Depois de muito rolar na cama pensando sobre o dia de amanhã decide que tinha que levantar e tentar evitar a execução de Geovana.

–Madeleine? - Edward chamou sonolento assim que me afastei dele.

–Onde você vai a essa hora?

–Resolver umas coisas. - desconversei indo pegar meu casaco longo enquanto calçava um par de sapatinhas.

–Ás 3:40 da madrugada? - ele questionou confuso e suspirei.

–Amor, não quero envolver você nisso. Edward você quase morreu por minha causa 3 meses atrás, não vou deixar você se machucar de novo. - jurei abotoando o casaco por cima da camisola que usava.

–Você vai ver a Geovana?!- ele questionou incrédulo. - Você ficou doida Madeleine?!

–Ela está presa Edward, não representa perigo algum.

–Ela estava presa e fugiu para matar você. O que acha que ela irá fazer quando vê-la de novo?!

–Eu sei me cuidar e não quero brigar com você por causa disso.

–Eu vou com você. - ele disse se levantando da cama.

–O que?! Não. Você não vai Edward. - disse enquanto ele parava para me olhar.

–Você só irá me impedir se ordenar. Isso é uma ordem Madeleine? - ele questionou sério.

–Claro que não é uma ordem, jamais obrigaria você a algo, estou apenas protegendo você. - pedi nervosa enquanto o via colocar seu casaco e os sapatos.

–Já sou bem grandinho para saber o que é perigoso e além do mais, se eu quisesse calmaria não teria me casado com você.

–Engraçadinho. - disse enquanto ele abria a porta antes de sairmos.

Não demoramos muito para chegarmos as prisões do palácio onde o guarda nos conduziu até a cela de Geovana.

–Olha só se não é a vadia real.- ela disse assim que me viu parar em frente a sua cela com Edward ao meu lado.

–Você deveria ter mais respeito com sua rainha Geovana. - Edward a aconselhou e ela riu.

–Por favor, Madeleine é uma meretriz Edward. Quanto tempo ela irá demorar para perceber que você não é o tipo de homem que ela gosta?! Eu aposto em 5 meses. E depois disso ela irá arrumar um amante bem amis experiente que você. - Geovana debochou e Edward parou de respirar.

Ela havia adivinhado o maior medo do meu marido, o qual nem eu mesma sabia, por que para mim só existia Edward.

–Não sou obrigado a ouvir isso. - ele disse perturbado antes de sair.

–Edward. - o chamei e ele me ignorou enquanto saia.

–Deixe-o Madeleine, a verdade dói. - ela disse e riu.

–Eu jamais trairia Edward com outro, me casei com ele por amor Geovana, e sempre serei fiel a ele. - disse seria e ela sorriu.

–Parece que seu marido tem algumas dúvidas quanto seu amor. - ela disse maldosa.

–Você é cruel e baixa. - disse com pena dela. - Vim aqui para tentar de alguma ajudar você e para perdoá-la.

–Me perdoar?! Não preciso do seu perdão menina.

–Mais eu preciso disso para seguir em frente. - disse e me aproximei dela sem medo fazendo-a se afastar da grade. - Eu perdoo você Geovana por ter matado meu pai. Por ter me roubado a chance de conhece-lo. Perdoo você por ter tentado de todas as formas me separar de Edward e perdoo você por ter tentado me matar e por quase ter matado meu marido por acidente.

–Não preciso do seu perdão. - ela disse com raiva.

–Apesar de você me odiar tanto fiz de tudo pra evitar que você morresse amanhã, mas não consegui. O parlamento e o povo querem ver você pagar por seus crimes.

–E irei pagar de cabeça erguida como uma rainha. Agora saia. - ela ordenou e sai sem dizer uma palavra.

Assim que cheguei ao meu quarto vi Edward olhando pela janela.

–Edward? - chame preocupada.

