Dramione - They Don't Know About Us . escrita por Larissa Black Malfoy


Capítulo 11
Redescoberta


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas (:
Resolvi postar super rápido, pois vocês merecem, já que sumimos por um longo tempo e o último capitulo foi bem curto.
Enfim, espero que gostem ^^
Miss Felton ~



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POV Hermione Riddle

– Olá Hermione, queria mesmo falar com você.

– Okay – Eu respondi meio atordoada. O que será que ela queria comigo?

Levantei-me e pedi para que ela me acompanhasse até uma sala vazia. Entramos e selamos a porta, eu não queria ninguém perturbando.

– E então? – Eu disse arqueando a sobrancelha

– É verdade que você é filha do Lorde das Trevas? – Revirei os olhos impaciente.

– Sim, eu sou. Agora pode dar o seu sermão – Eu disse meio sarcástica. Quando esses tolos iria aceitar isso e me deixar em paz?

– Não Hermione, não vim criticar você. Na verdade eu acho muito legal você ser filha dele...

Olhei para garota meio atônita. De onde ela tinha tirado essa cordialidade toda em relação ao meu pai? Será que isso faz parte de algum truque ou plano?

Antes que eu pudesse dar uma resposta, a Luna continuou:

– Eu andei lendo e pesquisando alguns trabalhos anotações de mamãe, e ela era fascinada pela magia das trevas. O feitiço que ela tentou fazer, no dia em que morreu, era incrível. Além disso ela admirava o Lorde. Mione, eu passei as férias inteiras lendo esses diários de pesquisa dela e me fascinei com tudo que ela escreveu. Ela era um fã do seu pai, na época da primeira guerra bruxa. Ela descreve todos os feitiços e magias que ele usou para controlar as criaturas das trevas, e os trouxas e tudo mais...

A medida que Luna falava, eu ficava ainda mais consternada e abobalhada. Onde no mundo eu imaginaria algo assim? Os olhos dela brilhavam cada vez mais ao falar de sua mãe e do meu pai. Eu quase não conseguia acreditar no que eu ouvia:

– Você têm que me deixar conhecer seu pai! – Ela terminou em um suspiro.

– Oh meu... Luna, uau nossa você falando assim, eu quase não acredito – Eu disse aos tropeços. Ainda não havia assimilado direito.

– Tudo bem Herms, eu sei que você vai querer uma prova de que estou falando a verdade. Nesse caso, é só esperar....

– Esperar? Esperar o que? – Ela deu de ombros – Luna, só é muita informação pra mim. Eu juro que vou pensar em cada palavra que disse... Mas fora isso, eu estou feliz que você não tenha optado por ser a minha inimiga – Ela riu docemente.

– Claro que não sua boba – Ela me abraçou – Você é a melhor Herms.

Depois de um tempo nos despedimos e eu segui para o meu salão comunal. Estava feliz, de verdade, por Luna está comigo. Me encontrar com ela foi tão revigorante, que acabei esquecendo de Parkinson e Weasley.

Cheguei ao Salão Comum dos Monitores, e Draco e Asisa esperavam por mim. Ele lia um livro, sentado no sofá e Asisa se mantinha perto do fogo:

– Bem vinda de volta, Milady – Minha linda cobra, sibilou.

– Obrigada Asisa – Draco lançou um olhar pra mim e depois para a cobra.

– Ainda não acredito que você possa falar com ela. Essa cobra me dá arrepios às vezes – Eu gargalhei e a cobra sibilou

– Ela é boazinha, não fará nada que eu não queira.

Tirei meu casaco, cachecol e os sapatos. Me sentei perto do fogo e suspirei relaxando, o dia tinha sido longo. Parando para analisar, as últimas horas haviam sido cheias de emoção. Sorri comigo mesmo, no final tudo se encaixaria.

Draco me fitava meio abobalhado, até que eu resolvi quebrar o silêncio:

– Diga o que quer Draco.

