Sorry to You escrita por MihChan


Capítulo 4
Vocês combinam!


Notas iniciais do capítulo

~Yo :3 Olha eu aqui novamente e com um capítulo para vocês *w* - Não me diga ¬¬ - Sim, eu digo huehuehue Tá, parei~
Obrigada pelos comentários e um obrigada especial a Mel Grawford por ter favoritado a fic :3
Boa leitura ~>



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/547690/chapter/4

E toda a confusão na minha cabeça e no meu coração começou com um simples "Vocês combinam"...

Acordei e fiz minha higiene pessoal rapidamente. Estou com tanta preguiça que se eu pudesse me enterrar num mundo subterrâneo com milhares de doces e não fazer mais nada nesse exato momento, eu não pensaria duas vezes.

Quando estava descendo as escadas, o imbecil do meu irmão passa do meu lado e tromba comigo, me fazendo cair sentada na escada. Ele ainda para lá embaixo e começa a dar risada da minha cara.

– Seu inútil! – gritei.

Me levantei – tão rápido que fiquei até tonta - corri e pulei em cima dele. Caímos no chão e eu comecei a deferir tapas nele, enquanto ele ria como sempre. Acho que vou entrar para uma escola de karatê...!

– Ei crianças. – minha mãe apareceu da cozinha – Não briguem logo de manhã.

Nos encarou e nós tratamos de levantar e ficarmos rígidos, como se minha mãe fosse um general e nós os soldados. Ela sorriu satisfeita e se virou indo para a cozinha e nós a seguimos, lançando olhares mortais um para o outro.

– Ohayo, papai! – cumprimentei e sentei no meu habitual lugar.

Ryuuji fez o mesmo e suspirou pesadamente. Meus pais, preocupados com ele, começaram a fazer perguntas como: se ele estava gostando da escola, se já tinha namorada e coisas assim. Ele disse que não tinha namorada ainda mas que tinha várias garotas atrás dele. O que é a mais pura verdade, embora pra mim seja difícil de admitir... ~suspiro~

Acho que vou quebrar meu pobre cofrinho e comprar um óculos para todas as garotas da escola. O problema de visão delas é extremamente sério!

– Estou indo. – falei, me dirigindo a pia e depositando minha tigela na mesma e seguindo para a porta de saída.

– Tome cuidado! – minha gritou da porta enquanto eu montava na bicicleta.

– Hai! – sorri, acenei e comecei a pedalar.

Andando pelas ruas ao arredores da escola, tinha uma rua que era como um desvio do caminho mais próximo, mas eu adorava ir por ali por causa das grandes árvores Sakura. É uma paisagem muito linda, e o melhor: eu não preciso me preocupar com pessoas perambulando por aqui e acelerar a vontade que não matarei ninguém.

Ou não precisava me preocupar... Parei de olhar pra cima e encarar as árvores, para olhar para frente e ver Chiyoko, Ishikawa e... Yamamoto-san?! Estavam andando mais a frente e pareciam se divertir. Fui excluída... Não que eu me importe, mas é a Chiyo-chan ~chora~

Acelerei mais um pouco para poder alcançá-los... Péssima ideia! Meu freio funcionou? Não, ele não fincionou. Ainda bem que eu podia desviar deles e...

– Oh! – a ruiva fez uma expressão totalmente fingida de estar preocupada – Aquela na bicicleta não é a Ao-chan? – colocou umas da mãos na boca e sorriu de canto.

Espera aí! Sim, com certeza ela etá tramando algo! Só ela sabe que eu costumo vir por aqui as vezes, e deu um jeito de chamá-los para vir também. Ela jogou na sorte e acertou. O que ela está querendo com isso tudo?

– A bicicleta etá sem freio, então por favor não atravessem na frente dela! – gritei enquanto me aproximava.

Chiyoko me encarou e deu uma piscadela, levantou uma das mãos e sem nenhuma expressão, empurrou o Ishikawa para onde eu estava passando com a bicicleta.

