Sing me something i need! escrita por StardustWink, Miss_Miyako


Capítulo 9
Do(t).


Notas iniciais do capítulo

*Estava tudo escuro e silencioso. De repente, uma luz se acende e revela um palco com cortinas vermelhas e holofotes dançando e piscando várias luzes diferentes*

Blue: It's no wonder, I'm not eating~! *pula para a frente do palco com um microfone nas mãos*

Miya: I'm not sleeping~! *dá umas piruetas com um microfone nas mãos também* You say:

Blue e Miya, em coro: Sing, sing to me! Sing something I need!

Miya: Sing new! *aponta para a Blue*

Blue: Sing good! *faz pose*

Blue e Miya: God I wish that I coooooould~!!! *Uma batida rápida de música segue até finalizar e as duas fazem poses no centro do palco*

Blue: ...É isso aí, pessoal. Nós duas estamos aqui juntas para anunciar que a fic oficialmente terminou. Foi uma aventura e tanto, cheia de tretas e desentendimentos, mas todas as coisas devem ter um fim!

Miya: ....Bu.... BUUUUUAAAAAAAA!!!! *assoa o nariz feito uma buzina de navio* POR QUEEEEEEEEEE *chorando*

Blue: *gota* M-miya, relaxa, nós podemos escrever mais fics também! E bom, acho que eu acabaria morrendo se essa confusão se arrastasse por mais tempo...

Miya: MAS-! *comendo uma caixa inteira de biscoitos enquanto chora* EU JÁ TOU COM SAUDADEEEEEE!!!

Blue: Eu também estou, moça... *faz pat pat nos ombros dela* Mas é a vida, né. Esse é o fim da música. O dó final. O dot também, literalmente.

Miya: Buuuu... E pensar que tudo isso surgiu de um post qualquer do tumblr... *seca olhos com lencinho*

Blue: Um belo de um post que me fez surtar com a miya no skype por horas e nos trouxe até aqui! Mas também não conseguiríamos ter terminado essa fic sem o apoio de vocês, leitores. Muito obrigada por tudo! ❤

Miya: SIM, SEUS TUDO LINDU!!! *joga milhares de biscoitos em vocês* Muito obrigada mesmo, rimos e ficamos super felizes com os comentários de vocês!! Ajuda que uma beleza, cês nem imaginam!

Blue: Mas acho que já seguramos vocês demais. Esse último capítulo está cheio de resoluções e coisas super esperadas, então espero que vocês gostem!!

Miya: Nyeh, heh, heh! Esperamos que vocês riam lendo tanto quando a gente riu escrevendo! *joga mais biscoitos* BORA LER, CAMBADAAAAAA!!!!



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O dia começou com um céu azul que se estendia até o horizonte entre os prédios, alguns pássaros podendo ser ouvidos cantando nas árvores perto da escola. À sua volta, outros estudantes preenchiam os corredores no período entre aulas, risadas e vozes alegres servindo como plano de fundo para o garoto que andava no corredor.

Realmente, aquele era um dia perfeito para ser rejeitado.

Não era que Wakamatsu estava feliz de levar um pé na bunda mais tarde naquele dia - não conseguia tirar a pontada de dor em seu peito desde quando encarara o teto naquela manhã, o peso do que tinha de fazer se instalando em sua mente -, mas se aquele era o único jeito de acabar com aquilo de vez e conseguir dormir de novo, então ele o faria.

Era menos complicado, também, do que permitir aqueles sentimentos de tomarem forma em seu coração e deixá-lo tanto com insônia como com um amor não correspondido por quem era ao mesmo tempo sua salvação e sua discórdia.  Ele não saberia o que fazer se ambos tivessem outra situação como a de ontem, se ela chegasse tão perto de novo.

Então sim, o garoto tinha de fazer isso o mais rápido possível. Ele tinha até as palavras para dizer após a rejeição decoradas, era só uma questão de achar Seo e-

Um rastro de azul pelo canto do olho o chamou para uma figura perto da sala de seus senpais, algumas garotas se amontoando à sua volta como sempre faziam.

... Ele tinha de fazer aquilo, sim, mas talvez precisasse fazer outra coisa antes.

xxx

 

Kashima mal tivera tempo de se despedir das garotas da classe 2-A, preparada para ir até a sala de Hori no final do intervalo, quando seu kouhai com quem ela fora num não-exatamente-um-encontro aparecera na sua frente, olhos turquesas brilhando determinados e um pedido para falar com ele por um momento.

Ela não tivera o espírito para negar. Não era como se ela e seu namorado - ah, aquela palavra ainda a deixava com vontade de sair abraçando pessoas por aí! - não se vissem tempo o suficiente na escola, com o clube de teatro e idas e voltas para casa. Além disso, a garota sentia que devia uma resposta à Wakamatsu, por mais que ele provavelmente já sabia de seu namoro porque praticamente toda a escola sabia.

E... Bom, Kashima nunca fora muito boa lidando com corações partidos. Ela gostava de agradar todas as garotas lindas que lhe davam atenção da melhor forma possível, pois elas mereciam sorrisos em seus rostos, mas não sabia o que fazer quando uma se envolvia demais. Não era algo que a mesma desejava repetir.

