POV Thomas Wayne

Quando eu vi o corpo do Cairo no chão, eu corri o mais rápido que pude e me ajoelhei enquanto pegava ele nos braços.

–Cairo fala comigo.- balançava ele e nada.- Vamos Cairo acorda.

Rolei os olhos pelos corpo dele e notei que havia vários cortes, que eu deduzi serem ferimentos causados por espadas ou algo do tipo. Tentei sentir o pulso dele e nada.

–Por favor não faz isso Cairo.- dos meus olhos já saiam algumas lágrimas.
Eu sabia que mesmo que eu chorasse ou suplicase não adiantaria, meu irmão estava morto e nada que eu fizesse traria o Cairo de volta.

[...]

–Thomas vamos pra casa.- pedi meu pai.

Eu já havia chamado o meu pai, que por incrivel que pareça atendeu o celular, a minha mãe e o Clint é claro.

–Se eu tivesse sido mais rápido, isso não teria acontecido.- digo olhando para as minhas mãos sujas de sangue do meu irmão.

–A culpa não foi sua Cairo.- informa ele.

–Olha pra ela pai.- pedi fitando a grande Maria Hill que não parava de chorar, sendo consolada pelo marido.- Pela primeira vez na minha vida, eu to me importando com ela.

–Venha meu filho, você precisa descansar.- avisa meu pai.

Não digo uma palavra se quer apenas o sigo.

–Maria eu sinto muito mesmo.- diz ele próxima da minha mãe.

–Eu vou encontrar quem fez isso com ele mãe, custe o que custar,eu juro.- falo antes de sair.

[...]

É hoje o enterro do Cairo, levanto da cama e vou até o banheiro tomar um longo banho, quando saio escolho um terno qualquer, olho a minha imagem no espelho e chego a conclusão de que estou apresentavel. Ouço batidas na porta.

–Pode entrar.- dou a permissão a quem quer que seja.

–Ta tudo bem com você irmão?.- era o Howard.

–O que você acha Howard? eu me pareço bem?.- pergunto sem ânimo algum.

–Olha eu sinto muito cara.- ele coloca a mão no meu ombro.

–Tudo bem.- respondo arrumando o meu cabelo.

–Vamos?.- chama o Stark parado na porta.

–Podem ir, eu chegarei mais tarde.- aviso.

–Tem certeza disso?.- pergunta Howard preocupado.

–Absoluta Howard.- afirmo olhando pra ele.

–Ta certo, te espero lá.- informa ele antes de sair.

Me jogo na cama e fico olhando pro teto durante alguns minutos, até que acabo pegando no sono. Acordei num pulo olhei o relógio na cômoda e notei que dormi por cerca de trinta minutos, vou novamente até o banheiro e jogo um pouco de água no rosto.

Saio do quarto passo pelo corredor e desço as escadas, há essa hora não tinha mais ninguém na Mansão, todos já deveriam estar no cemitério, quando eu ia abrir a porta ouço uma voz.

–Pensei que nunca ia sair daquele quarto meu jovem.- me viro pra pessoa que estava sentada no sofá.

–Ras Al Ghul, o que você esta fazendo aqui?.- pergunto sério.

–Eu fiquei sabendo dos últimos acontecimentos, e queria dar as minhas pessames.- reponde ele como se fosse uma coisa simples.

–Pessames aceita, agora vá embora da minha casa.- ordeno.

–Calma eu vim te ajuda.- avisa Ras se levantando.

–Ajuda? quem disse que eu preciso de ajuda?.

–Ora garoto eu sei que você esta com raiva, esta se sentindo impotente por não ter chegado a tempo de salvar ele.- falava ele dando voltas sobre mim.

–Você não sabe de nada.- rebato.

–Eu quero que você venha comigo, eu irei lhe ensinar tudo o que eu ensinei para o seu pai, você será um guerreiro sublime e ainda eu lhe ajudarei a achar o responsável pelo assasinato do seu irmão.- convida Ras.

–A resposta é não.- digo rápido.

–Não precisa responder agora, daqui a exatos oito dias estarei a sua espera, se você quiser me encontrar estarei no fim do valle de Gotham.- sugere ele saindo da casa.

Esse cara é maluco, ele acha mesmo que eu vou entrar pra Liga dos Assassinos, se bem que ele disse que poderia me ajudar a encontrar quem matou o Cairo. Não Thomas isso não importa, balanço a cabeço afastando esses pensamentos.

[...]

Quase todos estavam lá, Os Vingadores, a Liga da Justiça, X-Men e a X-Liga Vingadora, menos a Ariana que estava em Asgard a uns cinco dias. Eu nunca tinha visto o Tony ou o Howard tão cabisbaixo como hoje, a minha mãe já não chorava mais porém ainda era vísivel o sofrimento dela a tudo aquilo que estava acontecendo, mas a Jéssica essa sim chorava sem parar por um minuto sequer, eu sabia que ela e o Cairo tinha um pequeno caso, porém não sabia que era uma coisa tão séria. Minha mãe não falo nada o velorio inteiro, estava na hora de dizer tchau pro Cairo, ou melhor adeus já que ele nunca mais vai voltar.

