E Se Fosse Verdade escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá, meu povo e minha pova!

Primeiramente, quero agradecer a todo mundo que já está acompanhando a fic, que favoritou a dita cuja e que comentou o capítulo anterior. Vocês são awesome! Valeu!

Well, sobre o capítulo, ele tem muitas coisinhas do episódio 2X20 porque quando eu decidi escrever este devaneio, eu revi o episódio em questão e anotei os diálogos principais para utilizar na história. Então, se vocês tiverem uma sensação de déjà vu, não se preocupem, é normal kkkkkkkkkkk

Mas, porém, no entanto, todavia e doravante, não se enganem. Apesar de inspirado naquele fatídico episódio, muitas coisas serão diferentes na história...

Chega de enrolar e fiquem agora com o segundo capítulo! Espero que gostem!



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Quando Dean parou o Impala em frente a sua antiga casa em Lawrence, — aquela que tinha sido praticamente destruída em um incêndio na noite em que Azazel invadiu o quarto de Sam e matou Mary — ele não conseguiu acreditar no que os seus olhos estavam vendo.

A casa estava exatamente como Dean se lembrava. A cerca branca em volta da propriedade, o gramado que cobria todo o jardim e a fachada num tom bem claro de azul. Exatamente como ele se lembrava.

Sem entender como aquilo era possível e muito receoso, o caçador desceu do carro e caminhou até a casa com passos lentos e vacilantes.

Por fim, subiu alguns degraus, alcançou a varanda, se aproximou da porta e tocou a campainha. Aguardou alguns instantes enquanto olhava tudo em volta com uma mistura de nostalgia e confusão.

Dean não sabia o que pensar.

Quando uma luz no interior da casa se acendeu, ele teve um pequeno sobressalto. Nada comparado ao susto que levou quando alguém abriu a porta e o encarou com certa surpresa.

Mary também estava exatamente como Dean se lembrava. Exceto por alguns sinais sutis de envelhecimento. Ela estava com os longos cabelos loiros soltos e vestia um hobby longo por cima da camisola.

— Dean? — começou ela sem entender o que o filho estava fazendo àquela hora em frente à sua porta.

— Mãe? — murmurou ele com a voz um tanto embargada pela emoção.

Aquilo podia até não ser real. Talvez fosse um sonho, uma alucinação, ou uma série de outras coisas, mas naquele momento, Dean pareceu não se importar com nada disso. Estava emocionado demais para conseguir pensar em uma explicação lógica quando tudo em volta dizia que ele estava mesmo na sua antiga casa e diante da sua falecida mãe.

— O que você está fazendo aqui? Está tudo bem? — questionou Mary com o mesmo tom suave de voz que Dean se recordava.

— Eu não sei. — foi a única coisa que ele conseguiu dizer naquele momento.

— Você não quer entrar? — propôs Mary.

O filho assentiu com um meneio de cabeça e deu alguns passos até o interior da casa, enquanto seus olhos permaneciam fixos naquele rosto tão familiar.

— A Carmen acabou de ligar. Disse que você foi embora de repente. — prosseguiu a mãe depois de fechar a porta e caminhar pela sala de estar.

Em seguida, Mary parou no centro da sala e Dean continuou a encarando.

— Carmen? — repetiu ele um tanto confuso. — Certo. — acrescentou depois que se lembrou da mulher que alegava ser sua esposa. Após uma longa pausa, e querendo descobrir se tudo aquilo era real, já que não tinha certeza de mais nada, ele recomeçou: — Me responda uma coisa. Quando eu era criança, o que você me dizia quando me colocava na cama?

— Dean, eu não entendo... — começou a dizer a mãe.

— Apenas responda a pergunta. — interrompeu ele soando um tanto nervoso.

Mary o olhou com certo carinho e respondeu serenamente:

— Eu dizia que os anjos estavam olhando por você.

Dean ficou sem reação por algum tempo. Então aquilo era mesmo real? Embora uma parte dele lhe dissesse que aquilo era impossível e não fazia o menor sentido, Dean preferiu acreditar no que o seu coração estava desesperado para que fosse verdade. Ele estava mesmo diante de Mary. Diante da sua mãe. De alguma forma, ela estava viva. Ela tinha voltado para ele.

— Eu não acredito... — disse o caçador, embora no fundo acreditasse sim.

Então ele se aproximou a passos largos de Mary e a abraçou com o máximo de força que encontrou dentro de si, deixando a mãe surpresa e até um tanto assustada com o comportamento impulsivo do filho.

Ela correspondeu ao abraço, mas admitiu:

— Querido, você está me assustando. — Dean se afastou um pouco e ela continuou: — Me diga o que está acontecendo.

Mas Dean simplesmente a abraçou de novo e, tentando conter a forte emoção que sentia, desconversou:

— Eu só estou feliz por te ver. Só isso. — e depois de se afastar novamente, ele elogiou: — Você está linda.

— O quê? — indagou Mary cada vez mais confusa enquanto observava o filho caminhando pela sala e olhando alguns porta-retratos em uma estante.

