E Se Fosse Verdade escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá, meu povo e minha pova!

Tô chegando com mais um capítulo que amei escrever!

Nele descobriremos por onde anda Mia e Bobby e também teremos a explicação sobre a Claire não ter nascido...

Ah! Este é o modelito da Mia no capítulo de hoje: https://imagizer.imageshack.us/v2/238x356q90/674/YlCrcF.jpg

Espero que gostem!



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Era noite e o Impala estava estacionado próximo da casa de Bobby Singer. Na parte da frente da propriedade, atrás dos portões que a cercavam, havia um ferro velho com dezenas de carcaças de carros amontoadas.

Naquele momento, Bobby trabalhava no conserto de sua picape e nem desconfiava que estava sendo observado à distância por Sam e Dean, que tinham deixado New Jersey há dois dias, depois que Chloe ligou com informações sobre Bobby e Mia.

— Agora você acredita em mim? — perguntou Dean de repente, parando de olhar para o ferro velho e voltando-se para o irmão ao seu lado. — Chloe Lee, Kevin Tran, Robert Singer, Mia Clarke... Todos esses nomes. Como eu poderia saber?

Sam respirou fundo e soltou o ar com força, antes de responder:

— Eu não sei no que acreditar, Dean. O que eu sei é que apesar de ser meio imaturo às vezes, você não ia inventar uma história dessas só para se separar da Carmen ou para me tirar do sério.

— Obrigado pela consideração. — resmungou o mais velho que não havia gostado da parte em que o irmão se referiu à ele como alguém imaturo.

Sam ficou em silêncio enquanto observava o senhor que consertava a picape. Depois de alguns instantes, ele perguntou:

— Então ele é o pai da Claire?

— Não neste mundo. — respondeu Dean.

— Por quê? O que aconteceu? — quis entender Sam.

Neste momento, a porta da casa foi aberta e os dois observaram uma mulher, de aproximadamente quarenta e oito anos, com longos cabelos loiros caminhar até Bobby e dizer alguma coisa para ele. Os irmãos não conseguiam ouvir a conversa, mas deduziram que a mulher estava avisando que o jantar estava pronto.

— Karen Singer. Esposa do Bobby. — explicou Dean ao olhar para o lado e perceber a expressão de interrogação do caçula. — Aqui ela nunca morreu, o Bobby não precisou virar caçador, nunca conheceu o nosso pai, nem a gente, muito menos Rachel Davis e, portanto, nunca teve uma filha com ela.

— Talvez a Rachel tenha tido a filha com outro homem. — supôs Sam querendo acreditar naquilo, embora não entendesse por que de repente, o nome Claire Davis tinha ganhado tanta importância para ele.

Dean ia responder que Chloe já havia checado esta possibilidade, mas que infelizmente Rachel havia morrido há muito tempo, vítima de uma doença rara. Mas, por algum motivo, ele não quis acabar com as esperanças do irmão.

Pensando desta forma, Dean resolveu concordar:

— É, talvez.

Sam ficou em silêncio pensando sobre todos os acontecimentos e descobertas dos últimos dias. A sensação de que tinha alguma coisa muita errada com a sua vida se tornava cada vez mais forte. Era como se em um segundo, estivesse tudo artificialmente perfeito e, no instante seguinte, ele descobrisse que aquela não era a sua vida de verdade, mas sim uma farsa.

Ele não tinha absolutamente nada contra Jessica, muito pelo contrário, tinha um grande carinho por ela e até poucos dias acreditava que a amava. Mas desde que começou a se questionar sobre o mundo em volta, Sam não conseguia mais atender as ligações dela. Não sabia o que lhe dizer, não sabia o que estava sentindo, não sabia o que fazer.

— Por que eu não lembro da Claire, Dean? Por que eu não me lembro de nada? — indagou Sam em seguida.

— Eu não sei, Sammy. Eu acho que nós fomos afetados de formas diferentes. — imaginou o mais velho. E depois de uma longa pausa observando o irmão, perguntou: — Você está quase acreditando em mim, não é?

— Eu quero acreditar. — admitiu Sam. — Mas do que adianta, Dean? Se isso for verdade, eu vim parar em um mundo onde a mulher que eu amo não existe. Eu não consigo me lembrar dela, mas só de imaginar algo assim, eu já me sinto o homem mais infeliz do mundo. E não é só isso... E se não existir esse lance de "outro mundo"? E se nós estivermos vivendo mesmo tudo isso? E se for um mundo só? E se o mundo resolveu enlouquecer e as coisas simplesmente mudaram? Como que nós consertamos isso? E que preço isso terá?

