As Crônicas de Arrundall: a rainha e rei escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 64
O Rei - Trigésimo segundo capitulo




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Estava no mais profundo dos sonos, já que hoje era sábado e não tinha nenhuma reunião pela manhã, quando senti alguém fazer um cafune gostoso em meus cabelos da mesma maneira que minha mãe fazia quando eu era criança. O que me fez gemer deliciado e ouvir uma risada familiar.

—Acho que ele está gostando mãe. - ouvi outra voz familiar dizer.

—Hora de acordar meu dorminhoco. - ouvi minha mãe sussurrar em meu ouvido e gemi sonolento antes de cobrir minha cabeça com o edredom.

Assim que fiz aquilo ouvi várias risadas conhecidas e uma sensação de dejávu tomou conta de mim.

Devagar tirei o edredom da minha cabeça e abri os olhos dando de cara com meus pais e meus irmãos.

—Nem acredito que hoje você faz 31 anos meu Deus, eu estou velha. - mamãe brincou e revirei os olhos antes dela se jogar em cima de mim me abraçando em seguida antes de começar a chorar. - Meu bebê já é um homem.

—Por que mamãe não muda o discurso?!- Arabella suspirou e meu pai a olhou feio.

—Mamãe tudo bem. Sempre vou ser seu bebê. - prometi tentando tranquiliza-la.

—Verdade? - ela perguntou se separando de mim com lagrimas nos olhos.

—Verdade. - jurei e ela sorriu antes de me encher de beijos o que me fez rir.

—Agora chega mãe. Você e o papai não deviam estar na Grécia? - questionei assim que ela se separou de mim e me sentei na cama.

—E nós íamos perder seu aniversário?! Claro que não. Além do mais fechamos o negócio rápido. Meus parabéns meu garoto. - papai disse me dando um beijo e um abraço antes de me dá um cupacke feito por Lyssa.

Minha irmã caçula havia se tornado uma linda moça de 16 anos, que tem um dom para a cozinha incrível.

—Fiz o seu favorito, espero que esteja bom. - Lyssa disse sorrindo antes de eu chama-la para um beijo. - Meus parabéns maninho.

Estava morrendo de saudades dela dos meus pais, já que os dois haviam ido comprar uma casa na Grécia e ficaram por lá durante 3 semanas.

—Está uma delícia Lys como sempre, obrigado. - disse assim que me separei dela. - E como foi a viagem? Arrumou algum namoradinho por lá?

—Enzo. - ela sussurrou sem jeito e meu pai me olhou feio.

Papai morria de ciúmes da Lyssa, ele era mais ciumento com ela do que com a Arabella.

—Claro que não. E para com isso. - ela pediu envergonhada.

Lyssa era a única filha da minha mãe que se parecia mais com o meu pai. Acho que Lys só ia beijar alguém quando estivesse loucamente apaixonada por essa pessoa, do mesmo jeito que aconteceu com meu pai.

—Tudo bem, não vou mais perguntar nada.

—Obrigada.

—E olha quem veio me ver?! A rainha de Mônaco. Como vai o Ian e as gêmeas? - questionei batendo ao meu lado na cama para que ela se senta-se.

Arabella havia se tornado uma grande mulher durante esses 8 anos.

Havia virado uma mãe maravilhosa de duas meninas lindas e uma rainha respeitada e amada por seu povo, nunca pensei que ela iria virar alguém responsável.

—Sou uma mulher ocupada querido. - ela brincou e rimos antes dela me abraçar com carinho e desejar felicidades. - E o Ian está bem. Sendo o chão de sempre, e as meninas estão com saudade de você.

—Também estou com saudades delas. Mas Ian sempre foi chão segundo você.

—É. Meu chato que eu amo muito. - ela disse apaixonada e rimos.

—Ainda bem que gravei isso por que acho que seu “chão” vai adorar ouvir isso. - Eric disse balançando o celular e Arabella correu atrás dele.

—Volta aqui seu pentelho. - ela disse furiosa antes de pular em cima do meu irmão e pegar o celular.

—Tem certeza mesmo que estou fazendo 31 anos e não 23?! Por que eles estão brigando do mesmo jeito de quando eram mais novos pai. - sussurrei e meu pai riu antes de comer um cupacke.

—Tem certas coisas que nunca mudam filho. Arabella pare com isso agora. - mamãe disse impedindo minha irmã de matar Eric de tapas.

—Foi salvo pela mamãe, mas dá próxima eu te mato moleque. - ela disse dando o celular para ele após ter apagado a gravação.

—Você devia ser presa por bater e ameaçar o rei consorte da Noruecia sua doida. - Eric reclamou se levantando do chão todo descabelado nos fazendo rir.

Eric havia se casado há 1 ano e meio com a rainha da Noruecia chamada Vivian que estava gravida de 4 meses de um menino. Os dois se conheceram em um evento em homenagem a Eric pela descoberta da cura da doença que matou nosso avô.