–Geovana tem razão, como eu pode achar que você ficaria apenas comigo?!- ele se questionou virando para me ver.

–E por que não seria assim? - sussurrei confusa.

–Somos diferentes Madeleine. Fui criado para ser discreto por que sempre teria minha vida sendo exposta pelos paparazzi. Já você não. Você viveu tudo o que a vida lhe ofereceu. Você teve mais namorados do que eu possa contar, por que ficaria casada pelo resto da sua vida com um rapaz que não havia beijado ninguém antes de você?!- ele questionou assustado.

–Edward, não deixe seus temores acabarem com o amor que sentimos um pelo outro. - pedi me aproximando dele.

–Você não sabe como me sinto quando vejo você e o Albert juntos. Eu me descontrolo Madeleine só de pensar que você pode me trocar por ele ou por qualquer outro. - ele desabafou angustiado enquanto me olhava nos olhos.

–Você não tem certeza se ainda me ama? É isso? - questionei nervosa.

–Não. Eu amo você. Amo mais do que tudo no mundo, seria capaz de dá minha vida por você. O amor que sinto por você me dá forças para suportar todas as minhas inseguranças, mas as vezes eu não consigo. Eu fraquejo e me sinto horrível por desconfiar de você, mas precisa lhe confessar antes que isso me enlouquecesse.

Ouvir a confissão de Edward me deixou sem chão. Sempre pensei que ele estivesse seguro em relação a mim, mas hoje pode perceber que ele estava em pânico como se ao menor sinal de qualquer interação minha com outro homem por mais profissional que fosse servia para um alerta de que eu não o amava mais.

–Eu peço perdão por ser fraco Madeleine, por duvidar de você a todo instante mas não consigo fazer diferente. - ele implorou entre lágrimas enquanto eu o olhava chocada. - Por favor, não me odeie.

–Como quer que eu não te odeie Edward?! Você acabou de confessar que não confia em mim em momento algum. Quando fazemos amor você acha que eu estou pensando em outro homem?!- gritei furiosa enquanto chorava.

–Me desculpe Madeleine, apenas tente me entender. - ele implorou chorando.

–Eu jamais fiz amor com outro homem que não fosse você Edward. Por que só se faz amor com quem amamos, e eu amor você. Os outros eram apenas diversão. Você acha que se eu não te amasse teria me casado? Teria perdido minha liberdade? Claro que não. Não mudaria por um homem qualquer. Eu mudei pelo amor da minha vida e hoje estou vendo que ele não merece o amor que sinto por ele.

–Madeleine. - Edward implorou arrependido e eu lhe dei as costas.

–Saia do meu quarto. - pedi entre lágrimas.

Edward havia me magoado profundamente com suas desconfianças.

–Madeleine.

–Saia do meu quarto Edward. – pedi entre lagrimas e o ouvi sair.

Assim que ouvi a porta bater cai no chão em prantos. Por que não podia suportar em saber que Edward desconfiava dos meus sentimentos por ele.

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–Não obrigada Alma. - agradeci a minha assistente assim que ela me ofereceu o café da manhã enquanto eu terminava de me arrumar. –Estou sem fome.

–Vossa majestade precisa se alimentar bem. - Claudia, minha outra assistente disse arrumando a cama.

–Estou sem fome meninas e além do mais com dor de cabeça que estou junto com o enjoo não irá descer nada. - disse e elas me olharam sorridentes.

–Eu não estou gravida, só estou estressada e parem de fantasiar com o herdeiro do trono de Arrundall, por que ele ainda irá demorar muito para chegar se chegar.

–Por acaso vossa majestade brigou com o rei? - Alma questionou sem maldade.

–Alma. - Claudia a repreendeu.

–Tudo bem Claudia. Eu briguei sim como o rei, uma briga feia. - disse triste enquanto me sentava na cama.

–Todos notaram majestade, por que o rei pediu o café da manhã dele no seu antigo quarto. - Claudia disse suave.

