Ataque Neonazista escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 2
Batalha pela sobrevivência


Notas iniciais do capítulo

Mais um.

Boa leitura...



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Passei dois longos dias dirigindo sem parar, me sentia realmente esgotado, mas não tinha outra alternativa, passava pela rodovia à 150 mph, pois queria encontrar logo aqueles malditos assassinos.

Flashback on:

–Pra onde estamos indo?- Finnick perguntou duas horas depois que pegamos a estrada.

–Não sei, só sei que precisamos achar um lugar seguro por aqui.

–Aqui só tem casas abandonadas, acho que todos os lugares por aqui estão seguros.

–Sim, mas só vamos entrar aí quando aqueles neonazistas estiverem mortos.

–Vo-Você não está pensando em fazer o que eu estou pensando né?

–Estou sim, por quê?

–É perigoso Peeta.

–Eu sei o que faço Finnick. Não adianta ser contra que você não vai me convencer. Pense nos seus pais.- me arrependo no mesmo instante, pois ele começa a chorar.

–Desculpa cara, não queria ter dito isso, mas é que eu só quero justiça, entende? Eu só quero acabar com eles para impedir que eles matem mais pessoas, mas eu sempre vou estar aqui com você, juro.- tive que parar o carro pra dizer isso, em seguida, o abracei até ele parar de chorar, quando ele parou, segui viagem.

Flashback off:

Eu já estava realmente cansado, durante esses dois dias, Finnick só chorava, o que me dava vontade de chorar também, mas nós precisávamos ser fortes para lutarmos pela nossa sobrevivência, algo que só eu podia fazer naquele momento. Era quase uma hora da tarde quando decidimos parar pra comer algo, nas duas mochilas de mantimentos que eu tinha no carro, que estavam separadas para mim e para Finnick, continham coisas como enlatados, queijo, carnes, pães, tudo isso, retirado da geladeira de casa, na outra, estavam sucos de caixinha de todos os tamanhos, pequenos, médios e grandes, na parte de baixo, tinha uma pequena caixa de plástico com talheres, que nós usaríamos com esse nosso "almoço".

Abri a mochila e peguei dois pedaços de um suculento presunto, além de quatro pedaços de pão de forma, além de dois pedaços de queijo, enquanto comíamos, tomei um pouco de suco de laranja que estava guardado na mochila, estava quente, mas eu tinha, dentro do carro, atrás do meu banco, uma bolsa cheia de gelo, então, com uma faca que eu tinha pegado da cozinha de casa, quebrei-o em vários pedaços pequenos e coloquei dentro da tampa da caixa de um 1 litro e meio, para não ficar enjoado com as curvas da avenida.

Depois que acabamos nossa refeição, liguei o carro novamente e voltei aos 150 que estava da outra vez, o carro dos meus pais era um Peugeot 306 prata, depois de uma hora e meia andando com o carro, ele começou a engasgar e me fez olhar no painel instintivamente, pensei que estivesse sem gasolina, mas ela ainda estava com 1,5 litro, aquilo me intrigou, se não era combustível, o que seria? Minhas dúvidas sumiram quando olhei a temperatura do motor estava no máximo, pudera, em nenhum momento, durante esses dois dias, eu havia parado para descansar, então, o motor superaqueceu e quebrou.

–Droga.- exclamei, saí do carro me sentindo culpado, mas eu não desistiria, comecei a empurrar o carro para algum lugar seguro, que só fui achar depois de cinco minutos, então, falei pro Finnick assumir o volante e virar para a esquerda, ele fez, e nós começamos a descer uma pequena rampa que dava acesso à pequena vila que tinha ao lado da avenida, entrei no carro e apenas conduzia o volante enquanto ele descia a rampa, quando vi um pequeno beco e guardei o carro ali. Mas, outra coisa me preocupava, como Finnick iria andar se ele estava com a perna quebrada? O único jeito seria improvisar umas muletas, mas ali não tinha nada que pudesse servir de muleta, não havia jeito, tinha que levá-lo apoiado nos meu ombro.

–Carrega essa mochila que eu carrego essa e a bolsa com gel, tá?- eu disse e Finnick assentiu.

Andamos pela vila tentando encontrar uma casa segura, até que vimos uma que tinha apenas lixo jogado no quintal, tentei arrombar a porta, mas acabou que ela já estava aberta, no mínimo, ou o dono da casa esqueceu de trancar a porta, ou algum neonazista arrombou, mas isso não importava, o importante era a gente entrar lá e descansar. Já dentro da casa, não encontramos nada de importante, os móveis estavam empoeirados e um pouco mofados, mas tinha como dar um jeito depois, percebi que a casa tinha dois quartos, olhamos um, era um quarto de menina, pois tinha duas camas de solteiro com um lençol cor de rosa, um travesseiro de fronha rosa e flores brancas, no guarda-roupa, tinha uma foto da Hello Kitty e na escrivaninha, bonecas. Deixei aquele quarto de lado e fomos para o outro, que obviamente era o quarto dos pais, e era mesmo, um cama de casal com um lençol azul marinho, dois travesseiros, um televisão e um retrato de família na escrivaninha, um homem de cabelos rebeldes com olhos pretos, uma mulher de cabelos pretos de olhos azuis e uma menina de olhos cinzentos com cabelos pretos, além de um bebê no colo da mãe, não pude deixar escapar uma lágrima ao perceber que uma família tão bonita e feliz como aquela fez parte de um mundo desse, mas agora estavam em um lugar melhor. Finnick sentou-se numa poltrona que tinha no quarto com certa dificuldade e ficou ali, descansando, enquanto eu, cansado por ter ficado dois dias seguidos dirigindo sem parar, apaguei, ou melhor, desmaiei na cama para começar uma nova vida no dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo.



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