Mas, talvez, ignorar o garoto que estava tentando se declarar para ela na última semana não era também a melhor decisão. Ele provavelmente merecia pelo menos um pedido de desculpas, e isso ela podia dar.

Por isso, ela aceitou com um sorriso pequeno, e foi com ele sem protestar até uma parte vazia do pátio.

Por isso, ela ficou extremamente confusa quando foi ele que se inclinou para frente e se desculpou.

— W-wakamatsu...? - A garota piscou, tentando compreender porque era ele que parecia culpado ali. Era ela que fora num encontro com ele, fora arrastada antes de ouvir a confissão dele e começado um relacionamento no dia seguinte!

...E, pensando em tudo aquilo, Kashima acabara de se sentir ainda mais culpada.

— Kashima-senpai... Eu sinto muito, muito mesmo. - O mais novo ergueu seus olhos do chão, uma expressão aflita em seu rosto. - Acabei criando uma confusão enorme, e te arrastando para ela...

— E-eh, espera, eu tenho certeza que sou eu que tenho que me desculpar aqui... - Ela levantou uma mão culpada, esperando que ele só parasse de se curvar, já era a segunda vez que ele fazia isso e ela ainda não sabia como lidar com aquilo. - Quer dizer, eu sabia que você ia se declarar para mim, e ainda assim eu...

Wakamatsu levantou com um pulo, negando com a cabeça com tanta intensidade que Kashima ficou com medo que ele fosse ficar tonto. Depois, seus olhos suavizaram, e ele pareceu debater consigo mesmo sobre o que falar antes que uma frase saísse de sua boca.

—... Me desculpa, Kashima-senpai... Mas isso tudo foi um grande engano.

Se ela estava confusa antes, agora estava ainda mais. Um engano?  Do que ele estava falando? Ele parecia tão certo e determinado antes, como poderia ser um?

— Quer dizer, eu... Eu sempre fui apaixonado pela Lorelei, sabe. - Ele tinha as bochechas vermelhas quando disse isso, e Kashima sentiu a repentina vontade de comemorar porque viu, ela estava certa que ele tinha algo pela Yuzuki! , mas forçou-se a ficar quieta e ouvir. -... Mas eu não sabia quem ela era. Então, quando eu te vi naquele dia no clube de teatro cantando com a voz dela...

As peças, que ainda estavam embaralhadas na cabeça da garota, começaram a lentamente se encaixar. Ele não sabia quem era Lorelei. E é claro que, no meio de um ensaio, com as habilidades de atuação dela, ficava quase impossível perceber que Kashima não era quem estava cantando para um espectador comum.

E, se ele estava tão cegamente apaixonado por Lorelei quanto parecia estar...

— Eu devia ter sido mais direto com você e perguntado, mas eu estava tão determinado que eu... - O mais novo coçou a cabeça, expressão sem graça no rosto, antes de direcioná-la um sorriso. - Eu acabei não pensando duas vezes. E você é uma pessoa incrível em si mesma, Kashima-senpai, então eu não achei que seria tão difícil aceitar que você era a Lorelei.

A mais velha, mesmo já acostumada com a atenção da maior parte do corpo estudantil da escola, ainda assim corou levemente com o elogio sincero. Wakamatsu era uma boa pessoa para não ficar magoado com ela depois de tudo aquilo, ela tinha de achar um jeito de compensar...

Ah, claro! Tinha uma coisa que ela definitivamente poderia fazer por ele.

— Wakamatsu... A Lorelei já está próxima o suficiente de você. Na verdade, ela é-

— A Seo-senpai, - Ele a interrompeu, olhos desviados para o canto e rosto pincelado de vermelho. - Eu já sei.

Ah. Dessa vez, a mais velha não pôde evitar o sorriso largo que tomou conta de seus lábios.  Então ele sabia quem ela era, e, mesmo assim, não tinha perdido aquele olhar de seu rosto. No fim das contas, Kashima tinha acertado em suas suposições entre ele e Yuzuki.

— Por que você não conta para ela, Wakamatsu? - Ela sugeriu, colocando à tona seu sorriso encorajador. - Acho que a Sense- Seo-sama gostaria de saber do que você sente!

Kashima jurou que viu um brilho triste se apossar dos olhos dele por um segundo, mas isso foi rapidamente substituído por um sorriso.

— Eu vou fazer isso! ...Mas, bom, desculpa mais uma vez, Kashima-senpai. Eu acabei te metendo nessa confusão toda.

— Não, eu também deveria pedir desculpas. - Ela coçou o rosto com um dedo, rindo sem graça. - Isso teria sido bem mais simples se eu tivesse esclarecido tudo antes, mas...

Eu não sei lidar com pessoas não afetadas pelas minhas cantadas, ela se restringiu de dizer. Wakamatsu era mesmo um garoto especial. Ela realmente esperava que sua Sensei não pegasse muito pesado com ele...

