Deixe a neve cair escrita por Snow Girl


Capítulo 18
Dimitri


Notas iniciais do capítulo

Heeeey vocês me deram tantas ideias que eu já terminei o capítulo ~yeah!~ e tô com outro pov do Dimitri quase pronto.
Esse capítulo é dedicado à Jessi/Joy que é uma linda (embora esteja desaparecida) e que recomendou a fic *-* Te adoro sua branquela.
Hoje obviamente não é dia de postagem, mas esse capítulo tecnicamente não faz parte da história so....
Enfim, para deixar claro o último capítulo foi
"— Vou te levar para casa — Dimitri disse-me, ainda me olhando muito sério.

— Alguém já te disse que você fica muito sexy quando fica bravo?

Ele ficou completamente vermelho.

Sorri e deitei a cabeça em seu peito. Ele não fez nada para me manter ali, mas nada para me afastar também.

Enquanto o carro deslizava pelas ruas escuras da cidade, eu caí na inconsciência."
Blablabla.
Espero que gostem, comentem e digam o que acharam, se eu devo ou não fazer outro capítulo narrado pelo Dimitri.
Enjoy!



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Levar Layla à Luxury foi ideia de meu pai, ele queria que eu mostrasse à Layla meu passado. Como se eu não me envergonhasse o suficiente dele, ainda tinha que mostrar aquilo para ela.

— Pai — queixei-me quando ele me encurralou em meu escritório durante a tarde, longe dos olhos curiosos dos guardas. — Layla não precisa…

— Dimitri — só a forma como ele falou meu nome me deu noção de que eu deveria manter a boca fechada —, você vai levá-la até a boate. Layla precisa saber do seu passado para entender quem você é agora e Katya tem informações pertinentes, você já vai acabar com três problemas que têm me aborrecido muito de uma vez só.

Meu pai estava andando de um lado para outro enquanto dava as ordens.

Eu sabia perfeitamente quais eram os problemas que o estavam aborrecendo e um deles se chamava Dimitri. Minha recusa a seduzir Layla o irritava profundamente porque se eu não me casasse logo meu primo Demyian iria assumir o trono por ter diretamente o sangue da família.

— Deixe Layla fora disso — pedi cansado. — Já é difícil mantê-la longe o suficiente sem ela saber meus podres, se souber… — não concluí o pensamento. Eu sabia que não seria forte o suficiente para abrir mão de mais uma pessoa na minha vida, alguém que me entendia e aceitava completamente sem pedir nada em troca.

Ele me lançou um olhar astuto, mas fora forte o suficiente para manter a expressão sem vestígios de esperança.

— As muralhas estão finalmente caindo, não estão?

Retribuí seu olhar, impassível.

— Layla destruiu todas elas há muito tempo, senhor.

O rei me lançou um olhar mais carinhoso que eu imaginei possível.

— Já era hora meu filho, já era hora.

Ele saiu e me deixou sozinho com os relatórios sobre os rebeldes no leste.Passei os olhos sobre os papeis, frases soltas saltaram aos olhos como se estivessem em negrito "Pior crise do regime", "Autoridades não sabem o que fazer", "Alertas por toda a região", "Dezenas de mortos e feridos".

Suspirei e passei a mão pelo cabelo. Eu também precisava sair naquela noite.

Então, como o idiota que sou, tive a brilhante ideia de seguir a ordem do meu pai.

Chamei Anya até meu escritório pouco antes de convidar Layla para sair. Deus, eu me sentia tão estranho, como se fosse a primeira vez que eu chamava uma garota para sair, embora na verdade fosse. Nunca precisei fazer o convite, durante meus anos negros qualquer uma servia, depois deles, não me interessei em ninguém.

Pela primeira vez desde aquele estranho acordo feito em segredo no quarto do príncipe de Illéa, senti todo o impacto de ter minha vida tão intrinsecamente ligada à de Layla. Eu ia chamá-la para sair e aquilo me apavorava.

— Vou levar Layla até a Luxury — soltei de uma vez quando Anya entrou.

— Não, não vai — disse resoluta e irritada como uma leoa. — Aquela menina é boa demais para ser corrompida por aquele lugar…

— O lugar de onde você veio — lembrei-a brandamente. — Meu pai disse que talvez seja hora de Layla conhecer a parte mais vergonhosa do meu passado.