— Quando eu era criança, teve um incêndio aqui? — sondou Dean enquanto via dezenas de fotos dele, do irmão e dos seus pais em diferentes momentos. Todos muito felizes. Todos em família.

— Não, nunca. — afirmou Mary.

— Eu achava que sim. Pelo visto, eu me enganei. — disfarçou o caçador. Em seguida, ele pegou uma das fotos, que mostrava John segurando um taco em um belo dia de sol e prosseguiu: — O papai joga beisebol? — como a mãe não respondeu nada, ele voltou-se para ela e completou: — O time de beisebol do papai. Eu só achei curioso.

— Seu pai amava aquele time. — contou a mãe com certa tristeza.

— Ele morreu? — a pergunta simplesmente saiu da boca de Dean, e mesmo ao ver a mãe franzindo o cenho, ele continuou, pois queria muito descobrir o que tinha acontecido ao pai: — E ele morreu de...

— De derrame. Ele morreu dormindo. Você sabe disso. — relatou a mulher ainda sem entender por que o filho estava agindo de uma forma tão estranha.

— Que ótimo. — murmurou ele.

— O que você disse? — estranhou Mary, sem conseguir disfarçar o assombro ao ouvir aquilo.

— Que ótimo que ele teve uma morte tranquila. — esclareceu Dean e em seguida disse meio que para si mesmo: — Bem melhor que a alternativa...

Apesar dele ter dito aquilo num tom baixo de voz, Mary o ouviu e observou o filho com certo pesar antes de deduzir qual era o problema dele:

— Você andou bebendo.

Dean colocou o porta-retrato de volta na estante e voltou-se para Mary antes de assegurar:

— Não, mãe, eu não bebi.

Demostrando que não tinha acreditado no filho, Mary caminhou até uma mesinha ao lado do sofá, e se curvou na direção do telefone sobre ela, enquanto anunciava:

— Eu vou ligar para a Carmen e pedir para ela vir te buscar.

Rapidamente, Dean se aproximou dela e a impediu de pegar o telefone.

— Não! Espera aí. Não faça isso. — pediu ele e mesmo sem entender o que estava acontecendo, Mary acatou o pedido e se afastou do aparelho. — Eu quero ficar aqui. — explicou Dean.

— Por quê? — estranhou a mãe.

— Porque eu senti falta da casa. — respondeu o filho com sinceridade, já que ele tinha mesmo sentido falta de tudo aquilo. — Tudo bem, você pode ir dormir. — completou ao perceber que a mãe parecia bem cansada.

— Você tem certeza de que está bem? — quis certificar-se ela.

— Acho que sim. — respondeu ele enquanto sentava no sofá.

Mary hesitou um pouco, mas por fim, deu um beijo na testa de Dean e disse carinhosamente:

— Tudo bem. Durma um pouco. — e antes de deixar a sala, ela parou na soleira de uma porta que levava ao hall, e consequentemente à escada que levava ao andar superior, e declarou: — Eu te amo.

Com a voz embargada pela emoção mais uma vez, Dean retribuiu:

— Eu também.

Assim que Mary o deixou sozinho, Dean se acomodou melhor no sofá e fechou os olhos. Não importava se aquilo era loucura. Ele decidiu que tentaria decifrar aquele mistério no dia seguinte. Naquele momento, ele só queria dormir na sua antiga casa. Sabendo que sua mãe estava logo ali, viva, dormindo no andar de cima.

Apesar da confusão de sentimentos que o dominavam, Dean conseguiu dormir. Muito bem aliás, apesar de ter dormido no sofá.

Acordou com a claridade do sol que atravessava as claras cortinas da sala. E ao abrir os olhos, viu mais um porta-retrato sobre uma mesa ao lado do sofá. A foto mostrava John com um gorro de Papai Noel, abraçando Mary e os filhos logo a frente. Dean estava com uns oito anos e Sam com quatro. Todos sorrindo, todos muito felizes, sem nada, absolutamente nada de sobrenatural que pudesse desmanchar aqueles sorrisos.

De alguma forma, ver aquela foto fez Dean se lembrar do seu último Natal. No bunker dos Homens das Letras, com Natalie ao seu lado. Claire, Mia, Castiel, Kevin... Tantas pessoas, tantos amigos, o seu irmão.

Mas o que tinha acontecido com eles? Por que Dean não conseguia se lembrar de como foi parar em uma cama com uma mulher chamada Carmen?

Por mais que ele estivesse feliz por rever a mãe, e principalmente por ela estar viva, Dean sabia que tinha alguma coisa muito errada naquela história. Alguma coisa que não se encaixava, alguma coisa que lhe dizia que aquilo não era real, que não podia ser real.

Já completamente sem sono, Dean se sentou no sofá e passou as mãos pelo rosto.

— Esta não é a minha vida. — murmurou sozinho.

Em seguida, ele abriu uma gaveta da mesinha ao lado do sofá, retirou de dentro dela um bloco de anotações e uma caneta.