– Aaahh! – ele gritou e por pouco, conseguiu segurar na cestinha que tinha na frente do guidão, ficando pendurado e com o rosto muito próximo do meu. Corou.

– O que? O que foi?! No que está pensando, seu idiota? – ralhei irritada com a aproximação dele.

– Pare a bicicleta! – gritou se recuperando do choque.

– Eh? Como se fosse fácil! – gritei de volta.

– Pare logo! – tentou apertar o freio, mas só me fez perder um pouco de equilíbrio e quase cairmos em uma curva.

– Pare seu imbecil!

– Pare você de pedalar, sua louca!

– Louco é você!

– Não sou! Nós vamos morrer~

Seguimos discutindo quase todo o caminho, até eu entrar na rua na escola e ter que começar a desviar das pessoas e aguentar o cochichos por causa do “bendito” Ishikawa Raku. Porque é super normal ver um garoto pendurado na bicicleta de alguém e ainda mais na minha bicicleta... Pfff! Isso acontece todo dia...!– Sinta a minha ironia -.

– Se abaixe, eu não consigo ver o caminho. – gritei sussurrando.

– Que?! Apenas pare logo essa coisa! – colocou seus pés no chão a fim de parar a bicicleta.

– Ei, veja lá como fala da minha bicicle... – vi o portão de entrada. - ta! - suspirei aliviada. Nós não vamos morrer!

Pedalei mais ainda, ignorando as reclamações do poste-animado. Acho que eu deveria ter parado naquela hora, e eu o teria feito se soubesse o que viria a seguir...

Parei somente quando chegamos na lateral da escola, e o Ishikawa quase não largou a minha bicicleta de tão em choque que ele estava. Perguntei para ele o porquê de estarem vindo juntos, ele, a Chiyoko e a Yamamoto-san. Ele corou e disse que estava vindo a pé, pois a sua bicicleta tinha furado o pneu e ele teria de trocar depois, então a Chiyo-chan o puxou e puxou a Yamamoto pelo caminho e os fez ir com ela.

– Eu fiquei tão feliz de estar com a Alice-san – chorou – e mesmo assim você conseguiu estragar tudo! – completou raivoso.

– A culpa não foi minha! – falei dando de ombros.

– E nem minha! – ele disse, choroso por ter tido chance de conversar com a garota do óculos roxo, e ter sido mole demais.

– Isso tudo aconteceu... – comecei, pensativa.

– Porque a... – ele continuou igual a mim.

– Chiyoko! – falamos juntos.

Arregalei os olhos e ele também. Tínhamos falado em perfeita sincronia. Estávamos pensando igual e isso estava ficando muito bizarro.

– Nunca mais... – comecei desviando o olhar e sorrindo ruborizada.

– Faça isso. – completou da mesmo forma.

– Você fez de novo! – falamos juntos e irritados.

– Pare com isso! – ele disse cruzando os braços.

– Pare você, seu bobão! – fiz caretas.

– Realmente não é nem um pouco feminina! – confirmou sorrindo superior.

– Eh?!

Ouvimos uma risadinha e isso desviou nossa atenção da discussão. – logo quando eu estava me preparando para o super kamehameha... #Chateada – Vimos Chiyko sorrindo e cobrindo a boca com uma da mãos, Yamamoto-san estava atrás dela e nós olhava corada e desconfiada.

– Você se dão muito bem! – a ruiva provocou-nos.

– O-o q-q-que?! – Ishikawa travou por a Alice está a sua frente.

– Claro que não! – falei indiferente.

– P-pois eu acho q-que vocês... combinam. – Yamamoto sorriu meigamente.

– QUE?!

...

– Eu não acredito nisso, Chiyoko! – falei, enquanto andava pisando duro até a sala de aula.