–Eu poderia falar algumas palavras?- pergunto, minha mãe apenas concorda com a cabeça.

Caminhei até o caixão do meu irmão e olhei ele pela última vez na minha vida, me viro para eles e começo.

–Eu nunca dei muita importancia pra minha mãe, e com certeza isso acabo me afastando do meu irmão, eu e o Cairo mal trocavamos uma palavra durante um dia inteiro, sem contar que eu nunca fui de demostrar afeto algum por ele, porém eu queria só o bem dele, queria proteger ele, mas eu não consegui nem fazer isso. Mas eu quero que vocês saibam que eu amo muito o Cairo.- temino abaixando a cabeça.

"Adeus irmão" penso comigo mesmo.

Assim que eu terminei o "discurso" uma leve garoa começou, como em filmes.

[...]

Seis dias depois

Eu estava jogado em um canto qualquer do meu quarto, pensando em tudo o que aconteceu nos últimos dias. Desde do enterro do meu irmão eu não fiz nada, só fiquei trancado aqui dentro sem ânimo algum.Ouço batidas na porta.

–Alfred eu já disse que não estou com fome.- grito, o Alfred sempre vem me trazer alguma coisa pra comer, porém eu não faço nem questão de abrir a porta.

–Não é o Alfred, sou eu Thomas.- como eu conhecia aquela voz que estava do outro lado da porta.

Em um salto levanto e vou abri-la.

–Ariana a quanto tempo não?.- digo abrindo a porta e dando passagem pra ela entrar.

Nem espero ela responder e volto pro meu canto de novo.

–Thomas se olha no espelho.- pedi ela.

–Pra que eu faria isso Ariana?.- pergunto sem interesse algum

–Olhe você mesmo.- ela me pega pelo braço e me levanta me puxando logo depois para frente do grande espelho que tinha ali.- Você ta um lixo Thomas.- afirma Ariana.

Me olho no espelho, Ariana esta certa, o meu cabelo esta todo bagunçado, barba pra fazer, olheiras profundas, eu estava pálido, minhas roupas estavam todas amassadas.

–Não humilhe o pobre Lixo Ariana.- digo á ela.

–A quanto tempo você não pente o cabelo,não dorme, não come, não troca de roupa?...qual foi a última vez que você tomou um banho Thomas?.- pergunta Ariana olhando fixamente pra mim.

–Eu não tenho a mínima ideia Ariana, acho que eu não faço nada disso desde do enterro do Cairo eu acho.- repondo.-Thomas você esta se acabando aos poucos, não faz isso com você mesmo por favor.- pedi ela.

–Eu não tenho ideia do que fazer Ariana, eu falhei com o meu próprio irmão.- desabafo, já não aguentava mais aquilo.

–Thomas eu posso te aju...- a Ariana não termina a frase, pois ela sai correndo rumo ao banheiro.

–Ariana ta tudo bem com você?.- pergunto preocupado.

–Ta sim, eu só passei mal deve ter sido alguma coisa que eu comi.- informa ela.

–Olha eu vou tomar um banho, troca de roupa depois comer alguma coisa, ta bem?.

–Faça isso sim, mas agora eu preciso ir, tenho que ajeitar os últimos detalhes antes da minha coroação, eu só vim te ver mesmo.- explica Ariana.

–Pode ir eu vou ficar bem.

–Tem certeza disso?.

–Tenho sim.

–Então eu vou ir.- Ariana vem e me abraça depois me beija.- Te amo Thomas.

–Também te amo Ariana.- digo com um pequeno sorriso.

–Se cuida.

–Pode deixar.

[...]

Dois dias depois

Havia se passado dois dias desde da minha conversa com a Ariana, eu andei pensando muito sobre o que fazer nesse periodo e cheguei a conlusão que o melhor a se fazer é aceitar a propósta do Ras Al Ghul, e pra minha sorte hoje é o dia que ele estará me esperando.

Na verdade eu já estou no meio do valle de Gotham, em frente há um riacho, andando tranquilamente rumo ao meu destino. Porem eu tenho uma surpresa quando alguém me chama.

–Thomas!.- me viro e me deparo com o Howard.

–O que você esta fazendo aqui Howard?.- pergunto surpreso.

–Eu que te pergunto Thomas, o que você esta fazendo aqui?.

–Eu decidi trilhar um novo caminho Howard.- digo simplesmente

–Do que você esta falando Thomas?.- Howard fez uma careta.

–Não é da sua conta.- repondo ríspido.- Como foi que você me achou Howard?.

–Eu coloquei um rastreador no seu relógio, eu sei que você nunca tira ele mesmo.

–Vá embora, eu preciso ir.- falo me virando pra frente novamente e volto a caminhar.

–Você não vai a lugar algum Thomas.- ele corre e fica naminha frente.

–E quem vai me impedir?.- pergunto á ele.

–Eu vou.- diz Howard decidido.