Simply Different escrita por Cacau


Capítulo 5
4° Capítulo - Idiota dos olhos negros


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal :3 espero que gostem do capítulo, porque eu amei e.e Boa leitura, beijos :3



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Narrador.

Sophia acordou na manhã seguinte por volta das duas horas da tarde. Abriu os olhos com dificuldade por conta da claridade. Sentia uma dor intensa percorrer por todo o seu corpo e viu que estava em um quarto de hospital. Levantou a cabeça para ter uma visão total de seu corpo e viu sua perna esquerda engessada. Poucos minutos depois Srta. Ana apareceu acompanhada do médico. A mulher foi em direção a sua filha, quando viu que a mesma havia acordado, se sentiu aliviada por vê-la bem. Mas ao mesmo tempo estava muito zangada por ela ter fugido de casa na noite passada, porém sabia que não era hora de dar broncas.

– Filha como você está?

– Tô bem mãe. - ela respondeu quase que num sussurro.

(...)

No dia seguinte Sophia já estava em casa sendo mimada por sua mãe, claro que só depois de levar uma imensa bronca por ter fugido.

Sua mãe lhe dizia pela décima vez algo como "se você não tivesse fugido de casa, não teria quase morrido."

– Mas mãe, eu só quebrei a perna.

– Mas podia ter morrido Sophia. Droga. Eu sou uma péssima mãe.

– Quanto drama. - disse mais para si do que para sua mãe.

Enfim, a garota estava deitada em sua cama lendo um livro qualquer quando sua mãe entra no quarto novamente.

– Filha tem uma pessoa lá em baixo querendo conversar com você.

– Se for o Bruno inventa uma desculpa qualquer, ele já veio aqui hoje umas três vezes.

– Não é ele filha, vou mandar subir ok? Só não vá fazer ou falar besteira.

Porque eu falaria alguma besteira?

Poucos minutos depois, Sophia ouve batidas na porta e avisa que a pessoa, seja lá quem fosse, podia entrar. E então a porta foi aberta e um garoto estava lá, diante dos olhos castanhos de Sophia.

– Olá, me chamo Arthur. - disse com um sorriso tímido.

POV SOPHIA

Ao ver o garoto que entrava no meu quarto, não pude evitar em abrir a boca em uma perfeito "O". Ele era simplesmente perfeito com seus mais ou menos 1.80 de altura e uma pele morena, alguns de seus músculos podiam ser notados por conta de sua camisa um pouco justa no corpo, ele parecia estar suado. Seus olhos negros e intensos encontraram meus olhos castanhos sem graça, e então ele passou a mão no cabelo bagunçando o mesmo. O que parecia lhe deixar ainda mais bonito. Meus olhos percorriam por todo o seu corpo, era quase impossível não olhar para ele.

– Desculpe, eu estava no treino de basquete. - ele indagou meio sem jeito.

E eu apenas o encarava, sem conseguir dizer uma única palavra.

– Então... - ele disse envergonhado com meu olhar.

– Quem é você?

Como assim Soph? Bem que você poderia ser simpática pelo menos uma vez na vida. Ainda mais com um gato desses. - minha subconsciente gritou.

– Me chamo Arthur. - ele repetiu.

– Isso você já falou, mas o que está fazendo aqui?

Palmas pra você Sophia. Quanta simpatia. - uma voz gritou em minha mente de novo.

– Bom eu estava na festa quando ocorreu o acidente... - ele começou completamente sem jeito. - fui eu que te atropelei.

– O quê? O que você está fazendo aqui garoto? Deveria estar preso por quase me matar. - gritei irritada.

Ele implorou que eu me acalmasse e logo minha mãe apareceu.

– Mãe tira esse garoto daqui agora! - pedi e ela o fez.

Depois daquele garoto ter ido embora e eu já calma, minha mãe explicou que ele não estava preso porque seu pai pagou a fiança. Disse também que ele era novo na cidade e viera para cá para morar sozinho já que seus pais continuaram na cidade onde ele cresceu. E mais, ele iria estudar no mesmo colégio que eu, portanto minha mãe achava que eu teria de perdoar o acidente para eu não acabar sendo expulsa do colégio por espancar o aluno novo.

