All I've Ever Wanted - James & Lily escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 20
Quebrados.


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu quase chorei escrevendo isso, e daqui pra frente vai ser bem triste mesmo.
Estou pensando em pular o último ano deles, para não ficar repetitivo, vou mostrar só o final. Eles ingressando no mundo e tal, vai ficar bem legal, eu prometo!
Enfim, aproveitem a leitura!



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POV Marlenne:

“Lenne,

Faremos uma festa do pijama na minha casa! Não chamei a Dorcas por consideração à você, já que sei de tudo o que aconteceu. Não sei se Remus vai, mas...

Será logo depois de as aulas acabarem. O endereço está no verso.

– Lily.”

Fiquei feliz de saber que Lily escolheu me ajudar, afinal, eu mal conseguia olhar na cara de Dorcas! Respondi correndo minha resposta aceitando o convite dela, e aproveitando para mandar uma carta aos meus pais.

Eu e Sirius finalmente não ficaríamos sozinhos o tempo todo. Era bom tê-lo ali, mas como fui eu quem agrediu Dorcs, sinto como se meio mundo estivesse contra mim.

POV Lily:

– Tem certeza que ela não sabe onde você mora?

– Tenho, ela não vai saber de nada. Ah, e tem uma coisa que preciso te mostrar. – Disse, saindo de seu abraço no sofá. Estava mostrando tudo o que tínhamos em casa que mostrava o estilo de vida trouxa, mas havia uma coisa que ele ainda não conhecia: A televisão.

– O quê? – Perguntou ele, se endireitando no sofá.

– A televisão. Ou melhor, os filmes trouxas. – Respondi. Não ia colocar um filme de romance, sabia que ele não ia gostar.

No meio do filme, estava no maior tédio. Quer dizer, qualquer menina que chama o namorado para ver filme não quer exatamente ver o filme. James estava vidrado na TV, com a boca aberta, completamente maravilhado.

– Depois nós temos que comprar Dentes de Luz em algum lugar.

– Certo, James, certo. – Revirando os olhos. Quem sabe eu realmente deveria ter pego um romance besta qualquer.

...........................................

– Ok, James, você realmente veio para cá sem trazer nada? Já fazem uns 2 dias! Você tem que trocar de roupa, ou sei lá!

– Nada, posso pedir para Sirius mandar uma coruja com algumas roupas. – Disse ele, se jogando em minha cama.

– Merlin, James... – Ri. Ele não ia passar nem mais um dia com a mesma roupa e a mesma... Roupa de baixo. – Vou lá pegar alguma roupa do meu pai, um pijama pelo menos.

– Tem certeza que ele não vai me odiar mais ainda? – Ele sorriu.

– Ninguém te odeia. É só ciúmes. – Pisquei para ele, e fui até o quarto de meu pai.

Peguei tudo o que eu julguei necessário para ele e voltei. Aproveitei e escrevi uma carta para Sirius, perguntando se ele poderia levar as coisas do meu namorado até a festa de Dorcas/Minha festa.

– Pronto, peguei o que eu achava que ia precisar.... – Disse, entregando as coisas. Ele sorriu, e simplesmente foi tirando a camisa, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Parei no meio da frase, já era a segunda vez que eu o via sem camisa e não me acostumava.

– Lil’s... Lil’s? – Disse ele, rindo e passando a mão nos cabelos. Me endireitei como quem acorda de um transe, e olhei para ele meio perdida.

– Ah... É.... Certo, toma aqui as suas coisas. – Disse, empurrando as roupas para ele, rindo de mim mesma. Ele simplesmente jogou as roupas na cama, me tomando em seus braços.

– Sabe... Isso tá ficando injusto.

– Por que?

– Oras, você já me viu sem camisa duas vezes. E eu não te...

– Merlin, James! Pega suas coisas e vai lá tomar banho. – Disse, jogando o pijama nele e apontando para o banheiro.

Que menino mais atrevido.

POV Dorcas:

Remus e eu fomos chamar Alice, Frank, Molly e Arthur para encontrarmos meus pais na entrada de King’s Cross. Todos carregavam enormes malões cheios da bagagem do ano inteiro, fora as roupas normais que usaríamos em minha casa.

– Doryzinha! Querida! Aqui! – Disse minha mãe, frenética na estação. Meu pai apenas sorria e colocou a mão no ombro de sua esposa, que agitava os braços e dava pulinhos.

