Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 83
O diretor Hammer, da HAMMER


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado à leitora Universal Traveler, outrora conhecida como Beatriz Black Horan Valdez. Por quê? Neste domingo (26/07) faz mais um ano de vida. YEY! Ela me pediu de presente dois capítulos até o dia do aniversário, então aqui está o primeiro.



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–Senhorita Drew, apareça para que eu não pareça um idiota.

Eu ainda estou invisível e encarando o Justin Hammer, diretor da HAMMER. Eu fui manipulada e enganada por ele para chegar até aqui. É quase uma armadilha. Por enquanto, invisibilidade e o silêncio é a melhor resposta que tenho.

De repente, ao lado dele, surgem do chão duas cadeiras e uma mesa com uma jarra de suco e dois copos de gelo. Hammer senta e cruza as pernas. Uma atitude meio esquisita: Ele piscou duas vezes para mim. Meu pulso começou a formigar e o relógio endoidou. De repente, minha invisibilidade começou a ligar e desligar bem depressa. Retiro o relógio e jogo-o no chão. Infelizmente, ele explode.

–Que bom que apareceu. Lamento pelo relógio, creio que poderemos construir um novo. Por favor, sente-se e tome uma limonada.

Estou muito desconfiada do Hammer. Limonada? Ele ofereceu limonada? Ele mexe um pouco o jarro e serve a bebida nos copos. Ainda desconfiada, sento-me na cadeira e pego o copo. Se houver alguma coisa errada, meu sentido-aranha me avisará. Bebo, mas o gosto é horrível. Eu quase pensei em cuspir, mas fingi gostar e pousei o copo na mesa. Nem uma simples limonada ele consegue fazer?

–Olá, oficialmente. Não apareço na imprensa a um bom tempo, mas meu nome é...

–Justin - Eu tusso antes de continuar - Justin Hammer, diretor da HAMMER. Você era um rival de Tony Stark no ramo das armas, até tentou copiar o modelo da armadura Homem de Ferro, mas fracassou vergonhosamente e declarou falência.

–Pelo visto você já me conhece.

–Não é só isso que sei. Você é conhecido pelas suas qualidades.

–Jura? Quais?

–Inteligente, filantropo, alegre - ele concorda com todas as qualidades, até que eu continuo - arrogante, auto-destrutivo, ateu, psicologicamente instável, mulherengo e, ironicamente, machista a ponto de não possuir uma mulher na antiga empresa.

–Certo, você fez seu dever de casa. Beba mais limonada, está fresquinha.

–Acho melhor não - Só em pensar em olhar para o jarro sinto vontade de cuspir.

Ele ainda não comentou nada. Está tomando mais de sua limonada com gosto de água com gás e açúcar. Fico curiosa para saber como ele desativou minha camuflagem apenas com duas piscadas. Ele tem poderes? Na ficha não diz isso.

–Você me definiu bem, mas eu também te conheço. Quer dizer, conheço mais o seu pai do que você.

–Não tenho fortes sentimentos por ele - Digo. Minha voz soou fria, não era minha intenção.

–Tudo bem, falo de você. Fiel, ágil, poliglota, tem medo de ratos, poderes de aranha, inteligente, memória quase fotográfica, humor variado, mas normal de toda mulher da sua idade. Parabéns, você possui mais qualidades que defeitos.

–Isto virou uma entrevista de emprego?

–Quase isso. Todos os grandes líderes da SHIELD, da HIDRA ou da HAMMER precisam de um subordinado para chamar de braço direito. Fury tinha a Hill, Strucker tinha a Madame HIDRA, até aquele lunático da Latvéria tinha um braço direito.

–Você quer que eu seja seu braço direito?

–Não. Só a quero em uma missão pela HAMMER.

–E acha que eu vou aceitar?

–Com a motivação certa, tudo é possível. - Ele pressiona o ouvido, provavelmente há um ponto eletrônico na orelha - Liguem as câmeras. Senhorita Drew, olhe para a parede.

Eu obedeci, mas a parede está branca e vazia. Não há nada nela, nem quadros. De repente, ela se abre para os lados e um monitor preto aparece. O monitor liga e revela duas pessoas amarradas. Eu me levanto e identifico-as no exato momento. São a Bárbara e a Cassie. Bárbara está com uma camiseta preta, revelando marcas no braço. Cassie ainda parece estar sob efeito da morfina, e ainda veste seu pijama rosa.

–Senhorita Drew... - Ele fala, levantando-se da cadeira. Eu aponto minha mão, que começa a brilhar, para ele.

–Solte-as.

–Assassina não está em seu perfil.

–Posso acrescentar isso.

–Blefe está e você é muito convincente. Meu acordo: Você trabalha para a HAMMER e deixaremos suas amigas livres. Ou você pode fugir com elas e...boom! - Ele ri histericamente - Exatamente! Elas possuem bombas dentro dos cérebros e só podem ser ativadas ou desativadas com minha tecnopatia. Sabe o que...

–É o ato de controlar a tecnologia mesmo à distância - Falo automaticamente e então eu percebo. - Foi assim que desativou o relógio e interferiu na comunicação com o Quatermain.

–Muito bem! Você me surpreende a cada instante.

Ele me manipulou outra vez. Pegou duas pessoas com quem me importo e transformou-as em reféns com bombas dentro das cabeças. Se eu não aceitar a proposta, talvez ele exploda. Ou talvez não, há esperanças para esta possibilidade. Mesmo assim, não posso arriscar. Vou me arrepender disso, mas...

–Só vou aceitar se você desativar as bombas das cabeças delas assim que a missão for concluída.

–Acordo feito. Eu sou um homem de palavra, Jess.

–Com todo o respeito, mas Jess é um apelido para amigos. Nós não somos amigos. Diga-me qual a missão.

–Darei mais detalhes depois. Por ora, vá descansar um pouco. Siga este caminho e encontrará um quarto com câmeras e anti-fuga.

Ele me entregou um papel mostrando todo o percurso pelo qual passarei. Se ele me enganar e não liberar minhas amigas, mostrarei a ele que meu humor realmente varia.


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro que encontrarem é culpa do editor HTML, que está meio bugado. Alguém mais está com esse problema? Quer dizer, se for um problema. Pode ser uma modificação que o site está passando.