— Existem muitas vergonhas em seu passado, Alteza, e a princesa Layla não está interessada em nenhuma delas, apenas no presente.

Eu queria perguntar o que aquilo queria dizer, por quê de repente minhas mãos começaram a formigar, mas pela disposição de seus lábios eu sabia que nada sairia da boca de Anya.

— Dê roupas à Layla para que ela seja menos uma princesa por essa noite. Eu quero que ela tenha aquilo que foi negado por tanto tempo em Illéa.

Anya me olhou irritada, mas aquiesceu.

Ela ia me matar se algo acontecesse com Layla na Luxury, embora eu estivesse mais que disposto a fazê-lo eu mesmo se agisse como um idiota em nossa primeira noite juntos em um lugar neutro.

Vi que Layla estava extremamente surpresa e muito curiosa para conhecer outras partes da cidade. Aquilo me fez sentir melhor, talvez eu pudesse encurtar o que quer que fosse que Katya tinha a dizer e simplesmente ser um rapaz normal com uma garota linda em uma boate. Ao menos era disso que eu tentava me convencer quando entramos.

A Luxury estava lotada como sempre, corpos dançando na grande pista de dança que um dj animava com músicas eletrônicas. O meu tipo de música em um ambiente que já estava se tornando estranho para mim.

Não me decepcionei com o que imaginei que Layla faria, pelo menos não no começo. Ela estava horrorizada e com os olhos arregalados correndo de um lado à outro, analisando cada pessoa e o ambiente em que se encontrava.

Vi quando ela arfou.

— Você costuma vir muito aqui? — perguntou em inglês, a voz estranhamente fina.

— De vez em quando, por quê?

— Elas não sentem frio? Esses vestidos não cobrem nada!

Dei de ombros.

— Devem sentir, mas é parte da natureza delas se vestirem assim, as mulheres russas gostam de se exibir — tentei fazê-la sorrir mas isso pareceu não ter um efeito muito positivo em Layla, que estremeceu levemente.

— Que horror, e eu pensando que estava mostrando demais com esse vestido. Perto dessas meninas eu sou a santa padroeira dos bons costumes.

Seus olhos correram para o próprio vestido, uma peça de veludo negro que fazia seu corpo parecer ainda mais bronzeado que de fato era e que abraçava suas curvas delicadas de modo enlouquecedor.

Pensei em dizer que com aquele vestido ela estava tudo, menos representando os bons costumes, mas deixei o assunto sem comentários. Layla não precisava saber o efeito que tinha sobre mim, ainda mais com esse efeito tendo prazo de validade.

— Bem… vamos sentar? Você quer beber alguma coisa? — indiquei dois lugares livres lado a lado diante do balcão.

Layla deu de ombros e me seguiu até lá.

— Vodka — pediu com um sorriso de quem sabia que estava fazendo algo errado e adorando aquilo.

Ergui uma sobrancelha para ela.

— Kvas — pedi à garçonete, que deveria ser nova pois eu não a conhecia. Ela piscou algumas vezes, só para ter certeza que eu realmente era o príncipe e saiu para atender nosso pedido.

— Lugar legal — Layla ainda olhava inquieta ao redor, como se procurasse por algo ou estivesse apenas apreendendo tudo aquilo.

— Nunca esteve numa boate antes? — perguntei desnecessariamente. Eu sabia a resposta, ela foi criada como um pássaro em uma gaiola. — Acho que todas elas se parecem um pouco.

— Não. Os únicos lugares que eu tinha permissão para ir além dos castelos reais eram escolas. Nem no Parlamento de Illéa eu podia entrar — um pequeno V vincou sua testa.

— Por quê não? — finamente pude fazer a pergunta que me corroía há tempos. Layla era durona, não precisava estar sempre cercada. Não tinha sentido os pais manterem ela ali, ainda mais quando Robert ia e vinha o tempo todo.

Ela suspirou e olhou-me com franqueza.

— Boa pergunta. Não sei a resposta, mas todo mundo sempre me prendeu no castelo como se eu fosse feita de vidro. Essa era uma das coisas que me aborreciam, porque eu precisaria me casar, mas nunca tive a chance de conhecer ninguém. Nunca antes, pelo menos — sorriu delicadamente.

A garçonete voltou com nossas bebidas e entreguei-lhe uma nota.