– Nada... só que você está tão diferente. Mas bonita e madura... – Eu enrubesci ao som de suas palavras. O fitei e percebi que ele falava com bastante admiração

– Draco, você está me assustando – Ele apenas rio. O clima ficou meio estranho depois disso, então resolvi contar sobre Luna. – Conhece Luna Lovegood?

– Uma loura estranha que Blás vive gozando?

– Bom saber que Blás age assim, vou ter uma conversinha com ele – Eu disse indignada. Ninguém ia falar mal da minha única amiga – Sim, ela mesmo. Luna veio me procurar, disse que estava feliz de eu ser filha do Lorde e pediu para conhecer ele. – A expressão de Draco foi hilária

– Como assim? Do nada isso? – Ele indagou.

– Ela disse que a mãe era uma grande fã de meu pai. Disse que havia passado as férias todinhas lendo diários da mãe e ficou muito impressionada e admirada com o trabalho que meu pai fez na primeira Guerra Bruxa.

– Nossa... – Ele disse por fim – E você acha que é mesmo verdade? Talvez seja apenas um truque...

– Bom, isso eu vou ter que confiar.

– Ou talvez você possa pedir pra ela se tornar uma comensal.

Na hora eu refutei a ideia. Draco e eu ficamos discutindo até tarde da noite sobre isso. Era ridículo eu pedir para Luna se tornar uma comensal, para ele fazia todo o sentido do mundo:

– Hermione, se ela é sua amiga e se vai haver mesmo uma guerra, nada melhor do que ela está ao seu lado – Ele disse – Assim como eu vou estar.

Essas foram as suas últimas palavras, antes de bater a porta do quarto. Ele me deixou ali imersa em pensamentos e com os sentimentos confusos e a flor da pele.

Acordei pela manhã, muito atrasada. Tinha passado a madrugada inteira tentando entender meus sentimentos por Draco e tentando arrumar uma forma de dizer a Luna que eu queria ela ao meu lado na guerra. Na minha opinião, a segunda coisa estava mais perto de acontecer do que a primeira.

Cheguei ao Salão Principal para o Café, e notei que não havia nenhum barulho sequer. Todos pareciam estar chocados com algo, então eu vi... Draco e Parkinson se beijavam desesperadamente em pleno café da manhã. Os dois estavam tão fundido, que estava difícil saber onde um começava e o outro terminava.

As lágrimas que brotaram em meus olhos, foram tão rápidas que me perguntei se eram mesmo minhas. De todas as coisas que me aconteceram desde o ano letivo, aquela ali estava sendo a pior. Minhas pernas fraquejaram e eu me esqueci de como se respirava. As lembranças de crianças e um sentimento imenso me invadiu... carinho, amor, paixão, saudade todas misturadas, porém todas se quebravam diante da cena a minha frente. A decepção foi tão grande que me senti caindo em um espiral de agonia e sofrimento. Era isso, eu o amo. Ele não.

Sai de lá correndo o mais rápido que pude, precisava urgente de ar fresco. Acabei parando nos jardins, ofegante e soluçante. O choro que subiu ao meu peito foi maior que tudo... Comecei a berrar, pois doía.

– Hermione? – Alguém chamou e eu olhei

– Weasley? – Rony me olhava com olhos gentis... Mas tinha algo na forma como ele se locomovia, que me incomodava.

– Mione, o que houve? Você parece triste – Ele se aproximou mais e encostou em mim. Ficou de frente, quase como se pudesse me abraçar.

– O que você está fazendo? Porque está agindo assim? – Eu estava tão letárgica, por causa da dor, que quase foi tarde demais...

Ele segurou meus dois braços, e me puxou pra si e tentou alcançar minha boca com a sua. A raiva que me engoliu foi enorme, então me lembrei que ele e Pansy planejavam algo... Mas mesmo assim, isso não explicava Draco ter cedido. A raiva que surgiu, foi o suficiente para eu gritar:

– ME LARGAR SEU IDIOTA TRAIDOR DO SANGUE!!