Então deixou o seguinte bilhete para Mary antes de deixar a casa:

“Obrigado por tudo. Você é a melhor mãe do mundo. Eu adoraria tomar o café da manhã com você, mas eu preciso resolver algumas coisas. Eu te amo. Seu filho Dean.”

XXX

Dentro do Impala, ainda em frente à sua antiga casa, ele ligou para o irmão. De acordo com a última conversa, Dean tinha percebido que Sam não se lembrava de Claire, então certamente o caçula estava mais confuso do que ele.

Talvez Sam não se lembrasse de absolutamente nada e, por isso, Dean precisaria tomar muito cuidado com as palavras para que o irmão não pensasse que ele era um maluco ou que estava bêbado.

Dean precisava ter uma conversa muito importante com ele, mas tinha que ser pessoalmente. E se Dean tinha sua própria casa naquele lugar, com certeza Sam também devia ter a sua.

Ele pensava em tudo isso, quando o irmão atendeu um tanto irritado:

— Dean? Pelo amor de Deus, qual é o seu problema? Primeiro você me liga de madrugada e agora às sete da manhã?

— Onde você mora? — indagou o mais velho sem cerimônia.

— O quê? Dean, você sabe muito bem onde eu moro. — rebateu Sam intrigado com a pergunta do irmão. Mesmo assim, resolveu responder: — Em Lawrence, como você e a mamãe.

— Mas onde exatamente? Rua, número, essas coisas... — prosseguiu o outro. E ao ouvir Sam rindo levemente do outro lado, ele tentou se justificar: — Digamos que eu esqueci o seu endereço, ok? E então?

Sam ficou em silêncio por um bom tempo e só depois perguntou num tom sério:

— Você vai vir mesmo aqui?

— Claro. Por quê? Algum problema? — estranhou o Winchester mais velho.

— Não, nenhum, mas... Você nunca vem na minha casa, Dean. Você sabe... Nós não somos o melhor exemplo de irmãos unidos. — explicou Sam.

— Como assim? — quis entender o outro ao sentir certa frieza na forma como o irmão disse aquilo.

No entanto, Sam não respondeu aquela pergunta. Ao invés disso, ele desconversou:

— Além disso, você não devia estar no trabalho? Ou pelo menos, à caminho dele?

— Trabalho? — repetiu Dean sem entender.

— Na oficina. — esclareceu o mais novo.

— Certo. Na oficina... Onde eu trabalho. — balbuciou o mais velho deduzindo que naquela nova vida, ele devia ser um mecânico. — Não. Hoje eu estou de folga. — disse como desculpa. E diante do silêncio do caçula, ele insistiu: — E então, Sammy? Você vai me dizer onde mora ou eu vou ter que descobrir sozinho?

— Eu vou dizer, Dean. Mas com uma condição. Que você pare de me chamar de Sammy. Por favor. — impôs ele seriamente, soando até um tanto ríspido.

Dean ficou pensando sobre aquele novo mundo que se desenhou a sua volta de uma forma que ele ainda não sabia explicar como. Para todos os efeitos, agora ele era um mecânico, casado com uma mulher chamada Carmen, sua mãe estava viva, e por algum motivo, ele e Sam não se entendiam muito bem.

Mas apesar de estar feliz pela mãe, Dean queria a sua antiga vida de volta. Uma vida que não era perfeita, mas uma vida onde Natalie era sua esposa e ele e Sam se entendiam e eram unidos.

Pensando em tudo isso, Dean assentiu:

— Tudo bem, bitch.

— Por que você está me chamando de bitch? — ofendeu-se Sam.

— Você deveria me chamar de jerk. — explicou Dean.

— Por quê? — questionou Sam cada vez mais confuso.

Dean suspirou, revirou os olhos e desconversou:

— Esquece. Qual o seu endereço... Sam?

Após ouvir a resposta do irmão, Dean encerrou a ligação e seguiu para o local informado.


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Notas finais do capítulo

Eitcha lelê... No próximo capítulo, bitch e jerk vão se encontrar e aí... Tudo pode acontecer.

Por que será que o Sam não se lembra de nada? Será que é ele mesmo ou uma ilusão da cabeça do Dean? Será que a Mary está mesmo viva ou tudo não passa de um sonho muchos loco? Será que o Dean foi parar em uma realidade paralela ou será que as coisas simplesmente mudaram como mágica? Será que o mundo sempre foi assim e o Dean imaginou a sua vida de caçador? Será que Dean Winchester está bêbado? Será que tudo o que está acontecendo é verdade ou uma grande mentira?

Se vocês acham que por terem assistido o episódio, mataram a charada, eu vos digo: calma lá que nem tudo é o que parece ser, ou pode ser que seja, ou pode ser que seja uma mistura das duas coisas. Oi?

Muaahhhhhhh eu fazendo mistério, ok?

Só vou dar uma diquinha: Mantenham a mente aberta.

Agora é com vocês! Digam-me o que acharam do devaneio de hoje! Reviews?

Bjs e inté o próximo capítulo! Fui!



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