Simply Different escrita por Cacau


Capítulo 14
13° Capítulo - " Pizza? - perguntei animada. "


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Como estão?
Bom novamente agradeçam há minha insônia por eu já estar postando. Se eu contar que comecei este capítulo por voltam das cinco da manhã por não conseguir dormir, vocês vão acreditar? Pois é a pura verdade! Eu estou sem dormir até agora e acabei o capítulo neste exato momento!
Enfim, obrigado por todos que estão acompanhando a fic e que favoritaram e estão comentando. Vocês não imaginam o quanto fico feliz em saber que estão gostando!
Boa leitura amores!



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Ele me beijou. O aluno novo, o idiota que havia me atropelado, o moreno dos olhos incrivelmente negros havia me beijado.

Flashback on

De repente suas mãos seguram minha cintura com delicadeza me puxando para ainda mais perto de si. Nossos rostos estavam muito próximos e eu podia ouvir sua respiração. Meus braços já se encontravam levemente apoiados em seus ombros e nossos rostos se aproximavam ainda mais. Seus lábios quentes roçavam os meus e uma de suas mãos agora seguravam minha nuca enquanto a outra continuava apertando delicadamente minha cintura. Logo meus lábios entre abertos foram preenchidos pelos seus e uma de minhas mãos já puxavam delicadamente seus cabelos desgrenhados próximo a nuca.

Era um beijo calmo e talvez apaixonado. Não, é exagero meu pensar assim. Sua língua logo tocou meus lábios pedindo passagem e eu a permiti. Nossas línguas dançavam juntas em um beijo intenso e eu só podia ouvir o barulho da chuva e das ondas do mar ao longe.

As mãos de Arthur puxavam delicadamente meu corpo para ainda mais perto do seu e uma das minhas mãos puxavam levemente seu cabelo bagunçado.

Por um breve momento tive a sensação de que não era o primeiro beijo que compartilhávamos. Mas é claro que era. Então apenas me deixei levar pelo momento até que o maldito oxigênio se fez por escasso.

Flashback off

Afastamos nossos rostos lentamente, enquanto seus braços continuavam abraçando com delicadeza minha cintura e uma das minhas mãos ainda estava enroscada nos fios negros do seu cabelo.

Seus olhos negros encaravam os meus castanhos e eu juro que podia ver os seus brilharem.

A chuva ainda caia sobre nossos corpos e por conta do frio que eu sentia, conseqüentemente estremeci e Arthur percebeu.

– Você deve estar com frio. Vamos, eu te levo para casa. - disse quebrando o silêncio que se instalava entre nós.

Murmurei um ok enquanto passava repetidas vezes as mãos pelos meus braços na tentativa de aquecê-los.

Em pouco tempo já estávamos dentro de seu carro indo em direção a minha casa. Eu vestia por cima de minha roupa molhada um moletom preto e comprido que Arthur tinha em seu carro e insistiu para que eu vestisse.

Após mais alguns minutos dirigindo com cautela pelas estradas movimentadas de Los Angeles, o moreno parou o carro enfrente a minha casa e o desligou.

Seus olhos negros pareciam indecisos sobre encarar meus olhos ou meus lábios enquanto os meus encaravam descaradamente seus lábios rosados.

– Você quer... er... entrar? Sua casa é um pouco longe daqui e você está molhado e, aliás, o tempo não está nada bom para dirigir. - perguntei meio incerta de minhas palavras encarando agora o céu através do vidro do automóvel.

– Tudo bem. - ele concordou após me encarar por alguns segundos como se estivesse pensando se aceitaria ou não.

Ah qual é! Eu só o convidei para entrar por estar molhado e está chovendo muito, não é porque nos beijamos há alguns minutos atrás que este convite pode soar estranho certo? Espero que não.

Saímos do carro e ele me seguiu em direção a porta principal da minha casa. Minha mãe como já era de se esperar não estava.

– Acho que ainda tem algumas roupas do meu pai lá em cima e provavelmente servirá em você. Você me espera aqui? - perguntei timidamente. Ele murmurou um ok também tímido e eu o avisei para se sentar no sofá já que poderia demorar um pouco para achar as peças de roupas.

Subi rapidamente para o segundo andar de minha casa e entrei no quarto da minha mãe. Procurei por todo seu guarda roupa e nada, então fui até um baú no canto do quarto e o abri, ele estava cheio de coisas. Achei ali uma camisa xadrez das cores preto e branco e uma calça jeans, peças que provavelmente serviriam em Arthur graças ao corpo de porte atlético que tanto meu pai quanto ele tinha. Ao retirar do baú tais peças de roupa, avistei uma caixa de madeira rústica que eu nunca havia visto antes, a abri com cautela e ela estava cheia de papéis. Pareciam documentos importantes e havia também um envelope grande e amarelo com meu nome, olhei em direção a porta do quarto para ter certeza de que ninguém estaria ali e voltei novamente meu olhar ao envelope. Eu estava movendo minhas mãos para abrir o mesmo quando o telefone do quarto da minha mãe, onde eu estava, toca. Rapidamente largo o envelope que cai no chão e pego o telefone levando até a altura dos meus ouvidos.

