Mai Hime: Summer Vacation escrita por Robin-chan


Capítulo 7
7. Exploração/Andanças/Teoria




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O relato que farei a seguir me foi contado em detalhes pelas pessoas a que se refere. É toalmente fiel à realidade, viu?!

 

Enquanto nos preparávamos para curtir outro dia quente, Natsuki e Rinji-san andavam calmamente em direção ao rio. Foi um percurso curto e silencioso. Chegando a seu destino, começaram a seguir as águas, que escapuliam floresta adentro por um buraco cercado de árvores altas.

Caminharam por mais algumas horas a esmo, pararam para almoçar em uma clareira (Rinji-san elogiou a refeição e Natsuki concordou com a cabeça) e nada encontraram de diferente. Nenhum animal, nenhuma pista.

- Devemos seguir pela esquerda – disse Rinji-san, por volta das cinco horas da tarde, consultando sua bússola. – Creio que haja outro curso de rio a duzentos metros daqui. Elas podem tê-lo encontrado.

- Ótimo. – replicou Natsuki indiferente. – Quer que eu carregue suas coisas? – perguntou, vendo que Rinji-san suava bastante.

Ele a encarou longa e indefinidamente.

- Não é necessário. – respondeu friamente.

E foi só.

 

Em outro ponto da floresta, uma cobra assustava duas jovens. Ou melhor, tentava.

- E-ei, essa coisa tem veneno, Suzushiro!

- Há! É só um verme rastejante que será exterminado bem agora! – e cutucava o réptil com um bumerangue. A cobra, sem saber para onde deslizar, deu um bote na loira.

- MORRAAA! – Suzushiro-san desceu o brinquedo na cobra que saltava, atirando-a a seiscentos metros de distância, com um silvo indignado.

Nao-san relaxou e disse:

- Pelo menos isso você pode fazer.

- É claro que posso! – exclamou Suzushiro-san em resposta. – Eu, Haruka Suzushiro, nos tirarei dessa situação embaraçosa!

- Na qual você mesma nos colocou! – replicou Nao-san irritada.

- Nada pode ser feito quanto a isso. Entretanto, nossa união poderá mudar tudo, devemos estar sempre atentas e...

 Nao-san suspirou, tirou o objeto das mãos da outra e disse:

- Só continue andando. Em frente, que deve nos fazer voltar àquela vala.

- Sim, eu sei! Siga-me!

 

      - M-Mai-chan... – disse Akane-chan me puxando timidamente. Eu devia estar parecendo ameaçadora, brandindo uma faca e irritada com Midori-chan. Baixei o objeto e respondi:

- Sim, Akane-chan?

- B-bem... não queria atrapalhar vocês, mas gostaria de saber se viram o bumerangue de Keisuke-kun. Ele o perdeu, sabe, e está muito chateado.

Midori-chan perdeu-se no argumento que estava defendendo e fez cara de ponto de interrogação. Ela estivera discutindo na cozinha com Youko-sensei sobre o aumento das tarefas de cada um por conta de nossas quatro baixas, apesar de havermos ganho os rapazes desajeitados e Akira-san, para o serviço e eu não me aguentei e acabei perguntando porque ela não podia ajudar um pouco também. Então ela abrira a boca para responder e Akane-chan entrara discretamente.

- É um de madeira pintado de verde? – indagou Youko-sensei.

- Sim, esse mesmo. – respondeu Akane-chan, acenando com a cabeça.

- Tenho a impressão de tê-lo visto perto da piscina... – cortou Midori-chan.

- É onde Keisuke-kun tem certeza de que o viu pela última vez.

- E quando foi isso? – perguntei.

- Hum... – ela pensou um pouco. – Há uns quatro dias.

- Espera... antes das garotas sumirem? – perguntou Midori-chan com interesse?

- Isso eu não sei. – replicou Akane-chan.

Midori-chan saiu correndo para interrogar o dono do brinquedo.

- Diga a Keisuke-kun que vamos achá-lo, ok? – eu disse, tentando animá-la.

- Ele vai gostar de ouvir isso. – murmurou Akane-chan tristonha, esboçando um sorriso preocupado.

 

E graças a um menino em busca do seu brinquedo, tivemos que ouvir outra das teorias absurdas da líder ao jantar. Tipicamente, ela bateu a mão na mesa com força quando terminamos o que seria uma rara calma refeição (nossas melhores mal-humoradas estavam encarando a floresta) e exclamou, levantando-se:

- Atenção aqui! Tenho uma notícia para todos!

Todos nos calamos, curiosos.

- Agora já tenho uma boa ideia do que aconteceu com Suzushiro-san e Nao-chan. E a resposta estava aqui o tempo todo! – ela apontou triunfante para o pequeno garoto à sua direita. Akane-chan arregalou os olhos surpresa e o resto de nós ficou entre curioso e descrente.

- Quêê? – conseguiu dizer Keisuke-kun.

- Sim, meus caros. Pasmem diante do que vou lhes dizer!

Tate apoiou a cabeça em uma das mãos e resmungou algo como “Não enrola, caramba!” e Midori-chan lançou-lhe um olhar cortante.

- Meninos e meninas... enfim, jovens! Eu lhes declaro que, Suzushiro-san e Nao-chan desapareceram na floresta em busca de um objeto que passou despercebido a todos nós mas que me chamou a atenção hoje, quando Akane-chan comentou que, há quatro dias, portanto na data do sumiço de ambas, o pequeno Keisuke-kun viu pela última vez seu bumerangue.

- Você não pode estar dizendo... – começou Youko-sensei.

- Sim! Estou dizendo que, vendo o bumerangue desaparecer entre as garras de uma águia malvada, Suzushiro-san teve um ímpeto de solidariedade - pelo menos três pessoas engasgaram quando ela disse isso e Reito-san e Fujino-san sorriram levemente -  e puxou Nao-chan, que era a única à vista, para uma missão importantíssima de resgate: a caça ao bumerangue perdido que representa a felicidade de um garotinho!

Não encontramos o que dizer nos minutos que se seguiram. Era uma hipótese tão... tão à la Midori-chan que nossa reação foi a mesma de sempre: espanto silencioso e total incredulidade. Yukino-chan abriu a boca, mas não conseguiu dizer nada.

Um barulho estridente se fez ouvir. Keisuke-kun largou a colher de sobremesa e desatou a rir. E riu, gargalhou, se dobrou na mesa de tanto rir.

- O que foi? – perguntou Midori-chan nos encarando. Akane-chan correra para ajudar o garoto a tomar ar. Eles estavam saindo da sala quando Fujino-san respondeu brandamente:

- Foi uma hipótese e tanto.

- Isso foi ridículo! – bradou Keisuke-kun segurando o abdome. Akane-chan o tirou do aposento, ainda rindo, e Midori-chan pareceu desapontada.

- Foi tão ruim assim?

- Não se preocupe, Midori-san. Ele só está aborrecido. – disse Reito-san.

- Foi tão ruim assim? – repetiu ela.

Ninguém ousou responder. Retiramo-nos com pigarros e exclamações sobre o tempo, as tarefas e o banho. Midori-chan pareceu murchar diante dessa resposta indireta.

E o pior era que ela estava quase certa.


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