Conexão escrita por MylleC


Capítulo 2
Capitulo 2 - Visões, sinais, respostas.


Notas iniciais do capítulo

Eaeee, gente desculpa a demora, mas estava em semana de provas, ainda estava meio doente agora que estou quase 100% kkkk enfim minha escola inventou um negocio de recuperação continua pra aumentar a nota de geral e estou atolada de lição até o pescoço kkk então corri para escrever e tals, então se tiver algum erro absurdo me descupem, boa leitura!



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Pov Scott

O apito alto do treinador soou e ergui o bastão, pegando a bola e correndo em direção ao gol, mirando, pensando em como enganar o goleiro. Dessa vez eu não erraria. Me impulsionei e corri, saindo do começo na fila. Antes que eu pudesse chegar ao ponto em que jogaria a bola, uma sombra se materializou ao lado da pequena rede do gol, chamando minha atenção. Desviei os olhos do ponto onde mirava e observei incrédulo, tudo a minha volta se movia em câmera lenta enquanto eu observava aquela estranha névoa preta se transformando. A sombra se tornou sólida, tornando aos poucos a forma de uma pessoa, e eu reconheci de imediato em quem ela havia se tornado.

–Stiles? –Sussurrei incrédulo para mim mesmo. Parando no meio do campo, não conseguindo desviar os olhos do meu amigo ali, parado.

Ele estava diferente, sério e completamente sujo. Estava machucado e uma ferida em sua testa sangrava. Pude observar algumas lágrimas rolarem teimosas por seu rosto. Ele me olhava como se estivesse profundamente magoado comigo.

–McCall! O que diabos você esta fazendo? Já é a terceira vez que você erra a maldita bola! Joga! –Gritou o treinador.

O olhei por um momento e quando voltei novamente meus olhos para o gol, Stiles não estava mais ali. O que foi aquilo? Minha mente querendo me pregar peças? E se fosse um sinal? Eu não deveria estar jogando, meu melhor amigo havia morrido e eu estava... Jogando Lacrosse? Como se nada tivesse acontecido? Minhas mãos tremeram e eu soltei o bastão no chão. Respirei fundo sentindo lagrimas se formarem nos meus olhos, a culpa me corroendo por dentro, tirei o capacete.

–Sinto muito treinador. –Corri para fora do campo, ignorando os gritos do treinador e correndo até o vestiário. Troquei de roupa rapidamente e corri para dentro da escola. Andando sem rumo pelos corredores parcialmente vazios.

Parei abruptamente no meio do corredor ao ver, em pé em frente á porta Stiles, exatamente do mesmo jeito que vi há alguns minutos atrás.

Ele mexeu a boca, parecendo dizer alguma coisa, algo que não pude escutar.

–O-O que?

Ele fez o mesmo movimento, mas novamente não pude entender.

–Scott?

Me virei assustado, era Lydia me olhando confusa.

–Tudo bem? –Ela perguntou.

Respirei fundo, olhando novamente para a porta onde não tinha ninguém.

–Sim, só... Está tudo bem. –Respondi. Lydia acharia que eu estava ficando maluco.

–Tem certeza? Você esta pálido.

–Tenho, eu... Vou indo, preciso ir para a aula.

–Você não estava no treino?

–Sim, mas... Acabou. –Menti novamente. Tentando achar um jeito de sair dali, apenas... Sair dali. Apesar de não parecer acreditar muito em mim, Lydia deixou que eu saísse, talvez entendendo que eu só queria ficar sozinho um pouco no momento.

Agradeci intimamente por isso enquanto me virava pelo lado oposto do dela e seguia pelo corredor que começava a se encher de gente.

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POV Lydia

Entrei na sala, nem um pouco animada com a aula. A professora antiga de matemática tinha se mudado de cidade e agora seria uma nova professora e provavelmente ela ficaria metade da aula se apresentando e nos perguntando coisas sobre nós mesmo e eu não estava nem um pouco animada com isso.

Coloquei meu material na cadeira e me sentei esperando. Kira se sentou ao meu lado e me cumprimentou.

–Hey, tudo bem? –Perguntou.

–Tudo. –Respondi já cansada daquilo, ultimamente sempre que alguém vinha falar comigo a primeira coisa que perguntava era se eu estava bem, não como protocolo de educação, mas por realmente quererem saber. Era óbvio que não estava, precisavam mesmo perguntar? –E você?

–Estou bem, você não viu Scott por ai? Ele saiu no meio do treino estranho e eu não consigo encontra-lo.

–Ah, eu o vi no corredor um pouco antes de vir pra cá, ele parecia bem... Distante. Acho que precisa ficar um pouco sozinho. Primeiro dia de aula... Está tudo muito estranho.

–É... Eu sinto falta dele também e me sinto ainda pior vendo você e Scott assim. Sem falar em Malia que ultimamente não tem respondido minhas mensagens.

Meu estomago se revirou e minha cabeça latejou, a ultima coisa que eu queria no momento era começar a falar sobre... Ele agora, no meio de uma aula. Estava evitando ao máximo falar sobre isso, até mesmo com Morrell.

