A Rainha sai do quarto de seu pai, fechando a porta. Logo em seguida, uma camareira chega para arrumar o local que ela havia acabado de sair. Annabelly suspende a garota, dizendo que ela pode ir. A mulher agradece e diz que irá apenas costurar um pedaço do vestido da rainha que havia rasgado. E Isso foi feito. A Rainha se agacha na frente da porta do quarto de seu pai, ainda não havia acostumado com a idéia de ser uma sedenta por sangue. A Vampira avista a camareira saindo do quarto dela, ela estava com o vestido em mãos.

–E então, costurou? –Pergunta

–Sim, minha rainha. Só me cortei um pouquinho.

A Mulher mostra para a rainha seu dedo cortado. Estava saindo um pouco de sangue. A Rainha se segura para não atacá-la, inclusive vira seu rosto, mas os instintos falam mais alto. Rapidamente, Annabelly joga a camareira para a parede e suga o sangue de seu dedo, mudando depois, para o pescoço.

No salão, a festa estava ótima. Todos dançavam alegremente. Algumas pessoas chegavam até Darla perguntando onde está a rainha. E esta, respondia que a Rainha estava cansada e foi deitar-se, mas que agradecia a presença de todos.

–Jensell, é muita gente querendo saber sobre a Annabelly. Dê um jeito neles que eu vou lá em cima ver como ela está. Acha que pode dá conta? - Diz Darla

–Claro que sim. –Disse o mordomo

–ótimo, volto daqui a pouco. –Responde a garota subindo as escadas

Então, Jensell mandou que parassem a música e pediu para que fizessem silêncio. Todos lhe atenderam ao pedido. O Mordomo deu a mesma desculpa que a amiga de Annabelly havia dado.

Darla subiu as escadas e não encontrou ninguém. Apenas o vestido de Annabelly jogado no chão manchado com um pouco de sangue. Embora fosse estranho, ela não se preocupou. Foi até a porta do quarto da rainha e bateu na porta.

–Anna, você está aí? –Pergunta ela. –Sou eu, Darla. Abra a porta.

Mas o que Darla não sabia, era que Annabelly estava escondendo o corpo da camareira, que agora estava morta. A Rainha gritava para a amiga esperar, que insistia em entrar. Annabelly escondeu o corpo dentro do seu guarda-roupa e lavou o rosto com a água que encontrou dentro de uma bacia. Finalmente, abriu a porta.

–Poxa, que demora para abrir, viu?

–É que eu estava dormindo. –Respondeu a rainha.

–E por que você ainda está de vestido?

–É que... Eu estava com muito sono e nem percebi.

–Sei... Bom, vou ficar aqui com você... –A Rainha tentou impedir, mas Darla foi mais rápida.

–Então... Por que saiu da festa?

– Está muito sem graça. Não encontrei nenhum garoto que me chamou a atenção, acredita?

–Se eu fosse você, eu voltava lá para baixo e procurava um. –Annabelly tentava a todo custo tirar a amiga de seu quarto.

–Se eu não te conhecesse diria que você está tentando se livrar de mim. –Diz Darla segurando seu vestido.

–Não, imagina, é só que... Eu só quero que você se divirta.

–Hum. Divirto-me com você. Não quero que fique entediada.

–Eu não estou. Pode ir, se divirta, eu vou ficar bem. –Diz Annabelly

–Ta bem. Já que você insiste tanto. –Darla se levanta da cama da amiga. –O botão do meu vestido saiu você tem algum sobrando? –A Garota andava em direção ao armário, mas Annabelly e sua velocidade vampiresca impedem a passagem da garota.

–Não. Não tem nenhum botão aqui.

–Você está rápida.

–É que... Eu andei fazendo corrida matinal.

–Desde quando?

–Comecei hoje. E pelo visto vale a pena.

–Querida, preste atenção. Você é a Rainha, não precisa correr ou andar. Tem pessoas que podem fazer isso por você. –Diz Darla

–Obrigada pela dica.

–Olha, o que acha desse colar novo que eu comprei?

–É bem bonito. Ficaria mais bonito ainda se você mostrasse pra todo mundo lá da festa.

–Já estou indo. Você pode pelo menos colocar pra mim? –A Garota se vira para a vampira e lhe dá o colar. A garota colocava o colar da amiga se segurando para que não acontecesse com ela, a mesma coisa que aconteceu com a camareira.

–Pronto. –Diz a Rainha. - Já coloquei, agora vai embora.

–Como quiser. Vemos-nos amanhã então. –E Finalmente, Darla sai do quarto da amiga, que volta a respirar normalmente.

–Esta foi por pouco. –Sussurra

E Amanhece no reino. Crianças correndo e brincando naquela linda manhã de sol. Todos voltam a vender suas coisas e Annabelly, como sempre, trancada no quarto.

Jensell bate na porta do quarto da rainha. Esta observava pela janela todos do reino, em uma distancia razoável, longe do sol. Ela pergunta quem estava batendo e o mordomo responde.

–O que você quer Jensell?

–Majestade, vim lhe trazer suas roupas.

–Deixe na porta. Eu já irei pegar.

–Mas majestade...

–Faça o que estou mandando Jensell. –Se irrita a rainha

–Tudo bem, Majestade. Antes de ir embora, queria lhe perguntar se a senhora não viu a Sara por aí. Desde ontem eu não a vejo e ela é sempre a primeira a acordar.

–Sara? –Sussurra a rainha. Sara era a camareira que Annabelly havia matado. Ela começou a tremer, bagunçava seus cabelos e se sentir nervosa por ter matado a primeira pessoa desde que se tornou vampira. A Primeira gota de sangue que tomou desde o acontecimento á três anos. Mas ela não podia negar. Ela havia gostado. E o pior, ela queria mais...