Dean desviou do olhar do irmão e voltou a observar a casa de Bobby pela janela. O homem caminhava ao lado da esposa em direção à entrada e os dois passaram pela porta instantes depois. Sorriram antes de fechar a porta.

Então Dean ficou ponderando que se aquele era mesmo o mundo real e se ele e o irmão conseguissem reverter tudo aquilo, Bobby perderia a esposa, viraria caçador e sempre carregaria uma amargura por causa da perda que sofreria.

Mas por outro lado, Claire não merecia nascer? Bobby não merecia conhecer a felicidade de ser pai? Não só dela, mas deles também? Kevin e Chloe não mereciam namorar ao invés de mal se falarem? Ele e Sam não mereciam conhecer Natalie e Claire e se apaixonarem por elas?

Era uma situação muito complicada. Ainda mais porque Dean não tinha ideia do que causou tudo aquilo. A cada vez que ele buscava a verdade, se sentia ainda mais perdido em todo aquele enigma.

A única coisa que ele sabia era que alterar a realidade daquela forma não era algo natural. O que aconteceu, aconteceu. Várias vezes Castiel lhe disse isso. Que não dá para mudar o passado. Então, a conclusão mais razoável era que algo sobrenatural fez aquilo com ele, com Sam e com o mundo. E por isso eles precisavam descobrir o que era e caçar essa tal coisa.

Mas isso teria que esperar mais um pouco, porque naquele momento tudo o que Dean queria era descobrir se Mia estava realmente bem e encontrar Natalie.

Com Natalie ao seu lado, Dean poderia enfrentar qualquer coisa e pensar em uma forma de colocar as peças nos seus devidos lugares. Daria um jeito de consertar as coisas. Tudo daria certo. Tudo ficaria bem.

Dean pensava desta forma quando foi interrompido pela pergunta do irmão:

— Para onde nós vamos agora?

Dean voltou a olhar para ele e respondeu:

— San Francisco.

Em seguida, os dois olharam mais uma vez para a casa e viram, através da janela da residência, Bobby e a esposa sentados à mesa da sala de jantar.

No momento seguinte, Dean deu partida e deixou aquele lugar para trás.

Dias depois

San Francisco Califórnia

Sam e Dean estavam em uma cafetaria, acomodados em uma das mesas que ficava na parte externa do estabelecimento, tomando o café da manhã enquanto várias pessoas, que trabalhavam na região, passavam apressados pela calçada.

O tráfego de carros também era intenso. Os sons de buzinas eram ouvidos por todos os lados. A lanchonete ficava em uma esquina de onde podia-se ver alguns cruzamentos que levavam à outras avenidas da região, todas muito movimentadas.

Enquanto Sam bebia um gole de um delicioso cappuccino, Dean terminava o terceiro pedaço de torta do dia. O caçula observava aquela cena um tanto impressionado até que o mais velho fechou os olhos e murmurou de boca cheia:

— Humm... Eu não sei se o mundo em volta é real, mas uma coisa eu posso afirmar: esta é a melhor torta que eu já comi em toda a minha vida. A Naty ia adorar...

Ao terminar de dizer isso, Dean abriu os olhos e não conseguiu evitar uma tristeza que o invadiu ao lembrar que Natalie não estava ali com ele. A saudade que sentia da esposa e a ausência de informações sobre o seu paradeiro o deixava cada vez mais aflito.

— A Chloe não descobriu nada sobre ela? — indagou Sam.

— Até agora não. — respondeu Dean ainda mais triste.

Em seguida, ele encostou as costas na cadeira e ficou olhando para as pessoas que tomavam café nas outras mesas e que passavam pela calçada.

Alguns clientes entravam na cafetaria e saíam minutos depois, segurando copos descartáveis repletos de café, chá, chocolate quente, entre outras bebidas. Tudo aquilo para se sentirem mais dispostos, revigorados e enfrentarem mais um dia de trabalho nos escritórios da região.