Meus pais nos conduziram até um banheiro sujo na estação, vazio. Demos as mãos e meus pais conduziram a aparatação até minha casa. Entramos na sala, e meus pais sentaram no sofá, tentando puxar conversa conosco. O problema era que todos estavam meio com medo de dizer algo errado na frente dos meus pais, e Remus até suava.

Sério, chegou a ser meio constrangedor.

– Então, crianças, como foi o ano? Estão felizes? – Perguntou minha mãe, tentando quebrar o gelo.

– Foi bem. – Responderam todos em uníssono.

– Bom, nós vamos... Vamos lá em cima. Gritem caso precisem de qualquer coisa. – Disse minha mãe, quase empurrando meu pai escada acima.

Ouvimos um baque surdo do lado de fora de casa, e espiamos por fora da janela.

– Eu já disse que aparatação não é meu forte, James...

– Quem de nós conduziu isso?

– Merlin, acho que vou vomitar.

Era Lily e James, chegando graciosamente. Ambos acenaram para nós, caídos no chão. Ele ajudou a namorada a levantar, tirando algumas folhas do cabelo dela, e vieram até a casa. Não era grande, tinha dois andares. Mas era meu lar.

– Oi Dorcs! – Disse Lily, parecendo nervosa. James deu um sorriso amarelo, e ambos não paravam de checar seus relógios. – Certo, é... Bom... Temos uma...

– Surpresa. – Completou o menino.

– Querem fazer o favor de explicar? Estão começando a me assustar. – Olhei para ambos, desconfiada. Ainda no batente da porta, ela abriu a boca para falar, quando ouvimos outro barulho de algo caindo.

– Céus, Sirius... Minha cabeça está girando...

– Você caiu em cima de mim!

– Ei, poderia ter sido pior!

Marlenne e Sirius.

Olhei furiosa para Lily e James, que sorriram, culpados e constrangidos. Eles se entreolharam, perguntando o que fazer com olhares.

– É... Dory, vem entrando, depois a gente conversa melhor... – Disse Alice, me puxando para dentro. Lançou um olhar inquisitivo ao casal que estava na nossa porta de entrada, e olhando para o outro par que se recuperava da aparatação.

– Tá. Tirem esses dois daqui. – Rosnei, antes de entrar. Como Lily pôde me enganar assim?! Chamando justo a Marlenne aqui?

POV Marlenne:

– Oi! – Disse Lily, quando chegamos ao batente da porta. Ela e James estavam na frente da porta, quase bloqueando a passagem.

– Oi...? – Falei, meio desconfiada. Geralmente, quando alguém te faz uma visita, você abre a porta e os deixa entrar. Tinha algo ali, eu podia ver pelos sorrisos nervosos dos dois.

– Então... EssaéacasadeDorcasenãoaminha. – Despejou Lily, e quase não entendi nada.

Fora o nome Dorcas.

– O quê?

Ela respirou fundo e repetiu a frase com mais calma. A casa era de Dorcas, e basicamente fomos enganados.

– Certo, então a Dorcas vai pedir desculpas ou o que? – Sirius levantou uma sobrancelha, cruzando os braços.

– Pensamos que poderia ser algo mais....

– Recíproco. – Completou James. – Vocês pedem desculpas, eles pedem desculpas....

– Não necessariamente nessa ordem. – Acrescentou meu namorado.

– Não, acho que eu devo pedir desculpas primeiro... Eu dei o tapa, acho que tudo o que aconteceu foi meio que consequência disso. Admito que agi sem pensar.

– Ótimo, legal! Então, vamos? Frank, Alice, Molly e Arthur também estão lá dentro. Depois vocês terão tempo o suficiente para nos agradecer. – A ruiva suspirou de alívio, sorrindo e abrindo a porta.

– É... Oi pessoal... – Disse, com um aceno nervoso. A verdade é que eu não sabia direito como agir ali, na frente de todo mundo.

– Olá! – Disseram todos os “não-envolvidos”. Dorcas continuou sentada, calada. Remus acenou com a cabeça, indeciso sobre o que fazer.

