

3 vezes. Esse era o número de vezes que eu tinha me olhado no espelho. E essa seria a quarta. A blusa azul estava perfeitamente passada, o short nem tão curto, nem tão longo; a sapatilha preta e o cabelo amarrado, com apenas a franja solta, sem esquecer é claro, do medalhão. Maia, minha irmã, falou uma vez que minha aparência lembrava a Taylor Swift. Na época eu tinha achado escroto, mas agora...

Seria meu primeiro dia no escritório do Sr. Michelangelo. Estava acostumada a trabalhar como secretária, não seria nada de sete cabeças para mim. Por fim, satisfeita com minha aparência e com meu corpo, coloquei o óculos, peguei a bolsa e saí da casa. Escutei o maldito toque do celular, e o peguei, já sabendo quem era, e porque estava me ligando.

–Alô? -perguntei só para ter certeza

–Senhorita Alexi? Poderia vir buscar sua irmã? A diretora a deu uma suspensão -BANG! Em cheio. Revirei os olhos e suspirei

–Estou indo Meredith, estou indo -desliguei o celular, e mudei a rota do meu caminho

Terceira vez, só esse mês. Ou ela tem problemas mentais, ou ela...tem problemas mentais. Depois eu que sou a vilã da história. Que tipo de pessoa se atrasa no primeiro dia? Eu.

Atravessei a rua e fui para o subsolo, esperei a droga do metrô enquanto jogava um joguinho aleatório no celular e quando chegou, o mesmo estava parcialmente cheio. Entrei sem paciência e me segurei em uma das barras. Preciso de um carro. Não aguento mais.

O metrô finalmente parou e eu e mais umas 20 pessoas saíram. Meu celular tocou novamente, e só o atendi quando saí do subsolo e dei de cara com a praça.

–Até para isso você se atrasa? -perguntou a voz familiar do outro lado da linha

–Cala a boca, Louis. -falei exausta -Minha irmã aprontou de novo. Aquela idiota tem problemas mentais.

–Calma Alexi. Não vai acreditar em quem acabou de entrar aqui -disse do outro lado da linha

–Quem? -perguntei entrando no prédio da escola

–Samantha.

–Sa quem? -perguntei procurando a sala da diretoria com os olhos

–A nova assistente, do meu, quer dizer, do nosso chefe -achei a plaquinha e a fiquei encarando por alguns segundos

–Louis, meu querido amigo, você sabe que eu estou pouco me fodendo, certo? -perguntei ainda encarando a plaquinha

–Tenho certeza que você está preocupada com seu emprego -disse severamente -E se não chegar daqui a quinze minutos, vai perder a vaga. E eu vou rir da sua cara.

–Obrigada pela parte que me toca

–Foi de coração

–Eu não falei onde me toca -desliguei o celular e entrei na sala, dando de cara com Meredith, a secretária da diretora

–Onde ela está? -perguntei

A porta da sala da diretora se abriu e vi uma figura de cabelos lisos e castanhos passar sorrateiramente por mim. A segurei pelo braço, impedindo-a de correr, e saí da sala da secretária, voltando ao corredor.

–O que você fez?

–Interessa? -ela perguntou com deboche na voz

–Tem razão, não interessa -falei no mesmo tom e ela olhou para mim -Vai ficar de castigo de qualquer jeito mesmo -dei de ombros e me virei

–Não pode me colocar de castigo -ela falou -Não é minha mãe -me virei a encarei

–Então vá no cemitério, faça uma macumba, traga sua mãe de volta e peça para lhe puser de castigo. Problema resolvido -Fiz um positivo com a mão, sorri, me virei e andei até o portão da escola

–Como pode brincar com isso? -perguntou gritando, graças à distância

–Não estou brincando -a olhei por cima do ombro -Estou falando sério - e saí daquele inferno

********

Saí do elevador correndo e fui para a sala de entrevista. Louis estava sentado atrás de um balcão. O encarei apontei o dedo de uma forma acusadora e sussurrei "Teremos uma conversa", ele riu e eu entrei na sala de Sr. Michelangelo.

–Pois não? -putz, não bati.

