Simply Different escrita por Cacau


Capítulo 22
21° Capítulo - Já posso ser presa - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi! Oi! Espero que gostem.
Boa leitura!



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"Está na hora de começar a crer que existem mais coisas no universo do que aquelas que os olhos podem ver."

Meu celular tocou a meia noite em ponto. Como sempre não fiz questão de ver quem era e logo atendi.

– FELIZ ANIVERSÁRIO MEU AMOR! - uma voz gritou do outro lado da linha me obrigando a afastar o celular do ouvido. E não, não era Arthur.

– Dhully não precisa gritar. E obrigado baixinha! Mas não podia ligar de manhã? Eu to com sono! - reclamei.

– Tua simpatia é tão grande que eu até me emociono Soph. - comentou irônica. - Não esquece da pizzaria, vou passar aí as sete para a gente se arrumar. Tenha uma ótima noite como uma garota maior de idade. - disparou uma palavra atrás da outra e desligou o telefonema sem esperar uma resposta da minha parte.

E eu que sou a antipática.

Dormir em paz. Era exatamente tudo o que eu queria naquela noite. Mas meus pesadelos com o Arthur novamente apareceram e como em todos os outros, ele era um anjo. Mas que droga! O Arthur é só um cara normal.

Pela milésima noite seguida, eu acordei assustada graças aos malditos pesadelos e não consegui voltar a dormir de forma alguma.

Passei o dia comendo besteiras em frente à televisão e atendendo os telefonemas dos meus parentes que queriam me parabenizar pelo aniversário.

E o que eu mais ouvi além de "Parabéns Soph e blablablá" foi o maldito "Agora você já pode ser presa!"

Fazer dezoito anos não significa apenas poder ir presa. É difícil entender isso? Meus parentes acham que eu sou uma maníaca ou algo do tipo? Porque a única maníaca que eu conheço é a Dhu, e por compras, então... Que tipo de parente fica te avisando que já pode ser presa?

(...)

Sete em ponto e a ruiva mandona apareceu na minha casa.

– Soph! - disse pulando em meus braços literalmente. O que dizer de uma nanica pesada? Ela me derrubou no chão ao pular em cima de mim. E foi junto comigo.

Depois de colocarmos todos os nossos queridos ossos no ligar... Ok não é pra tanto. Dane-se.

Subimos para o meu quarto e então eu pude analisar a minha melhor amiga.

Seus cabelos ruivos e sempre lisos estavam completamente ondulados; ela vestia um simples porém fofo vestido azul e calçava salto alto deixando-a alguns centímetros mais alta, mas eu ainda era maior.

– Você vai vestir aquele vestido que eu comprei pra você semana passada. - disse indo até meu guarda roupa e o pegando.

Nem me dei ao trabalho de reclamar, essa ruiva andava meio mandona nos últimos meses.

Já com o vestido preto, minha melhor amiga fez minha maquiagem e ajeitou meus cabelos.

– Tudo isso para uma pizzaria? - perguntei passando o meu olhar do meu próprio reflexo no espelho, para a minha amiga.

– É o seu aniversário. O que tem demais em se arrumar? - Dei de ombros. - Vamos passar na minha casa primeiro ok? Eu esqueci meu celular.

Já completamente prontas fomos para a casa da Dhully sendo levadas pelo motorista particular do pai dela. Isso é chique. Beijos.

– Soph vai na frente, eu já estou indo - a ruiva disse de forma suspeita.

Dei de oombros.

Ao abrir a porta notei que estava tudo escuro. Não havia uma mísera luz acesa. Isso ta cheirando a armação.

Arrastei a mão pela parede onde eu tinha certeza que havia um interruptor e logo o achei. Ao acender a luz tive uma surpresa nem tão surpresa assim.

– SURPRESA! - muitas pessoas gritaram em uníssono. Muitas pessoas mesmo, todos que estudavam no meu colégio deveriam estar alí.