Murmuro um alô ainda assustada e ouço a voz de minha mãe falando sem parar.

– Filha! Achei que havia morrido! Eu liguei para o telefone da sala um milhão de vezes e ninguém atendeu! Onde você estava?

– Ãn, desculpe mãe! Eu sai com a Dhully - menti.

– Ah tudo bem filha. Bem, eu estou na sua avó e acho que terei de dormir aqui, me parece perigoso dirigir nessa chuva. Tudo bem para você?

– Claro mãe!

– Ok filha! Qualquer coisa me ligue ok? E tranque bem a casa! - ri com as palavras de minha mãe. Ela falava como se fosse a primeira vez que eu dormia sozinha em casa.

Mães.

– Pode deixar mãe! Te amo.

– Eu também filha. - disse desligando o telefonema.

Arthur deve estar achando que morri. Rapidamente guardei o envelope dentro da caixa de madeira junto dos outros papéis e as coloquei no exato lugar que estava antes dentro do baú, pondo em cima outras peças de roupas do papai para que minha mãe não percebesse que eu havia mexido ali. Fechei a porta de seu quarto e desci as escadas correndo quase tropeçando em meus próprios pés.

Encontrei o moreno sentado no sofá da sala assistindo um filme de comédia na televisão. Ele estava completamente molhado.

Ao mesmo tempo em que tinha uma expressão relaxada ao virar seu rosto em minha direção enquanto sorria torto, era possível ver preocupação e talvez até medo em seus olhos.

Estendi meus braços entregando a roupa do meu pai para ele, que já estava na minha frente. Nossas mãos se encostaram levemente e senti um leve arrepio na espinha.

– Ali... – disse apontando para uma porta do lado oposto de onde estávamos. – tem um banheiro e toalhas dentro do balcão. Se quiser tomar um banho você pode pegar uma das sabonetes que estão junto das toalhas, já que a chuva pode demorar para passar.

– Ok. Obrigado Soph. – ele agradeceu gentilmente e foi em direção ao banheiro.

Me arrastei escada a cima e fui para o meu quarto, onde peguei uma calça de moletom preta junto de uma regata bege e justa ao corpo e me direcionei ao banheiro para também tomar um banho quente.

Desci para o primeiro andar da minha casa e novamente encontrei Arthur sentado no sofá assistido algum programa na televisão. A camisa xadrez e a calça jeans pareciam ter se ajustado perfeitamente no corpo atlético do moreno. Ele estava descalço e seus cabelos úmidos estavam totalmente bagunçados de uma forma sexy.

Logo ele notou minha presença e sorriu.

– A chuva parece só piorar. – ele comentou puxando assunto enquanto eu me ajeitava no sofá ao seu lado. – Onde sua mãe está?

– Ela foi visitar minha avó e agora pouco ligou avisando que vai dormir lá por conta do mau tempo. – respondi tímida por estar novamente um tanto próximo dele. – Você quer comer alguma coisa? – perguntei mesmo imaginando que não estaria com fome por termos comido há um pouco mais de uma hora atrás, mesmo eu estando.

Timidamente ele murmurou um “Não seria má idéia.” Sorrindo torto em seguida. Pelo jeito não sou a única “furada” aqui.

– Pizza? – perguntei animada.

– Só se for de frango com catupirí! – disse também animado me fazendo sorrir ainda mais por sua escolha. Eu simplesmente amava pizza de frango com catupirí. Era uma das mais simples e mesmo assim uma das mais gostosas sem dúvidas.

– E uma de chocolate com morango? – perguntei com água na boa só de lembrar do maravilhoso sabor das pizzas doces.

Ele concordou em um movimento com a cabeça enquanto riamos da nossa própria animação exagerada por conta de duas pizzas.

Peguei o telefone que ficava ao lado do sofá onde estávamos sentados e liguei para a pizzaria pedindo duas pizzas, sendo uma doce e uma salgada com os devidos sabores que escolhemos.

Enquanto o entregador de pizzas não chegava, ficamos assistindo The Walking Dead e por algumas vezes comentando algo sobre a série. Cerca de trinta minutos depois o entregador chegou pedindo desculpa pela demora comentando assim o quão perigoso estava dirigir nas ruas de Los Angeles naquele momento. Encarei Arthur um tanto preocupada em ter que mais tarde deixá-lo ir embora com um tempo desses. O mesmo me olhou da mesma forma, mas logo dando de ombros.