No meio de todas aquelas pessoas, enquanto observava os seus rostos com um olhar vazio e distante, Dean se perguntava por que Chloe estava demorando tanto para descobrir onde Natalie estava. Chegou a pensar que talvez tivesse se enganado e a estudante não fosse uma hacker tão excepcional naquele universo alternativo. Mas, por outro lado, ele não queria julgá-la e parecer ingrato. Chloe estava mesmo procurando o nome "Natalie Jones" em todos os registros possíveis e mais cedo ou mais tarde, ela iria descobrir alguma coisa.

Percebendo que o irmão estava remoendo toda aquela situação e sofrendo com tudo aquilo, Sam resolveu mudar de assunto:

— E sobre Mia Clarke? O que a Chloe descobriu?

Dean voltou a si e relatou:

— Os pais dela estão vivos e moram em Minnesota. Ela estuda jornalismo na Universidade de San Francisco. — em seguida ele apontou para um enorme prédio que ficava em uma esquina de frente para a cafetaria, e acrescentou: — E trabalha como estagiária no San Francisco Chronicle, há quase seis meses.

Sam arregalou os olhos e fitou o prédio que ocupava um quarteirão inteiro. Ele tinha dois andares, além do térreo, e uma torre com um relógio de ponteiros bem antigo, da época em que o jornal foi fundado, em 1865. Era uma edificação clássica e imponente.

Em seguida, Sam voltou a encarar o irmão e disse impressionado:

— Dean, este é um dos maiores jornais da Califórnia. Você disse que essa tal de Mia era uma caçadora no outro mundo, que tinha sangue de demônio no corpo e que por isso a vida dela se complicou bastante. Eu não sei, mas para mim a vida dela parece ser bem melhor agora.

— Mas aqui ela não tem o Cas. — lembrou o mais velho.

— Mas é feliz mesmo assim. — argumentou o caçula.

— Será? — contrapôs Dean e depois de refletir um pouco, continuou: — Acredite, Sammy, a vida da Mia pode ser melhor agora, mas isso não significa que ela é mais feliz. Aqui eu não sou caçador, tenho uma vida normal, mas eu abriria mão de qualquer coisa para ter a minha vida de volta. Porque apesar de toda aquela droga sobrenatural, eu era feliz com a Natalie.

Sam refletiu um pouco sobre aquelas palavras e, com um olhar distante, confessou:

— Eu acho que sei exatamente o que você está sentindo, Dean. — e depois de alguns instantes, explicou melhor: — Eu sempre quis ser advogado, mas... Sei lá, ultimamente é como se este sonho não fizesse mais sentido porque eu não sou o mesmo Sam que idealizou isso um dia. E ainda tem essa sensação de vazio... Que fica cada vez mais forte. E então... Sem mais nem menos, eu me dei conta de que não amo mais a Jessica. Ela é uma mulher maravilhosa, mas...

— Ela não é a Claire. — completou o irmão e Sam assentiu porque embora não se lembrasse daquela mulher, toda vez que ouvia o seu nome, o seu coração acelerava sem explicação aparente. — A Jessica faz parte deste sonho que você idealizou um dia, de ter uma vida normal. Mas a Claire... Ela é a mulher perfeita para o caçador que você se tornou. Ela te completa, você pode contar coisas para ela que nunca poderia dividir com a Jessica. A Claire é... A mulher da sua vida. Da sua vida de verdade.

— Mas... Ela nunca nasceu, Dean. Como isso é possível? Como que eu lido com isso? Como que eu reverto isso? — questionou Sam que apesar de não se lembrar daquela outra vida, que Dean afirmava ser o mundo real, ele sentia que era mesmo verdade.

— Nós vamos dar um jeito. — assegurou Dean. — Eu prometo.

Sam ia prosseguir com aquela conversa, mas desistiu quando percebeu que Dean olhava alguma coisa por cima do seu ombro. Então ele seguiu o olhar surpreso do irmão e observou uma jovem, de aproximadamente vinte e cinco anos, que tinha acabado de atravessar a rua e se aproximava da entrada da cafetaria.

A garota tinha longos cabelos castanhos, que estavam presos em um rabo de cavalo enquanto a franja estava perfeitamente arrumada de lado em sua testa. Ela tinha olhos verdes, feições delicadas e fortes ao mesmo tempo, e vestia uma calça social preta, uma camisa vermelha de manga longa e um colete grafite por cima, que lhe dava um ar muito sofisticado e feminino.

Quando ela entrou na cafetaria, Sam voltou-se para o irmão e disse:

— Me deixe adivinhar, ela é a Mia?

