Dean não sabia o que fazer. Ser chamado assim pelo comandante era algo que se deve preocupar, pois os boatos sobre ele não eram bons. Diziam que ele era meio nazista e até mesmo sádico o que assusta.

Dean e Sam eram guiados por um dos soldados de Lúcifer, o comandante, e sim, seu nome lhe cai muito bem. Eles passam por várias salas até chegarem ao fim do corredor e avistarem uma porta grande de metal. O guarda abre e Dean entra, porém, Sam foi impedido de entrar, pois não era permitidas pessoas de baixo escalão.

A sala estava escura, porém, a grande mesa redonda que ocupava o meio da sala era como uma lâmpada gigante. Ao redor dela, vários homens de rosto que já revelavam suas idades olhavam sérios para Dean. Pobre alma.

Uma pessoa levanta e um sorriso diabólico se forma em seu rosto, a espinha de Dean congelou com aquilo.

– Dean Winchester, distrito 67, estou correto? – Perguntou o homem não tão misterioso –

– Sim, senhor. – Responde Dean com postura de soltado –

– Já ouviu falar em lutas ilícitas? – Perguntou –

– Sim, senhor.

– Pois então, estávamos discutindo sobre isso e quando vimos que seu distrito, os Ángelos estavam dando problemas, resolvemos escolher o seu distrito para um pequeno experimento. – Explica e como não ouviu nada de Dean, anda até ele e continua a falar – Seu distrito será o primeiro a legalizar tais lutas Winchester e as cobaias serão da sala de Charlie Bradbury.

Dean olhou para o homem aterrorizado, ele não queria aquilo, era um absurdo!

– Senhor acho que não posso seguir tais ordens. – Disse Dean –

Os velhos olharam para Dean com temor e o homem, que logo foi identificado como Lúcifer, tirou o sorriso e olhou para o loiro com raiva. Lúcifer chega mais perto, segura a cabeça de Dean e a bate no chão, mas, não o suficiente para quebrar o crânio.

Lúcifer levanta e coloca o pé direito sobre a cabeça do loiro.

– Eu não perguntei se você quer ou não quer seguir minhas ordens, quando digo para fazer faça! – Exclama Lúcifer –

Aquela foi a maior humilhação que Dean Winchester já passou, levou pontapés e pisadas no rosto. Alguns minutos se passaram e Sam olhava mais uma vez o relógio de pulso e logo assim o irmão aparece com um olho roxo e parecia que se esforçava para ficar em posição reta.

– Dean o que houve com você? – Perguntou Sam preocupado –

– Não foi nada Sammy. – Mente Dean –

A viagem para casa foi tranquila, porém, enquanto Dean contava o que o comandante planejava, Sam ficava muito, mais muito nervoso e pensava em como iria contar para Gabriel, pois o loiro viraria um bruxo se soubesse que seu irmão iria ser uma das cobaias de um experimento louco.

Sam também compartilhou seu nervosismo com Dean que pareceu ficar mais nervoso ainda. Eles desceram do avião e seguiram para casa e quanto mais perto chegavam, mas assustados ficavam, que Deus os ajude.

Quando abriram a porta da casa logo o cheiro de torta pairava as narinas de ambos que logo souberam que Gabriel poderia está de bom-humor, ótimo. Gabriel descia as escadas quando Sam sentava a mesa e Dean observava à torta.

– Dean o que foi isso em seu rosto!? – Perguntou Gabriel –

– Foi nada... – Dean se sentiu uma criança nesse momento –

Gabriel olhou para Dean como se fosse uma mãe desconfiada e o loiro se sentiu, novamente, como uma criança. Gabriel tirou Dean de perto da torta e mandou ele se sentar, pois já iria servir. Logo ele põe os pratos com o pedaço de torta.

Tudo estava bastante tranquilo até que Gabriel faz a certa pergunta:

– Como foi à reunião. -

Dean e Sam entreolharam e engoliram a seco – Foi bem...

– Foi lá que ganhou esse olho roxo? – Perguntou Gabriel que comia a torta, mas logo a deixa de lado e encara ambos – Não me escondam nada, pois irei descobrir de qualquer maneira.

– Não sei como te contar... – Sam coça a nuca –

– Promete que não contara para nenhuma vizinha fofoqueira? – Pediu Dean –

– Mas eu nunca fiz isso! – Defende-se Gabriel –

Dean olhou para Gabriel de “Tem certeza?” – Talvez algumas vezes... – Disse Gabriel –

O loiro engole a seco e continua – Bem, sabe daquelas lutas ilícitas que aconteceram em alguns distritos, onde o general botava os Ángelos já transformados para lutarem com outro que fez algo de errado? – Perguntou –

– Sim, ouvi dizer que algumas vezes chegava à morte. – Confirmou Gabriel –

– Pois é... – Dean parou de falar, ele não sabia como contar aquilo – Eles querem legalizar elas e o meu distrito foi indicado como cobaia e existem grandes chances de Castiel participar. – Disse Dean, ditou tudo tão rápido que precisou suspirar –

Gabriel arregala os olhos e olha para Sam que tinha a cabeça abaixada e logo Gabriel desvia seu olhar para Dean que não consegue olhar nos olhos de Gabriel, aquilo parecia ser de outro mundo.

– Como é? Diga que isso é uma brincadeira de mau gosto! – Exclama Gabriel e quando viu que não era brincadeira surtou – Não acredito que permitiu algo assim Dean Winchester! –

– Eu não permitir! Porra Gabriel, eu apanhei feio lá, sei nem como estou andando! –

– Estamos falando de Castiel porra! Não acredito que prefere seguir uma ordem estúpida a ter que salvar o amor de sua vida!