–É... Só tenha mais um pouco de paciência com ele. Logo ele para de se esquivar de você e vai querer conversar sobre, então você precisará estar la para ele naquele momento, mais que qualquer outro.

Kira me olhou intrigada, perguntando com o olhar em como eu sabia que Scott estava se esquivando dela.

–Ele é assim, quando algo realmente sério acontece com ele, depois de um tempo ele se abre, não se preocupe.

A professora entrou na aula, mandando todos se sentarem e ficarem quietos para que ela pudesse falar.

–Sou a nova professora de matemática. Meu nome é Teresa Hastings...

Ela continuou falando e falando sem parar. Até que ela era legal, mas nada de muito interessante. Em um certo momento em que ela andava pela sala, parou em frente da minha mesa e me encarou por um tempo, depois sorriu de um jeito estranho apertando meu ombro parecendo ser carinhosamente e se afastou. Ótimo, tudo que eu precisava: Mais piedade.

Contei os minutos para que a aula acabasse logo e quando aconteceu recolhi minhas coisas e corri até meu armário, colocando tudo ali. Olhei as horas e minha sessão com Morrell seria em dez minutos, pois ela tinha remarcado a sessão que era pra ser mais cedo por ter tido um imprevisto. Fiquei imaginando o tipo de imprevisto, provavelmente ela foi “manter o equilíbrio” do jeito assustador dela em algum lugar.

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POV Stiles

Tossi sentindo o liquido quente e denso entre meus lábios, passei a mão neles para limpa-los, o que era inútil já que novamente senti o punho porte ir de encontro ao meu estomago e ao meu rosto novamente. Me fazendo expelir mais sangue. Estava me segurando para manter a pouca comida que eu tinha comido, dentro do estômago. Me arrastei no chão tentando me afastar o máximo possível do meu agressor.

–Esta pronto para confessar ou não? –O grande homem me perguntou.

–Eu já disse que não sei do que você esta falando. –Respondi com dificuldade. –Eu juro que não sei, não matei ninguém.

–Matou sim e se quer que isso acabe precisa confessar.

–“Isso acabe” para você é me matar?

–Interprete como quiser, agora confesse! –Ele exigiu, novamente fechando o punho e me socando depois me empurrando contra a parede.

Senti cada musculo do meu corpo gritar de dor, ouvia um zumbido estranho em meu ouvido enquanto tentava fazer minha visão entrar em foco novamente. Respirei com dificuldade, tentando levar o máximo de oxigênio possível aos meus pulmões.

–Confessar algo que não fiz? –Novamente perguntei.

–Você esta nesse jogo ha quase dois meses garoto, faça logo o que tem de fazer.

–Mas eu já disse que não fiz nada e que não conheço essas pessoas da qual você me disse, eu não matei ninguém. Sou um garoto magrelo, normal e hiperativo. Que vai a escola todos os dias e tento não morrer a cada dia que levanto de manhã.

Okay, a ultima parte não era para ter saído.

–Finalmente chegamos em algo! Disse que tenta sobrevier ham? Então você não tem uma vida normal de um adolescente normal.

–Espera, então é disso que se trata? Você sabe sobre os... Lobisomens e tudo o mais dessa cidade maluca?

O homem me olhou incrédulo e confuso.

–Mas o que diabos você acaba de dizer? Que lobisomens? Está maluco garoto?

–Eu não duvidaria, já que estou nesse maldito lugar ha quase dois meses, apanhando e vocês só ficam gritando para eu confessar um maldito assassinato que não cometi!

Novamente ele me bateu e novamente vi estrelas na minha frente. Gemi de dor, tentando recuperar o folego.

–Se diz que estou louco quando mencionei lobisomens, porque foi importante para você a parte que eu disse que tento sobreviver todos os dias.

–Você é um maldito assassino e precisa confessar!

–Eu já disse que não fiz isso!

–Ah não? Vai me dizer que não se lembra de uma família feliz e tranquila que caminhavam pelo parque. De um garotinho de apenas cinco anos seu monstro! –Ele gritou novamente, eu via a raiva e a revolta em seu olhar.

–Eu não sei quem são essas pessoas! Eu já disse!

Minha cabeça doeu e inexplicavelmente a imagem de um pequeno garotinho se balançando no balanço do parque veio em minha mente. Como um flash. Uma mulher e um homem estavam com ele e estavam abraçados. Minha mente doeu e eu a forcei para me trazer mais flashes, mas só ouvi gritos do homem e da criança, logo depois da mulher.

O que era aquilo?

–Vai ficar ai, agoniando até que se lembre. –Disse o homem que já estava se encaminhando para sair do local.

–Espera por favor, espera! –Gritei, e ele parou. –Eu só... Eu não me lembro de coisa alguma, tenho certeza de que se enganou e pegou a pessoa errada, eu não matei ninguém, precisa me ouvir.