Lembrando-se das suas lições de canto de novo, talvez aquilo fosse pedir demais.

Mas, bom, ele vira o quão importante Wakamatsu parecia ser para ela. Talvez Kashima não precisasse se preocupar tanto, no fim das contas.

— Obrigado por ter me doado seu tempo para isso! É melhor eu ir, daqui a pouco recomeça minha aula. - Ele acenou brevemente para ela, ainda sorrindo. - Até mais, Kashima-senpai!

E parou, atrás de uma parede que dava para o corredor do primeiro andar, e acenou de novo.

— Ah, oi Hori-senpai! A Kashima-senpai tá bem ali se você tava procurando por ela!

A príncipe da escola só pôde piscar, confusa, enquanto Hori saía de trás da parede com um rastro de vermelho em seu rosto enquanto se despedia de seu kouhai. Mas, depois, o sorriso que normalmente se apossava de seu rosto quando estava perto dele fez sua aparição.

— Hori-senpai! Desculpa, eu ia passar na sua sala, mas aí...

— Não tem problema. - O mais velho estava coçando a cabeça, mantendo seus olhos no chão enquanto se aproximava como ele fazia quando estava nervoso com alguma coisa.

— Ah, mas eu finalmente consegui esclarecer tudo com o Wakamatsu! - Ela falou animadamente para ele, não esquecendo que o mesmo também parecera bem envolvido com a trama daqueles últimos dias. - Ele aparentemente achou que eu era a Lorelei, mas agora já sabe que é a Sensei.

Hori piscou para ela, parecendo finalmente ter percebido o motivo de sua dor de cabeça daqueles últimos dias. Depois, ele estreitou os olhos.

— Ah.  Isso explica muita coisa. - Ele se virou na direção para onde o mais novo tinha sumido. - Mesmo assim, eu deveria falar algo com ele também, mais tarde.

— Hoje não, Senpai! - Kashima o interrompeu, um brilho de determinação nos olhos. - Ele aparentemente vai se declarar para a Seo-sama hoje!

‘Sama’? Hori piscou, estreitando os olhos, depois resolvendo deixar para lá.

— Bom, então fica para outro dia.

—... E também, eu ainda quero sair com você depois da aula. - Ela acrescentou logo depois, o sorriso animado nunca deixando seu rosto, olhos esmeraldas brilhando.

Não, ele já estava muito bem treinado para não cair por aquele rosto.

— Kashima, nós temos ensaio do clube hoje.

— Eu não me importo de ir depois, Senpai! - Ela rebateu, ainda sorrindo. Ele a encarou por mais um tempo; antes de sorrir e fechar os olhos, balançando a cabeça levemente para os lados.

...Quem ele estava querendo enganar. Hori não tinha resistido àqueles olhos desde o primeiro dia em que a vira.

— Nesse caso, talvez seja melhor você só ir jantar na minha casa, mesmo.

xxx

 

O moreno respirou fundo assim que o som que sinalizava o término das aulas chacoalhou seus ouvidos impacientemente. Seu coração pesou e permitiu-se ficar sentado por mais alguns minutos enquanto os outros alunos se levantavam e recolhiam suas coisas, conversando animados sobre seus planos para a tarde.

Tinha decidido que se declararia para ela no intervalo, mas sua falta de coragem somada a ideia de que passaria o resto do dia tendo que prestar atenção nas aulas enquanto o sentimento de ter sido rejeitado se alojava em seus ombros o fizeram desistir.

E ele sabia que não podia mais fugir.

Depois que recolheu seus caderno e estojo, sacou seu celular do bolso e mandou uma mensagem para a garota em questão, pedindo que a encontrasse no terraço.

—Que irônico. - Wakamatsu pensou para si mesmo com um sorriso triste no rosto ao subir as escadas. Falando a moda dos mangás shoujos de seu senpai, o terraço era como se fosse o lugar dele e da Seo.

Fora lá que ele a "enfrentara" pela primeira vez, fora lá que descobrira que sua musa e seu pesadelo eram a mesma pessoa, fora lá que percebera que conseguira ser tonto o suficiente para se apaixonar pelas duas.

E era lá que ele colocaria um ponto final naquilo tudo.

Sabia que provavelmente - ora, quem queria enganar, ele sabia com certeza - que a rejeição seria ainda pior e mais difícil que uma normal, visto que Seo não lidava nem um pouco bem com assuntos românticos.

Bufara para o seu eu de antigamente que gostara da notícia e pensara em usá-la contra a garota. O tempo conseguia mesmo criar mudanças drásticas.

Bom, que fosse. Ele não ficara se preparando mentalmente ontem para nada mesmo.

Já imaginara como aconteceria. O vento batendo nos cabelos dela enquanto seus olhos se arregalavam ao ouvir as palavras dele, seus lábios ficariam comprimidos e ela balançaria a cabeça. Depois de rejeitá-lo, sairia andando enquanto o mesmo caía de joelhos no chão e abaixava a cabeça. O pôr-do-sol se ergueria atrás de ambos, deprimente.

—Yo, Waka.

