Demorou um bom tempo para eu me aceitar, eu me fingia de másculo, com M maiúsculo. Sabe aqueles caras que passam mais maquiagem que a piriguete da sua sala? E mesmo assim ainda me dizia O comedor de cocotas.

Sempre ficava tipo: “Olhem os meus músculos, como são grandes”, sempre me exibindo com meu corpo quase perfeito. Digo quase, porque eu tinha um bumbum tão flácido que doía de olhar, mas esse é um assunto no qual eu não gosto de tocar.

Depois de várias cirurgias eu finalmente virei uma borboleta e sai do meu casulo, as cirurgias me fizeram quase um robô, mas eu gostava dessa minha nova aparência. Foi dai que eu decidi me assumir para o mundo, larguei minha igreja para casar com um moreno simpático, por quem eu me apaixonei. Hoje eu sou gay com orgulho.

Não há uma regra de como um gay deve ser ou não ser, ele pode ser nerd, punk, másculo ou afeminado. Só abra sua mente, e lembre: Gay também é gente.