Uma Nova Etapa escrita por Bianca Saantos


Capítulo 38
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

VOLTEEEEEEEEEEEI

Desculpa a demora amores!!! Mas cá estou e prometo que os próximos não serão tão demorados, ok???
Obrigada a todos os comentários hiper fofos, amo vocês demais!!!
É isso, boa leitura!!!!



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Cá estou eu, entrelaçada ao meu namorado, olhando-o dormir com um sorriso idiota nos lábios. Olhei ao redor de seu quarto e pude ver vestígios da noite fantástica de ontem. A caixa de pizza estava jogada no tapete junto com alguns morangos e chocolate. León mesmo não podendo comer morango, comprou porque sabe que eu gosto dessa fruta, ainda mais com chocolate. A garrafa de refrigerante estava vazia, em cima de sua cômoda, e eu ri da bagunça que estava àquele quarto. Isso tudo aconteceu antes de nós nos emaranharmos nos lençóis da cama do dormitório dele. Constrangi-me ao me perguntar mentalmente como fazer amor com León se tornou tão natural.

Quando a gente ama é assim, não é? As coisas vão acontecendo, e quando você vê, já está lá. Acariciei suas bochechas levemente, vendo seu rosto fazer uma pequena expressão, ele está em um sono profundo, porque normalmente quando eu acordo, ele já está acordado também, mas parece que hoje não é o caso. Mas eu não podia deixá-lo dormir demais, temos aula. Olhei no relógio e eram seis horas, tínhamos que estar no colégio no máximo às sete e quinze.

— León – o chamei ainda acariciando seu rosto meigo.

Escutei-o suspirar e seus braços me apertaram me mantendo ainda mais colada nele. Porém o mesmo ainda dormia. Legal, como vou acordar esse ser para ir à escola hoje? Tentei a todo custo me livrar de seus braços, mas ele era incrivelmente mais forte do que eu, mesmo estando dormindo, cansada de lutar apoiei minha cabeça em seu peito escutando seu coração bater calmo, e essa é a melhor canção que eu poderia escutar no momento.

— León, eu não sei se você tá me escutando, mas a gente precisa ir para o colégio. – murmurei contra o seu peito. – E se você não acordar e nem me soltar, nos não vamos conseguir ir.

— É essa a intenção. – sua voz rouca soou pelo ambiente, me dando um breve susto.

Ergui minha cabeça encontrando seus olhos verdes me olhando apaixonados e um sorriso lindo escapava de seus lábios, não pude evitar sorrir, acordar com ele é um privilégio. Sou a garota mais sortuda da face da Terra.

— Você está linda. – disse me abraçando ainda mais apertado.

— Isso porque eu acabei de acordar, devo estar parecendo um monstro e você aí me elogiando. – respondi imaginando o estado que deveria estar meu cabelo e o meu rosto. Eu não gostava da mina aparência às seis da manhã, acho que ninguém gostava.

— Pra mim está linda. – riu acariciando meu rosto. – E eu gostaria muito de faltar ao colégio pra ficar o dia todo namorando você. – deu um sorriso triste que me derreteu o coração. – Mas como não é possível, o jeito é estudar.

— Exatamente. – sorri. – Mas depois podemos dar um passeio, por algum parque que tem aqui perto. O que acha? – perguntei propondo uma atividade para nós.

— Eu acho ótimo. – deu um dos seus melhores sorrisos.

 

***

 

Aqui estou eu na aula de biologia fazendo algumas anotações naquela aula tediosa. Francesca tinha essa aula comigo, e estava concentrada em tudo que o professor falava, tanto que não desgrudava os olhos dele por nada. Tudo bem que o professor é um gato, mas a aula dele é cansativa e chata.

Meus pensamentos voltaram para a noite anterior que eu passei com León, e instintivamente eu saí da realidade voltando para horas atrás, onde eu me sentia completa e realizada. Lembrei-me da pizza de peperoni que ele comprou e estava com mais óleo que o normal, e também da bagunça que eu fiz com o chocolate na minha boca e ele veio me “limpar” tornando a noite bem interessante. Fechei os olhos me lembrando do cheiro da pele dele e da maciez daquele cabelo que eu tanto gostava de mexer. Soltei um suspiro alto, e quando menos notei, olhos curiosos olhavam para mim.

