The Potters and a Weasley escrita por Alessa Beckett Castle


Capítulo 6
Desabafos e Perdões


Notas iniciais do capítulo

Agradecendo a todos que favoritaram e acompanham a fic. NÃO é uma despedida, ainda têm muita história pela frente.

Espero que gostem deste!



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Uma semana. Uma semana desde que descobrira a verdade. Uma semana desde que isso a atormentava. Na verdade, não só a si, mas a seu amigo também. Os pesadelos de Scorpius pioravam cada vez mais. O menino que antes era tímido e doce, agora mergulhava em um poço de medo e angústia. Aquilo estava acabando com ele. Sua família não sabe como ajudá-lo. Ninguém consegue descobrir a origem desses pesadelos aterrorizantes. Diariamente, a diretora coleta amostras dos pesadelos de Scorpius, na esperança de conseguir uma pista e descartar sua única suspeita. Aly, frequentemente, via seus pais andando em direção à diretoria. Ela começava a achar estranho chamá-los de “seus pais”, sabendo que, na verdade, eram relacionados a ela de outra maneira. Aquela resposta ecoava em sua mente.

“– Aly, seu pai era Charles Weasley, irmão da sua m... Da Ginny”.

Era estranho olhar para aquelas pessoas que ela sempre chamara de “mãe” e “pai”, e pensar que, de fato, eram seus tios. Mas, por incrível que pareça, ela não estava com raiva. Sentia-se grata, pois, eles poderiam tê-la largado em um orfanato. Ou pior. Mas decidiram não o fazer. Mesmo tendo um filho pequeno em casa, optaram por criá-la como se fosse deles. Alyson só não estava falando com seus pais, porque ela ainda estava assimilando tudo isso.

Durante esses pensamentos, Aly não viu que James vinha em sua direção, também distraído. Ambos acabaram se chocando e caindo.

– AI! Olha por onde anda sua... Oh, desculpe maninha. Não vi que era você.

– Está perdoado, nobre irmão. Acredito que eu lhe deva desculpas. Estava tão imersa em minhas reflexões que não vi sua aproximação.

– Aly, sei que está chateada com tudo o que aconteceu, mas não fale difícil comigo, por favor. Acabei de vir de um teste de Herbologia e não estou com cabeça para pensar.

– Mil perdões. Deixarei você desacompanhado com o intuito de desobscurecer sua intelecção. Até mais ver prezado irmão.

Alyson deixou um James muito confuso para trás, e rumou até seu santuário mais secreto e sagrado: A Sala Precisa. No dia após sofrer o grande choque de sua vida, Alyson, desolada, passava perto de uma parede solitária. Iria seguir em frente, se o formato da parede não tivesse resolvido se modificar. Aly observou atentamente, onde antes era uma simples parede em branco, abrir espaço para uma sala gigantesca e empoeirada. Se ela nunca tivesse visto aquele pó antes, poderia jurar que era um estoque quase infinito de pó de flu. Mas, infelizmente, ela sabia que eram só cinzas. Seu tio Ron havia lhe contado o que acontecera naquele local.

Novamente, ela estava em seu porto seguro. O qual ela havia guardado seus itens mais valiosos. Lá havia um sofá enorme, uma estante com livros que não conseguira colocar em seu quarto, e uma mesa de cabeceira com uma foto. Ah, aquela foto. Trazia uma de suas melhores lembranças. A de sua última reunião de família. A última vez que vira todos os seus primos juntos. Quando ela não sabia de nada. Como aquele lugar lhe dava paz. Subitamente, uma ideia lhe ocorreu. Saíra correndo atrás de seu amigo desolado.

///// -- \

Scorpius estava cada vez pior. Aqueles pesadelos lhe deixavam cada vez mais insano. Já não dormia mais direito, passava noites na enfermaria, com Madame Pomfrey lhe dando poções para dormir, pois só assim não sonhava. Desta vez, a insanidade estava chegando a tal ponto, que ele ouvia vozes o tempo todo. Não distinguia mais as vozes reais e as da sua mente. Ouvira alguém lhe chamando, mas acreditava ser sua mente cansada lhe pregando uma peça. Quando sentiu uma mão segurar seu ombro, rapidamente pegou sua varinha e apontou na cara da pessoa. Instantaneamente, Teddy deu um salto para trás, assustado. Logo, se recompôs, e disse:

– Por Merlin, Malfoy. Você está horrível! Há quanto tempo você não descansa?

