A Exilada escrita por Fates Warn1ng


Capítulo 27
Presságios


Notas iniciais do capítulo

Tentei ser mais rápido dessa vez e.e boa leitura



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Jarvan estava apático. Não sabia o que o havia deixado mais fora de tempo, a inesperada chegada de Yasuo, ou as notícias que vinham junto com ele. Já podia ouvir os tambores noxianos, à sua porta, e começava a sentir a proximidade da Guerra. "Noxianos aqui", pensou, com uma certa tristeza. "Quando não podíamos estar mais fragilizados". Olhou para todos os seus homens. Fiora estava caída, no centro da arena, morrendo aos poucos. Shyvana, sangrava muito, e mesmo na forma dracônica, já não podia esconder o quão vulnerável estava. Xin Zhao... Sentiu uma pontada de dor, ao ver o braço direito e amigo, morto em sua frente.

Os soldados ainda não havia tomado uma postura. Todos permaneciam em posição de combate, olhos e armas apontados para o quarteto, no centro da arena. Yasuo, Riven, Fiora, Nidalee... Jarvan mordeu seu lábio inferior. Havia falhado com eles, assim como com os seus homens. E precisou de um ataque, para perceber isso.

– Meu rei... temos que fazer alguma coisa. - Vayne disse, imediatamente, aparecendo ao seu lado. Dava para ver o quão transtornada ela estava. Afinal, a flecha que talvez matasse Fiora, havia sido disparada por si, e ela precisava resistir aos impulsos de olhar incessantemente para a morena, e até mesmo, pular a grade e ir socorrê-la. - Os oficiais não estão preparados para liderar um exército agora.

"Você também não", ele pensou com um pesar na mente. Fechou os olhos e respirou fundo, por vários momentos, tentando decidir qual decisão era menos desastrosa. - Tudo bem... Vamos lá. - Disse finalmente. - Kinler! - Chamou o chefe do Departamento Médico Demaciano. - Escolte Fiora e Shyvana para a enfermaria. Garanta que recebam o tratamento necessário para se recuperarem logo. - O homem assentiu, e logo entrou com sua equipe, indo até a garota caída. Logo ela estava numa maca, sendo carregada. O dragão foi atrás.

– Boris! - Continuou o rei. - Leve o corpo de Xin Zhao para o necrotério. Garanta que ele receba todas as honras, antes de ser enterrado. - Mal as palavras foram ditas, e Boris e seus asseclas já tomavam medidas para que tudo fosse colocado em prática, com eficiência. - Os demais generais, me sigam! - Então olhou para a dupla, que ainda estava lá embaixo. - Isso inclui vocês dois.

Foram as últimas palavras de Jarvan IV, antes de dar as costas à arena e desaparecer para dentro da estrutura do local.

*********

Riven ouviu as ordens, com o coração na mão. Só relaxou quando finalmente percebeu que Fiora seria cuidada. Nidalee não sairia de perto da amiga, e também a seguiu para a enfermaria, lhe deixando ali sozinha, com Yasuo ao seu lado.

Yasuo.

O samurai virou a face para si e lhe sorriu, um semblante completamente tranquilo e feliz na face, como se finalmente estivesse em paz. "Como se estivesse em paz por voltar para mim", Riven pensou, e aquele pensamento quase a fez encher os olhos de lágrimas.

Ouviu finalmente as palavras de Jarvan sobre si, e quando o homem desapareceu, se jogou no espadachim, lhe dando um abraço com muita força, que foi prontamente correspondido.

– Seu idiota! - Disse, lhe olhando nos olhos logo em seguida. Dor, raiva, medo, tristeza e alegria eram somente algumas das sensações que escapavam de si, junto com as lágrimas. - Não me deixe nunca mais! - Brigou mais uma vez, escondendo a face em seu pescoço. - Não me deixe nunca mais... - Sussurrou baixinho, sem forças para fazer mais nada. Era quase como se houvesse se tornado uma garotinha de novo. A menininha loira que corria pelas matas de Noxus, com o sonho de mudar o mundo. Tão frágil e inocente... Era como se sentia em seus braços fortes.

– Eu não vou... - Yasuo disse, com absoluta firmeza, lhe acariciando os cabelos. Se ainda não tinha certeza do que sentia por Riven, ao tê-la de volta em seus braços havia feito qualquer dúvida desaparecer por completo. - Eu te amo, loirinha... - Sussurrou em seu ouvido, a voz carregada de paixão. - Eu te amo muito...