–Edward não confia no amor que sinto por ele Claudia. Ele acha que vou trai-lo a qualquer momento, o que não é verdade. Não sei o que fazer para que ele não pense mais dessa forma. - disse desesperada.

–Aceite um conselho dessa velha dama de companhia majestade. Tente entende-lo. Rapazes com a criação do rei tendem a ser inseguros com mulheres como a senhora. Apesar de haver amor a insegurança acaba cm tudo. Aconselho-lhe a desenvolver a confiança do rei. Quando alguém se senti seguro em uma relação não há espaço para dúvidas. - Claudia disse sabia e sorri agradecida antes de Simone bater na porta avisando que já estava na hora da execução.

Edward e eu não trocamos uma palavra enquanto andávamos em direção ao palanque improvisado onde havia duas cadeiras para nós dois.

–Majestades e amado povo, estamos aqui hoje reunidos para cumprir a sentença de morte para Geovana Kozlovsky. Ela foi acusada de matar nosso amado rei Lorenzo Maxwell e por quase matar nosso atual rei consorte Edward de Monpezat que num ato de heroísmo levou o tiro que seria fatal a nossa rainha. - o juiz começou a dizer enquanto eu segurava o braço da cadeira com força. - A rainha lhe concedeu seu perdão, mas para tais crimes o parlamento e o povo não permitem tal benefício. E para crimes tão hediondos como os dela, que tramou contra a coroa decreto a morte na forca. Tragam a condenada.

–Não. - sussurrei entre lágrimas enquanto olhava Geovana ser trazida pelos guardas em direção a sua sina.

–Quais são suas últimas palavras Geovana? - o juiz questionou sério. - É a hora de pedir perdão a Deus.

–Não me arrependo de nada.

–Senhor juiz podemos deixa-la presa até a morte, mais a forca não. Apesar de tudo que ela fez, Geovana não merece morrer assim.- implorei de pé enquanto chorava.

–Me desculpe majestade, mas nem mesmo uma rainha pode passar por cima das leis. Ela deve obedecê-las e fazer com que as obedeçam. - ele me repreendeu severo enquanto ordenava que o carrasco colocasse a corda no pescoço de Geovana.

–A rainha entende meritíssimo, não pode culpa-la por querer livrar alguém de um destino desses. - Edward me defendeu sério.

–Mas vossa majestade deve saber que uma atitude dessas demonstra fraqueja.

–Minha rainha não é fraca. Ter compaixão não é ser fraco juiz York. Ter compaixão é sinal de amor ao seu povo.

–Talvez seja, mas esse sentimento não se aplica neste momento. Carrasco, por favor. - o juiz ordenou e logo o carrasco se preparava para abrir o alçapão que sustentava Geovana.

–Por favor. - implorei desesperada olhando para todos.

–Não olhe Madeleine. - Edward sussurrou ao meu lado e eu o abracei com força enterrando meu rosto sem eu peito chorando sem parar enquanto ele acariciava meu cabelo e me dizia palavras de conforto.

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–Vai ficar tudo bem meu amor. - mamãe dizia acariciando meu cabelo enquanto eu chorava em seu colo.

–Não mamãe, Geovana morreu por minha causa.

–Não pense nisso filha, ela colheu o que plantou Madeleine e você não teve culpa de nada, você tentou salvá-la, mas não há salvação para quem não quer ser salvo. - ela disse amorosa. -Agora, levante essa cabeça, respire fundo e lave o rosto por que no outro cômodo tem um homem desesperado para saber se você está bem.

–Nós brigamos mamãe. - disse sem jeito e ela sorriu.

–Vocês são recém casados filha, nem tiveram uma lua de mel é natural que seu marido fique inseguro, ainda mais com o passado que você tem.

–Como você...- sussurrei confusa e ela sorriu doce.