– NÃO FALE ASSIM! – Elevou a voz –

– EU FALO! EU FALO POR QUE É VERDADE SEU FILHO DA PUTA! – Grita Gabriel –

Dean se levanta e vai até Gabriel, mas Sam aparta a provável briga – Chega! – Ordena Sam – Olha, sei que é difícil, mas brigar não vai salvar Castiel. –

Dean bufou e subiu as escadas, Gabriel se põe a chorar nos braços de Sam. Mesmo o loiro sendo alguns anos mais velho ele ainda tinha a face fofa que tinha aos 14 anos e Sam, o vendo chorar daquele jeito era deprimente.

– Calma Gabe, talvez Castiel saia vivo disso tudo. – Tenta Sam –

Gabriel continua a chorar até que o mesmo se sentir mal e corre até o banheiro, abaixe-se sobre a privada e começa a vomitar. Sam vai atrás dele, mas a porta do banheiro se tranca.

– Gabe? Abra a porta! – Pede Sam –

– Eu to bem! – Exclama Gabriel –

Gabriel abre a porta e senta ao lado da privada e Sam se agacha e fala – Você precisa ir ao medico, está horrível. – Diz –

– Não preciso, eu já disse que estou bem. – Teima o loiro –

– Gabe...

– Sammy! Deixe-me em paz! – Pede Gabriel já com lágrimas no rosto novamente –

Mas Sam não obedeceu e abraçou o loiro e beijando seu pescoço. O dia seguiu e logo o amanhã chega um tanto sombrio e às 6h da manhã, Sam e Dean já estavam prontos para irem ao encontro do “festival”.

Ao descerem as escada e irem até a porta logo escutam passos de sapatos atrás deles.

– Eu vou junto. – Diz Gabriel –

Os sons de pessoas chegando era maravilhoso para Lúcifer que lá do alto, estava certo de que tudo aquilo era necessário para si mesmo e para uma certa pessoa. Ao seu lado, um banco e sobre ele tinha uma garrafa de champanhe e uma taça cheia da tal, existia também uma moldura e o soldado, que chegou peto de Lúcifer para avisar que Dean e sua tropa chegaram, percebeu a tal moldura.

– Senhor, posso-lhe pergunta algo?

– Fique a vontade. – Permite –

– Quem seria essa pessoa que está na moldura? – Pergunta –

E pela primeira vez o soldado viu seu comandante sorrir ternamente, a pessoa em questão deveria ser bem importante para o loiro que pegou a moldura e deslizou os polegares na foto.

– A única pessoa que amei mais do que eu mesmo. – Respondeu – E agora que sabe terá de morrer. – Certamente Lúcifer é um bipolar, pois de um sorriso terno passou a ser um sorriso diabólico –

O soldado não teve nem tempo de raciocinar e Luci pegou uma pistola e atirou na cabeça do soldado. A pessoa da foto? Não era nada mais, nada menos que Balthazar.

Dentro das jaulas Anna chorava como nunca, parecia uma cachoeira de choros. Zacarias parecia contar à palha que foi espalhada pelos brandos, Uriel cutucava seus sinais enquanto Castiel estava paralisado, pois não sabia onde estava.

Logo um soldado aparece e quando Anna suspirou o mesmo bateu na jaula com tanta força que assustou todos ali. Os Ángelos tem uma audição extremamente sensível e não podem escutar um som agudo como esse.

– Que merda foi essa? – Perguntou Zacarias –

– Calado! – E mais uma vez o soldado bateu na jaula fazendo o tal som –

– Dean sabe que está fazendo isso? – Pergunta Castiel –

O soldado caminha até a jaula de Castiel batendo nas outras e só para ao chegar à jaula do mesmo – Dean Winchester, o seu namoradinho não está mais no comando após tentar ignorar uma ordem direta do comandante! – Disse com um sorriso maligno –

Castiel arregala os olhos, onde estava seu Dean então? O soldado vai até a jaula de Zacarias e pendura uma folha na mesma e sai dali às pressas. No papel estava escrito o numero "1".

– Não acredito! – Exclama Anna – Eu te odeio, mas não quero que morra. – Disse em meio de lágrimas que não acabavam –

– Calma Annhinha. – Pede Zacarias –

– Gente, o que está acontecendo? – Pergunta Castiel –

Os três entreolham-se e suspiram – Fomos postos a morrer Castiel, em ordem numérica, vamos ir para o estagio para sermos mortos. – Explica Uriel –

– Que? – Pergunta Castiel, incrédulo – Dean sabe disso?

– Sabe, na verdade foi essa a tal ordem que ele queria ignorar, parece que apanhou feio. – Comenta Zacarias –

Um soldado aparece e coloca o restante dos papeis, Uriel é o segundo, Anna a terceira e Castiel o ultimo.

– Eu não quero que ninguém morra. – Diz Castiel em meio de lágrimas –

– Está tudo bem Castiel. – Acalma Anna –

– Mas a culpa é minha! – Diz Castiel –

– NÃO É! – Grita Anna –

– É SIM! Foi por minha causa! Foi pela transformação de Balthazar! Das brigas! E por tudo!

– Como assim a “transformação de Balthazar”? – Perguntou Uriel –

– Balthazar morreu! – Exclama o moreno que parecia que suas lágrimas nunca iriam acabar –