— As pessoas geralmente estão bêbadas demais para lembrar de pagar depois — expliquei para a expressão aturdida de Layla —, Então temos que pagar tudo na hora.

Ela arregalou os olhos mas não falou nada por um tempo.

— Sabe no que eu estava pensando? — perguntou seriamente, checando para ter certeza que estava tudo bem falar. — Sua mãe.

Assenti.

— Imaginei que isso passaria por sua mente. Ela morreu quando eu era pequeno. Um atentado na França. Meu irmão… ele se culpava por ter sobrevivido. Depois do acidente de Yuri… acho que peguei a culpa para mim mesmo — admiti. Yuri nunca teve culpa. Mamãe morreu quando foi comprar o meupresente de aniversário, não o de Yuri. Não foi Yuri quem tinha agido como um idiota mimado exigindo uma coisa estúpida que nunca usaria e que só tinha na estúpida Paris.

— É por isso que você é assim — Layla arrancou-me de meu devaneios.

— Assim como?

— Dedicado, eu acho. Você sempre dá o seu melhor em tudo para deixar seu pai orgulhoso.

Perguntei-me como ela conseguia saber tanto sobre mim com pequenas informações genéricas.

— Ele é a única família que me resta, Layla. Eu tenho que deixá-lo orgulhoso enquanto ainda está vivo — não achei de bom tom mencionar que ele tinha mais expectativa de permanecer vivo do que eu.

Ela pegou minha mão por cima do balcão, arrepiando cada nervo em meu corpo.

— Você agora tem a mim.

— Por três meses — corrigi-a infeliz. — Depois você voltará para Illéa.

— Isso não significa que não seremos amigos depois disso. Querendo ou não, três meses sob o mesmo teto aproxima as pessoas. Minha mãe ficou menos que isso antes de meu pai pedi-la em casamento.

Eu sabia desse fato, mas decidi argumentar só para jogar mais sal na ferida.

— Mas isso foi devido à Seleção — chamei a garçonete para mostrar que eu não estava preocupado com o assunto. — Eu não tenho necessariamente que escolher você e nem você a mim.

— Meu pai não precisava pedir mamãe em casamento. A Seleção tinha sido cancelada, espertinho. Ele a pediu porque a amava, mesmo que se conhecessem há pouco tempo.

Ela cruzou os braços de forma teimosa e meus olhos por vontade própria se prenderam a pequenos detalhes, como a forma que seus ombros se curvavam para trás e seu lábios parecia convidativos.

Mudei de assunto para mudar meus pensamentos nada decorosos.

— E as outras meninas da Seleção de seu pai? O que aconteceu com elas? Era uma competição, ninguém ficou chateado?

— Uma morreu, pena de morte por conspiração contra a Coroa; outras casaram com outros homens e uma se casou com o melhor amigo da minha mãe. Mamãe tem um bom relacionamento com a maioria delas.

— O melhor amigo da sua mãe? — bebi mais um pouco de kvas e Layla acompanhou-me fazendo careta para a vodka. Tive que reprimir um sorriso — Sério?

— Yeah, eles são meus padrinhos, James e Beatrice Steelway. E meu tio Henry e Lynn são padrinhos do Robert — ela ergueu uma sobrancelha sugestivamente. — O que mais eu preciso saber sobre você?

— Não acho que tenha algo sobre minha vida que você não saiba — respondi tenso.

Seus olhos claros endureceram um pouco, ela não concordava.

— Como você conheceu esse lugar?

Merda. Chegou a hora que meu pai tanto esperava.

— Eu costumava vir muito aqui — respondi. — Lembra que eu te disse que meu pai me bateu a primeira vez quando eu tinha quinze? Ele descobriu que eu era frequentador assíduo desse lugar.

Ela enrugou a testa.

— Ok, e…?

— Metade dessas garotas são acompanhantes. Prostitutas, como chamam em Illéa.

Layla tossiu.

— Você tinha quinze anos e frequentava…. um prostíbulo?

Dei de ombros, totalmente humilhado.

— É um marco frequentar um lugar desses e, sabe, ter sua primeira noite com uma acompanhante. Marca a fase em que você se torna um homem.

Seus olhos estavam cheios de horror e repúdio.

— Meu Deus — sussurrou.

