Eles viam a história se repetir. Caminhavam pela rua escura, a bruxa abrindo caminho, sendo seguida pelo gigante com um embrulho nos braços. Poderia ser igual se ele os acompanhasse. Mas isso não acontecia há algum tempo. Faz oito anos desde que Dumbledore foi morto por Snape. E sete anos que Você-Sabe-Quem foi derrotado. Ou assim pensávamos.

- McGonagall, certeza de que ela ficará segura aqui?

- Não seja tolo Hagrid, parece que não os conhece.

- Oh, eu sempre me esqueço de quem estamos falando.

- É logo ali. Coloque-a junto com a carta, bata na porta e saia.

E assim, Hagrid o fez. Colocou o pequeno embrulho, largou a carta em cima do pano. Bateu na porta e saiu apressado, juntando-se à Minerva, escondida atrás de um muro. A porta se abriu, revelando uma mulher ruiva. Ela pegou o embrulho juntamente com a carta, e os levou para dentro da casa.

- Missão cumprida McGonagall. Agora vamos. – Disse Hagrid, emotivo.

- Controle-se. Afinal, isto não é um adeus. – Falou a mulher, fazendo-os lembrar de 24 anos atrás.

11 anos depois

- Aly, Aly, acorde. É hoje. – Disse Harry, sussurrando para a garota acordar.

- Huum... Mais cinco minutos. – Grunhiu a ruiva, virando para o outro lado.

- Se não levantar agora, vai perder o trem. E então só no ano seguinte. Isto é, se te aceitarem. – Falou, saindo do quarto, mas antes que se afastasse ouviu:

- ME ESPERA, JÁ ESTOU DE PÉ.

Dando uma risadinha respondeu: - Ok, estamos esperando para o café.

Alguns minutos depois, Harry e Ginny escutaram um barulho na escada, saíram correndo, só para verem dois malões sendo arrastados escada abaixo.

- Por que não pediram ajuda? – Perguntou Ginny.

- Não achamos necessário. – Responderam James e Alyson, juntos.

- Ok, agora vão tomar o café enquanto eu... – Eles olham para a escada e veem Albus puxando um malão, mas quando ia descer a escada, Harry o impediu.

- Albus Severus Weasley Potter, onde o senhor pensa que vai? – Questionou Harry.

- Eu vou para Hogwarts, você não disse que hoje é o dia?

- Sim, mas é o dia de seus irmãos. O seu é só ano que vem. Agora leve essa mala de volta ao seu quarto e vamos tomar café, ok?

- Ok. – E voltou cabisbaixo para o quarto.

Já na estação de trem, Harry e Ginny olham para James e Alyson, e Ginny diz:

- Façam uma boa viagem vocês dois, e eu espero não receber cartas de reclamação da Diretora McGonagall, de novo, sobre suas pegadinhas James, e nem de suas aventuras pela escola de noite Aly. Venham aqui, meus queridos. – Os chamou, abraçando eles ao mesmo tempo.

- Agora é a minha vez. – Disse Harry. – Tenho algo para vocês, espero que dividam. Esta é a minha, agora sua, Capa da Invisibilidade. Quero que usem com cautela e responsabilidade. Boa sorte. – Finalizou, beijando a testa dos dois. Logo, ouve uma voz conhecida.

- Hey, Mione, aqueles não são Harry e Ginny?

- Ron, Hermione... Eu ia perguntar o que fazem aqui, mas creio que é óbvio. – Disse Harry, aos risos.

- Vejo que vieram trazer a pequena Rose ao seu primeiro dia. – Continuou Ginny. – Venha aqui e dê um beijo em sua tia.

- Ela está um pouco nervosa. Hey Aly, como vai?

- Tia Mione, Tio Ron. – A garota correu para cumprimentar os tios.

- Como você cresceu. Parece que foi ontem que a vimos correndo pela casa com a velha vassoura de sua mãe. – Disse Ron.

- Ron? – Chamou Harry. Ron percebeu que os seis olhavam para ele.

- O que foi?

- Isso FOI ontem Tio Ron. – Respondeu James. Todos riram.

- Foi muito bom falar com vocês, mas vão antes que o trem vá e os deixe aqui. – Disse Hermione.

Eles embarcaram no trem e ele partiu rumo à Hogwarts. Sentaram- se num vagão vazio que encontraram. Logo em seguida, Teddy, chega perguntando:

- Posso me sentar com vocês? É que...

- Sem problemas, Teddy. – Respondeu James, cumprimentando o garoto. – Quanto tempo. Não sei se você se lembra da minha irmã, Alyson.

