A Intrusa escrita por Layane Alves
Mac fica em choque,não sabe o que dizer.Também pudera ter uma reação assim,não apenas pensar,como também ver sua esposa falecer em seus braços e simplesmente seis meses depois aparecer como suspeita de um crime.
AR-É mesmo a Marcela.
MT-Tem certeza?
AR-Mais que absoluta.
ST-Pois não tenha certeza assim gatinho.-a detetive chinesa chega com ar de determinação e com alguns papéis em suas mãos.-Tomei a liberdade para reanalisar as câmeras de segurança do hotel,fiz alguns ajustes que me levaram á uma conclusão: a mulher que vimos sair sair do prédio não estava sozinha,estão vendo esse rosto aqui?-mostra a foto ampliada á eles.-Então,estava refletido no vidro,ela está dentro do carro e adivinha em qual carro nossa suspeita entra?-não os deixa responder.-Exatamente! Nesse mesmo carro,não deu para ver a placa,mas consegui a identidade dela.
AR-nem é tão importante assim sua 'descoberta' se é que posso chamá-la assim.
ST-Ainda não terminei.Essa é Alison Welch Kohler,enfermeira do Hospital Maternidade Williamsburg e tem uma filha chamada Maisie Welch..A mãe pode ser cúmplice.
MT-Não...essa é a marcela e não tenho dúvidas.
ST-Errado de novo.Também verifiquei os anelos semelhantes da Stella com o da Marcela nos bancos de dados dos hospitais daqui e não tem apenas 35% de semelhança.O que significa que a mulher que assassinou o senador não foi a Stella e tampouco a Marcela.
AR-Está dizendo que pode haver uma terceira gêmea?
ST-Uma gêmea mais semelhante geneticamente com a Stella.E mais,também verifiquei os registros da Maisie e ela se casou com um canadense há três anos e desde então reside com ele e é cidadã de ambos os países.E ela nasceu em treze de maio de oitenta e sete.
MT-Não faz sentido já que tanto a Marcela como a Stella nasceram em abril,dia vinte e três do mesmo ano.Se são três gêmeas deveriam ter nascido na mesma data.
ST-Isso não posso explicar,mas uma coisa é certa: essa não é nenhuma das duas que conhece.
AR-Assustador.-pensativo encara a detetive.
MT-Seja quem for essa mulher temos de encontrá-la o mais rápido possível.
AR-Como faremos isso?
ST-Vamos com calma gatinho.Podemos começar pela emergia dos hospitais,pois ela saiu ferida da cena do crime.Vejam.-mostra a foto ampliada e clareada da cintura dela.-Mesmo com o casaco para esconder não conseguiu me enganar,percebo tudo.
AR-Com esses olhinhos ai? Duvido.-dá uma curta gargalha.
ST-Posso fazer muito mais coisas com esses meu olhinhos do que voce faria com esses lindos par que tem na cara.-ironiza.
AR-Tan voce é demais! Como conseguiu fazer tudo isso?
ST-Trabalhando,coisa que voce não fez nos últimos minutos.A propósito voce apenas ficou com os fones.
AR-Não precisava gritar.
ST-E pra voce sou detetive Shuang e não simplesmente Tan.Bom,acho melhor começarmos,temos uma companheira presa injustamente e não queremos que mais nada nos atrapalhe.
MT-Não e é por isso que estou indo até a delegacia.-sai apressado em direção ao corredor.
ST-Gatinho,pode me ajudar não é?-dá um sorriso.
AR-Estava esperando ouvir isso,ninguém resiste aos meus dotes de nerd.-caminham até os computadores.
ST-Adoro nerds.-o olha e começa o trabalho.
Delegacia...
Mac chega e é logo parado por Úrsula que lhe dá um aviso.
UR-Acabaram de levar a Stella.
MT-Pra onde?
UR-Te liguei várias vezes e não atendeu.
MT-Pra onde a levaram?
UR-A promotoria pediu a transferência dela para o presídio feminino.
MT-O que? Presídio?