– Ah, é você Lupin. Pensei ser... Esqueça. O que quer? – Perguntou Scorpius tentando ser gentil, mas a exaustão o impedia.

– Aly está lhe procurando. Parece que ela quer mostrar algo. Vem comigo. Eu te acompanho.

Scorpius o seguiu, sempre olhando em volta, para garantir que nada lhe aconteceria. Quando avistou Aly, Teddy os deixou a sós e seguiu seu caminho.

– Scorpy, você... Desculpe, mas você está horrível. Pesadelos?

– Não tem um lugar... Menos povoado para conversarmos sobre isso? Não me sinto confortável falando disso pelos corredores.

– Claro, era justamente isso que queria lhe mostrar. Venha.

Entrando na Sala Precisa, Scorpius ficou boquiaberto com o tamanho do lugar.

– Caramba! Olha só isso aqui! Como é que você achou este lugar?

– Honestamente, nem eu sei. Mas sente-se. Você está precisando desabafar.

Scorpius se sentou no sofá, Aly ao seu lado. Ele respirou bem fundo, e começou a falar:

– Esses sonhos sem sentido me deixam muito frustrado. Mas ao mesmo tempo, me deixam preocupado. E se algo acontecer com a minha família? Ou com meus amigos? E se esses sonhos significam a volta de Voldemort? Significa que vamos todos morrer? Não podemos morrer ainda, só temos 11 anos. Temos uma vida inteira pela frente. Crescer, constituir uma família. Eu pretendo ser um grande auror quando adulto. Quero poder, um dia, acompanhar meus filhos até a plataforma nove três quartos, reencontrar meus colegas, falar de como o tempo passou depressa. Eu acho que estou enlouquecendo, sabe? Ouço vozes quando estou sozinho. Eu quase estuporei Teddy no corredor quando ele foi me chamar. Eu... Eu não sei mais o que fazer Aly. – E deitou a cabeça no ombro de Aly, chorando. – Eu não aguento mais. Acho que se tiver outro pesadelo como o que tive noite passada, vou morrer de insanidade.

– Quer me contar sobre o que foi esse pesadelo?

– Começou do mesmo jeito, só que quando encontrei Bellatriz, ela não estava sozinha. Voldemort caminhava para junto dela, trazendo meus pais. Eu vi todas as pessoas que ela atacara em meus outros pesadelos, sendo mortas na minha frente. Assim como meus pais, e você.

– Certo. Agora me escute Scorpy. Nós vamos descobrir o que está acontecendo. Eu prometo que, custe o que custar, estes sonhos vão parar. Agora, vamos ver a diretora.

\ -- /////

Chegando à diretoria, Aly passou por seus pais, pois não havia visto eles ali. Foi direto falar com McGonagoll.

– Olá diretora. Algum progresso com os sonhos?

– Infelizmente, nenhum. Mas creio que você deva resolver seu problema antes de ajudar Scorpius. – Respondeu Minerva, sinalizando Harry e Ginny.

Aly caminhou até seus pais. Restando alguns metros, ela correu e os abraçou, pegando eles de surpresa.

– Desculpe tê-los ignorado durante a semana. Poderia justificar isto, mas não há desculpas para esta atitude. Entendo que vocês esconderam isto de mim para minha proteção, e não por egoísmo. Mesmo que por adoção, VOCÊS, e SOMENTE vocês são os meus pais. E por isso eu amo vocês.

– Esperamos que você possa nos perdoar também querida. Foi um erro esconder isto de você. Devíamos ter lhe contado assim que você começou a compreender as coisas à sua volta. – Disse Ginny.

– Nós prometemos não esconder mais nada de você. Nunca mais. Por isso, pode nos perguntar o que quiser que nós vamos responder.

– Huum... O que vai ter para o jantar?


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Notas finais do capítulo

Comentem, gente. Sugiram, opinem, digam o que querem, e eu realizarei. Pode ser no capítulo seguinte, ou no outro, mas será realizado.

Bjs, até. ;)



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