–Encontrei Edward de madrugada no corredor chorando e ele acabou me contando sobre a briga de vocês.

–E o que a senhora fazia acordada a essa hora? - questionei maliciosa e ela corou. - Mãe, você arrumou um namorado?!

–Que absurdo Madeleine. - ela sussurrou sem jeito. - Apenas, converse com seu marido e o entenda.

–Tudo bem mamãe mande-o entrar. Mais ainda vou querer saber sobre seu namorado. - disse sorrindo enquanto ela revirava os olhos antes de sair.

Não demorou muito até que Edward entrou no quarto meio sem jeito o que me fez sorrir um pouco.

–Você está bem? - ele questionou preocupado.

–Sim, sente-se aqui ao meu lado, por que quero ter uma longa conversa com você. - disse batendo no espaço ao meu lado na cama.

Edward se sentou ao meu lado sem jeito se mantendo longe de mim.

–Não sei de você lembra, mais não precisa ficar constrangido em estar sozinho comigo. Edward, você é meu marido.

–Eu sei, mas estou com vergonha por desconfiar do seu amor por mim. - ele disse olhando para suas mãos.

–Você não sabe a raiva que fiquei de você por tudo que disse, mas não posso sentir isso por muito tempo e sabe por que?!Por que você é o único que eu amo de corpo e alma seu idiota. - brinquei me aproximando de Edward que me olhou confuso.

–Isso é a forma de você dizer que me perdoa?!- ele questionou confuso enquanto eu sorria e me aproximava mais dele.

–Pode-se dizer que sim. Mais já que você desconfia dos meus sentimentos por você, está na hora de você saber diferenciar sexo casual de amor, por que quando você souber diferenciar os dois saberá o quanto meu amor é verdadeiro. - disse maliciosa e Edward me olhou sério.

–Não preciso saber diferenciar os dois Madeleine, sei que você me ama e duvidar disso foi errado da minha parte amor, me desculpe.

–Eu desculpo você, mas minha ideia ainda está de pé. - disse sentando em seu colo.

–Devo temer? - ele questionou nervoso e sorri.

–Ah você deve Edward de Monpezat. - sussurrei antes de beijá-lo de uma forma voraz.

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–Vamos de novo. - pedi assim que me deitei no peito de Edward após fazermos amor.

–Se você queria me matar de exaustão conseguiu. – ele disse exausto e sorri.

–Você se divertiu amor?

–Você não sabe o quanto. - ele disse e sorrimos. - Mais preciso de uma hora para recarregar as energias Madeleine.

–Não sei se vou permitir isso. - disse maliciosa e ele gemeu exausto.

–Se você queria que eu soubesse diferenciar sexo casual de amor, não se preocupe já sei a diferença.

–E qual dos dois você acha que fazemos todas as noites? - questionei levantando minha cabeça para vê-lo.

–Sem dúvidas é amor, se bem que as vezes evolui para o sexo e vice-versa. - ele disse brincou e rimos. - Mas Madeleine, duvidar do seu amor por mim foi um erro que não cometerei de novo.

–Promete?

–Prometo, por que agora sei que sou o único homem que fez você descobrir o que é amor e isso eu jamais vou duvidar de novo. - ele jurou e sorri antes de beijá-lo com paixão. - Se você não me dê uma hora de descanso eu peço o divórcio.

–Tudo bem, vou deixar você descansar. - disse sorrindo enquanto me afastava dele.

–Pedi uma hora de descanso e não para que se afastasse de mim. - ele sussurrou suave e sorri apaixonada antes de voltar para seu peito onde fui aconchegada em seus braços. - Eu te amo Madeleine.

–Eu também te amo Edward. - sussurrei em seu peito aspirando seu cheiro que estava misturado com o meu.

Naquele momento jurei para mim mesma que farai de tudo para que Edward jamais duvidasse de meu amor por ele e que o castigo que Geovana recebeu jamais seria aplicado novamente.