– Onde ficam os pratos? – o moreno me perguntou enquanto encarava a infinidade de balcões que tinham na cozinha da minha casa. Passei por ele tocando meu braço ao seu sem intenção e novamente senti um arrepio percorrer meu corpo. Peguei os pratos e os copos em um dos balcões e os talheres em uma gaveta passando novamente por ele indo em direção a sala sem olhá-lo. Sentei-me no sofá e dei play na série que estávamos assistindo antes, enquanto Arthur se acomodava ao meu lado pondo as duas caixas das pizzas e o refrigerante em cima da mesinha ao lado dos pratos

Comemos as pizzas em silêncio saboreando ao máximo os seus sabores maravilhosos. Novamente dando pause no episódio que assistíamos de TWD (The Walking Dead) ao terminarmos de comer, levamos as louças até a cozinha. Por pura insistência sua, o moreno secava a louça que eu já terminava de lavar, enquanto novamente conversávamos sobre coisas aleatórias.

– Bom acho que já está na hora de eu ir. – avisou enquanto encarava o celular.

– O que foi? Aconteceu alguma coisa? – perguntei preocupada imaginando que ele estivesse recebido um telefone ou mensagem importante.

– Não, está tudo bem. – respondeu calmo. – Mas é que já se passa da meia noite. – avisou me mostrando em seu celular as horas.

– Oh, realmente está tarde. – disse surpresa pelo horário. – Mas será que ainda não está perigoso dirigir? – perguntei realmente preocupada fazendo-o sorrir torto.

– Espero que não.

Fomos até a área externa de minha casa para ver como estava o tempo. Já não chovia mais como antes, apenas garoava fraco e um vento gélido balançava as árvores.

– Hm... Obrigado pela tarde, pelas roupas e pela pizza. – agradeceu divertido me fazendo rir. – Te devolvo-as segunda.

– Não precisa, são apenas roupas que meu pai nem lembra que ainda existi e minha mãe guarda na tentativa de diminuir a saudade que sente dele. – falei sorrindo brevemente enquanto um nó parecia se formar em minha garganta.

Como eu sentia falta do meu pai.

Arthur me olhava preocupado e sem permissão lágrimas gélidas escorreram por meu rosto. Culpa da maldita TPM que me deixa sentimental desse jeito.

Ele se aproximou de mim a enxugou meu rosto com a manga da camisa xadrez.

Quando percebi estávamos os dois de volta ao sofá e meu rosto molhado pelas lágrimas estava aconchegado no peitoral do moreno, que envolvia com carinho seus braços ao redor do meu.

– Desculpe por isso. – murmurei ainda com o rosto em seu peitoral, mas já parando de chorar.

– Está tudo bem. – sussurrou calmo. – Quer que eu... – começou, mas parou logo em seguida me deixando confusa.

Levantei meu rosto e encarei os seus olhos negros, enquanto uma de suas mãos secava o vestígio das lágrimas que já não existiam mais, em minhas bochechas.

– Você? – incentivei-o.

– Que eu durma aqui? – perguntou parecendo incerto de suas palavras.

Eu não sabendo se havia escutado direito então continuei o encarando, mas agora completamente confusa e sem dizer nenhuma palavra. – Digo, é só que fico preocupado de deixar você dormir aqui sozinha.

Sorri vendo a sinceridade em suas palavras e ele retribuiu novamente sorrindo torto.

– Ok. – murmurei tímida. – Com tanto que não se aproveite de mim. – brinquei tentando descontrair. Mas percebi que acabei piorando as coisas ao ver o moreno me olhando espantado e um tanto chateado com minhas palavras. – Eu só estava brincando! – expliquei envergonhada.

Ele logo entendeu aquilo e acabou rindo da situação, me fazendo rir junto mesmo estando ainda envergonhada pela brincadeira idiota.

Fiquei aconchegada em seus braços não sei exatamente por quanto tempo, mas não demorou muito para que o sono começasse a pesar meus olhos e as últimas coisas que lembro ouvir foi Arthur sussurrando um “Obrigado por voltar para mim.” em meu ouvido e logo o sono me consumiu por inteira.


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Notas finais do capítulo

Então gente? Está ficando bom? Se ouver algum erro ortográfico ou algo do tipo, me perdoem! Estou um tanto cansada para revisar agora, mas qualquer erro me avisem.
Espero estar agradando vocês e se acharem que preciso melhorar em algo me digam por favor! A opinião de vocês é muito importante pra mim.
Nos vemos daqui alguns dias certo? Espero encontrar comentários para ajudar no andamento da fic. Amo vocês amores! Um beijo. Até mais!



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