Então Riven não fez mais nada, a não ser entrelaçar os dedos em seus cabelos e o puxar para si, iniciando um beijo intenso. Eles eram iguais. Soldados abandonados por seus países, quebrados por suas escolhas e completamente sozinhos. Ela não queria mais aquilo. Não queria ser a Exilada. Havia experimentado novos sentimentos, nos últimos meses. O amor, a amizade, o companheirismo. Não se sentia mais morta, como antes, apenas esperando o tempo passar... Sua vida finalmente havia ganhado um sentido.

– Ei, pombinhos! - Garen disse, claramente irritado, pelo tom de sua voz. Riven sabia o motivo daquilo. Jarvan havia lhe dado ordens diretas, e o Crownguard era leal demais para desobedecê-lo, apesar de suas intenções particulares serem completamente diversas. A vingança de Garen teria de esperar. – Me sigam. - Ele disse finalmente, dando as costas para o casal e andando em direção à saída dali.

*********

Eles eram muitos. Estavam por todos os lados, rodeando completamente a cidade, enquanto construíam suas armas de cerco. Era possível sentir, até mesmo, o ódio, emanando daquele exército, ansioso pela vitória final, naquela noite chuvosa.

Riven já havia estado do lado de lá. Já testemunhara o sonho noxiano. Até fizera parte dele, como General. Agora, no entanto, só a entristecia, observá-lo. Sua nação se tornada desprezível ao longo do tempo. Riven já não via mais salvação para ela. Noxus era como um cão raivoso e irracional, que ameaçava todos e tudo ao seu redor.

Entrelaçou os dedos nos de Yasuo, antes de ouvir Jarvan começar a falar:

– Não estávamos realmente preparados para esse ataque. Nossos bateres foram negligentes, e os noxianos chegaram à nossa porta na pior noite possível. - Então virou-se para os homens, olhando profundamente em seus olhos, um por um. - E isso, agora, não importa de nada! Eles chegaram! E vão fazer o que puderem para penetrar esses muros. Vão matar nossos homens, estuprar nossas mulheres, e riscar essa nação da história. E eu estarei morto muito antes de que isso aconteça! Por que eu não vou perder meu reino para esses filhos da puta! - Disse com muita raiva, na voz e o olhar. - Sei que estão todos transtornados e abalados pelo que aconteceu na arena. Mas não importa mais. Preciso de todos vocês. Aqui. E agora! Para a maior batalha de suas vidas. Estão comigo?

Os generais demacianos assentiram todos, alguns imediatamente, outros mais devagar. Por fim, Vayne, meio fora de tempo, balançou positivamente a cabeça.

O rei continuou então, agora de virando para Riven:

– Preciso de você. Na verdade, dos dois.

A loira mordeu o lábio inferior. Já esperava por aquilo, quando ele a intimou a segui-lo, mas não sabia o que pensar. Jarvan havia decretado sua morte, minutos antes, e agora vinha com aquele apelo. Era uma situação bastante estranha, ter uma decisão daquela nas mãos. A possibilidade de ajudar um "inimigo".

– Eu não sei se devo, Rei. - Ela disse, o encarando. - Talvez, se explicar suas razões... eu pense no assunto.

– Eu errei com você, Riven. Fui muito injusto. - Jarvan suspirou. - E de qualquer modo... você derrotou um oficial. - Disse, com pesar. - Xin Zhao. Que agora está morto, e que lideraria uma tropa. Fiora e Shyvana também estão fora de combate. - Olhou para todos os seus oficiais. Garen, Quinn, Vayne e Lux. Era muito pouco, para uma batalha daquelas. - Será aceita como Demaciana, se assim quiser. Yasuo também. - Olhou para o moreno. - Basta aceitar... - Ofereceu a mão para ela.

Riven pensou, por vários minutos. Era por aquilo que estava ali, não era?Pela oportunidade de fazer justiça, de parar sua nação violenta. Olhou para Yasuo, e este lhe assentiu, delicadamente.

Então Riven, voltou a olhar profundamente, nos olhos de Jarvan, e lhe apertou a mão. - Tudo bem. Vamos pegá-los.


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Notas finais do capítulo

Agora vem o pau negada e.e kkkkkkk battle is coming *--*



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