UR-Não tem tanto espaço aqui e o julgamento dela será daqui uma semana,tempo suficiente para advogados de defesa e também de ataque.
MT-Não foi a Stella.
UR-E quem foi?
MT-Shuang e Adam estão a procurando,só sabemos que ela pode ser outra irmã gêmea dela.
UR-Tá brincando né?
DF-Não,ele não está.Dois policiais acabaram de sair com a Stella tem mais ou menos cinco minutos.
MT-Queria não acreditar.-diz tenso.
DF-O que está acontecendo?-pergunta e o celular de Mac toca e logo o atende.
–Taylor.
–É detetive Shuang,encontramos a Maisie que está internada no hospital Mount Sinai,eu e Sheldon estamos a caminho.
–Tá certo,por favor tomem cuidado.
–Estamos levando reforços fique tranquilo.Depois te ligo.
–Ok.-desliga.
Logo dois policiais entram e se aproximam dois três.
Policial 1:Boa noite.Queremos falar com o detetive Donald Flack.
DF-Eu mesmo.
Policial 2: Bem,viemos levar a detenta...-olha o nome na prancheta da mão do parceiro.-Stella Bonasera que será transferida para o presídio.
MT-O que?
DF-Já estiveram aqui antes.
Policial 2: Tem alguma coisa errada então.
Policial 1: Não mandaram ninguém além de nós.
MT-Droga!-se altera.-Não eram policiais de verdade!
DF-Vou acionar os policias para fazerem a perseguição.-manda uma mensagem pelo rádio.
Se apressam e entram no carro,aciona a sirene e dirige em alta velocidade atrás de outros carros da policia que perseguem o carro que levou Stella.
Hospital Mount Sinai
Dois policiais ficam de guarda na porta do quarto trezentos e dois do quarto andar.Shuang entra e observa a mulher deitada .Olha a foto que levou e olha a mulher na cama.Diferentes.
Se aproxima um pouco desconfiada e começa se apresentando.
ST-Sou a detetive Shuang e preciso fazer algumas perguntas. Você é essa?-mostra a foto em que ela está loira e com cabelos curtos.
MW-Sim,tirei há uns cinco ou seis anos atrás para o registro do hospital.-responde ainda calma.
Shuang vê em sua frente uma mulher com cabelos enrolados e castanhos,o que chama atenção são seus olhos obscuramente pretos.
ST-Maisie Welch?
MW-Sou eu.
ST-Não se parece com a moça da foto.Olhos pretos?
MW-Tenho problemas de visão e nesse dia usei lentes verdes que amo.Sobre o que mesmo quer me perguntar?
ST-Sobre hoje de manhã em que voce assassinou um dos senadores de meu país.
MW-China? Não,eu matei o desgraçado que sequestrou meu filho.-tenta prender as lágrimas.
ST-Minha mãe é chinesa,meu pai grego e eu nasci na Grécia.Enfim,por que ele sequestrou seu filho?
MW-Não sei.
ST-Tá e como aconteceu?-faz anotações em uma caderneta.
MW-Deveria ser umas oito da manhã quando eu e ele fomos na padaria perto da casa da mamãe.Sai do carro e esse homem nojento ma abordou segurando meu braço,mandou um de seus homens pegarem meu bebe na cadeirinha e ...-não resiste e começa a chorar.-Levaram meu bebe!
ST-E depois?
MW-Ele disse que se eu não lhe entregasse tal gravação,mataria meu filho.
ST-Que gravação?
MW-Não faço a mínima ideia,sabe,ele só ficava me chamando de Marcela.Quem é Marcela? E quem era esse homem?
ST-Vamos por partes.Como chegou até o hotel?
MW-Ele me entregou um papel com o endereço e disse que se em três horas eu não aparecesse com o que ele queria,nunca mais veria meu filho.
ST- Então decidiu o matar?
