Após sair do Grany's Regina andava sem rumo pela cidade,lágrimas insistentes manchavam sua face, como Emma poderia ter feito aquilo com ela?, logo agora que achava que, havia encontrado seu final feliz, Robin e Roland, representavam isso em sua vida, seu final feliz, sua última chance, e Emma havia, estragado tudo, Regina sentia uma dor em seu peito, a dor que pensou que, jamis sentiria novamente, chegava a ser irônico pensar que, sua felicidade, havia sido arruinada, justamente pela salvadora, aquela que era destinada, á salvar e proteger a todos,porém ela era uma vilã, sendo assim, não era, dever da salvadora, salvá-la.

Emma estava em choque,na lanchonete, o que em nome de Deus havia feito, Ok havia salvo, a vida de alguém, e isso foi um bom ato honrado e nobre,porém, para salvar, a vida de uma desconhecida, destruiu a vida de alguém próxima à ela. Ela continuou parada de pé,mirando com, uma expressão chocada, a porta pela qual Regina, havia saído, ninguém se atreveu, a chegar perto da loira, a quebrar o transe, no qual a salvadora, havia entrado, no ambiente as emoções eram diversas, alguns estavam em choque, assim como Emma, outros, com medo temiam, a volta da Rainha Má, e tanto James, quanto Branca, agora mais do que nunca, temiam por sua filha,pois ambo, já haviam sentido na pele, a fúria de Regina, Gancho foi o primeiro,a criar coragem,para ir falar com Emma:

-Amor eu..._Gancho se aproximou, colocando sua mão delicadamente, no braço de Emma.

-Não killian, agora não, eu preciso de tempo.-Emma interrompeu o pirata, antes mesmo dele ter a chance de concluir a frase, se afastando de seu gesto de carinho, e saindo porta afora.

Emma não sabia,ao certo para onde ir, andou sem rumo, até a floresta, estava tão imersa em seus pensamentos, que não notou,para onde estava indo, nem quem estava ali.

Regina apesar de muito esforço, não conseguiu controlar as lágrimas, e não queria ser vista naquele estado,por quem quer que fosse,por isso andou até a floresta,pois sabia, que lá, ela poderia chorar, em paz,sem ser incomodada por ninguém, já na floresta, Regina andou até o poço,por onde Emma e Branca haviam Retornado, da Floresta Encantada, em muitas ocasiões angustiantes, aquele lugar havia se tornado reconfortante, não sabia ao certo porque,ou melhor sim sabia,porém não tinha forças nem coragem para admitir, em voz alta, ficou ali para pensando, por alguns minutos, talvez horas, já não era mais importante, já não havia ninguém esperando, já não havia ninguém pra quem voltar, foi quando ouviu o barulho de passos, alguém estava se aproximando, tão rápido, quanto o possível, ela secou as lágrimas, que manchavam seu rosto, não daria tal prazer a quem quer que fosse, de vê-la chorar.

Regina notou a figura loira se aproximando, assim que levantou o rosto, Não podia acreditar, de todas as pessoas naquele maldita idade tinha de ser Emma a aparecer ali , a loira logo notou também a presença da morena, e um silêncio desconfortável se abateu sobre ambas, não havia nada a ser dito, a mágoa era evidente nos olhos de Regina, assim como era evidente também que, a morena havia chorado, pois, seus olhos outrora chocolates estavam agora vermelhos, nas orbes verdes da loira podia-se ver tão nitidamente o arrependimento, quanto o sofrimento era visto nos olhos da morena, passado um, no qual ambas, ficaram apenas se encarando, sem dizer uma palavra, Emma se aproximou e disse:

-Regina me desculpa eu...-Emma estava triste, era evidente em seu olhar, a tristeza,o arrependimento e a vergonha que sentia eram notórios.

-Não é necessário pedir desculpas, a culpa de tudo foi minha,por acreditar no amo.- Regina interrompeu Emma, seu tom era frio.

-Não diga isso !, o amor existe, e um dia, você irá encontrá-lo.-Diz a loira encorajando a outra a seguir em frente.

-Não srª Swan, creio que, três vezes foram o bastante , não haverá uma quarta.-Diz Regina, e seu tom de voz era amargo,e seu olhar perdido, como se lembrando de cada vez que amor.

-Três?-Pergunta Emma confusa, até onde sabiam, haviam sido apenas dois.

-Isso não vem ao caso agora, pois, o segundo amor não cheguei de fato a viver, mas garanto que foi o que mais doeu.-Disse Regina e seus olhos novamente perderam o brilho.

-Regina não fuja do amor, não fuja da felicidade, eu sei que o que eu diz, foi horrível, que doeu e muito, mas não desista do amor por minha causa voc...

-Você desistiu?

-De que?-Pergunta a loira confusa.

-Do amor, você desistiu?-A morena pergunta novamente, ela de fato queria ouvir a resposta.

-Não somente acho que, é algo pra que, eu não tenho espaço na minha vida, pelo menos não aqui, não na minha vida aqui, o que é uma pena, pois, não vejo vida para mimem nenhum outro lugar sabe,não me vejo morando longe daqui, longe da minha família, não mais.-Emma diz olhando em volta, e vendo que realmente havia apendido a amar, não só as pessoas , como também aquele lugar.

-Então isso é um sim?-Pergunta regina com uma sobrancelha levantada.

-Emma suspira,e diz.-Bem por hora sim.

Regina se aproxima de Emma, invadindo seu espaço pessoal, até ficar bem próxima, como na época, em que usava isso para intimidar a loira.

-Como pode me pedir para, ter fé em algo, que nem você mesma acredita mais.-Disse Regina, e seu tom não era intimidador, e sim questionador .

-Pois, se pode perder tudo na vida Regina, porém, quando se perde a esperança, se perde tudo de fato, se perde a vida, e não quero que isso aconteça contigo.-Diz a salvadora, suas palavras eram firmes e cheias de sinceridade.

-E por que isso é tão importante para você?-Regina questiona, seu tom era cansado, era o tom de alguém que, havia desistido de lutar contra a vida.

-Porque eu me importo.-Foi tudo o que Emma conseguiu dizer, com firmeza, e ternura, seus olhos ainda estavam presos ao rosto da outra, que a essa altura mirava o chão.

-Por que?-Regina, agora estava olhando para Emma, em seus olhos a expectativa.

Emma, se aproximou mais ainda, da outra, se é que era possível, seus rostos estavam quase colados.

-Não sei, só sei que, me importo.-A loira disse, agora seus olhos miravam os chão, incapazes de mirar os olhos , da outra.

Regina não sabia ao certo porque, mais aquela proximidade a incomodava tanto, porém o fazia, e antes da loira ter a oportunidade, de falar mais alguma coisa, Regina chamou sua magia, e saiu dali, deixando pra trás, uma nuvem de fumaça roxa, e o forte aroma característico de sua magia, o aroma de maçã. Emma vendo que a conversa havia se encerrado ali, envolta por uma nuvem de fumaça, branca e dourada, a Salvadora também partiu, deixando também, o aroma inconfundível que era de sua magia, o aroma de canela, maçá e canela, não são aromas comuns, quando se trata da, escolha de um perfume, porém qualquer pessoa que passasse, na floresta naquele momento, diria que a mistura inusitada de aromas era inebriante.