Eu estava visivelmente irritada. Ela tinha planejado aquilo tão bem e ainda tinha feito a cabeça da Yamamoto, e ela concordou, que eu e o projeto de poste tínhamos alguma coisa a ver. Eu não posso aguentar tamanho complô...!

– Mas Ao-chan! – ela choramingou – Você precisa arrumar um namorado para parar de ser tão tímida com os garotos! E o Ishikawa é o único que você não foge... – sorriu maliciosamente – Isso é coisa do destino! O fio vermelho já é bem visível! – simulou que estava segurando um fio invisível.

Simulei uma tesoura com os dedos e, com a cara mais lavada do mundo, cortei a porcaria do fio vermelho imaginário do destino que, na cabeça da Chiyoko, conectava a mim a ao Ishikawa.

Talvez o neurônios de ruivos dela não sejam assim tão melhores que os meus...

Ela entrou chorosa na sala e murmurava que eu tinha interferido no meu próprio destino e que coisas terríveis iriam me acontecer. Parei em frente a porta e encarei Raku que vinha se arrastando e delirava.

– Ela... acha que eu combino com aquela monstra... Eu quero morrer... – dizia. Uma veia saltou em minha testa.

Ele passou a aula inteira com um ar mais sombrio que nunca e nenhum dos professores tinham coragem de perguntar como ele estava, porque quando era chamada sua atenção só faltava ele tirar uma metralhadora do bolso e matar todo mundo.

As aulas passaram-se rapidamente, e a Chiyoko conseguiu convencer a Yamamoto-san a ir com a gente para um grupo de estudo – chato – na casa do “Raku-kun”. Fui me arrastando, literalmente. Se a chiyoko não tivesse segurando na minha mão, eu já estaria a quilômetros de distância deles, e namorando a vista linda que eu tenho da janela do meu quarto: a doceria.

Chegamos a uma casa consideravelmente grande e bonita. Li na caixa de correio: Ishikawa.

– Oh! – arregalei meus olhos – Oujii-sama? – o fitei, deslumbrada.

– O-o que? – ele se assustou e eu caí na real.

– Desculpe por isso. – pigarreei e isso, por algum motivo desconhecido, fez a ruiva e a nerd rirem. Esquisitas...

– Vamos entrar...? –o garoto perguntou.

Não, não. Vamos ficar aqui no meio da rua, quando o tempo está fechando e parece que vai chover, porque nós combinamos que seria em frente a sua casa e não dentro, seu imbecil!

Entramos e... Por acaso o Ishikawa é rico? Ele é mesmo um príncipe encantado igual nos meus sonhos? Isso é um tanto estranho de se falar... A casa dele é ainda mais bonita por dentro do que por fora.

– Ora! – uma mulher com longo cabelos pretos e olhos estranhamente violetas – olha quem fala – veio nos cumprimentar. – Sejam bem-vindas. – sorriu – Eu sou a mãe do Raku-chan! – ele corou e a encarou como se aquilo fosse extremamente desnecessário.

Subimos para o quarto dele e, realmente, ele é rico. O quarto dele é do tamanho da sala da minha casa, que o comodo com mais espaço na minha casa toda. Isso explica o porquê de ele ser tão irritante! Boyzinho mimado!

– Eu sei o que está pensando! – sorriu de canto, sussurrando para mim – Eu não sou um boyzinho mimado. - corei.

Sentamos ao redor de uma pequena e baixa mesinha, e começamos a tirar nossas lições e deveres de casa.

Por acaso está lendo meus pensamentos, Ishikawa Raku? Não pense besteiras, Aoi. Pode ser que ele esteja mesmo lendo seus pensamentos... O que eu tô pensando! É claro que não é isso e-

– Sim, eu estou lendo seus penamentos. – disse com cara de paisagem.

– Eh? – o encarei e ele afirmou – O que?! – me afastei dele, assustada.

– Pfff! – caiu na gargalhada – Suas expressões são tão fáceis de decifrar!