–Com licença senhor? Vim aqui para entrevista como sua secretária -falei calmamente

–Sinto muito, mas a entrevista acabou -ele virou a cadeira, e olhou para mim

–Mas, nós nem começamos -continuei no mesmo tom

–Está atrasada! -ele falou com raiva

–Perdão...É que eu tive imprevistos, e... -ele me interrompeu

–Não tolero imprevistos. Louis me contou que teve problemas com sua irmã drogada... -o interrompi e bati os papéis em sua mesa

–Em primeiro lugar, ela não é drogada -continuei em um tom um pouco mais forte -Em segundo, o senhor não tem ideia do que eu tenho passado nos últimos 3 anos da minha vida, então por favor, se não sabe o que fala, não fala. -ele me analisou de cima a baixo e sorriu

–Tudo bem, gostei da sua atitude, mas vai trabalhar como ajudante do Louis -putz²

Sorri, mesmo não sendo o que eu queria, e me retirei da sala. Me direcionei até Louis, e o mesmo me encarou com uma expressão de dúvida. Joguei os papéis em sua mesa, o encarei, e segurei o maldito medalhão.

–Olá chefia -ele me olhou de cima a baixo e riu

–Está falando sério? -perguntou ainda rindo

–Você falou que ele era legal -disse secamente -Tudo o que vi foi um cara que gosta de saber fofocas -ele riu ainda mais com o meu comentário

–O que você falou pra ele? -quis saber

–Bem...nada de mais. Eu pedi licença, ele falou que tínhamos encerrado, depois falou que minha irmã era drogada, e então eu desmenti e... -ele me interrompeu

–Você desmentiu seu chefe? -perguntou saindo de trás do balcão e indo em direção à porta, apenas o segui

–O poder de autoridade tem seus limites -falei ajeitando a blusa, enquanto ele apertava o botão para o elevador subir. O elevador chegou, e logo depois entramos.

–Essa é a garota que eu te falei -ele pegou seu celular assim que a porta do elevador fechou

–Espera...Você tirou foto de uma garota, que praticamente, nunca viu na vida? -ele balançou a cabeça em um sinal positivo e eu me aproximei -Deixa eu ver

Ele deu uma breve risada, acessou a galeria e me mostrou a foto de uma garota de cabelos ruivos. Dei de ombros

–Bonitinha -fiz uma pausa -Mas espero que não vá namora-la, seria pedofilia -falei

–Por quê?

–Pelo simples fato, que ela parece ter 18 ou 19 anos, enquanto você parece ter 25 -falei rindo

–Ela tem 21 anos

–Não parece ter essa idade -respondi

–Nem você

–Aparento ser mais velha... -ele me encarou

–Você tem quantos anos mesmo? -perguntou

–22 -respondi

–Engraçado, parece ter 19 -o olhei com uma sobrancelha arqueada -Parece a Taylor Swift -revirei os olhos

–Por que todo mundo fala isso? -perguntei irritada

–Porque você se parece, tirando a parte que seu corpo é mais curvilíneo -a porta do elevador abriu, e nós saímos.

O medalhão que eu antes segurava -que parecia um pentagrama -pulsou e eu senti uma forte dor no estômago. Contraí meu rosto, e logo depois voltei à expressão normal percebendo o rosto de Louis

–Ta tudo bem? -perguntou

–Cólica -menti -Apenas cólica -e continuamos a andar

Não dá nem para contar no dedo quantas vezes isso já aconteceu. O medalhão pulsa, causa dor de estômago, não consigo comer nada, e quando o tento tirar, a minha mão queima. Tudo isso poderia ser evitado, se eu tivesse ido para a maldita escola de magia. Mas...não tínhamos dinheiro para isso.

Adentramos uma lanchonete, e me sentei de frente para Louis. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Maia

"Estou com Louis, vou para casa daqui a pouco, acho bom você estar lá."

"Okay" respondeu

–Vou pegar alguma coisa pra comer -disse Louis se levantando

–Não precisa pegar nada pra mim -falei e ele apenas concordou com a cabeça

Dá pra perceber. Ele ta caidinho pela ruiva. Samantha. Tenho que me acostumar com esse nome. O medalhão pulsou mais uma vez, e dessa vez emiti um ruído baixo.

Não estava só pulsando, mas queimando também.


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Notas finais do capítulo

ashashas :v
Vou avisar para vocês, que de acordo com minhas leitoras no Spirit, eu tenho fama de deixa-las com o cú na mão. Longe de mim querer isso :v
Fiquem com a Lau u-u Bjs :3



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