— Algum problema Violetta? – meu professor de biologia perguntou estranhamente preocupado. – Você não me parece muito bem.

— Estou bem. – falei rápido demais, querendo o menos de atenção possível, definitivamente o León tinha que parar de entrar na minha mente em momentos importunos. Minhas bochechas estavam queimando, eu certamente deveria estar vermelha, creio que não é muito certo ter esse tipo de pensamento durante a aula.

— Ok – meu professor disse desconfiado. – Voltemos à aula então.

Os alunos dispersaram e eu abaixei a cabeça, me escondendo em meus braços. Eu só pago mico. Escutei a risada de Francesca e virei para encará-la, lançando um olhar irritado para a mesma.

— No que estava pensando? – ela perguntou baixinho para não atrapalhar a aula.

— Ai Fran, não faz pergunta difícil. – respondi chorosa. – To com vergonha.

— Você é hilária. – ela disse tampando a boca para parar de rir. – Quer almoçar comigo hoje? A gente aproveita e põe o assunto em dia.

— Vou adorar, mas não posso demorar muito, porque eu e o León combinamos de ir ao parque. – avisei.

— Vocês não se desgrudam mais. – disse enciumada e eu ri.

— Olha. Eu vou passar quatro anos sem ele, aí vamos poder ficar o tempo todo juntas. – falei rindo e Francesca fez um biquinho, contrariada, o que me fez rir ainda mais.

— Francesca e Violetta, se eu escutar mais um murmurinho de vocês, as duas sairão da minha aula. – o professor gato disse irritado, fazendo com que eu e a Francesca nos segurássemos para não rir. Ele era o único professor que não nos chamava de Reys e Castillo.

 

***

 

— Eu vou querer o número 5 e um suco de uva. – Francesca fez seu pedido.

Estávamos em um restaurante que ficava a duas quadras do colégio, a maioria dos alunos iam lá, é bem legal o lugar, e também era barato, dava para economizar bastante comendo lá.

— Eu quero o número 8 e uma coca-cola. – pedi.

— Mais alguma coisa? – o garçom perguntou com um sorriso simpático no rosto.

— Por enquanto não. – Fran respondeu, fazendo o garçom se retirar dizendo que nosso almoço chegaria em quinze minutos. – Mas então Vilu, pode começar a me contar o que aconteceu com você na aula de biologia. – Francesca disse já rindo.

— Ai Fran. – escondi o rosto em minhas mãos. – Eu e o León tivemos uma noite tão maravilhosa, que eu não consigo pensar em outra coisa a não ser naquela noite. Foi como uma despedida, a melhor das despedidas posso garantir, e eu só queria voltar e viver tudo aquilo de novo.

— Poupe-me dos detalhes. – ela disse rindo e eu não sabia onde enfiar a minha cara. – Sabe o que eu estava pensando?

— O que?

— Que você e o León estão tão conectados um no outro, que quando ele for embora, vai ser pior para vocês dois. – disse. – Sei lá, vocês tinham que estar encarando isso numa boa, e pensa, ele não vai sumir, vocês estarão sempre em contato um com o outro, mesmo que por telefone.

— Mas não é a mesma coisa né Fran? Eu não vou ter ele aqui comigo, vai ser estranho, logo eu que estou acostumada a estar sempre ao lado dele, em todos os momentos.

— Então, é isso que eu estou dizendo, vocês deviam tentar ver o que aconteceria quando um não tiver mais o outro. Passar muito tempo junto só vai agravar a saudade que você sentirá dele.

— Tem razão. – eu não tinha parado pra pensar nisso.

— Mudando de assunto, você não vai acreditar... – e aí começamos a contar as novidades uma para a outra. Francesca é a melhor pessoa que existe.