Virou-se para olhá-la. Seo estava com a bolsa pendurada em um ombro enquanto a mão do outro braço segurava a maçaneta. Seu cabelo estava preso no seu usual rabo de cavalo, mas o prendedor era diferente, alguns fios da sua franja estavam voltados para cima, ela devia ter dormido na aula.

Espera, o que ele tinha pensado mesmo?

—Oi, Seo-senpai.

—E aí? - Ela ficou a sua frente e pôs as mãos nos bolsos, sorrindo. - Vai finalmente me pagar aquele cheeseburger?

Wakamatsu ficou com uma gota.

—Você nem gosta de cheeseburger, Senpai. Você sempre pede um X-Tudo.

Ah, será que eles ainda conseguiriam sair juntos depois que ela o rejeitasse? Será que ela ainda o arrastaria para ver filmes ridículos e continuaria causando dores de cabeça para o time de basquete?

—Ué, mas você adora.

Ele parou.

—Quê? - Piscou confuso.

—Ah, pela sua cara, você ainda tá um trapo, sabe-se lá por que. Então eu pensei em comer um cheeseburger pra te animar. Você paga, claro. - A loira deu de ombro e sorriu, girando nos calcanhares. - Qual é, Waka. Eu sei que a gente geralmente faz o que eu quero, mas uma vez ou outra não mata fazer o que você quer também.

E caminhou em direção a porta, seus olhos turquesas vidrados na figura dela. Será que ela percebia que arrastava os pés quando andava?

—Eu até posso cantar pra ver se você dorme, mas aí você vai me dever um X-Tudo mesmo. - Ela olhou por cima do ombro e sorriu. Naquele momento, Waka podia jurar que flores cresceram em volta dela. - Vamos então.

—Senpai, espera!

—Hm? - Ela piscou e o encarou.

Certo, estava na hora.

—Posso falar uma coisa antes?

—Ah... Claro. - Seo soltou a maçaneta e caminhou de volta para onde estava, de frente para ele.

— Que foi?

Wakamatsu respirou fundo e fechou os olhos, sentindo as bochechas esquentarem. Não durou muito, visto que a sensação gelada daquilo que estava por vir se apossou do seu peito.

—Lembra alguns dias atrás, quando você me contou que era a Lorelei?

A loira segurou uma risada.

—Ah, eu lembro. Aquele dia foi muito engraçado.

—Até quando você desenhou na minha cara? - Ele estreitou os olhos.

—Principalmente essa parte.

O moreno bufou.

—Tá bem... - Voltou ao seu semblante sério. - Lembra quando eu falei... Que gostava da Lorelei?

Olhos vermelhos se arregalaram levemente por alguns instantes antes de voltarem ao normal e Seo deu um passo para trás, inconscientemente.

—Ah, eu lembro. - E coçou sua nuca. - Você deve ter ficado surpreso, né? Que ela era sua senpai super legal e que você passava um montão de tempo com ela já.

—Pois é...

—Ah, mas isso é bom, né? Tipo, você queria alcançar a Lorelei e bom... Você já segurou meu ombro várias vezes então eu acho que conta, né?

O garoto a encarou e suspirou. Não tinha mais forças pra ficar surpreso.

—Eu acho. - Olhos turquesas encararam olhos vermelhos. - Mas sabe, senpai...

—Hmm?

—Voltando à parte de gostar...

Ela dera outro passo para trás.

—Olha, Waka, se você deixou de gostar da Lorelei depois de descobrir que era eu - o que pode ser meio difícil porque eu sou demais também - não tem problema, sabe? Eu não fico brava nem nada do ti-

—E se eu dissesse que me apaixonei por você também, Seo-senpai?

O que acontecera depois foi rápido demais para que ele entendesse de primeira e ocorrera de uma maneira completamente oposta a que pensara.

Ele apenas viu a garota se jogar para trás, correr e fechar a porta atrás de si.

E Wakamatsu ficou lá, sozinho no terraço.

Certo...

Não havia sido como imaginara e a saída de Seo parecia bem mais poética na sua cabeça, mas era um resultado que ele deveria ter esperado.

É, ele havia sido rejeitado.

O moreno olhou para baixo com um sorriso triste no rosto. Era aí que ele caía de joelhos no chão, certo?

Porém, antes que pudesse, ouviu a porta se abrir de novo e um braço apareceu para fora.

Só isso.

Um braço.

Apenas.

—... Senpai...?

—O- Olha só! - Seo - ou melhor - seu braço apoiou-se contra a porta. Suas unhas começaram a bater, ansiosas, contra a superfície de madeira. - A- Assim, olha só...!

E parou de falar. Seo continuou batendo as unhas na porta e Wakamatsu observou a cena com olhos piscando, incrédulos. Realmente, seria engraçada se não fosse bem idiota. Ele só conseguia ver o antebraço, pulso e mão da garota, visto que a partir do seu cotovelo todo o resto do corpo dela continuava escondido atrás da madeira.

—Tô esperando. - Ele falou após um minuto e a palma de Seo bateu comicamente contra a porta.

