As Crônicas de Arrundall: a rainha e rei escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 42
O rei - Decimo segundo Capitulo


Notas iniciais do capítulo

Musica do capitulo:
https://www.youtube.com/watch?v=kpP4Nb5uu9c



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Segundo o que papai nos contou, a doença de vovô não tinha cura, no começo meu pai passava o dia todo no seu antigo laboratório tentando achar a cura, mas assim que percebeu que ele estava perdendo momentos preciosos com seu pai ele abandonou a busca e passou a se dedicar exclusivamente a confortá-lo durante seus últimos momentos de vida.

–Vovô. - Lyssa disse e correu até ele.

–Olha só como você cresceu caçula, está a cara do seu pai só que com os olhos da sua mãe. - ele disse fraco assim que Lyssa se sentou ao seu lado.

–Mamãe diz isso todo dia vovô. Ás vezes ela fica me olhando sem parar, principalmente agora que papai está aqui com o senhor. Acho que ela faz isso para lembrar do papai. - Lyssa confessou e todos riram menos minha mãe que corou envergonhada, e meu pai lhe deu um beijo na bochecha.

–Deve se isso minha querida, dos quatro você é a mais parecida com o meu caçula, até no sorriso. - vovô brincou e apertou de leve o nariz de minha irmã que sorriu.

–Vou sentir sua falta vô. - ela sussurrou de repente antes de abraça-lo.- Obrigada por ter sido o melhor avô que alguém poderia ter.

As palavras de Lyssa fizeram todos chorarem.

–Não precisa agradecer meu anjo, tudo que fiz foi por amor. - ele disse e acariciou o rosto dela. - Prometa-me que irá cuidar de todos, principalmente do seu pai.

–Sim. - ela sussurrou e olhou para o meu pai antes de responder.

–Você será uma rainha incrível Lyssa. Sensata, sensível e tranquila como seu pai. Agora preciso me despedir de todos. - ele pediu e lhe deu um último beijo antes dela sair.

–Vem cá com o papai amor. - meu pai pediu entre lagrimas e Lyssa correu para o seu colo sendo abraçada em seguida por ele.

–Vai ficar tudo bem papai. Vovô precisa descansar, ele já sofreu demais não acha?!- Lyssa disse consolando meu pai que começou a chorar sem parar em seu cabelo.

–Vai ficar tudo bem meu amor. - mamãe sussurrou chorosa acariciando os cabelos do meu pai.

Sempre soube que minha irmã apesar de criança era mais ajuizada que nós quatro juntos, mas naquele momento soube que ela havia nascido para nos consolar neste exato momento.

–Olha só se não é o “cientista maluco” da família. - meu avô brincou assim que Eric se aproximou dele na cama.

Eric era o único que tinha afinidades para ciências como papai. Ele havia acabado de passar na faculdade de medicina, o que foi um orgulho para o nosso pai.

–Você vai ficar bom vovô, prometo que vou achar a cura. - Eric jurou segurando sua mão.

–Seu pai já tentou querido e eu pedi para que ele parasse, afinal não quero passar meus últimos minutos de vida achando que posso ser curado. Já vive muito Eric, me casei com a mulher que amava, tive filhos maravilhosos que me deram netos incríveis. Estou pronto para desancar. - ele assegurou suave. – Não tenha medo de mostrar quem você é, seus pais ainda vão amá-lo.

–Sei disso vovô. - ele disse e o abraçou forte. - Vou sentir sua falta vô.

Assim que Eric se despediu foi a vez de Arabella que não parava de chorar enquanto abraçava vovô com força, tique que ajudá-la a se sentar por que ela estava tremula por causa do choro.

–O homem do momento. - vovô brincou assim que me sentei ao seu Lado. - Fiquei sabendo da prisão de vocês, e estou orgulhoso por você ter defendido seus irmãos.

–Meus pais também vô, mas fiquei de castigo. - confidenciei com a voz chorosa.

–Eu sei, você me lembra muito seu pai quando mais jovem. Cheio de ideais e sonhos, fazendo manifestações com os ambientalistas para não derrubarem o carvalho secular de Sophia...- ele disse pensador. - Seu pai não foi duro com você foi?

–Ele compactou com a “rainha má”. - brinquei suave enquanto enxugava minhas lágrimas.

–Seu pai também já foi preso uma vez. Pensando bem, Lorenzo dizia que Madeleine era terrível, mas pelo que sei ela nunca foi presa, já seu pai...- ele disse fraco e tossiu um pouco.

–Papai, é melhor você descansar. - tia Antonella pediu preocupada.

–Não, sei que é meu último dia. Enzo, sei o que sua mãe fez, e sei também que ela e Edward brigaram, mesmo que todos tentassem esconder de mim, sabia que algo tinha acontecido. Só peço que entenda sua mãe, os Maxwell têm um instinto de proteção para com seus filhos que eu nunca vi. Eles sempre sabem o que fazer em relação aos seus herdeiros. Foi assim com sua mãe, está sendo assim com você e será com seus irmãos. Por mais que você não entende aceite o concelho do seu velho avô: Não acredite nas aparências ou mas paixões platônicas, elas nunca fazem bem. Quando se ama você é altruísta, generoso e leal. Se quem você amar não exercer essas qualidades é pro que ela não te ama. - ele disse sem forças enquanto me olhava nos olhos. - Você me entendeu?

–Sim vovô. - sussurrei chorando e o abracei forte. - Amo você.

Assim que me despedi foi a vez da minha mãe que chorou muito ao abraçar meu avô, depois foram meus tios e primos, em seguida veio minha avó e por ultimo meu pai que estava inconsolável.

–Me perdoe pai. - ele sussurrou chorando.

–Pelo que filho?

–Por não consegui salvá-lo. Eu devia ter tentado mais, me esforçado mais...- papai soluçava sem parar.

–Meu filho você fez o que pode. Edward você não entrava em um laboratório há mais de 24 anos e você conseguiu descobrir algo que retardasse minha poucas pessoas tem a chance que eu tive graças a você.

–Não devia ter deixado a medicina. Agora eu poderia tê-lo salvado. - ele disse culpado e de cabeça baixa.

–Pois eu agradeço todos os dias por isso ter acontecido. Edward, você se apaixonou, dedicou sua vida para ajudar e guiar a mulher que você amava pelos caminhos certos e ainda se tornou pai de quatro crianças maravilhosas. Você fez muito mais por Madeleine do que possa imaginar. Sem você ela não seria a mulher que é hoje. - vovô disse e levantou o queixo do meu pai para vê-lo.- Não guarde magoa de sua esposa, todos nós erramos. Perdoar é um sinal de amor. Ela fez isso por você no passado, agora é a sua vez de fazer por ela.

–Eu já fiz pai, e jamais vou me arrepender de ter perdoado minha esposa. - papai sussurrou chorando e abraçou meu avô com força enquanto chorava. - Eu amo você pai. Amo você mais do que tudo no mundo.

Pode ver quando meu avô olhou para todos pela última vez antes de fechar os olhos e o choro do meu pai se tornar insuportavelmente doloroso.

–Vai ficar tudo bem amor. - mamãe sussurrava chorando enquanto acariciava o cabelo do meu pai tentando consolá-lo.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado do capitulo de hoje, por que para mim ele é um dos mais bonitos dessa temporada.
E meu amados leitores apareçam por que estou sentindo a falta de vocês galera.
Beijos e até segunda meu povo.



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