A doença chamada solidão. escrita por TOMATE


Capítulo 2
Capitulo um - Uma criança inocente.


Notas iniciais do capítulo

Oiii geeeenteeee, to de volta, com mais um capitulo :D ... Onde estão vocês? Deem sinal de vida please. BEEEEEEEM... boa leitura!! :)



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Cinco anos depois...

Eu me encontrava sentada na calçada de sua casa, dedilhando a água suja que escorria ali, até ouvir alguém me chamar.

– Ari?

Chamou uma outra pequena garotinha, segurando para que seu vestidinho vermelho rodado não esvoaçasse naquele vento insistente. Seu nome era Rosalia, cujos cabelos brancos e longos sempre invejei.

– O que foi Rosa? – Não me sentia muito na vontade, então minha voz infantil saiu meio grossa, acho que a assustei.

Eu estava evidentemente entediada e triste, Rosalia sempre percebia isso, mas nunca entendeu o que acontecia comigo, sua pequena amiga.

Não me agüentei, e disparei em choro, algo muito depressivo arrasava meu pequeno coração.

– Por que está triste? Mina escapou? – Ela parecia confusa com a minha dor. Seus olhos brilhavam em compreenção.

Mina era minha cachorrinha, chorei muitos dias e até fiquei doente para poder adotá-la, era quase como uma melhor amiga para mim.

– Não... Mamãe e Papai estão tirando sangue um do outro de novo... Será que é para fazer uma doação? Que nem sua mamãe disse? – Perguntei com uma inocência palpável, não tinha culpa se me ensinavam errado. Eu colocava meus cabelos atrás da orelha em quanto esperava a resposta, um costume.

A garota ao meu lado apesar de ter apenas cinco anos, era esperta e entendia muitas coisas, sabia que eu possuía um coração inocente, e não entendia aquilo, mas ela sim.

Balançou a cabeça negativamente e olhou temerosa para mim, como quem estava se decidindo se contava ou não.

– Não é bem assim, mas pode ficar na minha casinha se quiser, mamãe está fazendo o almoço. – Ela sabia como me agradar, comer era a segunda coisa em que eu mais gostava, depois de brincar de barbie.

Lambi minha boca com todo prazer possível, estava com muita fome e minha barriga quase roncava, minha sorte era ter uma amiga como aquela, e claro, sua mãe que era uma mulher muito gentil.

As lágrimas já haviam secado, é estando com os amigos que se dissemina grande parte da dor.

Fui correndo a seguindo até sua casa que era logo ao lado da minha, ela abriu o portão e entramos.

– Mãe? Mamãe? – Ela chamava, praticamente berrava, só ela mesma a eterna escandalosa, mas eu gostava desse gênio dela.

A senhora parecia não estar na residência. Rosa pegou um pequeno molho de chaves no pequeno bolso do vestido, e ela mesma abriu a casa.

– Parece que deixou a comida pronta... E saiu... – Ditava confusa, coçando a cabeça.

A mãe de Rosalia era muito ocupada, mas nunca deixou de dar amor á filha, deve ser por isso que ela era tão feliz.

– Gosta de lasanha? – Perguntou-me com cara de quem já sabia da resposta.

Quando disse aquilo senti minha boca salivar ainda mais, eu adorava, umas das minhas comidas prediletas. Apenas assenti.

Rosalia procurava um guardanapo para retirar a comida do forno, quando achou colocou em suas mãos e tirou com cuidado – nem tanto cuidado assim, paciência não era o forte dela.

– Ops. – Soltou um pequeno gritinho. Havia deixado um pequeno pedaço de lasanha cair no chão.

Em um movimento nojento – ou não – peguei o pedaço do chão e enfiei com vontade na boca, degustando lentamente. Realmente a Sra. Tânia era uma grande cozinheira.

– Credo Ari! Papai diz que não pode comer comida do chão, dá lombriga! – Repreendia escondendo o riso.

– É só um bichinho mal, sai no coco depois. – Nunca liguei muito para esses mitos que os adultos contavam, tinha minhas próprias teorias.

– Além do mais, dizem que pode comer antes de dar cinco segundos, então estou salva. – Continuei, sábia.

– Blé, o bichinho vai ficar no seu pote infinito mesmo. – Ela chamava o estômago de “pote infinito”, pois não entendia como comíamos tanto e não explodíamos, não sabia que tudo era distribuído ou saia nas fezes depois.

Rosa e eu nos servimos e comemos aquela deliciosa refeição, mas é claro se sujando todas, o que é uma refeição entre crianças sem sujeira? Até ouvirmos gritos que causaram meu choro.

– Se eu morresse você viria só! Aquele demônio que você me fez parir iria sofrer... Então é melhor me tratar como uma rainha, cachorro, cavalo sem vergonha! – Ela xingava e se debatia em algo, que não consegui reconhecer.

– Você vai aprender uma lição! – Gritou. E logo se ouviu berros estridentes de dor.


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Notas finais do capítulo

Comentem pelo menos por favor!! ATé a proxima. :D



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