Uma Nova Etapa escrita por Bianca Saantos


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEY
Eu aqui de novo!!!
Vou adiantar algumas coisas aqui pra vocês.
Espero que gostem
Sério, não se acostumem hahah,
Vim recompensar vocêssssss por tanto tempo sem postar!!
Boa Leitura !!!



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Estava no meu dormitório arrumando a minha mala.

_Vilu, deste jeito suas roupas chegaram todas amassadas. – Francesca disse olhando a minha mala toda revirada. – Não entendo porque esse stress todo.

_É o León, como sempre. – falei grossa, tirando mais três cabides do meu minúsculo guarda-roupa. – Ele sempre é a causada e a solução dos meus problemas, sempre. Argh! Que ódio! – joguei as camisetas dentro da mala.

_O que ele aprontou? – ela perguntou revirando os olhos e se sentando na cama.

_Acredita que ele e a Kate estavam de papinho quando eu cheguei à sala de aula? E ainda teve coragem de jogar na minha cara que eu estou sempre na defensiva, e que eu mudei, não sou mais a mesma.

_Bom, definitivamente você não é mais a mesma. – concordou e eu fiz cara feia. – Mas não foi uma mudança ruim amiga, você está mais... Adulta, só isso.

_E isso é ruim, não é? – perguntei ficando triste ao invés de irritada.

_Claro que não, a gente tem que crescer um dia. – Fran riu.

_Tem razão. – suspirei fechando o zíper da mala com dificuldade. – Vou sentir sua falta.

_São só duas semanas, eu vou sentir muito mais. – me abraçou apertado. – E não discutam mais viu? Você e o León servem para estar juntos e não separados, então não dê motivos para mais desentendimentos.

_Você parece minha irmã mais velha. – rimos.

_Sou muito mais que sua irmã mais velha, pode ter certeza. – piscou e eu sorri.

***

Eu estava colocando a minha mala dentro do porta-malas do taxi que o León tinha chamado. Isso mesmo, um taxi. Logo ele que jurou que nunca mais entrava em um, por causa do taxista tarado.

Já eram sete e meia, e nosso vôo estava marcado para as nove, já estamos atrasados. Eu estava com uma saia longa preta, e uma blusa de alcinha branca, com um casaquinho preto bem fino. Não estava tão linda ou arrumada. Meus cabelos estavam presos ainda em um rabo de cavalo, e eu usava uma sapatilha neutra que quase não aparecia com saia.

León não disse nada sobre o meu visual. Aliás, ele não disse nada desde que foi me buscar no meu dormitório, a não ser: “Vamos Violetta” ou “Tchau Francesca”. E eu já estava me sentindo ignorada, e eu odeio me sentir assim, me deprime muito.

Entrei no taxi, e sentei no banco de trás, me encostando a janela, vendo que as primeiras gotas de chuva começavam a cair. León entrou em seguida, também no banco de trás, só que encostado a outra janela. Olhei-o de soslaio, e percebi que ele encarava a paisagem lá fora.

_Aeroporto, por favor. – ele disse ao taxista e o mesmo assentiu dando partida no carro.

Ele estava dirigindo de vagar, por conta da chuva, não queria que acontecesse um acidente, então ele estava sendo cauteloso. Eu já tinha telefonado ao meu pai, e ele me desejou boa viagem, já que ficaria por mais uma semana na Califórnia.

O carro estava silencioso, acho que ele estava com muita raiva de mim, pois em nenhum momento olhou nos meus olhos, ou me beijou, ou até mesmo deu um sorrisinho de lado.

Suspirei agoniada com aqueles pensamentos, e acho que foi um pouco alto, já que o motorista olhou para mim pelo retrovisor, acho que ele percebeu o clima detestável dentro daquele automóvel.

Um pouco envergonhada, tirei meus fones do bolso e o meu celular, conectei-os. Coloquei em minhas músicas, e para o meu azar, a maioria era feita pelo León. Ele tinha mania de a cada vez que fazia uma música, gravar e mandar para mim, não que eu achasse ruim, mas no momento tudo que eu não queria era pensar nele.

“... Cuando miro tus ojos sé... Que ya te ame, mil vidas atrás...”

Eu estava meio frágil, acho que estava de TPM não é possível, minhas emoções estão variando demais, e eu não gosto disso. Essa música foi a gota d’água, eu precisava da minha melhor amiga, mesmo ela não estando em alcance.

Eu queria chorar, ou bater em alguém, queria ficar sozinha afundada na cama em baixo dos cobertores, comer até dizer chega sem ter ninguém para me dizer o que é certo ou errado. Será que o que o León disse é verdade? Será que eu estou mesmo na defensiva?