—Eu sei, tá! - Ela apontou para ele e voltou seu braço para a posição de antes. - S- Se... Hipoteticamente falando... Eu... Também...

Ele se aproximou um pouco para ouvir melhor.

—Se eu também... - Se mãos pudessem corar- Ah, não, pare. Isso é ridículo! - Se eu também gostasse de você e tudo mais...

Os olhos turquesas do moreno se arregalaram e ele engoliu em seco ao mesmo tempo que seu coração foi parar na sua garganta.

—Seo-senpai... Você gosta de mim também...?

Então, a porta se abriu num baque e o garoto teve que dar um passo para trás para não ser acertado. De frente para ele, uma Seo de olhos arregalados segurava a maçaneta da porta, não tinha certeza se ela estava corando, sua expressão era difícil de ler.

Não porque ela parecia indecifrável, mas sim porque parecia ser um misto entre tentar manter a calma, ter visto um fantasma e comer algo que vencera na semana passada.

Ele nem sabia se sorrir daquele jeito era biologicamente possível.

—Ótimo! Agora que resolvemos tudo, bora comer o cheeseburger!

—Senpai, espera!

A loira parou de frente para as escadas.

—Isso quer dizer... Que você gosta de mim também...?

Alguns minutos de silêncio se passaram antes que a garota virasse a cabeça para ele e assentisse rapidamente. Ela suava frio e não o olhava nos olhos.

Lembrou-se do dia que descobrira a total falta de tato da garota com relação a assuntos românticos que envolviam ela mesma. De fato, a falta de habilidades de Seo Yuzuki eram absurdas, assustadoras e estupidamente engraçadas.

Ele tinha certeza que ela estava dando o seu melhor para respondê-lo, mesmo que fosse também o mais estranho possível.

O moreno deixou um sorriso idiota tomar conta dos seus lábios. Ele não tinha ideia do que estava acontecendo, mas aquela era a Seo, portanto...

O resto que se lixe.

—Senpai. - Ele andou até ela e a observou continuar na mesma posição. - Seo-senpai?

Aos poucos, a loira parou de tremer e olhou para ele.

—Tá tudo bem.

Ela o encarou e virou os olhos para baixo.

—... Eu não sei agir como uma namorada e provavelmente vou te chutar quando tentar te dar um abraço.

—Eu sei.

—E- Eu também não consigo sorrir direito nessas horas.

—Eu sei. - E desceu um degrau.

—Eu... Eu também vou pular para longe de você de repente.

—Mas você ainda gosta de mim, não é, Senpai? - Wakamatsu se virou para ela e Yuzuki sentiu sua garganta ficar seca enquanto seu coração continuar a ribombar no seu peito.

Droga, ela queria ter controle sobre o próprio corpo em situações como aquela.

A loira estava ciente desse seu pequeno... Problema. Ela sabia que apesar de viver conversando sobre as garotas da sala sobre assuntos amorosos e dando conselhos, ela era um verdadeiro asno quando a envolviam.

Tudo ficou ainda pior quando a possibilidade de que Waka gostasse dela veio a tona alguns dias atrás com a revelação que ele gostava da Lorelei. A garota percebeu como uma raquetada entre os olhos que ela, muito possivelmente, gostava dele também.

Daquele jeito.

E muito.

Sua mãe quase chamara algum médico, achando que sua filha tinha ficado maluca de vez.

—Você não precisa agir como uma namorada ou algo do tipo, Senpai. - Ela voltou seus olhos para ele. - Só se você quiser, claro.

Ele desceu mais alguns degraus e se voltou para ela, encarando-a com seu sorriso animado de sempre e olhos turquesas brilhando alegremente como sempre ficava quando perto dela.

Seo estava grata de não ter percebido esses traços antes, ela teria morrido por se jogar de alguma escada caso o visse no corredor da escola de repente, com certeza.

—Vamos comer o cheeseburger, Seo-senpai?

A garota comprimiu os lábios e respirou fundo.

—Vamos logo. - E desceu a escada rapidamente, passando por ele. - Esse negócio todo me deixou com fome.

—Eu também. - Ele riu.

Quando a garota chegou ao pé da estrada, virou-se para ele, já com uma expressão mais calma.

—Hm, senp-

—Você me deve dois X-Tudo por ter se esquecido de me chamar de Yuzuki.

—Eh?!

 

—Uhum. - Ela sorriu e cruzou os braços antes de se virar para continuar andando. - Vem logo, Waka.

O moreno a encarou por alguns segundos antes de sorrir como antes e correr para alcançá-la.

—Tá bom, Yuzuki-senpai.

—E tem aquele filme que eu quero ver também...

—Ah? Okay...

—E eu fiquei com vontade de ir naquele parque de novo.

—S- Senpai?

—Você paga.

—YUZUKI-SENPAI!

xxx

 

As mãos de Nozaki pararam, olhos pousando para examinar o trabalho que acabara de fazer.  Nele, dois jovens saíam em direção ao pôr-do-sol para fora da escola, um dos braços de Oze seguros por trás da cintura de Waka enquanto Mamiko observava ao fundo, Suzuki ao seu lado, sorrindo por seu trabalho bem feito.