Na frente de todos estava meu querido namorado - não tão mais querido assim - com uma torta nas mãos. Ele logo deixou a torta nas mãos de Harry e se aproximou de mim me dando um abraço apertado e aconchegante murmurando um "Feliz aniversário meu amor." em meu ouvido e grudando nossos lábios em um longo selinho. Era a primeira vez que ele me chamava de amor.

Sorri tímida murmurando um quase inaudível obrigado e logo várias pessoas vieram me desejar os parabéns.

O número de obrigado que eu disse hoje foi maior do que a minha fome. Comparação sem lógica alguma eu sei.

Depois de longos minutos recebendo os parabéns de todas as pessoas possíveis, a ruiva que havia sido a responsável pela festa surpresa apareceu.

Lhe lancei meu melhor olhar assassino.

– Soph não me mata! O Arthur também ajudou, eu juro! - disse parecendo desesperada.

Gargalhei alto, entendendo meus braços para abraçá-la. A baixinha se aconchegou em meus braços como uma criança de sete anos se aconchega nos braços da mãe.

Essa comparação foi fofa. Beijos.

– Eu ainda quero te matar. - avisei. Ela riu baixinho e eu acabei por rir junto. - Agora vamos aproveitar.

(...)

Dhully logo me largou para ficar com Logan, Arthur simplesmente desapareceu e meu melhor amigo está em outro país. Essa festa é minha mas eu me sinto perdida.

– Soph. - ouvi alguém me chamar.

Graças a Deus alguém lembrou da aniversariante.

Girei meus calcanhares para encontrar Harry com dois copos de refrigerante nas mãos.

– Harry! Oi! - cumprimentei recebendo um dos copos que ele segurava. - Obrigado.

– Por nada. Então, vim te dar os parabéns. Todo aquele pessoal te abraçando deve ter sido cansativo. - ele riu do próprio comentário. - Resolvi esperar as pessoas te deixarem "em paz". - disse fazendo aspas com os dedos.

Eu ri.

– Obrigado nerd. Ops. Desculpa, Harry. - corrigi meu próprio erro. Rimos.

– Onde está Arthur?

– É uma boa pergunta. Fui abandonada pelo próprio namorado no meu próprio aniversário.

– Sempre dramática. Logo ele aparece.

Concordei em um movimento com a cabeça.

Logo Harry desapareceu entre a "multidão" que se amontoava na sala para dançar. E eu continuava parada como um poste no canto do cômodo da casa.

Resolvi ir até a cozinha, talvez Arthur estivesse lá. Mas não estava. Me escorei na pia e fechei os olhos, minha cabeça estava começando a doer por causa da música alta.

– Soph! - ouvi quem eu mais desejava encontrar, me chamar.

– Ah você apareceu. Achei que havia morrido. - comentei sarcástica.

Ele soltou um riso fraco e me abraçou, eu hesitei por um momento, mas logo me aconcheguei em seus braços. Porém eu ainda estava chateada com ele.

– Eu estava preparando uma surpresa para você. Na verdade, eu estava me preparando... - Levantei minha cabeça para encará-lo completamente confusa. - Vem comigo.

Arthur me levou para os fundos da casa da Dhu. Havia um lindo e espaçoso gramado com piscina, mesas e cadeiras e um pequeno jardim em um canto.

– Soph... - ele segurava minhas mãos com força e encarava como nunca os meus olhos. - Você promete que não vai me deixar não importa o que aconteça?

Eu não estava entendendo nada. Nem a sua pergunta, nem o medo estampado na sua voz e nos seus olhos.

– O que? Como assim Arthur?

– Só me promete.

– Eu... Prometo.

– Sabe os seus sonhos?

Meus sonhos? Como ele sabia dos meus sonhos? Pesadelos, não sonhos.

Olhei-o atordoada.

– Uma parte deles são reais. - completou, soltando minhas mãos e se afastando alguns metros de mim.

Ele retirou a camisa que usava e aos poucos duas enormes junções de penas se desdobravam uma para cada lado abrindo enormes e maravilhosas asas brancas.