– Seu idiota! – cerrei o punhos, estava pronta para bater nele, mas sua mãe entrou no quarto.

– Vocês realmente combinam! – Chiyoko sorriu.

Ah, é. Tinha me esquecido completamente que elas estavam aqui também. É melhor eu parar de agir tão estranhamente se quiser que a Yamamoto-san seja minha amiga. Não por causa do hentai do Ishikawa, é claro...

– Eh? - a mãe dele me encarou - Você é namorada do Raku-chan? - ela sorriu de orelha a orelha e apertou a minhas bochechas.

– Não, mãe! - o garoto corou e se levantou - A senhora entendeu tudo errado. Na verdade, eu gosto da Yama-- ele travou e encarou a garota, que inclinou a cabeça para o lado, confusa.

Ele se sentou, derrotado.

– Chiyoko! - balbuciei e ela riu abafado.

Depois que conseguimos desmentir toda aquela história para a Ishikawa-san, voltamos a estudar... ou quase isso, porque eu estava mais interessada no meu mangá, que estava disfarçado com a capa do livro de matemática.

– E então? Pode me ajudar, Ishikawa-kun? – Yamamoto perguntou.

Avá que ele não quer! É como perguntar se macaco quer banana...

– ! – Raku levou uma das mãos ao nariz e desviou o olhar muito corado.

Não me diga que... Estava pensando besteiras, seu hentai desalmado?! Nojento!

Ele me encarou e começamos a conversar por olhadas:

O que eu faço? – olhar de preocupação do Raku.

Sobre o que? – olhar de não ligo da Aoi.

Eu não sei nada de matemática. – olhar choroso do Raku.

Seu idiota! – olhar indignado da Aoi.

Me ajuda! – olhar pidão do Raku.

Se vira, bocó! – olhar de dane-se da Aoi.

– Que fofos! – Chiyo-chan nos encarava – Já se entendem até pelos olhares.

– Eh? – ele ruborizou.

– N-não é n-nada disso! – falei com o rosto quente.

...

Raku conseguiu se aproximar um pouco da Yamamoto, mas a Chiyoko parecia não querer isso. Toda vez que ele ia ajudá-la, ela inventava que quem precisava de ajuda era eu, e dizia para ele vir sentar do meu lado e me ajudar. Esse foi um dos dias que eu irei adicionar a “a vida é cruel e a Chiyoko também!” no meu diário...

– Querem alguma coisa? - o poste perguntou já se levantando.

– Eu aceito um copo d'água. - Yamamoto sorriu e ele corou.

– Vou buscar ent-

– Deixa que eu pego! - o interrompi - Você vem comigo, Chiyo-chan! - a puxei.

Isso! Uma ideia genial para poderem ficar sozinhos e ele se confessar logo de uma vez. Se ele fizer alguma coisa pervertida, a Yamamoto-san vai gritar e eu vou vim correndo na mesma hora, então não há perigo!

Chegamos a cozinha depois de alguns minutos procurando. A casa dele é realmente grande!

– Você não acha que o Raku é um garoto ótimo? – a ruiva pegou alguns copos.

– Eh? Claro que não! – corei um pouco enquanto pegava uma garrafa de água na geladeira.

– Eu acho que vocês formariam um belo casal! – sorriu sonhadora.

– Ah, cala a boca! Hoje você está insuportável, Chiyo-chan. – choraminguei e ela deu língua amigavelmente.

Voltamos para o quarto e eu descobri que eles passaram o tempo todo calados e imóveis. Idiota! Eu dou uma incrível chance e ele não aproveita. Dei um soco em seu ombro e todos me encararam assustados. Estou irritada!

Chiyoko sorriu... Ela agiu estranho hoje o tempo todo. Eu preciso descobrir o que ela está tramando. O foco aqui é o Ishikawa e a Yamamoto mas, com certeza, não é nisso que ela está pensando.