– Oh Hermione, eu te amei tanto – Ele disse sorrindo – Eu tenho que provar você.

– CRETINO! ME SOLTA! – Não conseguia me mexer para alcançar a minha varinha, então pensei na única que poderia me ajudar. Sei que ela estava no meu quarto, mas ela viria – ASISA! ME AJUDA!

– Ninguém vai te escutar querida... – Ele falou e tentou investir novamente. Antes que ele pudesse se aproximar mais, Asisa apareceu:

– Nunca mexa com a Milady – E ela o mordeu. Rony gritou desesperado e saiu correndo.

Agradeci a minha cobra e a dispensei. Graças ao Weasley, a minha dor foi transformada em raiva, e agora eu iria dirigir ela, em velocidade máxima, para cima de um certo louro beijoqueiro.

POV Draco Malfoy

Desde que a mamãe disse que eu tenho sentimentos por Hermione, e que estão em uma caixa bem enterrado dentro de mim, eu comecei a notar mais ela. Algumas atitudes que venho tendo é tão surpresa pra mim quanto para ela. Eu nem entendia direito o que se passava, apenas uma dor e uma saudade que se instalava em mim, toda vez que ela sumia.

Por isso eu fui correndo saber onde ela estava e porque demorava tanto no ontem, quando tinha ido a Hogsmead e não havia voltado. E os nossos beijos... uau... Toda vez que eu beijava Hermione, era como comer meu doce favorito. Eu estava ficando cada dia mais dependente desses beijos.

E quando ela entrou no Salão, parecendo tão feliz e cheia de si, que não pude conter meu olhar admirado. Ela era tão linda e poderosa e... linda. Isso sempre soava ridículo na minha cabeça, mas agora não conseguia espantar os pensamentos com um simples balançar de cabeça, eles simplesmente se fixaram.

Quando ela me falou de Luna, fiquei com um pé atrás, mas enxerguei uma forma de ela ter mais aliados e trazer amigos antigos para essa nova vida, foi por isso que eu insisti.

Sai para tomar café, pela manhã, com a única certeza de que não poderia mais ignorar esses lapsos estranhos de sentimentos que eu tinha pela Riddle. Eu ia deixar rolar.

Esses foram meus últimos pensamentos, antes de apagar.

Quando dei por mim, estava de volta ao Salão Comum dos Monitores e com um estranho gosto amargo na boca. Me vi sentado no sofá e olhei pros lados para ver se tinha alguém:

– Mas o que? – Eu exclamei – Eu tinha ido para...

Meu papo comigo mesmo foi interrompido, pelo barulho da porta se abrindo. Hermione entrou como um furacão, totalmente furiosa e de seu olhar, eu jurava que saia fogo:

– PORRA MALFOY! QUER ME EXPLICAR QUE PALHAÇADA FOI AQUELA?

– Do que você está falando? – Eu disse calmamente. Sabia que gritar com ela não resolveria nada.

– DO QUE EU ESTOU FALANDO? ORA ME POUPE DESSE DISCURSSO.... Eu só quero entender, por que a Pansy? - Ela falou a última parte em um suspiro sofrido. Algo dentro de mim gritou... eu também estava sofrendo.

– Mas, querida, eu não sei do que você está falando – Ela me olhou furiosa novamente. Vi mágoa em seus olhos e me desesperei. – Hermione, você está bem? Eu realmente não sei do que você está falando.

– ME POUPE MALFOY... VAI ME DIZER QUE JÁ ESQUECEU DOS BEIJOS COM A PANSY? – Ela voltou a gritar, com os olhos duros de raiva.

– Hermione você está ficando louca? Eu não faço ideia do que você está falando – Disse sério- A última coisa que eu lembro é de estar indo tomar café e... Sei lá, eu voltei pra cá.