...Tudo bem que ele pôde ter deixado de lado alguns aspectos para romantizar, como o fato de que Seo ainda saía correndo do lado de seu kouhai quando a situação se mostrava demais para ela. Mesmo assim, ao final do dia, toda aquela confusão não havia mudado muito os rumos do seu mangá.

Mesmo que, olhando para tudo o que aconteceu naqueles últimos dias, as coisas definitivamente haviam mudado muito em sua realidade.

Uma sombra que de repente surgiu na página, a figura se inclinando ao seu lado para tentar ver o resultado, trouxe à tona sua mudança mor.

— Você terminou, Nozaki-kun? - Sakura tinha seus olhos roxos voltados para a mesa, bochechas coradas pela animação e (aparentemente) perdendo o olhar de surpresa que ele deu pela aproximação repentina.

Que o mesmo felizmente conseguiu esconder a tempo, a cumprimentando com seu rosto usual quando assentiu em resposta ao vê-la virar.

— Fico feliz que tenhamos conseguido terminar o manuscrito na hora, mesmo com todas essas reviravoltas... - A ruiva comentou, sorrindo novamente para a página. - E você até usou a confusão toda como inspiração... Por mais que eu não deveria ter encorajado isso. Acho que não deve ter problema.

Aquela história toda certamente daria um belo arco para se escrever, ainda mais quando ele conseguira rascunhá-lo todo com antecedência para deixar tudo programado. E Nozaki podia dizer que estava muito orgulhoso dos plot twists.

Mesmo que vivê-los em primeira pessoa não fora uma experiência tão boa.

— ...Mas, Nozaki-kun, eu não deixei de perceber uma coisa. - A voz da garota ao seu lado o chamou de volta para a realidade, e só aí ele percebeu que ela ainda estava encarando o papel.

E ele não tinha mostrado os rascunhos do arco inteiro ainda, por um bom motivo também.

— A Mamiko e o Suzuki... Você por acaso estaria baseando eles em-

S-S-SAKURA!

A garota quase teve um ataque cardíaco - Nozaki, em um segundo, tinha conseguido se levantar com um pulo e exclamado seu nome, olhando para a mesma de um modo que Chiyo só conseguiu interpretar como frustração por ter chegado num ponto sem saída da trama.

...Sim, esse olhar era diferente dos outros olhares frustrados dele. Sim, ela já sabia como distinguir todos, muito obrigada.

Mas, ah, o Nozaki incrivelmente nervoso à sua frente ainda precisava de sua atenção.

— S-sim?! - Ela quase chiou em resposta, suas bochechas colorindo-se inevitavelmente e não sabendo o que pensar dos inúmeros cenários de declarações repentinas que surgiram em sua cabeça.

— Eu... - Ele a encarou mais um pouco, ela contou os saltos que seu coração dava. Um, dois, três, quatro...

— Eu acabei de perceber que você deve estar com fome!

Ótimo trabalho em estragar o clima, Nozaki-kun.

O garoto também pareceu desinflar com sua fala, encarando o chão por uns dois segundos antes de voltar seu rosto - o rosto de um homem que não podia mais voltar atrás em seus erros — para ela novamente.

— Você vai querer o de sempre? Eu ainda tenho a torta de terça-feira. Posso preparar algo salgado também. Você prefere chá preto de tarde, não é?

— Uh, Nozaki-kun, eu realmente não preciso -

Ela tentou levantar uma mão para interrompê-lo, mas nada parecia parar mais o raciocínio do garoto. Tinha ido longe demais, e agora não havia mais volta.

— Estou indo lá agora, eu volto já.

Em dois segundos, ele já havia desaparecido para a cozinha. A ruiva suspirou, sentando na cadeira para suportar a decepção repentina que a atingiu. Ela tinha certeza que algo estava prestes a acontecer, talvez uma abertura que finalmente a deixasse revelar seus sentimentos...!

E no final, nada. Chiyo devia se esforçar mais para alcançar Nozaki em suas habilidades de culinária, ou ela nunca ia poder arrumar um motivo para segui-lo em suas escapadas para a cozinha.

Felizmente, aquilo abria espaço para ela descobrir a outra coisa que ela queria.

Virando-se na cadeira para o manuscrito, ela pegou as páginas espalhadas pela mesinha (Nozaki sempre costumava bagunçá-los, no processo de rapidamente desenhar todas as imagens que vinham à sua cabeça) e juntou-as num bolo, batendo-os contra a superfície para organizar tudo.

Depois, ela espiou a primeira do bolo. E depois outra, e outra, e outra.

Na quinta página, a ruiva teve de abafar o gritinho com as próprias páginas que segurava, pernas levantando por instinto para o ar em sua animação.

Ela estava certa! Nozaki tinha usado os dois como inspiração no mangá, e ainda mais para Mamiko e Suzuki! Chiyo poderia quase morrer feliz agora.