– Obrigada por nos receber! – fizemos uma reverência à mãe dele e a mesma sorriu alegremente.

Estávamos parar ir embora, mas a Chiyoko, que está estranha hoje, disse para mim ficar porque o Ishikawa precisava de ajuda para arrumar o quarto uma vez que tínhamos feito uma bagunça terrível. E eu nem me lembro de ter bagunçado nada além de alguns copos de água...

– O que quer? – ele abriu a porta do quarto e me encarou como se quisesse que eu fosse para o tártaro e nunca mais aparecesse na sua frente.

– Eu não queria estar aqui, tá? – desviei o olhar – A Chiyo-chan disse para mim ser educada e te ajudar a arrumar a bagunça que fizemos. – falei com a voz trêmula.

Por quê? É, eu não faço a mínima ideia.

– Só você? – ele perguntou olhando ao redor. Provavelmente procurando a Yamamoto.

– É. – suspirei – Espera! Aquela traíra! Só mandou a mim, para se safar da limpeza! ~chora~

Ishikawa Raku me encarou como se eu tivesse sérios problemas mentais e abriu a porta do quarto bem lentamente e continuava me encarando, desconfiado.

– ! – me surpreendi – Já está tudo arrumado!

– Sim... – ele respondeu, óbvio – Eu tenho empregada, e a Chiyoko sabe disso. – falou e me encarou ainda mais desconfiado.

Aquela ruiva! O que ela acha que está fazendo?! Imaginei ela rindo da minha cara e me abraçando logo depois. Ela adora me pregar peças... suspirei pesadamente. Agora eu teria que ir pra casa sozinha.

Ishikawa me acompanhou até a varanda da casa, o que foi extremamente desnecessário. A casa dele é enorme, mas eu não sou tão lesada a ponto de me perder... acho.

– Bom, vou indo. – falei enquanto calçava meus tênis novamente e me preparava para ir embora.

CABRUM!

É! A vida não gosta de mim! Começou a chover repentinamente e eu me sentei no pequeno batente da varanda, totalmente frustrada e assustada. Ishikawa olhou o céu confuso e me fitou como e fosse a pessoa mais idiota que ele já havia conhecido.

– Está sem guarda-chuva, certo? – sorriu debochado – Passou no noticiário que iria chover hoje, e por acaso... Você tem medo de trovões?

Noticiário? Eu tenho cara de quem assiste noticiários?! E faça-me o favor, ninguém é perfeito!

Sentou ao meu lado suspirando e me fazendo olha-lo assustada. Ele me encarou com se dissesse: “o que foi? A casa é minha, valeu?” Logo depois fitou o horizonte e eu senti uma grande vontade de olhá-lo. Minha vontade foi tão intensa que eu a obedeci e o olhei um pouco antes que ele percebesse que eu o encarava e começasse a emanar a aura assassina e sombria que me fazia tremer.

– O que foi? – indagou.

– Nada. – sorri amarelo.

Ele deu de ombros e voltou a encarar o nada. Meu sorriso se foi e eu encarei meus pés. Eu quero saber o motivo de ele gostar tanto da Yamamoto. Eu não sei o porquê, mas eu quero muito saber... Seu eu perguntar...

– Ei. – chamei sua atenção – Qual é o motivo de você gostar tanto da Yamamoto-san? – o encarei, senti meu rosto esquentar.

– Ora, o motivo é simplesment— ele me encarou e corou muito.

Talvez eu estivesse muito perto ou estivesse corada também. Se levantou com um pulo, tentando recuperar-se do susto.

– Nada de mais! Ela é apenas e incrível! – sorriu zombeteiro – O completo oposto de você! – me encarou de esguelha.

“Vocês combinam.” Combinamos uma ova! Esse idiota!

Não sei porque mas... essa frase me machucou. Me levantei tentando não cruzar olhar com ele.