Eu apenas disse que estava cansada e pedi que me deixasse sozinha e novamente ela o fez. Depois de ler algumas páginas de O diário de Anne Frank, decidi tentar dormir. E acabei tendo um dos sonhos mais estranhos em toda a minha vida.

"Eu estava sentada na areia, o mar logo a minha frente. A água molhava meus pés a cada onda que vinha e então eu me levantei. Olhei a minha volta e o lugar era realmente lindo e deserto. De repente alguém apareceu atrás de mim e senti as suas mãos tamparem meus olhos de uma forma delicada, e quando eu as tirei e me virei de frente para a pessoa era o garoto que me atropelou que estava lá. Como é mesmo o nome dele? Ah é Arthur. Como pude esquecer? Enfim. Ele estava sem camisa, seu corpo era perfeito. Os cabelos completamente bagunçado e um sorriso, meu Deus que sorriso. Mas o que realmente me surpreendeu, foi que do nada uma junção de penas saia de suas costas e ia aumentando. Arthur o garoto que me atropelou tinha asas. E o mais incrível foi que eu não fiquei nem um pouco espantada com aquela cena, era como se eu já tivesse o visto daquela forma diversas outras vezes.

– Meu anjo. Como eu te amo. - falei e selei meus lábios nos seus."

Acordei num pulo e percebi o suor escorrer em meu rosto. Que sonho havia sido aquele? Porque eu sonhei que aquele idiota que me atropelou era um anjo? E porque raios eu disse que o amava? Eu só posso estar ficando louca! Peguei meu celular que estava em cima do criado mudo para olhar a hora, eram onze da noite. Tentei dormir novamente mais foi em vão, chamei minha mãe mas provavelmente ela estava dormindo ou saiu. Então com muita dificuldade levantei da cama e peguei a muleta que estava ali perto. Levei quase dez minutos para conseguir descer as escadas sem me matar e fui até a cozinha achar algo pra comer. Peguei um pacote de Doritos que achei no fundo do balcão e fui rever a primeira temporada de Supernatural. Adormeci ali por volta das três da manhã.

Acordei as 7 horas da manhã com minha mãe gritando em meus ouvidos, droga eu tenho aula. Subi as escadas com a ajuda dela e fui me arrumar.

Ela teve que me levar para o colégio já que eu não podia dirigir. Todos ficavam perguntando se eu estava bem e Bruno não largava do meu pé. O sinal logo tocou e então entrei na sala. Eu estava sentada prestando atenção - mentira - no professor de biologia quando o mesmo é interrompido pelo diretor. Eles conversam baixinho para que ninguém escutasse e logo o diretor vai embora. Então vejo aquele garoto idiota entrar na mimha sala e o professor lhe apresenta à turma.

– Bom turma, este é Arthur. Ele irá estudar conosco a partir de agora.

Senti meu sangue ferver de raiva, olhei ao meu redor e todas as garotas quase babavam ao vê-lo, ele me olhou e deu um sorriso tímido e eu apenas lhe encarei. Seus olhos eram tão negros que pareciam brilhar conforme a luz solar que entrava pela chamava refletia em seus olhos.

A aula passou rápido e Arthur mostrou ser um aluno bem inteligente, mas isso não me importa. Ao sair da sala, logo percebi que a história sobre ele ter me atropelado já havia sido espalhada pelo colégio inteiro. Bufei. Assisti as próximas aula e por volta do meio dia me despedi de Bruno e fui até o estacionamente esperar minha mãe chegar.

Ela estava demorando. Será que esqueceu de me buscar? Era só o que me faltava.

De repente ouço uma voz me chamando, e um arrepio intenso percorreu todo o meu corpo.

Me virei de costas e encontrei Arthur ali.

– O que você quer?

– Queria pedir desculpa por ter quebrado sua perna... – falou olhando para baixo.

– Me deixe em paz Arthur! - falei e minha mãe apareceu de carro.

Entrei no mesmo e fomos para casa, deixando o garoto "plantado" no meio do estacionamento.


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Notas finais do capítulo

E então? Mereço reviews?



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