A mesma havia desconfiado quando fora betar o primeiro capítulo do arco, mas vê-lo nos rascunhos só confirmara suas suspeitas. Para Nozaki usá-los como referência, e ainda mais como o casal romântico principal de seu mangá era um sonho virando realidade. O que será que queria dizer? Será que ela estava se deixando levar demais?

Mas Nozaki sempre ficava com aquele olhar quando ela se aproximava dele de surpresa ultimamente, que durava um segundo antes que o rosto dele voltasse ao normal. E Mikorin estava a mandando olhares estranhos desde o encontro falso no cinema, quase como se estivesse desapontado com ela.

Não era como se Chiyo não percebesse as coisas! Era só que, bom... Depois de um tempo, imaginar que poderia haver algo a mais nos comportamentos de Nozaki virara mais um delírio seu que uma possível realidade. Ela sempre jurava que podia prevê-lo, para no segundo seguinte o garoto jogá-la completamente para fora do loop...

Então ela preferia esperar pelo momento certo, em que teria certeza. Sakura não podia perder seu objetivo de vista, ainda mais depois que tanto Yuzuki quanto Kashima tinham conseguido fazer seus romances darem certo.

O que a levava de volta para os rascunhos. Se Nozaki usara os dois de inspiração, talvez algumas cenas que ele colocara de Mamiko e Suzuki podiam a dar mais dicas sobre o que ele pensava da situação toda. Ela só tinha que ver isso, e decidir, e aí depois tentar ver se...

A jovem, que passava folha a folha determinada enquanto pensava, parou quando viu uma página que não parecia com as outras. Era que nem uma página de rascunho de mangá, de certo, mas parecia completamente alheia ao estilo do resto do bolo.

A ruiva estreitou os olhos, nariz enrugando para englobar o rosto desconfiado dela enquanto observava a página. Parecia... uma cena de declaração.

De uma garota com dois laços na cabeça.

E Suzuki.

Agora, Chiyo não pôde negar que a pontada inicial no seu peito veio do fato de Nozaki estar desenhando sobre Suzuki com alguém além de Mamiko, porque diabos, eu não consigo ver mais ninguém com esses dois, e não por qualquer outro motivo aparente. 

Depois, como a garota que tinha sido (provavelmente, ela não se considerava o tipo príncipe da escola) usada como base para Mamiko no arco que ele estava planejando, Chiyo se sentiu devidamente traída.

Sério? Logo quando ela finalmente o inspira para ser a protagonista, tem que surgir outra garota para ele se basear nela? E uma rival da Mamiko, para bobiar?!

Ela não sabia o que dizer. A mesma só encarou a página, observando enquanto Suzuki levava a (aparentemente) garota baseada nela pelo horizonte, rindo de felicidade, e essa foi a deixa para Nozaki surgir pela porta.

— Sakura, eu procurei e não tem mais chá, você se importaria de ir comprar na máquina para mim-

— Nozaki-kun. - A garota, um olhar extremamente cético em sua expressão, levantou a página na direção dele. - Por quê.

Pausa.

— Onde você...? - O garoto, agora com uma gota de suor visivelmente descendo por sua testa, perguntou congelado junto à porta.

EU ACHEI QUE O SUZUKI SÓ TINHA OLHOS PARA A MAMIKO, NOZAKI-KUN! — A ruiva gritou de repente, sentindo seus olhos lacrimejarem com o tamanho absurdo que era aquela cena. - E por que eu tinha que ser a base para a outra garota?! EU TENHO SIDO UMA AMIGA RUIM?!

— N-não, Sakura, não é isso! - O mais alto estendeu uma mão em sua direção, o que eram agora milhares de gotas de suor descendo em sucessão pelo seu rosto.  - Esse não é o Suzuki!

— Ele é literalmente igual ao Suzuki! - Ela rebateu, ainda chorosa, resistindo à vontade de fazer bico que nem uma criança teimosa de oito anos.

— E-eu não sei desenhar personagens secundários comuns sem inspiração... - Ele continuou, coçando a cabeça, arriscando dar um passo para frente. Chiyo piscou, subitamente confusa, olhando para a página novamente.

—... Se não é o Suzuki, então por que você escreveu essa cena? - A ruiva estreitou os olhos para o papel. - ...Nozaki-kun, você não está me imaginando com alguém para inspirar arcos futuros, está?

O garoto continuou a encarando, sobrancelhas franzidas e imóvel do passo que acabara de dar. Aquele era seu rosto usual de quando alguém previa a reviravolta que ele daria no capítulo antes dele dizer.

A expressão de Chiyo se transformou numa triste, e a garota suspirou. Que avanço ela dera, agora Nozaki estava a imaginando com garotos desconhecidos para seu mangá.

— Nozaki-kun, eu entendo suas intenções, mas eu já gosto de alguém, lembra? - Ela perguntou para o mesmo, olhos desviados para o chão. Alguém que ainda não pareceu notar que eu gosto dele.

— Mas, você não seria dissuadida por nada? ...Nem alguém que realmente te desse a atenção que esse garoto não dá? - Nozaki insistiu, olhar estranhamente determinado apesar da voz hesitante.