–Eu sei o que ví, quem eu vi, e era você. Você irá confessar e pagar pelo que fez! –Esbravejou antes de sair da sala e me deixar ali na escuridão.

Horas se passaram e eu apenas fiquei ali, deitado sem fazer nada. Eu já havia pensando em confessar é claro, se era isso que ele queria, mas era obvio que ele não me soltaria depois de eu confessar e sabe se la o que mais faria comigo depois da confissão.

Ouvi um estampido vindo da porta, alguém a abria. Meu coração bateu acelerado, a mesma esperança de que algum dia alguém abriria aquela porta e seria um rosto conhecido, alguém aparecendo para me tirar dali. Mas novamente isso não aconteceu. Era aquele cara de novo.

–Tudo bem, trouxemos mais uma pessoa para refrescar sua memória. –Ele disse.

Uma mulher, não muito nova nem muito velha entrou na pequena sala, por vontade própria. Ela não estava machucada ou coisa do tipo, não era uma prisioneira.

–Quem é você? –Perguntei e isso pareceu a enfurecer.

–Você vai continuar com isso? Ou você confessa ou esta na hora de tomarmos algumas decisões em relação a você. –Ela disse.

–Eu já disse milhares de vezes que não tenho ideia do que vocês tanto querem de mim. Eu não fiz nada. Olha... Eu sou filho do xerife eu nunca... eu nunca machucaria ninguém, principalmente uma criança.

–Mentiroso! Era você, eu vi! Nunca vou esquecer o seu rosto porque é ele que eu vejo todas as noites nos meus pesadelos! –Ela parecia descontrolada e cuspia as palavras com uma raiva tremenda. –É a sua voz maldita que eu escuto gritando e nos ameaçando, é você que eu vi e é você que ira pagar pelo que fez!

Eu estava chocado, aquela mulher não parecia enganada ao meu respeito, ela realmente tinha completa certeza de que eu tinha feito esse mal para essa tal família. E se eu realmente tivesse feito. Senti as lagrimas virem aos meus olhos e desviei o olhar do dela abaixando a cabeça.

–Olha, eu juro que não sei de nada eu...

–Pare de tantas mentiras! –Ela gritou, tremendo de raiva.

–Teresa se acalme... –Disse o homem colocando as mãos nos ombros dela, a guiando até a porta. –Avisei que isso não faria bem a você. –Ele sussurrou para ela.

–Eu sei, mas eu não aguento ver esse monstro negando tudo o que ele fez, eu quero que ele sofra depois de confessar. –Ela chorava abraçada ao homem.

–Não se preocupe, ele sofrerá. –Ele disse, e os dois saíram pera porta.

Meu coração batia rápido e minha cabeça funcionava a mil, o que foi aquilo? Me encolhi em um canto na parede, abraçando os joelhos e deixando que algumas lagrimas rolassem. Não aguentava mais, só queria voltar para casa, abraças o meu pai, meus amigos. Ir a escol e terminar o terceiro ano. Vê-la, abraçar Lydia, ver seus olhos novamente, sentir seu abraço e ouvir sua voz.

–Lydia... Me encontre... Por favor, me encontrem. Scott... Pai...

Sabia que aquilo era besteira, eles não podiam me ouvir, mas aquilo era a única coisa que eu podia fazer, apenas chorar baixinho no escuro e os chamar.

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POV Lydia

Andava de um lado para o outro no quarto, não aguentando mais, não suportando as vozes que não se calavam em minha mente. Sussurrando coisas incompreendidas, não me deixando pensar, me concentrar, ter paz por um segundo.

Deitei em minha cama colocando as mãos nos ouvido tentando abafar os som das vozes, mas elas só pareiam ficar mais altas em minha mente, fechei s olhos com força sentindo algumas lagrimas quentes escaparem pelos cantos dos meus olho. Minha garganta pinicou e eu sabia o que tinha de fazer. Deixei que o grito soasse alto de minha garganta, silenciando tudo a minha volta, abafando qualquer som sem utilidade. As vozes finalmente se calaram e me sentei lentamente em minha cama, olhando em volta. Alguém sussurrava, me chamando. Chamando meu nome.

–Lydia... Lydia...

Andei pelo quarto tentando saber de onde vinha voz, quem estava me chamando? O som era quase inaudível.

–Lydia... –Chamou mais alto.

–O que? –Perguntei, na esperança de que a voz aumentasse, e ela o fez.

–Lydia... –Meu coração bateu forte quase saindo pela boca, minha respiração ficou descompassada ao reconhecer aquela voz. - Lydia... Me encontre... Por favor... Lydia...

Tudo se silenciou e fiquei ali, parada em choque no meio do eu quarto.

–Stiles?


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Notas finais do capítulo

Eaeeee gostaram? u.u respostas hem kkkk espero que tenham gostado E para compensar a demora e tudo o mais postei uma nova one-short http://fanfiction.com.br/historia/547759/Mirrors/
espero que gosteeem, comentem. Bjsss, o próximo sai logo.



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