Meu irmão havia cumprido sua promessa ao nosso avô.

—Que coisa mais feia, dois soberanos brigando como dois moleques de rua. Edward, você não vai dizer nada? - mamãe questionou enquanto meu pai comia sem parar meus cupacke.

—Isso está uma delícia filha. Você faz uma fornada para mim não é Lys?!- meu pai implorou a Lys com o nariz todo suo de glacê rosa o que nos fez rir.

—Faço pai. - Lyssa prometeu e mamãe desistiu de obter seu apoio na repreensão dos meus irmãos enquanto minha irmã caçula tirava o glacê rosa do nariz do nosso pai.

—Estou me sentindo sendo deixada de lado por causa dos cupacke da Lyssa. Se eles estão a vista o pai de vocês esquece de mim. – mamãe choramingou triste antes de sentar novamente em minha cama.

—O que houve? - meu pai questionou confuso assim que ouviu minha mãe chorando. - Madeleine, por que você está chorando?

—Por que você não me ama mais. Você só ama os cupacke da Lyssa. - mamãe disse triste e papai a olhou confuso.

—Claro que eu te amo, jamais vou deixar de amar você querida. - ele prometeu levantando o queixo da minha mãe para vê-lo.

—Promete?

—Prometo. Como posso deixar de amar você?! Você me deu os maiores tesouros da minha vida e vou amá-la por uma vida inteira por isso. - papai prometeu enxugando as lagrimas da minha mãe. - Eu te amo querida.

—Eu também te amo Edward. - mamãe disse antes de cair em cima do meu pai e beija-lo em seguida.

—Olha, se não pararmos os dois isso vai longe. - Eric recomendou enquanto víamos nossos pais se beijando.

—Mãe, pai já chega. Temos uma menor aqui. - pedi e os dois se separaram a contra gosto.

—Tudo bem, e você o que anda aprontando? - mamãe questionou suave e sorri.

—Não ando aprontando nada mãe, mal tenho tempo de respirar. - brinquei e eles riram. - Nem sei se estou sendo um bom rei e um bom pai ou um bom marido.

—Está sim querido, o povo amava você assim como seus filhos e a sua esposa. Sua mãe e eu estamos orgulhosos de você.

—Que bom pai, por que tenho feito o meu melhor para eles.

—Nós sabemos. - minha mãe assegurou. - Agora que tal se deixássemos o irmão de vocês se arrumar para o nosso café em família.

—Eu agradeceria. - pedi e eles reviraram os olhos antes de saírem do quarto me deixando a sós para minha higiene matinal.

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—Pai. - ouvi Vitoria gritar antes de vê-la correndo até mim e a peguei no colo.

—Meu anjinho. - disse com ela em meu colo antes de enchê-la de beijos. - Dormiu bem amor?

—Dormi papai, só não gostei por que a mamãe não me deixou chamar você. Ela disse que hoje era seu dia por isso tinha que deixar você dormir mais. - Vitoria reclamou e sorri antes de beijar a ponta do seu nariz.

Vitoria era minha filha mais velha, por tanto a herdeira legal do trono de Arrundall que iria voltar novamente para as mãos de uma mulher. Ela era muito parecida com a mãe, as duas pareciam irmãs.

Depois de vitória vinham meus filhos gêmeos Luciano e Miguel de apenas 6 meses que eram parecidos comigo.

—E a mamãe onde está querida? - questione olhando para a minha bonequinha de 6 anos de idade.

—No salão de festas papai organizando tudo para o seu aniversário.

—Tudo bem. Já tomou café querida? - perguntei enquanto íamos para o salão onde se faziam as refeições.

—Já papai. Tomei com a mamãe.

—Certo, mas você não quer fazer companhia para o papai ao em vez de brincar com a decoração da festa?!- brinquei tentando limpar sua testa suja de purpurina dourada.

—Não tira papai, é a minha tiara. O dindo diz que toda garota bonita tem que ter uma tiara na cabeça, e já que sou uma garota bonita tenho que ter a minha. Não acha? - ela questionou e sorrir antes de lhe dá um beijo.

—Claro que sim. Assim que meu anjinho for maior o papai vai lhe dá uma tiara linda da cor que meu anjo quiser.

—Jura papai?!- ela questionou com seus olhinhos brilhando.

—Juro amor. - promete antes dela me dá um beijo e entramos no salão onde tomei café com a minha família.

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Depois que passei o dia todo de folga brincando com meus filhos e minhas sobrinhas, fui me arrumar já que eu tinha que receber vários chefes de estado que vieram para o meu aniversário.

—Precisa de ajuda? - ouvi Raina questionar na porta do meu closet usando um lindo vestido de baile.

—Por favor, nunca consigo memorizar direito isso. - disse me referindo ao nó da gravata.