Pensando nisso, meus olhos marejaram instantaneamente. Só de pensar que eu poderia estar destruindo o meu relacionamento, já me causava uma dor no peito. Eu gostava de León, o amava. E sei, eu não quero outro, mesmo que nós não fiquemos juntos para sempre como ele diz, não vejo eu me entregando a ninguém mais, a não ser ele, eu fui e sou dele, isso não tem como mudar, e eu não quero mudar.

Voltei em si quando percebi que haviam tirado um de meus fones. Olhei para o lado com a face um pouco abatida, encontrando a de León séria e sem demonstrar nada.

_Chegamos. – disse frio e eu assenti.

***

Ficamos esperando o vôo cerca de duas horas ainda, pois o mesmo se atrasou. E se querem saber, foi uma das piores horas da minha vida. O León se quer me olhava, ou dizia alguma coisa.

_Quer comer alguma coisa? – perguntou formalmente e eu neguei com um fone em meu ouvido. – Então quer alguma coisa pra beber? – neguei novamente.

Escutei o mesmo suspirar e sair do meu lado.

Assim que ele saiu, eu corri para o banheiro, parecia que eu não estava respirando mais. Já tinha até perdido a vontade de voltar pra Argentina. Cheguei lá, e como previsto estava vazio. Lavei meu rosto tentando me manter calma e segura, o que eu não estava conseguindo.

Só sai de lá quando estava me sentindo mais leve, e menos culpada. A verdade é que eu tinha chorado ok, eu estou meio depressiva, isso é fato.

Assim que voltei, encontrei León comendo despreocupado, minutos depois nosso vôo chegou.

***

Eu estava exausta, eu sabia que demorava a chegar até Buenos Aires, mas não sabia que demorava tanto. Eu não dormi nada, ao contrario de León, que hibernou assim que sentou na poltrona. Senti-me sozinha a viagem toda.

Assim que o avião pousou, senti uma grande alivio. Estava na minha casa novamente, não contive o sorriso, até me lembrar que eu e León estávamos brigados, aí minha tristeza resolveu aparecer novamente.

Saímos do avião, e eu contive para não rir da cara amassada do León, mesmo dormindo a viagem toda, ele parecia cansado.

Ele chamou um taxi, mas eu fui para um canto, e chamei um também, não queria ficar com ele nem mais um segundo, não naquele clima ridículo.

***

Para o meu azar os nossos taxis chegaram juntos. Ele me olhou sem entender, e eu apenas abaixei a cabeça, deixando o taxista por minhas bagagens dentro do porta-malas.

_O que você está fazendo? – perguntou me olhando confuso.

_Indo pra casa. – respondi baixo, passando por ele, e entrando no carro. – Boa noite. – sussurrei já dentro do carro, e ele não respondeu, parecia abismado com alguma coisa.

***

Cheguei a casa, por volta da meia-noite. Um dia para chegar naquele país. Arrastei minha mala, até a porta, vendo que tinha um bilhete na mesma, escrito.

Viajamos.

Assinado: Olga e Ramalho

Ótimo! Vou passar uma semana sozinha nessa casa imensa. Papai deve ter dispensado eles dois, já que não teriam que trabalhar enquanto ele e Angie estivessem fora, assim como eu.

Por Ludmila #

Estávamos na casa do León, já que ele chegaria junto com a Violetta. Estávamos todos lá, Broadway, Maxi, Diego, Federico, Naty, Camila e mais um monte de gente, ale da família dele, para dar as boas vindas.

A porta se abriu, e todo mundo abriu sorrisos de ansiedade. Mas nos assustamos ao ver apenas León entrando, puxando sua mala.

_O que estão fazendo aqui? – perguntou surpreso.

_A minha surpresinha lembra? – falei cruzando os braços. – Cadê a Violetta?

_Ela... – ele suspirou. – Está na casa dela.

_O que? Mas ela não viria para cá? – perguntei indignada.

_Já está tarde, amanhã conversamos sobre isso. Desculpa pessoal. – ele disse meio tristonho, subindo rapidamente para o quarto.

Eu e a galera nos entreolhamos, assim como Melanie e sua família. Não estávamos entendendo aquele comportamento do alegre e contagiante León, ou aconteceu alguma coisa, ou ele mudou muito morando lá nos States.

_Que estranho – minha tia disse vendo que ele parecia diferente. – Com certeza ele brigou com a Violetta. Esses dois não se desgrudam nunca. Eu conheço meu filho.

_Será tia? – perguntei triste vendo que a minha surpresa foi um total fiasco.

_Provavelmente Luh. – meu tio se pronunciou suspirando. – Mas já que o León está mal desse jeito, acho melhor vocês comerem essas pizzas que pediram, amanhã não vai prestar.

_Tem razão – confirmei decepcionada.

_Eu vou tentar descobrir o porquê do meu irmão está tão bolado assim. – Melanie disse suspirando. – Não quero me casar com ele nesse baixo astral todo.


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Notas finais do capítulo

O próximo vai estar imperdível
Então até maaaaaais!!!!!