Ataque Neonazista escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 9
Salvação.


Notas iniciais do capítulo

Mais um.

Boa leitura!



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Acordei ainda dentro do carro, estava tudo em silêncio, Finnick dormia no carona, Rory olhava pela janela, Prim dormia em seu ombro e Katniss dormia com a cabeça apoiada na minha, levantei-me do ombro dela bem devagar pra não acordá-la e pensei em puxar algum assunto com Manfred, mas conversar sobre o quê? Numa situação daquelas, uma conversa seria impossível, encostei minha cabeça no banco e passei a olhar a paisagem à frente, a estrada estava vazia, Manfred dirigia à 190 por hora, mas, procurei afastar da minha mente a possibilidade de um acidente.

Foi quando ouvi, alguns minutos depois, Prim sussurrar para Rory:

–Rory, estou com fome.- ela sussurrou, mas Manfred parece ter ouvido.

–Eu tenho um pacote de bolachas aqui.- disse Rory.

Passamos por um longo túnel, levamos cerca de dez minutos para chegarmos ao fim dele.

–Onde estamos Manfred?- perguntei, me recompondo.

–Acho que á uns dez minutos do Distrito 4.

–Nossa, já andamos tudo isso?- perguntou Finnick.

–Sim garoto, parece que não, mas sim.

–Quer que eu dirija um pouco pro senhor descansar?- perguntei prontamente.

–Eu agradeço, mas não precisa.

–Tudo bem.

Depois de um tempo, finalmente chegamos ao Distrito 4, como eu havia pensado, estava vazio também, então, os neonazistas deviam ter chegado até a outro país qualquer, Manfred entrou em um prédio alto que tinha um daqueles estacionamentos subsolos, e entrou, mas não explicou o motivo disso tudo, saiu do carro e depois de ajudar Finnick a sair, começou a andar com passos firmes até o elevador.

–Sigam-me.- ele ordenou e nós obedecemos.

–Por quê o senhor nos trouxe aqui?- perguntei.

–Era aqui que eu morava antes de me tornar policial.

–Jura?- perguntou Katniss.

–Sim, morei da infância até a adolescência aqui. Não queria voltar, mas não tive escolha.

Entramos no elevador e ele apertou o botão 5, durante a subida, sem querer resmunguei:

–Queria tanto saber quantos neonazistas faltam pra matar todos.

–Ainda faltam poucos meu caro, eles eram quase uns duzentos, mas agora tem menos de trinta e mais de vinte.

–Como o senhor sabe?

–Um dia, quando meus parceiros que morreram tentaram usar um avião pra acabar com todo o comboio deles e contaram todos eles com uma espécie de radar portátil, e ele nunca falha. Ou pelo menos, nunca falhou até agora.

–Espero que o senhor esteja certo.- disse Rory.

Quando a porta finalmente se abriu, vimos um homem sem camisa, musculoso e com um cabelo cortado rente à cabeça de costas, assim que ele ouviu a porta, se virou, logo assim que vi aquela suástica tatuada no peito dele, por impulso, atirei, a bala entrou no peito dele, que caiu no chão, Manfred foi socorrê-lo.

–Filho, filho você está bem?- perguntou Manfred, desesperado.

Como assim, "filho"? Aquele era o filho dele? Mesmo se fosse neonazista, isso não era motivo pra eu atirar nele, caramba, o que foi que eu fiz? Matei o filho do homem que havia salvado as pessoas mais importantes da minha vida e ele sem dúvida vai querer me matar agora.

–Desculpe, foi sem querer.- eu disse, com lágrimas nos olhos, Manfred me olhou e acho que percebeu a sinceridade no olhar.

–Tudo bem filho, você fez isso por impulso, mas ele não é neonazista, ele só se fantasia de um deles pra poder matar todos que vêm aqui.- ele disse, colocando o filho no braço direito e levando pra dentro do apartamento.

O apartamento, a propósito, era bem legal por dentro, um tevê de tela de plasma de não sei quantas polegadas estava em um móvel no canto da sala, um tapete vermelho e branco tão macio que dava vontade de deitar, em frente o sofá, depois, a cozinha do lado esquerdo com ladrilhos brancos e o corredor do lado direito, a sala tinha azulejos azuis, fiquei admirado com o lugar.

Manfred levou o rapaz para o quarto talvez pra tentar socorrê-lo, Finnick foi para o quarto dormir, Rory ficou na sala com Prim e Kat foi para a cozinha, enquanto eu fiquei sentado no chão da sala, atrás do sofá, preocupado com o estado do filho de Manfred, até que o vejo sair do quarto e levanto-me rapidamente.

–Como ele tá?

–Vai ficar bem, mas preciso de um favor seu.

–Claro, o que o senhor quiser.

–Vá até a mercearia da esquina e me traga tudo o que está escrito aqui.- ele ergueu um papel pequeno com uma lista de coisas que ele queria que eu comprasse.

–Claro, vou lá. Até mais gente.

Todos fizeram um rápido "tchau" e eu fui, levei a Aka 47 comigo, claro, e não vi nenhum desgraçado que poderia dar cabo de minha vida, ainda bem. Acho que o caminho está livre. Quando cheguei lá, tive uma surpresa, De um dos corredores surgiu um neonazista. Não, eu não podia acreditar naquilo. Mas não vacilei e matei-o assim que vi, foi aí que percebi que a metade da mercearia estava inteira, nenhuma prateleira, nem um balcão, nada foi roubado, todos os produtos ainda estavam lá, não perdi tempo e comecei a saquear tudo o que Manfred mandou pegar.

Enquanto pegava as coisas, no entanto, ouvi qualquer utensílio metálico caindo de uma das prateleiras. Instantaneamente coloquei a mão na arma e meu coração disparou, mas tentei manter a calma e observando por algum tempo, não encontrei nada. Então percebi que de uma janela aberta, o vento transpassava e ia acabar bem onde o item caiu. Ri de minha ingenuidade e continuei meu caminho de volta. Dei dois passos e depois ouvi alguma coisa cortar o ar. Aquilo me alertou novamente, mas não por muito tempo. Era rápido. A coisa acertou minha nuca e me fez cair, quase desmaiado.

Dessa vez, um humano, sim, um humano, se aproximou de mim e ajoelhou perante o meu corpo. Minha visão estava turva e dilatada com o impacto, então não reconheci seu rosto. Desmaiei.


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Notas finais do capítulo

Por enquanto é só isso, até o próximo.



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