MW-Não foi bem assim,fui até lá mesmo sem nada.Disse que queria a gravação de todo jeito e eu não sabia do que se tratava,ele se irritou e pegou uma arma na mesa do canto e me acertou...-faz esforço pra se lembrar do resto.-Mesmo ferida eu tomei a arma dele e dei um tiro perfeito em seu peito.Ele caiu e sangrou no chão,me aproximei e dei mais três tiros nele.-diz como se tivesse satisfeita pelo que fez.-Coloquei a arma na bolsa,lavei minhas mãos na pia do banheiro e sai como se nada tivesse acontecido.
ST-Foi apenas por isso que o matou?
MW-Apenas por isso? Ele levou meu bebe e tentou me matar,acha motivo fútil?
ST-Não...é que...matou o homem que sequestrou seu filho sem saber o porque ele fez isso?
MW-Me importo apenas com meu bebe e nada mais.
SH-Com licença.-entra no quarto.-Uau! Meu Deus! Ela é idêntica á Stella,até mesmo o cabelo.Como isso pode acontecer?-se abisma ao vê-la.
MW-Quem é Stella?
ST-A mulher que está presa em seu lugar.
MW-Como assim?
ST-Ela é detetive e se parece muito com voce.
SH-Não,elas são idênticas.Mais idênticas do que a Marcela.
MW-Marcela...era o nome pelo qual aquele homem me chamava.Tem alguma chance de terem me confundido com outra pessoa?
ST-Tem sim.
MW-Sabia que aconteceria algum dia.Minha mãe me disse que sou adotada e que tenho uma irmã,mas não me disse que era igual a mim.Estou me sentindo culpada agora.
SH-Não se sinta.O médico disse que já está liberada.
MW-Serei presa não é? Tudo bem,eu vou....mas por favor,encontrem meu filho.
ST-Faremos de tudo para encontrá-lo.Sheldon?-ele se aproxima e a algema,os policiais entram a levam para a delegacia.
Enquanto isso..
Os barulhos alertadores dos carros da policia chamam atenção de muitos nas ruas.Não é apenas isso que chamou atenção de olhares curiosos,chamas enfurecidas saindo de uma viatura,provavelmente a usada para levar Stella para o presídio.
A correria começa quando Don e mac se aproximam um pouco mais,bombeiros conseguem controlar as chamas e nada de alguém vivo por perto.Apenas cinco corpos carbonizados,dois na frente e mais cinco atrás.
Eles apresentam seus distintivos e são permitidos atravessar a fita que colocaram para afastar a multidão.
DF-Oh God!-diz ao olhar os copos,ou o que sobraram deles.-Era a Stella.
MT-Não! Não!-se desespera ao perceber que o colar de prata,o qual ela nunca tirava,no corpo no meio.-Não pode ser!
DF-Era ela e os dois do lado eram os tais policiais,o motorista e o outro também morreram.Eu sinto muito Mac.-coloca a mão em seu ombro.
MT-Não era a Stella nesse carro,não era!-tenta não acreditar na enorme probabilidade.
Bombeiro:Detetive Taylor, estávamos voltando para a sede e vimos o carro perder o controle e bater na estrutura da ponte,logo começou o fogo e não pudemos salvar ninguém.Sinto muito.
MT-Apenas continue fazendo seu trabalho.-se afasta abatido,Don o chama mas ele não responde.Entra no carro e deixa o local.
Em algum lugar da cidade...
Seus olhos se abrem lentamente,sente uma dor ardente sobre seu corpo.Um mal estar e tonturas leves.Tenta erguer as mãos,algo a impede. Cordas bem firmes prendem seus pulsos.Olha para o lugar á volta,não reconhece.Ouve um choro de bebe e se assusta soltando um grito.
Olha para sua esquerda e vê de onde vem o choro,um homem balança-o em seus braços,além de estar com uma arma na cintura.
Stella respira com certa dificuldade,seu coração bate mais rápido e mil coisas vem em sua mente.O que estaria fazendo ali? E quem são essas pessoas? E esse bebe?
"O que está acontecendo pelo amor de Deus!" grita em seus próprios pensamentos,a resposta vem logo em seguida em forma de uma pancada forte na cabeça a deixando inconsciente.
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