 

***

 

Nesse exato momento estou deitada em uma toalha de piquenique com León ao meu lado. Meus olhos estão fechados, apenas sentindo os raios solares esquentarem a minha pele e ouvindo algumas crianças brincando nos brinquedos do parque que estavam um pouco distantes de nós. Estamos em uma parte mais tranquila do parque.

— O que você espera do futuro? – perguntei quebrando o silêncio entre mim e León, com os olhos ainda fechados. Estamos em um momento de paz tão bom.

— Não sei. – ele disse meio duvidoso e eu franzi a testa, não era a resposta que eu esperava ouvir. – Só quero que eu e você estejamos juntos nele. – continuou, e agora sim, uma resposta descente.

— Você tem medo? – perguntei baixo.

— Aonde você quer chegar? – perguntou e eu abri os olhos me virando de lado para olhá-lo. – Te conheço o suficiente pra saber que tem alguma coisa te incomodando.

— Eu tenho medo. – murmurei e ele arqueou a sobrancelha. – Eu olho para o que ainda está por vir, e tenho medo.

— Amor...

— A vida passa muito rápido. – meus olhos se encheram de lágrimas. – Estamos aqui, e de repente não mais. É tão... Perturbadora. – sorri triste. – Eu só queria ter uma certeza, mas eu não tenho nenhuma.

— Não estou te entendendo. – ele disse com a preocupação evidente em seus olhos esverdeados.

— Ai León... – solucei. – Estamos aqui, hoje, juntos, mas pode ser que amanhã não mais. Meu coração dói com tantas incertezas, com tantos altos e baixos, com tantas reviravoltas. Eu sou tão nova pra tudo isso. Eu só queria ser menos desse jeito.

— Desse jeito? – ele perguntou confuso.

— Ser menos sensível, menos sonhadora, menos insegura. Eu mesma não me entendo.

— Você não tem que ser menos essas coisas. – ele disse sério, só então percebi que seus olhos estavam avermelhados. – Eu amo você do jeito que você é. Com toda a sua sensibilidade, com todos os seus sonhos e suas inseguranças. – enlaçou seu braço na minha cintura. – Você é tão importante pra mim. Eu amo tanto você. E se eu pudesse, eu arrancaria esse medo que você está sentindo, e colocaria em mim, porque tudo que eu quero, é ver você feliz, ver você sorrindo.

— Você me faz feliz – murmurei chorosa enquanto nossos lábios roçavam um no outro. – E é por isso o meu medo, você é motivo da minha felicidade, então sem você eu não sou feliz, não posso ser feliz. – ele fechou os olhos. – Eu amo você, amo mais que tudo nesse mundo.

Ele suspirou antes de ficar sobre mim e beijar os meus lábios fervorosamente, enchendo o meu peito de saudade. Por que cada beijo que ele me dá tem gosto de despedida? São nossos últimos momentos, eu sei, mas eu sinto que não tem só isso em jogo. Levei minhas mãos até seu rosto, e pude constatar que suas bochechas estavam molhadas. Céus. León estava chorando. Isso era demais para o meu coração aguentar. Nossos lábios moviam-se em sincronia ardente. E não demorou muito para que eu estivesse derramando lágrimas junto com ele.

 

***

 

Os dias passaram mais rápido do que eu imaginei. Foram vários momentos de tensão, alegria, tristeza e felicidade extrema. Ou seja, um turbilhão de emoções pra quem está totalmente ferrada sentimentalmente como eu. Mas até que eu estou me saindo bem, vencendo os desafios pouco a pouco.

Em outras palavras, estou conseguindo sobreviver.

Estou em Buenos Aires há dois dias mais ou menos. Papai se casa amanhã, e está ansioso. No momento ele e Angie estão na sala conversando, e eu tive que subir para o meu quarto, para deixá-los mais a vontades, sei que é um passo importante, e que eles vão deixar de ser namorados, para compartilhar uma vida juntos a partir do momento que disserem sim.