Raina sorriu antes de vir me ajudar com a gravata, afinal quem sempre me socorria nesse assunto quando era solteiro era meu pai e desde que me casei essa tarefa ficou a carga de minha esposa.

—Senti saudade de você o dia todo. - sussurrei e Raina me olhou culpada assim que terminou o nó da gravata.

—Me desculpe amor é que eram tantas coisas para organizar que mesmo tendo adiantado tudo durante meses sempre surge um imprevi...- Raina começou a se desculpar e eu a interrompi com um beijo.

Estávamos casados há 8 anos, mas a cada dia eu amava mais Raina do que nunca. Era como se odo o amor que sentia no começo tivesse sido multiplicado inúmeras vezes dando origem há algo mais forte e imutável.

—Está perdoada por hora. - sussurrei sorrindo com sua está colocada a minha assim que nos separamos para respirar.

—Que bom. - ela sussurrou enquanto acariciava meus cabelos de leve. - Feliz aniversário amor.

—Obrigado. - sussurrei antes de receber um beijo carinhoso de minha esposa e uma promessa de que meu presente viria depois o que me fez rir da malicia recém adquirida da minha mulher.

Não demoramos muito a sair do quarto pois tinha uma festa me esperando.

Depois de todos os protocolos cumpridos, fui comer algo pois estava morrendo de fome. Mas assim que comecei a me servir vi minha filha parada pero de onde alguns casais dançavam.

Curioso fiquei observando os olhinhos de Vitoria brilharem a cada giro que o casal dava e sorri ao ver como ela estava maravilhada com a dança.

E como bom pai que sou fui até ela.

—Gostaria de dançar comigo princesa? - pedi estendendo minha mão para ela que ficou confusa.

—Eu papai?!

—Claro que sim amor. Quer dançar com o papai?!- pedi e ela sorriu pegando minha mão antes de irmos para a pista onde a carreguei.

Não tive como não sorrir ouvido o riso da minha filha a cada giro nosso, apesar do salão está cheio de pessoas que poderiam achar aquilo deselegante, mas não me importei, a felicidade de vitória era mais importante para mim que qualquer protocolo. Assim que a música acabou percebi que meu bebê tinha dormido em meu colo com um lindo sorriso no rosto, o que me fez feliz.

—O que você fez foi lindo amor. Sei que Vitoria irá guardar esse gesto na memória pelo resto da vida. - Raina disse acariciando as costas adormecidas da nossa pequena.

—É tudo que eu quero. Quero que nossos filhos se lembrem de mim por ser o pai deles e não apenas por ser o rei.

—E você está conseguindo. Afinal, Vitoria te ama e apesar de Luciano e Miguel serem apenas bebês eles te amam também. - Raina assegurou e sorri.

—Me dê minha netinha linda aqui filho e vá dançar um pouco com a sua esposa. - meu pai disse pegando minha filha do meu colo.

—Gostaria de dançar comigo majestade? - pedi oferecendo minha mão a Raina que sorriu antes de aceita-la.

—Está gostando da festa meu rei? - ela questionou enquanto girávamos pelo salão.

—Estou, ela me faz lembrar a minha festa de 23 anos. - disse e ela me olhou confusa.

—Por que?

—Por que enquanto meus pais faziam a primeira dança desejei encontrar alguém que me amasse pelo que sou e não por minha coroa ou o estado que represento. Quase me perdi no caminho, mas consegui o que desejei nesse dia. - disse suave e Raina sorriu.

—Me sinto feliz em ter uma pequena participação de seu sonho.

—Você não tem uma pequena participação. Você é a razão de eu ser feliz hoje, de eu ter 3 filhos lindos e maravilhosos e ser quem sou hoje. Sem você eu estaria perdido. - brinquei e sorrimos.

—Talvez, você encontrasse outra pessoa. - Raina sussurrou assim que a aproximei mais de mim e ficamos nos balançando sem sair do lugar.

—Não mesmo. Tenho certeza absoluta que você foi destinada a mim. Minha salvação, meu verdadeiro final feliz. Meu amor de uma vida inteira. - sussurrei antes de encostar minha testa na sua.

Afinal não poderia beijá-la no meio de um salão cheio de pessoas importantes, isso seria ofensivo e rude para os convidados.

—Eu te amo Enzo, e vou amar pra sempre. - Raina sussurrou e sorri. - E vou guardar nosso beijo de agora, para mais tarde.

—Estarei aguardando ansiosamente minha rainha. - sussurrei enquanto continuávamos nossa dança, como dois eternos apaixonados que éramos.


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Notas finais do capítulo

Imagens do capitulo:

Manhã:
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Festa de Gala:
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Tudo que tenho a dizer a vocês meus amados leitores é um muito obrigado por me acompanhar desde o começo. Obrigado por cada comentário, por cada ideia e por cada isentivo, pois sem isso não teria chegado até o fim.
Um beijo e um muito obrigado a todos vocês.



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