– Dorcs... Olha, eu sei que a gente acabou brigando e eu sei que eu perdi meu controle. Eu não devia ter te dado um tapa, acho que foi o calor do momento... Você acabou dizendo que eu não era amiga da Lily, e eu fiquei de cabeça quente de verdade... Sinto muito. De verdade. – Disse, me aproximando da loira no sofá. A carranca dela lentamente se desfez, trocada por um sorriso discreto.

– Eu também não devia ter te xingado, ou falado todas aquelas coisas horríveis para você. Acho que são os ossos do ofício de ser uma barraqueira. – Ela piscou, rindo. – Me desculpa, Lenne.

Dei um abraço nela, sentindo falta de conversar com ela.

– Desculpa, cara. – Disse Sirius, dando um soquinho no ombro de Remus, que riu.

– Tá, desculpa também.

Bom, foi bem mais simples do que eu esperava, honestamente.

...................................

– Mas o que essa mulher está fazendo na porta? Por que ela não deixa o Jem ficar ali também?! – Perguntou Sirius, indignado sobre o filme Titanic.

– Você é burro? A porta ia afundar! E não é Jem, é John! – Falou James, em um tom de quem entende sobre tudo.

Eu e Dorcas nos entreolhamos e começamos a rir.

– É Jack, meninos. – Disse Dorcs, rindo ao ver Alice e Lenne com os olhos marejados. As camisas dos namorados das duas já estavam úmidas com as lágrimas delas.

– Certo, mas por que ninguém pensou em jogar um bote para eles? – Molly indagou, confusa.

– Tinham muitas pessoas ali, como eles iam ver um casal no meio dos destroços? – Remus falou.

– Tá, mas qual é a função desse... Desse casaco esquisito que alguns estão usando? – Arthur perguntou, curioso. Todos sabíamos que ele sempre fora fascinado por nosso estilo de vida trouxa, e não era segredo que queria trabalhar com isso no Ministério.

– É um colete Salva-Vidas, e impede as pessoas de afundarem na água. São muito comuns em viagens assim, mas acho que aí não tinham o suficiente... – Ponderei, me encostando no peito de James.

Continuamos assistindo o filme, enquanto os nascidos bruxos perguntavam sobre cada detalhe, ou até mesmo por que não havia um único bruxo no navio para ajudar os outros.

Os pais de Dorcas desceram as escadas, pálidos como fantasmas. Pareciam em pânico, e correram em nossa direção.

– Crianças, fujam, agora! Não há tempo de explicar, temos que fugir logo! Apressem-se! – Sussurrou a mãe de Dory, nos empurrando até a porta do alçapão que levava ao porão.

– Mãe! Pai! E vocês? – Perguntou Dorcas, em desespero. Os olhos dela se encheram de lágrimas, e ela não queria deixar os pais sozinhos. Todos sabíamos contra o que eles lutariam, e as chances de sobrevivência. Os pais da loira apenas a abraçaram forte, como se fosse o último.

Quem sabe seria, realmente, o último.

POV Endora Meadowes:

– Vá, filha. Se proteja. Nós te amamos, muito. Não importa o que aconteça, você sempre vai ser minha menininha. – Sussurrei no ouvido de minha filha. Nunca me dera conta da mulher que ela estava se tornando. Tinha notas ótimas, tudo para ser uma grande bruxa. Ela era meu tudo, meu orgulho. Sempre seria.

No fundo, eu sabia que um de nós morreria naquela noite. Faria de tudo para que esse alguém não fosse Dorcas.

Empurrei-a escadaria abaixo, e me doeu ver seu rosto contorcido em dor daquela maneira. Lily puxou-a para baixo, me lançando um olhar cheio de agradecimento. Assenti e sorri em meio às lágrimas.

Abracei Leomund, apertando-o junto à mim. Preparei minha varinha, afinal, não ficaria ali sem lutar.

A porta se escancarou, e cinco máscaras prateadas entraram em minha sala ainda bagunçada pela festa das crianças. Pelo jeito, éramos importantes.

Aequora Teggo ! – Berrou meu marido, formando uma barreira de água densa da ponta de sua varinha, que se fechou sobre nós, impedindo o Fogomaldito que foi lançado sobre nós de nos atingir.

Anapneo! – Reconheci o feitiço. Merlin, rezei para que a mira do comensal fosse ruim. Olhei para o lado, e vi meu marido rolar os olhos e salivar pela boca, sem ar. Ele apertou a garganta por um momento, sem ar. Sua traqueia respiratória fora destruída.

