Por Uma Lembrança escrita por MiHenderson


Capítulo 4
Capitulo 03


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capitulo.
;-)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/546037/chapter/4

_Te vejo em duas horas._ Andrew me falou enquanto eu descia do carro.

Já fazia duas semanas desde que eu sai do hospital. Ele havia me contado sobre as minhas suspeitas antes do acidente.

Eu sou obrigada a ver o Nathan pelo menos duas vezes na semana para: Em primeiro porque ele é meu médico e ele tem que fazer uma série de exercícios -tanto psicóticos quanto físicos. E em segundo ele me ajuda com minhas memórias, nas quais até agora não conseguimos nada além de flashs sem sentido, e ouros "inúteis" segundo Ryan-que é um amigo policial do Andrew-, como por exemplo eu e meus irmãos quando crianças brincando em um jardim enorme, ou os almoços na casa da minha falecida avó na Irlanda. Andrew me disse que ela morreu três meses depois do acidente.

_Bem vinda novamente a meu humilde lar._Nathan fala ao abrir a porta para mim. Em comparação a casa de Andrew o apartamento do Nathan é realmente bem pequeno, mas é bastante arrumado para o apartamento de um homem solteiro.

Eu já conseguia andar sem as muletas agora, mas ainda mancava.

_Posso te fazer uma pergunta?_indaguei a Nathan após termos terminado a sessão de "memórias que são úteis" com Ryan chama.

_Claro.

_Você não se especializou em neurologia?!

_Sim. Por quê?

_Então porque diabos você é meu fisioterapeuta também?

_Porque eu passei os meus cinco primeiros anos de carreira em uma ilha que havia escassez de tudo, de remédios a médicos. Então tive de aprender de tudo um pouco. Também sei fazer um molho de peixe delicioso.

_Prometo experimentar um dia_eu falo rindo._Que horas são?_ pergunto a ele.

_Vinte pras quatro._ele responde olhando no relógio em seu pulso.

_Andrew só chega em vinte minutos.

_Se estiver com pressa eu te levo.

_Não precisa. Tá tudo bem, eu espero.

Ficamos um bom tempo em silêncio até que uma música começa a tocar no rádio e Nathan começa a canta-la com um inglês prefeito mas com uma voz não muito afinada.

_Call all your friends. And tell them you're never coming back.

_O que significa?_pergunto a ele.

_"Chame todos os seus amigos e diga que que você nunca mais vai voltar."_

_Qual o nome dessa música?

_Não faço ideia, mas ela costuma tocar quanto eu to perto de vc.

_Isso é estranho.

_Pode acreditar que é._ele fala sorrindo.

O silêncio se instalou entre nós novamente, mas dessa vez foi meu celular que quebrou esse silêncio. Era Andrew.

_To te esperando aqui na porta. Já terminou?_ Andrew falou.

_Já. Já sim. Já to descendo.

_To te esperando então.

~~~~~~~~~~

Andrew me falou que teria um jantar na casa de Charlotte e que todos estavam ansiosos para me verem.

_Tenho mesmo de ir?_perguntei.

_Sim.

_Por que?

_Por três motivos: primeiro, todos os amigos, conhecidos e parentes da família mal podem esperar para te ver; Segundo, é um jantar na casa da Charlotte, e ela já reclama que eu roubei você dela, e ela é sua irmã também, e ela ficaria muito triste, brava e estérica se você não fosse; e em terceiro, estaram todos lá, e talvez você se lembre de algo. Então...

_Eu vou_completei.

_Isso mesmo. Cassidy vai te ajudar, já seus gostos para roupas é meio parecido.

~~~~~~~~~~~

Havia um monte de gente no salão de festas na casa de Charlotte, e não era uma casa pequena, na verdade era o dobro da casa de Andrew. Dava para se perder facilmente lá dentro. Eu estava com um vestido azul escuro longo tomara-que-caia e meu cabelo estava em um penteado que deixava as pontas ruivas cacheadas sobre meus ombros. Todos me cumprimentavam, me elogiavam e insistiam inutilmente para que eu me lembrasse deles. Não consegui gravar o nome de nenhum deles. Fiz um grande esforço para tentar memorizar os nomes das pessoas ruivas e outras que se diziam meus parentes, mas foi em vão. Logo comecei a me cansar daquilo e resolvi dar uma volta pela casa.

Era uma casa muito bonita. Havia muitos corredores e eu acabei indo para em um deles, as luzes eram lustres de parede no formato de velas , estava muito vazio, eu só conseguia ouvir o barulho dos meus próprios passos. O vento que passou pelo corredor (no qual eu não sabia de onde diabos ele havia vindo) me fez gelar a espinha. Eu iria sair dali quando senti braços me envolverem por trás.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Comentem ;-)