— Em carne, osso e cafeína. — respondeu Dean antes de levantar da mesa e adentrar o lugar.

Um tanto assustado, o caçula levantou e o seguiu enquanto perguntava:

— E o que você está pensando em fazer?

— Observe. — respondeu o mais velho enquanto se aproximava do balcão onde a garota fazia o seu pedido.

— Bom dia. Um chá de frutas silvestres, por favor. Para a viagem. — disse ela para o atendente do outro lado do balcão.

Dean franziu o cenho surpreso e se intrometeu:

— Chá? Eu jurava que você ia pedir café.

Ao perceber que aquilo era para ela, Mia se virou na direção dos dois homens que tinham se aproximado e, apesar de não conhecê-los, resolveu ser gentil e respondeu:

— Eu não posso tomar café. O médico proibiu por causa da minha gastrite. Mas eu ouvi dizer que o café daqui é ótimo, vocês deviam experimentar.

— Obrigado, na verdade nós já tomamos. — disse Sam. — É delicioso mesmo. É uma pena que você não possa beber.

— Na verdade, eu não me importo. Café nunca foi a minha bebida favorita mesmo. — respondeu ela deixando Dean ainda mais surpreso.

Em seguida, Mia o observou por algum tempo, depois deu um meio sorriso para os dois e voltou-se para o balcão. Pegou o copo descartável com o chá, abriu a bolsa, pegou algum dinheiro na carteira e pagou pelo chá.

Ao passar por Sam e Dean, ela sorriu novamente e desejou:

— Bom dia, estranhos.

— Bom dia. — respondeu Sam enquanto Dean seguia a garota.

O mais novo resolveu seguí-lo também e quando os três chegaram na calçada, Dean recomeçou:

— Você é Mia Clarke, não é?

A morena deteve o passo e virou na direção dos dois homens um tanto surpresa e perguntou:

— Desculpe, eu conheço vocês?

O Winchester mais velho pensou rápido e inventou:

— Na verdade, eu... Nós somos grandes fãs do seu trabalho.

Mas como a garota pareceu não entender o que ele queria dizer com aquilo, Sam indicou o prédio imponente logo a frente, a fazendo olhar na direção do seu local de trabalho, e esclareceu:

— Fãs do seu trabalho no San Francisco Chronicle.

Mia voltou a olhar para os dois e riu um pouco confusa, já que ela era só uma estagiária e o seu trabalho nem era tão relevante assim. No entanto, ela também ficou lisonjeada por ser reconhecida e agradeceu:

— Obrigada, mas agora eu preciso ir. Estou um pouco atrasada. Foi um prazer conhecê-los...

— Sam. E este é o meu irmão Dean. — explicou o mais novo.

— Certo, prazer em conhecê-los, Sam e Dean. Agora, eu realmente preciso ir. — disse a jornalista.

Mas quando ela ia se virar para atravessar a rua, Dean indagou:

— Você é feliz?

— Como é? — estranhou Mia o encarando de novo.

— Eu quero dizer... Você gosta do que você faz? De estudar jornalismo e trabalhar em um renomado meio de comunicação? É divertido?

Mia suspirou um tanto incrédula e expôs:

— Eu escrevo obituários, não é um trabalho muito divertido. Eu tenho certeza que vocês entendem o motivo. Mas eu sei que é uma questão de tempo até que eu conquiste mais espaço e possa mostrar mais do meu trabalho. Além disso, é uma honra trabalhar no San Francisco Chronicle.

— Então você gosta da sua vida? Se sente feliz com ela? Não lhe falta... Nada? — prosseguiu Dean destacando a última palavra.

— Tem certeza que vocês são fãs? — indagou Mia sem entender aquelas perguntas, muito menos por que aquele sujeito tinha frisado a palavra "nada." — Porque... Sem ofensa, mas este papo está ficando meio estranho.

— Você é feliz ou não? — insistiu Dean fazendo a garota o encarar ainda mais confusa e deixando Sam um tanto sem graça.

Depois de pensar um pouco, e querendo encerrar aquela conversa inconveniente e ir para o trabalho, Mia tomou um gole do chá, deu um meio sorriso e rebateu:

— Por que eu não seria?

Antes que Dean argumentasse, ela se virou e atravessou a rua.

— Satisfeito? Mais uma pessoa que pensa que você é maluco. E o pior é que agora eu estou envolvido nisso também. — resmungou Sam enquanto o irmão mantinha os olhos fixos em Mia que caminhava apressada pela calçada do outro lado.