Asas. Não. Asas? Então os meus pesadelos eram reais? Arthur era um anjo? Meu namorado tem asas?

No primeiro segundo eu fiquei completamente sem reação enquanto olhava as suas asas. No segundo eu me vi andando em sua direção e muito pouco depois, eu estava pedindo permissão para tocá-las. Ele concedeu. Então em menos de um minuto eu já estava tocando com cautela a junção de penas que formavam sua asa direita. Eram tão macias e tão brilhantes que eu poderia jurar que seriam capazes de cegar um humano. A expressão de Arthur mostrava que ele estava apreciando cada toque meu em suas asas.

Eu poderia ter me assustado e saído correndo dali. Eu poderia ter duvidado do que meus olhos mostravam e me beliscado acreditando que era apenas mais um sonho, porém não era. Eu estava apaixonada por um anjo. O ser mais puro de todo o universo.

O que ele fazia em meio ao humanos?

Eu tinha tantas perguntas a serem respondidas. Mas agora eu só queria o beijar para ter certeza de que tudo era real. E o fiz.

Foi o beijo mais intenso que já havíamos trocado. Nossas línguas se acariciavam mostrando o quão íntimas eram, até o maldito oxigênio faltar em nossos pulmões.

Agora eu poderia lhe perguntar tudo o que eu tanto queria saber. E foi no exato momento em que minha boca se abria para falar, que gritos foram ouvidos.

– Briga! Briga! - pude ouvir várias ppessoas gritando.

Corri em direção a casa deixando Arthur e todo aquele momento para trás.

Ao atravessar toda a casa e chegar à parte da frente, num outro pequeno jardim, diversos adolescentes se amontoavam em um círculo.

Quem são os infelizes que estão brigando no meu aniversário?

Me enfiei entre as pessoas até chegar ao meio do círculo e encontrar John caído no chão. Em cima dele havia um pequeno ser com cabelos negros e azuis. E em cima do pequeno ser havia Logan que tentava tirar a garota de cima de John, e sabe-se lá porque Dhully também estava metida no meio da briga. Ela parecia ajudar o pequeno ser a bater em John.

– Mini-ser dos cabelos divos! - gritei e todos calaram-se e me encararam confusos. Todos.

A mini-ser levantou sua cabeça e me encontrou. Ela sorriu.

– Você é a garota que estava empacada no meio da loja de vestidos? Oi!

Todos ainda nos olhavam confusos.

– O que foi? Saiem daqui! - a mini ser gritou lançando um olhar ameaçador para todos que ousavam rir.

A multidão logo voltou a se amontoar dentro da casa da minha melhor amiga, restando apenas eu, Dhully, Logan, John, a mini-ser que eu não faço ideia de como se chame e Arthur que agora estava ao meu lado.

– Vocês! - uma voz grossa gritou.

– A gente o quê? - gritei de volta já irritada. Vi o pessoal me encarar de olhos arregalados. - O que foi?

Dhully apontou para trás de mim, ou seja, não era para mim que eles olhavam daquela forma. Girei meus calcanhares para encontrar fortes músculos bem próximos. Levantei minha cabeça e lá em cima, bem em cima mesmo, encontrei o rosto de um homem que me olhava furioso.

Ele devia ter uns três metros de altura e vestia roupa de policial. Fo-deu.

– Já pra delegacia! Os seis, agora!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim.
Mereço reviews?
AVISO
Minhas aulas começam amanhã, segunda-feira 08/02. Então sem dúvidas meu tempo para escrever vai diminuir muito e minha cabeça vai estra cheia. Ou seja, eu posso demorar até mais de uma semana para postar. Mas calma, se vocês me ajudarem eu posso postar mais rápido. Vai do tempo e da minha imaginação (que não é sempre que está de acordo comigo). Me ajudem gente! Preciso reviews com ideias e opiniões. Preciso que favoritem e até recomendem para me deixar feliz.
Eu amo todos vocês, até mesmo os leitores fantasmas. Um beijo. Cau.



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