Eu estou no meu quarto, como eu disse. Estou um pouco cansada, porque não tive muito tempo para dormir desde que cheguei, Angie me levou para todos os lugares possíveis, para resolver os últimos preparativos, então só agora eu realmente posso descansar. Meus olhos estão fechados, estou quase dormindo, enquanto faço carinho nos cabelos rebeldes de León que está com a cabeça deitada em minha barriga, ele está cochilando. Ele não saiu do meu lado desde que chegamos em Buenos Aires, e confesso que estou amando ele comigo quando acorda até a hora de dormir.

Eu e León nem tivemos tempo para namorar desde que chegamos, e quando temos tempo queremos dormir, porque com o fuso horário, ficamos cansados antes de todo mundo, e nossos horários de dormir estão todos desregulados. Um caos total.

Meu corpo relaxou de vez, e quando menos percebi já estava dormindo.

 

***

 

Acordei quando ouvi a porta do meu quarto abrir. Meu sono está muito leve ultimamente, e eu não gosto disso. Era o meu pai. Ele entrou no quarto devagarzinho, e encostou a porta. Meus olhos estavam semicerrados, porque eu ainda estava com sono e pretendia dormir de novo depois que papai saísse.

Ele se aproximou da minha cama e cruzou os braços quando viu a cena, fazendo uma cara de repreensão. León continuava deitado com a cabeça em minha barriga, enquanto seus braços estavam agarrados a minha cintura, minha mão permanecia em seus cabelos. Não era uma cena tão ruim assim, estávamos apenas dormindo.

— Violetta... – ele ameaçou brigar comigo, mas eu o interrompi.

— Não grita, não quero que ele acorde. – pedi baixinho, e papai revirou os olhos como se não acreditasse no que eu estava pedindo.

— Não preciso dizer que não gosto da ideia de vocês dois dormindo juntos. – ele disse. – Não confio nos jovens.

— Pai – vamos lá Violetta, conte ao seu pai que você já não é uma princesinha virgem. Vai doer, mas antes agora do que nunca – Preciso te contar algo, mas não quero que você surte. – falei sussurrando. Eu precisava dizer, senão ele iria tentar prevenir sempre uma coisa que já aconteceu, e vem acontecendo de forma muito natural.

— Violetta... – o interrompi.

— Promete que não vai surtar?

— Não prometo nada, agora me fale. – disse firme.

— Tá, só não grita. – suspirei voltando a fazer carinho nos cabelos de León, assim eu não correria o risco dele acordar. – Eu e o León já passamos dessa fase. – murmurei rápido.

— Que fase...? – ele perguntou claramente com medo do sentido que eu usei.

— Ai pai, será que é tão difícil de entender? – perguntei escondendo meu rosto com a mão que estava livre.

— Espero que não seja o que eu estou pensando. – disse com os dentes semicerrados, ele está claramente irritado.

— Eu e o León já fizemos amor. – sussurrei.

Papai arregalou os olhos e por meros segundos eu pensei que o mesmo fosse desmaiar, seu rosto ficou branco, e eu pude jurar que as mãos dele estavam trêmulas.

— Pai...? – perguntei com certo receio, não sabendo o que esperar.

— Te espero em meia hora no meu escritório.

E sem esperar por alguma resposta minha, ele saiu do meu quarto batendo a porta com força, fazendo León acordar assustado.

— O que tá acontecendo? – León perguntou com a voz rouca, coçando o olho esquerdo.

— Acho que nós estamos fritos. – falei acariciando sua bochecha.

 

***

 

León insistiu que iria falar com o meu pai sozinho, depois que eu expliquei o que tinha acontecido. Claro que eu tentei impedir, mas sabe como são os homens né? Orgulhosos demais, e aí ele entrou no escritório do meu pai sozinho, e está lá há mais de quarenta minutos, e eu estou desesperada, andando de um lado para o outro na sala de estar.

— Vilu... – era a voz de Angie. – O que aconteceu meu amor?

— Ai Angie. – corri e abracei-a. – Acho que eu fiz uma tremenda besteira.

— O que houve?

— Contei a papai que já dormi com León. – contei para ela e a mesma arregalou os olhos, como se não acreditasse.