— O quê? — queria poder explicar que à época eu estava muito mal, precisava de algo para desocupar minha mente de todas as mudanças repentinas, extravasar todos os sentimentos negativos e me anestesiar completamente, mas não tive tempo, Katya havia me encontrado na multidão e me chamava impaciente.

— Eu já volto — entreguei a carteira para Layla, em perguntando se ela por acaso saberia lidar com dinheiro. — Peça o que quiser.

Ela assentiu e pegou novamente o copo.

Fui a passos rápidos até Katya, que me puxou para longe dos olhos curiosos.

— O que houve? — exigi sem muita gentileza. — Meu pai disse que você tinha informações importantes.

— Sim, tenho. Sobre seu irmão. — Katya estreitou os olhos muito delineados — E olá para você também.

Cruzei os braços, mas fiquei olhando para Layla no outro extremo do salão.

— Comece a falar.

— Sua amiga é bonita, ela não é daqui, é?

Encarei-a.

— Layla não é de nenhum lugar que faz concorrência ao seu pequeno negócio — atalhei. — Agora, fale.

Katya bufou como um gato irritado.

— Um dos meus sócios no leste diz que viu seu irmão, seus cabelos estão mais longos e ele agora usa barba, mas está vivo e aparentemente liderando rebeldes.

Afastei-me dela.

— Yuri nunca…

— Yuri fugiu. Com uma das minhas própria garotas, que desgosto… Mas é ele com certeza, porque Thalia está lá também, enorme de grávida.

Grávida. Um herdeiro para a Rússia filho de um líder rebelde que fugiu de seus deveres no palácio.

Meu pai ia enlouquecer, mas pelo menos a linhagem iria continuar através do sangue dele, e não do meu tio.

Cuspi no chão, contrariado. Me revoltava a ideia de Yuri, que era meu modelo e inspiração, ter virado as costas para seu povo e sua família e agora estar nos atacando.

— Isso foi nojento, você sabe, não sabe? — Katya comentou como se falasse do tempo.

— Yuri realmente está fazendo essas coisas? Nos atacando?

Ela assentiu, insensível.

— Sei que a ideia não agrada, mas você é o herdeiro agora. Se tiver que derrotar um exercito liderado pelo seu irmão você é a melhor opção, Dimitri. Você o conhece melhor que ninguém.

Eu realmente conheço o meu irmão? As palavras venenosas em minha mente me ferroavam sem parar. Eu nunca havia notado o desejo de Yuri sair de casa, embora conversássemos muito. Eu não tinha mais certeza dos motivos que o haviam tirado de seu quarto quase seis anos atrás. Eu não sabia que ele estava apaixonado por Thalia até saber que ela também desaparecera naquela noite.

Comecei a duvidar de tudo que eu sabia. Minha vida toda desmoronando como um castelo de areia dia após dia, cada dia uma nova revelação terrível. Naquele ponto eu já não duvidava de mais nada.

Katya continuou matraqueando em meus ouvidos, mas o que eu queria saber já foi dito e eu continuei olhando para a loura que não parava de pedir que a garçonete a servisse mais.

Quando Layla se levantou, apressei-me em sua direção.

— Tchau para você também, Dimitri! Se precisar de uma amiga sabe onde me encontrar! — gritou Katya irritada.

Ignorei-a. Layla se aproximou de um dos palcos de pole dance e falou com Tanya, uma das dançarinas mais malucas do lugar.

A menina riu, louca, e chamou Natasha, que era uma das supervisoras.

Layla falou com Natasha um pouco e a acompanhante começou um pequeno show.

Homens excitados formaram uma meia lua ao redor do palco e eu tentei chegar mais perto através da multidão.

Alguns assobios e palmas me deram a certeza que outra pessoa havia subido no palco.

Layla estava dançando com desenvoltura, sexy como o inferno e tão louca quanto ele também.

Assim que desceu, trôpega, um homem a pegou pelo braço.

Empurrei ainda mais através das pessoas, amaldiçoando a Luxury por ser tão badalada.

O homem falou com Layla e ela respondeu irritada tentando se desvencilhar, vi quando ele tentou beijá-la e vi que Layla o mordeu com força.

Algo aconteceu e Layla começou a debater-se.

Finalmente consegui chegar até ela e puxei Layla para meu lado, um braço possessivamente em seu ombro.