Ela parou. Chiyo perguntou se Nozaki fazia alguma ideia que acabara de perguntar se ela um dia desistiria dele por outra pessoa. E, realmente, a garota ficava cansada de tentar às vezes, mas...

Ele era muito mais que uma simples queda de escola, agora. Mesmo que eles nunca passassem de amigos, Chiyo sabia que não conseguiria tirá-lo de seu coração tão facilmente. 

— Eu não acho que seja possível. - A garota respondeu com um sorriso.

O jovem a encarou, atônito, por alguns segundos, e o rosto dele a fez sentir como se a mesma tivesse acabado de cometer um grande erro. Nozaki olhou para o chão, parecendo derrotado, antes de se virar para a cozinha.

...E voltar, dar passos largos até a cadeira da escrivaninha em que Chiyo sentava e subir o rosto dela com uma mão em sua bochecha.

O tempo no quarto pareceu parar. A garota ainda tinha seus pensamentos presos em “por que”, “como” e “onde” tentando entender como tinha ido subitamente para o mundo dos sonhos... Só que o tempo não tinha parado, Nozaki tinha. A milímetros de seus rostos se encontrarem.

Até o sonho estava de sacanagem com ela?!

—... Desculpa, Sakura. Essa cena parece boa num mangá, mas acabei de perceber que ela não seria justa com você. - Se afastando e com uma expressão culpada, o mais alto continuava a encarando com sua mão ainda em sua bochecha.

O quê? Era a frase que provavelmente estava refletida em seu rosto.

— Você provavelmente está salvando seu primeiro beijo para o garoto que você gosta, e mesmo que seja uma boa cena de reviravolta do rival do amor em meu favor, isso estragaria nossa relação como amigos e seria te forçar à algo...

— N-nozaki-kun?

— E por mais que eu queira que você goste mais de mim, você ainda é minha beta e eu estou a uma semana do prazo de entrega do capítulo para o Ken-san, e você é uma ótima amiga, Sakura, eu não quero ter que perder...

— Nozaki-kun, você queria me juntar com você?— Chiyo o interrompeu, olhos arregalados num misto de incredulidade e frustração.

Ele finalmente tirou sua mão da bochecha dela, coçando o rosto, e assentiu.

A ruiva o encarou, estreitou os olhos, e direcionou seu olhar para o papel em sua mão.

—... Eu não acredito que eu quase te rejeitei com você mesmo.

— S-sakura? - O mais alto piscou, rosto colorindo com as implicações daquela frase, e os olhos roxos dela se voltaram para o garoto novamente. 

— Eu gosto de você, Nozaki-kun. Desde o primeiro ano de escola. Você não precisa me carregar para o horizonte para me conquistar, sabia.

E, depois daquela confissão há muito tempo atrasada, a ruiva tratou de puxá-lo dessa vez para um beijo, porque sim, ela não ia deixar aquilo passar depois de ter chegado tão perto. Depois de toda a confusão com Wakamatsu e Kashima, Chiyo merecia esse momento.

Nozaki, por outro lado, que ainda estava tentando lidar com uma rejeição que no fim não era uma e o fato de que o garoto misterioso que Sakura gostava e que ela mencionava há meses era ele mesmo, não estava preparado para esse momento.

Em algum lugar dentro de seu cérebro, uma engrenagem pifou.

A ruiva teve tempo de se afastar, rosto completamente tingido de vermelho pela ação corajosa, para perceber que o garoto que tinha acabado de beijar estava imóvel. Com um rosto vermelho e congelado em surpresa. Ele não estava piscando.

— N-nozaki-kun?!

Tendo assistido tudo pela fresta da porta, Mikorin concluiu que talvez ele devesse entrar para ajudar agora.

Fim!


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Notas finais do capítulo

Blue: Quem diria que, no fim, seria o Nozaki que pifaria diante dessa situação toda :v

Miya: *olhando a tela de uma câmera digital* Nyeh heh heh~

Blue: Bom, mas é isso pessoal, o final demorou mas chegou. Depois de 9 capítulos, mais de um ano de collab e muitas noites em claro escrevendo capítulos, a fic está oficialmente terminada!

Miya: Ah, cara, parece que foi ontem que com- Ah, não, isso é muito cliché! =A= cahem De qualquer forma, muito tempo se passou, tivemos muitos obstáculos, mas no fim... NÓS CONSEGUIMOS!!!

Miya: ...

Miya: Ainda ficou cliché, né?

Blue: Clichés são permitidos para autoras que acabaram de terminar fics. Mas enfim, espero que tenham gostado de tudo! Escrever para Gekkan é muito bom, e foi muito bom fazer uma história de um dos meus fandoms favoritos com uma das minhas autoras favoritas. ❤

Miya: (/)//v//() Eu... Eu digo o mesmo, é claro. Foi um experiência ótima que acabou sendo muito, muuuuito melhor que o esperado~ ❤

Blue: Enfim gente, é isso. Muito obrigada por tudo, nos veremos de novo na categoria caso a inspiração bater!

Miya: BISCOITOS PRA TU, BISCOITOS PRA TUA VACA E YAAAAY!!!!



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