— Meu Deus Violetta! Pelo menos vocês se cuidaram? – ela perguntou pegando as minhas mãos e se sentando no sofá comigo.

— Claro Angie, nós sempre nos protegemos. Não somos tão irresponsáveis.

— Espera, isso aconteceu mais de uma vez? – ela perguntou e eu assenti, se eu fiz uma vez, é claro que eu iria fazer a segunda, não é? – Meu pai amado. Precisamos ir a um ginecologista urgente.

— Angie, calma. – neguei com a cabeça, vendo que ela estava pirando, e eu nunca imaginei que isso seria tão embaraçoso de se conversar. – Eu e a Francesca fomos juntas lá nos Estado Unidos, não se preocupe.

— Então quer dizer que você já é uma mulher? – ela perguntou totalmente atordoada, mas eu não respondi. – Vilu do céu! – me abraçou apertado. – Onde está León?

— Conversando com papai no escritório.

— Vá até lá, conhecendo seu pai, não duvido que ele mate o pobre garoto. – Angie disse e eu tremi. – Anda, vai até lá.

Não pensei duas vezes e fui.

Não bati na porta e nem pedi permissão, apenas cheguei entrando, encontrando o meu pai encostado na mesa, e León em pé com as mãos no bolso da calça jeans.

— Violetta – os dois disseram em reprovação e eu fechei a cara.

— Eu quis vir me explicar pai. – falei não conseguindo encarar os olhos de meu pai.

— Eu estou decepcionado por jovens tão inconsequentes como vocês dois. – papai disse exaltado, me fazendo ficar atrás de León. – Você deveria ter ao menos um pingo de vergonha Violetta, eu não te criei assim.

— Pai, eu não consigo nem olhar nos seus olhos, pode acreditar, eu estou com vergonha. – murmurei sentindo a mão de León apertar a minha firmemente.

— Onde vocês estavam com a cabeça? – papai perguntou mais calmo, porém evidentemente decepcionado.

— A culpa é minha Germán, eu sei que eu deveria ter me segurado e... – o interrompi.

— A culpa não é de ninguém. – falei olhando para León. – Nós dois queríamos León, pode parando. Aconteceu na hora certa, na hora em que nos sentíamos preparados.

— León, sugiro que você vá para casa e me deixe a sós com minha filha. – papai pediu.

— Você não vai proibir o León de ficar comigo, não é? – perguntei sentindo os meus olhos marejarem.

— Isso não vem ao caso, não agora. – León engoliu o seco. – Volte amanhã para buscar a Violetta para a cerimônia do meu casamento. – pediu e eu me tranquilizei um pouco, León assentiu.

— Depois me liga. – León sussurrou no meu ouvido, e me deu um abraço apertado. – Não queria te deixar sozinha, mas sei que se eu ficar vou acabar piorando.

— Amo você.

— Eu amo mais. – respondeu me dando um sorriso que eu tive que retribuir, e então ele saiu do escritório.

Voltei a encarar o meu pai, que tinha os olhos vermelhos, cheios de água, e o rosto estava com uma expressão dura. Eu nunca apanhei na minha vida, mas suspeitava de que esse seria o momento que eu levaria umas palmadas.

— Só me responde uma coisa... – ele disse com certa dificuldade, meu coração estava acelerado mais que o normal. – Foi tudo por amor? – perguntou e eu abri um sorriso enquanto algumas lágrimas escapavam de meus olhos.

— É claro que foi pai.

Ele abriu os braços e eu me permiti ser abraçada pelo meu pai.

— Tudo que eu mais temia aconteceu. Você cresceu rápido demais.

— Mas eu nunca estive tão feliz em toda a minha vida papai.


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Notas finais do capítulo

Antepenúltimo Capítulo hein !!
O próximo já está pronto, mas vou esperar vocês comentarem rsrs'
E posso dizer que o penúltimo capítulo é o meu preferido, sem brincadeira, está muito fofinho.
Beijos nos corações de vocês!
Até logo