Hermione abriu a boca para retrucar, mas depois me encarou como se me avaliasse:

– Você deixaria eu entrar em sua mente para ver o que aconteceu? – Sabia que ela não estava acreditando em mim. Mas não conseguia negar a dor que ela sentia, eu faria qualquer coisa para que a dor parasse:

– À vontade.

Legilimens – Ela disse e depois estava dentro da minha cabeça.

Tive que controlar o impulso de expulsá-la da minha mente, pois sempre fui um bom oclumente, mas logo eu estava à vontade, com ela andando pelas minhas lembranças, como se ela fosse a única pessoa que eu confiava na vida.

Ela passou pela nossa recente discussão e depois foi voltando. Vimos como eu estava meio desorientado no sofá do Salão e depois disso só um breu, como se alguma coisa estivesse faltando. E antes disso, era apenas eu andando e pensando nela. Hermione sentiu tudo o que eu sentia, e fiquei muito envergonhado por isso, eu estava exposto para ela, tentei tirá-la de lá, mas ela não saiu. E eu resolvi deixar. Ela se aproveitou da situação e praticamente abusou de mim. Voltou por todas as minhas memórias de escola, casa, de meus pais e minha família e amigos. Ela parava para ver as que a interessavam, como todas as vezes que nos esbarramos nos corredores. Ela notou que eu havia visto ela e os outros saindo da sala da Umbrigde no ano passado, mas deixara ela ir de propósito. Viu que eu tinha ficado encantado ao vê-la no baile. Como eu me senti quando ela me deu um soco, no terceiro ano. Como eu me senti mal depois de tê-la chamado de sangue ruim.

Ela invadiu as memórias que eu tinha de estar no chuveiro, pensando na confusão da minha vida. E sinceramente ela ficou tempo demais nessa memória. Viu todas as vezes que eu transei com Pansy e outras garotas. Agora eu realmente queria expulsá-la. Mas ela se manteve firme. Ela avançou nas minhas lembranças, até chegar em umas imagens que nem eu me lembrava. Eu me vi, ainda com meses de idade, sendo embalado pela minha mãe. Eu chorava sem parar, até que minha tia chegou, ela trazia um embrulho nos braços, então ela aproximou o embrulho de mim e uma mãozinha se esticou na minha direção, ao sentir os dedinhos nos meus, meu choro parou imediatamente. Depois teve uma cena de dois bebês nos jardins, tomando banho de sol e outra deles abraçados:

“- Eles andaram juntos!” – Gritava minha tia Bella.

Em cada cena dessa, um carinho, um amor e uma saudade arrebatadora me invadiam. Era um amor tão forte que não estava cabendo em mim, eu amava Hermione desde que nasci. Depois disso, as imagens ficaram escuras e nubladas, a dor me cortou, deixando-me tonto demais. Eu só conseguia ouvir gritos e choros infantis... De repente a dor ficou pior e eu comecei a chorar. Era uma solidão imensa que me acometia, era muita dor para uma criança.

Hermione interrompeu as minha lembranças, saindo de vez da minha cabeça. Eu não conseguia parar de chorar, até que eu percebi que ela também estava chorando. Andei até ela:

– Shii... não chora – Eu tentei soar firme – Eu estou aqui.

– Oh Draco... – Ela sussurrou antes de lançar nos meus braços.

Eu a segurei e a abracei com todas as forças que eu tinha. De repente a dor cessou e paz me invadiu novamente. Finalmente eu tinha redescoberto a minha alegria.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Quero opiniões sinceras... ^^
Pessoinhas, eu tenho uma fic solo, é Dramione, se quiserem conferir ai vai o link:
http://fanfiction.com.br/historia/614338/Os_Sete_Lugares_Para_Se_Ficar_Com_O_Malfoy/
É isso.. Beijos ^^