— Ela não é feliz. — afirmou Dean. — Sei lá... Eu não sei mais o que pensar. Eu estou mais confuso do que nunca. — acrescentou enquanto coçava a nuca.

— Somos dois. — admitiu o caçula enquanto via Mia entrando no prédio onde trabalhava. — Então... O que nós vamos fazer agora?

— Pagar a conta e esperar a Chloe ligar. Eu preciso encontrar a minha baby, Sammy. E depois nós vamos pensar em um jeito de consertar as coisas. — respondeu Dean.

Momentos depois, após pagarem a conta do café da manhã, eles entraram no Impala e partiram rumo à um hotel da região, onde estavam hospedados.

Assim que chegaram lá, o celular do mais velho começou a tocar e ele atendeu ainda dentro do veículo:

— Chloe? O que você descobriu? Por favor, me diga que você descobriu alguma coisa sobre a Natalie.

Houve um longo silêncio durante o qual Sam observou a expressão do irmão mudar. À princípio, Dean estava visivelmente ansioso e esperançoso, mas aos poucos, ele foi ficando sério, até que a dor se tornou perceptível e intensa no seu olhar. Dean ficou pálido, em choque, como alguém que toma um enorme susto ou recebe uma notícia muito ruim.

— Dean? — chamou Sam preocupado com ele.

— Não pode ser verdade... — murmurou ele com a voz embargada enquanto seus olhos se moviam de um lado para o outro, como se Dean procurasse assimilar o que tinha ouvido da hacker. — Você precisa checar de novo, Chloe... Não pode ser verdade. — prosseguiu ele com mais firmeza na voz. — Não! Isso não é verdade! — esbravejou inconformado.

— Dean, o que aconteceu? — quis saber Sam ainda mais preocupado diante do desespero do mais velho. — Fale comigo. O que a Chloe descobriu? Dean?

Sem explicar absolutamente nada, o Winchester mais velho encerrou a ligação e jogou o celular no chão do carro. Tomado por uma dor imensurável e profunda, ele apoiou a cabeça no volante e fechou os olhos. O choro veio em seguida, carregado de dor, mas silencioso e um tanto contido. Dean ainda não conseguia acreditar. Não conseguia aceitar.

Em dado momento, ele bateu os punhos no volante com força e jogou a cabeça para trás. Seus olhos estavam vermelhos e a dor estava estampada no seu rosto.

— Dean, o que aconteceu com a Natalie? — insistiu Sam tocado diante do que estava vendo e já imaginando qual era a resposta.

Dean abriu a porta do carro e desceu. Sam fez o mesmo e se aproximou do irmão, que andava de um lado para o outro da calçada do hotel, nervoso e transtornado, e passava as mãos pelo rosto como se ainda não acreditasse no que tinha descoberto e tentasse acordar daquele que, com certeza, era o seu pior pesadelo.

— Dean... — chamou Sam.

O mais velho finalmente parou diante dele e enxugou o rosto. Porém, não conseguiu dizer nem uma palavra. Elas simplesmente não saíam. Dean era incapaz de pronunciar aquela frase que martelava na sua cabeça naquele momento e dilacerava o seu peito.

Mesmo diante do silêncio do irmão, Sam entendeu o que Chloe havia contado só de olhar para Dean e perceber a dor que ele sentia. A dor que o impedia de falar, mas que já dizia tudo. A dor de alguém que tinha perdido a mulher que amava.

— Dean, eu sinto muito. — lamentou o mais novo. — Eu realmente sinto muito. — reforçou enquanto Dean voltava a chorar.


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Notas finais do capítulo

OMG Dean, não chore...

Vocês entenderam o que aconteceu com a Naty?

Preparem-se porque o próximo capítulo será bem nó na garganta...

E essa história da Mia não tomar café neste mundo paralelo, hein? Nem parece a Mia, né?

Só reforçando, a Claire nunca nasceu porque o Bobby não virou caçador e, portanto, não conheceu a mãe da moçoila... Mas e a Natalie? O que houve com a baby do Dean?

E o que vocês estão achando da história? Que confusão foi esta que a Hunter Pri fez com a vida dos personagens?

Faltam dois capítulos para terminar a fic, então em breve vocês vão entender tim tim por tim tim.

Inté o próximo capítulo e não se esqueçam das reviews! Bjs!



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