— O que está acontecendo aqui? — rosnei para aquele ser, inflexível como o aço, furioso com ele e comigo por ter trazido essa garota linda e delicada ao covil dos tubarões.

Seus olhos se tornaram redondos como duas moedas quando registraram quem eu era.

— Me desculpe, Alteza, eu não sabia…

— Não se desculpe comigo! É à ela que você fez mal. Peça desculpas — era bom poder gritar com alguém.

— Me perdoe, senhorita.

Ela assentiu.

O homem repetiu o pedido de desculpas e saiu de perto.

Toquei o rosto pequeno de Layla, correndo os dedos por ele. Eu quase pusera tudo a perder.

— Layla, desculpe-me por tê-la trazido até aqui. Não sabe o quanto lamento. Por favor, perdoe-me. — sacudi a cabeça em desgosto. — Você está bem?

Por alguns segundos sua expressão era confusa e então...

— Você é o meu herói, Dimitri! — ela gritou e jogou-se contra mim, o braços envolvendo meu pescoço e a boca contra a minha, exigindo que eu correspondesse. E, ah, eu o fiz.

Layla tinha gosto de vodka na boca meus braços de repente a estavam puxando para mais perto. Eu a queria muito naquele momento e percebi que Layla também queria proximidade pois ela juntou ainda mais nossos corpos se isso fosse possível. O contato cru de nossos corpos despertou-me. Eu não podia fazer aquilo. O que eu estava pensando?

Afastei-a à distância de um braço. Foi preciso um esforço hercúleo para isso.

— O que nós estamos fazendo?

Layla se aproximou novamente, o olhos brilhando.

— Nos beijando — sua voz estava baixa e sedutora.

— Layla…

— Shhh — ela tentou me beijar outra vez.

— Vamos voltar para o palácio — resmunguei. Layla superestimava o meu autocontrole que naquele momento estava em frangalhos com tudo girando vertiginosamente em meus pensamentos. Peguei nossos casacos de volta e vesti Layla com delicadeza. — Antes que eu faça alguma besteira.

— Você é muito chato, Dimitri — disse.

— E você está bêbada — rebati. Eu havia me aproveitado de uma garota quase caindo de bêbada, inferno.

Ela riu olhando-me com uma pontada de delicadeza.

— Só um pouco.

— Vou te levar para casa — informei, transtornado colocando-a dentro do carro do governo à nossa espera. Dei as instruções para o motorista que assentiu.

— Alguém já te disse que você fica muito sexy quando fica bravo? — sussurrou Layla olhando-me hipnotizada.

Corei quando ela deliberadamente deitou a cabeça em meu peito. Menos de cinco minutos depois, Layla apagou.

Assim que paramos no palácio me vi em um dilema: como levar Layla para o quarto?

— Layla? — sussurrei tentando acordá-la, mas ela nem se moveu.

Sem outra alternativa passei um braços por suas pernas e a puxei para fora.

— Precisa de ajuda, Alteza?

Olhei apra o guarda ansioso diante de mim.

— Não, vou levá-la.

E, tomando muito cuidado para não fazer movimentos bruscos, levei Layla até seu quarto.

Anya, graças a Deus, não estava lá.

Olhei para o corpo estreito pousado na cama e decidi que ela precisava tirar pelo menos o casaco e os sapatos.

Deliberadamente tirei suas botas com muita delicadeza, meu dedos correndo por sua panturrilha até o pequeno pé, depois sentei a seu lado e apoiei seu corpo no meu para tirar o casaco, Layla nem resmungou.

Sentindo-me profundamente sujo, abri delicadamente os botões de pérolas em suas costas. Layla ia me matar, mas pelo menos não iria morrer de dor nas costas na manhã seguinte.

Tirei seu vestido sem olhar para ela e peguei a primeira camisola que encontrei, branca e longa, a mesma que ela usava no dia da tempestade.

Passei os dedos por seus cabelos louros, arrumando-os. e a cobri com a manta grossa.

— Boa noite, Layla.

—Mmmm… — murmurou em seu sono e eu sorri apagando o abajur.


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Notas finais do capítulo

Comentem meninas, o que acharam? O que deve ter no próximo capítulo narrado por ele?
E não, Pudim de Batata, não vou dizer a cor da cueca do Dimitri em um capítulo haushaus
Até sexta



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