- Mas é claro que lembro. Como vai Aly?

- Bem. Faz um tempo que não nos vemos.

- Claro, quando ele vai lá você está trancada no quarto, lendo.

- Hey, ler é importante, e uma excelente forma de entretenimento.

- Não implique com ela, James. E você Rose, tudo bem?

- Claro Teddy. Excelente.

- Imagino que você tenha adquirido muitos truques na Gemialidades Weasley, certo James?

- Claro que sim. E meu pai me deu a capa da invisibilidade dele. Vamos virar Hogwarts de cabeça para baixo.

- Lembre-se do que a mamãe falou. Sem encrencas.

- Aly, deixe de ser certinha o tempo todo. Isso faz mal. Aliás, você nem sabe.

- O quê?

- Mamãe comentou comigo esses dias, que você lembra ela de uma pessoa, sabe, pelo seu jeito de ser.

Fez-se um silêncio no vagão, até Rose falar:

- Por Merlin, Potter. Diga logo quem é.

- O quê? Ah, sim. Ela disse que, pelo seu jeito de agir, você parece a Tia Hermione, quando tinha a nossa idade.

- Nossa. Acho que isso é bom.

- Sério? Por que você acha isso? – Perguntaram os garotos.

- Pelo simples fato de que, com o passar do tempo, ela quebrava tantas regras quanto vocês dois juntos. – Os quatro riram.

E a viagem se seguiu em meio a piadas e risadas. Quando chegaram na estação, eles viram um gigante os esperando e falando:

- Os alunos novos venham por aqui.

- Ai meu Poderoso Merlin. Quem é ele?

- Aquele, maninha, é o nosso grande e querido amigo Rubeus Hagrid. Bom, nos vemos na escola.

Aly tinha a leve impressão de já tê-lo visto antes. Mas deixou este pensamento de lado e seguiu em direção ao gigante, que a cumprimentou.

- Ora, se não é a pequena Alyson Potter.

- Olá Hagrid. Devo perguntar como sabe o meu nome.

Hagrid hesitou um pouco, mas falou:

- Seu irmão James me falou de você, assim como de Albus, que virá ano que vem, e Lily, que vai demorar um pouco mais. Mas vamos, pois está quase na hora do jantar.

Assim, todos embarcaram em seus transportes, e dirigiram-se para o castelo. Ao chegar, os alunos se direcionam para o salão principal, mas, antes que pudessem se sentar, a diretora surge, discursando:

- Sejam bem-vindos à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Antes de tudo, o Chapéu Seletor irá direcioná-los para as casas que ele determinar. Lembrando que, a sua casa aqui será como sua família. O aluno que eu chamar, se aproxime. Rose Weasley.

Rose caminhou nervosa, em direção ao Chapéu, quando ele foi colocado, disse:

- Ora, ora. Uma Weasley. Vejamos, é estudiosa, com um leve gosto pelo esporte, também devo levar em conta sua herança. Já sei. Gryffindor.

Rose se levanta e caminha até a mesa da casa, sendo aplaudida por todos. McGonagall silencia os alunos e chama o próximo nome.

- Scorpius Malfoy.

Um silêncio ensurdecedor paira pelo salão, enquanto Scorpius se senta. O Chapéu começa sua decisão.

- O que temos aqui. Lembro-me de cada Malfoy que passou por esta escola, mas você não é como seu pai e avô. Você tem perseverança, garra, luta pelo que quer, mas também tem coração. Um bom e puro, demonstra preocupação com quem ama. Mas não devo subestimá-lo. Slyterin.

Algo em Scorpius demonstrava tristeza, mas ao mesmo tempo alívio por ser designado para Slyterin. Ele se levantou e se juntou à sua nova casa. Outro nome seria anunciado.

- Alyson Potter.

Um silêncio tão ensurdecedor quanto o último se instalou no salão. Aly, nervosa, se sentou, e o Chapéu a descreveu.

- Outra Potter? Não achei que veria Potters este ano. Devo dizer que é a Potter mais ligada ao lado Weasley que eu já vi. Tem a tenacidade, a valentia, a teimosia, sofreu uma perda terrível, devo dizer. Mas também tem uma paixão por literatura, linguagens mortas e um dom para quadribol incrível. Os Potter sempre são difíceis. – Bufou. – Mas ah. Decidido. Gryffindor.

Juntou-se à sua prima e seu irmão na mesa de Gryffindor, sendo aplaudida. Após todos os alunos serem distribuídos, McGonagall diz:

- Que comece o banquete. – Várias comidas apareceram na frente de todos.