Não. Não era possível.

Me joguei sobre meu marido, murmurando apenas “Protego Nerus”, o feitiço de proteção mais forte que conhecia. Conjurei um patrono, com o Harmonia Nectere Passus. Murmurei uma mensagem, fazendo-o se dirigir à minha filha.

Minha filha.

Talvez eu devesse tentar por ela.

Crucio. – Murmurei, apontando para um comensal. Era o que eu mais queria no mundo. Queria vê-los se contorcendo no chão, sentindo a dor mais excruciante que eu conseguisse causar neles. Meus olhos faiscavam e meu nariz sangrava conforme eu colocava todo o ódio dentro de mim naquele feitiço, no homem se debatendo no chão.

Bombarda Maxima. – Ouvi uma voz feminina dizer. Virei-me, e não pude desviar. A casa parecia desabar, e apenas abracei o corpo de meu marido, torcendo para que tudo ficasse bem com Dorcas.

POV Lily:

Dorcas tremia e chorava compulsivamente. Quando ouvimos o feitiço Anapneo, todos nos entreolhamos, sabendo o que acontecera.

As maldições lançadas eram capazes de contar o que acontecia para nós. Concentrados, ouvimos um feitiço de proteção ser conjurado, e logo depois, um patrono apareceu em nossa frente, na forma de um esquilo prateado reluzente. Dorcas levantou a cabeça, reconhecendo o patrono e a voz de sua mãe sendo emitida pelo mesmo.

– Seja forte, Dorcas. Honre seu pai.

E desapareceu. Ela chorou, e todos sabíamos que não havia nada que pudéssemos fazer. A menina se encostou em Remus, que a abraçou com força, deixando as lágrimas dela escorrerem por sua camisa de botões.

Crucio! – Ouvimos a voz da mãe de nossa amiga berrar. Soou como um urro de dor, foi o grito mais tenebroso que eu já ouvira.

Todos estávamos tensos, tentando amparar uns aos outros.

Bombarda Maxima.

Um estrondo enorme se fez ouvir, e a casa desabou sobre o alçapão subterrâneo. Beijei James desesperadamente, pensando que talvez, aquela fosse a última vez que eu o veria.

.................................................

– O-onde estou? – Murmurei, vendo um teto branco acima de mim. Minha visão estava turva, e haviam alguns vidros de poções ao lado de meu leito. Estava em um hospital, provavelmente o St. Mungus.

– Você estava presente quando a casa dos Meadowes explodiu, por obra de Comensais da Morte. Sentimos muito a perda dos pais de sua amiga, não havia nada que pudéssemos fazer por eles. – Disse uma voz confortante, porém a mulher disse isso como se fosse um discurso ensaiado.

– E os outros? Estão todos bem? – James. Remus. Dorcas. Marlenne. Sirius. Todos os nomes vieram como uma avalanche em minha mente.

– Vejamos... – Disse ela, conferindo uma prancheta. – O Sr. Potter foi um pouco mais gravemente ferido, já que estava em uma posição que te protegeu completamente, causando alguns danos em suas costelas, mas nada que não pudéssemos consertar... A Srta. Meadowes teve um braço quebrado, o Sr. Black teve alguns cortes um pouco profundos na perna e nos braços, mas novamente, nada irremediável. A Srta. McKinnon sofreu um trauma na parte inferior da cabeça, mas o único dano foi a necessidade de raspar os cabelos. E, o Sr. Lupin teve apenas um tornozelo torcido e um dedo quebrado.

– Merlin....

– Você deve ficar de repouso. Sua perna foi quebrada, e estamos no processo de colocar os ossos no lugar. Não se mova, e caso precise de algo, chame. – Disse a mulher, se virando.

Minha boca estava seca, com todas as palavras que eu não podia verbalizar. Por que tínhamos que viver assim? O que teríamos que fazer para restaurar nossa inocência, nossa vida? Todas as promessas, nossas esperanças...?

Queria que todos pudéssemos escolher, mas estávamos em guerra. Dali em diante, seria assim.

Nós só queríamos ser completos.

Mas tínhamos de resistir. Lutar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem!
Não deixem de favoritar a fic, acompanhar e recomendar! Me deixa superfeliz e inspirada!
Beijos, e até o próximo cap!



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