As Crônicas de Arrundall: a rainha e rei escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 10
A rainha- Nono Capitulo


Notas iniciais do capítulo

Musica do capitulo:

http://www.youtube.com/watch?v=yiRZFKiEySg



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Já havia se passado uma semana que estava no castelo, mamãe e Mari tentavam ao máximo fazer com que Edward e eu ficássemos a sós novamente, e eu fugia disso desesperadamente como se ele fosse contagioso.

Não podia me arriscar em ficar apaixonada por ele, por que apaixonar-se significa prende-se e isso eu jamais aceitaria.

A única vez em que nos vimos novamente foi quando me despedi de sua família, pois eles estavam retornando para Sophia.

–Bom, acho melhor eu voltar para o meu quarto, afinal amanhã será meu grande dia. - sussurrei sem jeito enquanto víamos a sua família ir.

–Se quiser posso ajuda-la com seu discurso. - ele ofereceu virando para me ver.

Amanhã eu será formalmente apresentada como princesa para o povo e para o parlamento, o que me deixava nervosa.

–Não precisa, consigo me virar sozinha. - disse e comecei a me afastar dele.

–Fiz algo errado princesa? Pensei que estávamos nos tornando ótimos amigos. - ele disse andando ao meu lado.

–Claro que não e somos amigos. - disse apressando o passo.

–Não é o que parece. Me aprece que você está fugindo de mim Madeleine. - ele disse sério e virei para vê-lo.

–Escuta aqui Edward de Monpezat, eu jamais vou fugir de alguém. Não devo nada a você para me esconder. - disse furiosa enquanto empurrava seu ombro com meu dedo e me surpreendi ao constatar que por baixo daquele terno ele era forte.

–Então, por que não me prova aceitando passear comigo. - ele sugeriu me oferecendo seu braço.

–Tudo bem. - disse aceitando seu braço para irmos ao jardim.

–Sabe sinto falta da rua, estou aqui há uma semana e parece uma eternidade. Sinto falta do meu trabalho, de sair para uma boate, ir ao cinema.... Acho que não fui feita pra isso. - exclamei frustrada.

–Isso irá passar no momento em que você entender seu papel para os eu povo. - ele disse compreensível.

–Quando foi que você “entendeu seu papel para o seu povo”?

–No momento em que perdi minha avó com 17 anos. - ele disse suave e sorriu triste. - Meus pais sempre foram ocupados por causa do reino, então minha avó ocupou um bom lugar em minha vida, ainda mais depois do meu “momento ativista”. Foi ela que me mostrou que eu poderia ser melhor para todos se usasse minha rebeldia para outro fim.

–Que seria?

–Lutar pelo bem do povo. Foi ela que me ensinou a ser quem eu sou.

–Ela devia ter sido alguém incrível.

–Se era.

–Como foi quando ela estava doente? - questionei e nos sentamos perto de um roseiral.

–Foi tudo tão rápido...- Edward sussurrou olhando para o horizonte. - Não tivemos muito o que fazer, quando descobrimos já estava em um estágio terminal. Lembro que Raphael foi no meu internato para me buscar e me contar tudo. Nesse dia passei a noite toda chorando.

–Sinto muito. - sussurrei e apetei sua mão de leve.

–Tudo bem, eu e minha avó sempre estaremos juntos. Quando se há amor nada morre. - ele disse e apertou minha mão de leve.

–Sei que estamos passando por algo conturbado Madeleine, mas acho que podemos confiar um no outro. Pode confiar em mim. - ele pediu me olhando suave com seus olhos castanhos.

–Estou assustada com tudo isso. Me sinto pressionada a sentir algo que não quero. Não é da minha natureza amar alguém ou me prender. Vi o que minha mãe passou e Mari também e sei que não aguentaria uma decepção assim.

–Não a estou pedindo em casamento Madeleine, só quero ser seu amigo, talvez juntos podemos “burlar” esse testamento.

–Por que você está me ajudando? - questionei desconfiada.

–Por que não quero assumir algo que não é meu de direito. Arrundall é seu reino e você deve aprender a cuidar dele.

–E você irá me ajudar? - questionei sedutora e ele sorriu.

–É para isso que servem os amigos. - ele disse dando de ombros.

–E então... Nesse internato que você estudou devia fazer o maior sucesso com as garotas, não era?!- sussurrei envergonhada enquanto colocava uma mecha do meu cabelo para trás da orelha enquanto Edward corava.

–Não. Estudei a minha vida toda em um internato só para garotos. Quando sai de lá fui direto para a faculdade de medicina. - ele disse sem jeito.

–Espera, você nunca ficou com ninguém Edward?!- sussurrei em choque e ele ficou em um vermelho vivo lindo.

–Não convivi com muitas garotas alteza.

–Que triste. - sussurrei com pena de Edward.

Beijar era tão bom, e fazer sexo melhor ainda, não conseguia me imaginar sem.

–Não fique triste por mim princesa Madeleine, sempre soube que devia amar só uma pessoa em minha vida. - ele disse suave sem me ver.

–Isso é estranho. Temos a mesma idade e você nunca namorou ninguém?! Certo que eu também nunca namorei, mas fiquei com alguns caras. - disse pensativa enquanto relembrava as melhores noites da minha vida.

–No final acho que eles não foram marcantes para vocês, pois nunca terminou com nenhum deles. - ele disse e tente me defender, mas ele tinha razão. - Fui criado com o pensamento de entregar meu coração a você, a protege-la do mundo de pessoas falsas que nos rodeiam e ajudá-la a reinar com sabedoria.

Suas palavras me deixaram desconcertadas, ele estava ali praticamente se declarando para mim e eu congelei.

–Isso é trabalho de um rei consorte. - disse fria e Edward sorriu triste.

–Não Madeleine. Isso é trabalho de um homem apaixonado. - ele disse antes de se levantar do banco me deixando sozinha.


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Notas finais do capítulo

Para quem não sabe o que significa rei consorte:

Rei consorte é um título dado em algumas monarquias ao marido de uma rainha reinante.
Hoje em dia, é apenas um título simbólico, sendo que a única função constitucional do titular, sendo semelhante ao de uma rainha consorte, ou seja, produzir um herdeiro ao trono.


Só tenho uma coisa para dizer desse capitulo:
Madeleine é cega.

Espero que tenham gostado do capitulo de hoje meus amados leitores.
Beijos e até segunda.