– Então, continuamos amanhã a missão Alice e Raku juntos! – peguei minha bolça e desci o pequeno batente. – Agora eu vou indo. – disse e comecei a andar na chuva.

– Ei, espere! – ele gritou e eu me virei para fitá-lo. – Ainda está chovendo forte! Espere mais um pouco, sua boboca! – rosnou, irritado.

– Eu não me importo! – sorri, coloquei a bolsa sobre a cabeça e tratei de correr para casa.

Droga! Droga! Droga! Eu devia ter esperado a chuva passar ao menos um pouco! É bem provável que eu pegue uma resfriado agora! Não sei porque, mas depois que ele disse aquilo de novo, eu me senti mal e quis sair de perto dele o mais rápido possível.

Estava passando perto do templo Inoue e resolvi me abrigar ali até a chuva passar.

CABRUM!

Um outro relâmpago e um trovão cortaram o céu novamente. Me encolhi com medo. Eu definitivamente devia ter esperado a chuva passar.

– Sua retardada! – me repreendi.

– Concordo plenamente! – ouvi uma voz conhecida.

Olhei para cima e vi o garoto, como uma capa de chuva, um guarda-chuva aberto e outro fechado na mão desocupada, Ishikawa Raku.

– Eh? – o olhei confusa.

Ele me estendeu o guarda-chuva fechado e quando eu o peguei, ele o puxou me ajudando a levantar.

– Está chovendo muito forte e está tarde. Será perigoso se voltar para casa sozinha. – falou sem me encarar e começou a andar para fora do templo.

Fiquei perplexa. Ele me odeia, certo?! E eu também o odeio! Então por que veio até aqui atrás de mim e como me achou? Garoto estranho.

– Vamos logo! – ralhou, percebendo que eu não me mexia.

Comecei a andar e o encarava de vez em quando. Ele mantinha um olhar frio e entediado. Parecia estar ali só por educação, como se fosse obrigação dele fazer aquilo e ele não queria realmente. Fomos chegando perto da minha casa e quando percebi tentei dispensá-lo, já que estava tão perto.

– Não. – negou – Eu te levarei até em casa. Não se sabe o que o caras por aí vão querer fazer se te encontrarem.

Corei ao extremo. Ele acabou de falar que eu sou bonita indiretamente?

– Q-quer dizer... o g-guarda-chuva. – riu nervosamente – E-eu preciso l-levar ele para casa ainda h-hoje. – desviou o olhar. - Então eu tenho que te levar até sua casa, só isso.

Sorri de canto. O que eu estou pensando?

Chegamos a frente da minha casa e mesmo sendo difícil para mim, eu tinha que agradecê-lo por ter me acompanhado até em casa.

– Arigatou, Ishikawa. – sorri fazendo uma reverência forçada e ele corou falando que aquilo não era necessário.

O entreguei o guarda-chuva e corri para dentro de casa. Entrei e suspirei me escorando na porta.

– Cheguei! – anunciei e subi apresada para o quarto.

O vi indo mais a frente pela janela do meu quarto. Meu coração está batendo descompassado... Por quê? Tenho que tomar cuidado porque a Chiyoko é realmente alguém que consegue me influenciar.

– Wah! – suspirei e me joguei na cama, molhando tudo com minhas roupas ensopadas – Ops! Fiz merda...

Meu irmão abriu a porta do quarto e me encarou por alguns instantes...

– Mãe! A Aoi molhou toda a roupa de cama que a senhora trocou hoje! – desceu gritando.

– Aoi! – ouvi minha mãe me repreender.

– Ryuuji, seu dedo-duro!

Realmente coisas terríveis vão me acontecer por ter cortado o fio vermelho do destino...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e comentem *u* Eu amo os seus comentários lindos! E novamente um "gostei" já basta, viu? Você pode até copiar daqui e só colar na barrinha dos comentários e apertar em enviar. Não seja tão preguiçoso, onegai ;w;
~Matta ne