Anna hesita, mas decide beber do sangue de Harper. Era uma das poucas vezes que ela havia bebido sangue. Havia esquecido, o quanto o sabor era bom.

Jensell escuta um barulho, vindo fora do castelo. O mordomo se levanta e decide olhar pela janela. Era Dale, que matava todos os guardas.

–Anna. Eu vim buscar-te. –Grita o vampiro.

–É o Dale. –Diz Anna.

–Vem, vamos sair daqui. –Diz Harper.

Os guardas do castelo atiravam em Dale, que por mais que acertassem os tiros, eles não faziam efeito. O vampiro consegue desarmar todos e desacordá-los quebrando seus pescoços.

Annabelly e Harper saiam do calabouço, mas foram surpreendidos por guardas envolvendo toda a escadaria.

Eles começavam a atirar, Harper usando seu arco e flecha e os acertavam.

–Eu não vou agüenta-los por muito tempo. Fuja. –Diz o rapaz

–Nem pensar. Não vou deixar meu reino nas mãos daquela vadia. –Diz a vampira. –Eu vou subir.

–Não. É muito perigoso.

–Não me importa. Me de cobertura.

–Tudo bem, então. Mas vá rápido. –Harper acertava todos os guardas com suas flechas. –Não vai demorar para virem mais. Vai.

Rapidamente, a Rainha sobe correndo as escadas, antes que mais guardas chegassem. Dale entra no castelo e salta sobre Harper, o jogando contra a parede. O rapaz estava sem suas armas.

–Vamos ao acerto de contas. –Diz Dale

No quarto real, Duque e Darla escutavam os barulhos vindos do lado de fora.

–Que barulhos são esses?! –Pergunta Darla

–Eu não sei. –O duque se levanta e coloca começa a vestir sua roupa.

Alexandre deixa o quarto. Darla também se levanta e coloca seu vestido. Logo após, anda até a varanda para ver o que está acontecendo, quando é surpreendida por um dos guardas que entra nervoso no quarto.

–Minha rainha. Tem um vampiro atacando o castelo, Anna fugiu do calabouço e o caçador está com ela.

–O que?! Não pode ser. Ela com certeza está vindo atrás de mim. Chame os guardas, mande eles ficarem na porta e atirar em qualquer um que ousar aproximar-se do quarto. Digam que aconteça o que acontecer, eles devem proteger-me.

–Sim, majestade.

O guarda sai do quarto, deixando a rainha sozinha e insegura.

Harper e Dale continuavam brigando. O vampiro estava na vantagem conseguindo se manter em cima do caçador. Mas este, habilidoso, o chuta, conseguindo escapar. O rapaz corre até suas armas, a fim de apanhá-las, mas Dale é mais rápido e impede sua passagem. Harper tenta socá-lo e o vampiro consegue desviar, prendendo os braços do caçador por trás. Ele apertava e entortava, sabia que Harper sentia dor, mesmo não mostrando. Facilmente, Dale podia quebrar o braço dele, mas preferia vê-lo sofrendo.

Quando o vampiro achava que tinha vencido, Harper o surpreende, passando sua perna em volta da perna de Dale e o derrubando no chão, escapando de ter o braço quebrado. O caçador chuta o vampiro várias vezes, e logo em seguida, corre para pegar suas armas.

Preocupado, Dale se levanta e rapidamente tenta impedi-lo novamente, mas já era tarde. Harper consegue pegar seu arco e flecha e dá um salto para o lado para que assim, possa se esquivar do chute que iria receber de Dale.

Antes que o vampiro pudesse fazer qualquer ação, a flecha de Harper acerta seu braço, fazendo-o sangrar. Dale retira a flecha, sem demonstrar a dor que sentira naquele momento. Harper acerta o arco em suas costas, fazendo-o cair e em seguida, mira a flecha em sua cabeça. Dale, aproveitando que estava no chão, dá uma rasteira no caçador, fazendo-o cair. Rapidamente, o vampiro salta sobre o rapaz, que se defende com o arco. Vendo a chance que tinha, Harper chuta Dale, fazendo-o sair de cima do mesmo e parar de pé no chão.

O caçador então, levanta-se e corre em direção ao vampiro, atacando-o e fazendo com que os dois quebrassem o vidro da janela e saíssem para fora do castelo.

Annabelly caminhava lentamente até o quarto de Darla, mas para ao ver que estava cercado de guardas.

–Droga... –Sussurra

De repente, Alguém toca seu ombro, assustando-a.

–Jensell. –Diz. –Que bom ver-te

–Obrigado minha Rainha. Você quer entrar no quarto de Darla?!

–Sim. Quero olhá-la nos olhos antes de matá-la. Só que se eu tentar entrar, irei acabar sendo pega pelos guardas. –Responde.

–Não se preocupe, eu irei cuidar disso.

Em uma fração de segundos, um a um, os guardas adormeciam no chão. Anna estava impressionada.

–Como você...?!

–Eu não sou um simples mordomo. Depois eu explico. Agora vá, eu lhe darei cobertura.

–Obrigada. –Anna abraça o mordomo e entra no quarto. Darla estava na varanda. –Olá Darla.

A moça virou-se para ela, se assustando com a presença da garota.

–Anna... Que alegria te ver. Acredita que eu estava sendo controlada por uma força maligna?! Aquele vampiro que estava lá fora, tem o poder de controlar mente. Tome cuidado.

–Cala a boca. Você não me engana com o papo de boa moça. Não mais. –Diz Annabelly. –Eu bem que achava que você tinha inveja de mim. Desde que éramos crianças eu sentia inveja em seu olhar. Você sempre quis tudo que eu sempre tive, não é?!

–Você só diz isso por que teve uma família que te amou. Eu fui abandonada. Vivi neste castelo por pena do seu pai.

–Isso não lhe dá o direito de matar-me, de tentar conquistar todo o reino e de matar minha mãe. –As três últimas palavras, Anna disse com um tom de ódio.

–É, tem razão. Mas você está sofrendo agora por sua culpa mesmo. Pense bem, se você tivesse morrido, você nunca saberia que eu matei sua mãe envenenada, então, não estaria com tanto ódio agora.

–Você me dá nojo. –Rapidamente, Anna ataca Darla, segurando em seu pescoço. A rainha da maldade, retira uma estaca de seu vestido e a enfia na perna da vampira, fazendo-a soltar.

–Como você consegue ser tão ridícula?!

Estava chovendo forte, relampiava. Duque caminhava pelo castelo, quando é surpreendido pelo Rei.

–Alexandre. –O Chama

–Olá querido irmão. –Revira os olhos e depois se volta para ele.- O que está fazendo fora de sua cama?!

–Eu escutei a voz de Anna. Onde ela está?!

–Anna?! Imão... A Anna está morta... –De repente, o rei joga seu irmão contra a parede e retira sua espada, apontando para o pescoço de Alexandre.

–Eu não vou repetir. Onde está Anna?!