Percy estava morto. Cada parte do seu corpo doía. Ele tinha passado o dia treinando. Quando seu pai disse para ele que alguns espíritos do mar estava se revoltando, ele nunca pensou que teria que treinar tanto. Ele se arrastou para fora do mar e foi em direção a sua casa. Ele precisava de um banho antes de pegar a filha. Ele sentia cada parte de seu corpo doía. Por que ninguém disse para ele que seria tão difícil cuidar de uma criança, trabalha e continuar acordado? A duas semanas que ele não sabia o que era dormi uma noite inteira. Quando Zoe não tinha pesadelos, ele tinha.

– Papai. – Zoe gritou correndo em sua direção.

Mesmo cansado, com seu corpo pedindo para cama, ele não pode deixar de sorri. Toda vez que ele via aquele sorriso, tudo valia a pena. Toda dor, cansaço, noites sem sono, medo e tudo mais. Ele amava a filha, e nada no mundo mudaria isso.

– Oi, Anjo. – ele disse pegando ela no colo. – O que você está fazendo aqui? Não deveria estar com Quíron?

– Tio Quíron está me ensinando arco e flecha. – ela disse dando um beijo na bochecha dele. – Você está bem? Seus olhinhos estão pequenos. Você está com soninho?

– Sim, amor, estou bem. – ele disse colocando ela no chão, sorrindo para ela. – Estou apenas cansado. E sim, estou com sono.

– Oi, Percy. – Quíron disse se aproximando deles. – Como vai? Parece cansado.

– Cansado, essa é a palavra que me define nesse momento. Você pode ficar com ela mais um pouco? Eu vou tomar banho e já volto. Prometo que não demoro muito.

– Claro, que posso. Não se preocupe com isso. Coma alguma coisa também. – ele disse apertando levemente o ombro de Percy. – Venha, querida. Vamos ver o que o Sr. D está fazendo. – ele disse colocando a mão no ombro de Zoe.

– Claro. Até aqui a pouco pai. – ela disse puxando a blusa do pai para que ele se abaixasse.

Zoe deu outro beijo no pai e saiu correndo. Percy ficou olhando para a sua filha. Ele não podia acreditar que ela estava com quase seis anos. Balançando a cabeça, ele foi para casa. Depois de tomar um banho demorado ele foi para a Casa Grande.

– Percy. – ele escutou alguém chamando ele.

– Oi, Grover. – ele disse olhando para o amigo.

– Você não vai acreditar em quem eu vi ontem. – ele disse agitado.

– Quem? – ele disse sem parar de andar.

– Annabeth.

Percy parou em choque ao escutar o nome. Ele se virou lentamente para Grover. Para ele falar o nome dela na frente de Percy, o assunto era sério.

– O que?

– Eu sei que você não quer escutar o nome dela, mas ela falou comigo. Ela disse que está pensando em vim para o acampamento.

– Ela disse quando viria?

– Amanhã. O que você vai fazer?

Percy fechou os olhos. O que ele faria?

– Eu não sei. – ele disse. – Parte de mim quer levar Zoe comigo para o mar amanhã, mas com os espíritos agitados... Outra parte quer deixar ela aqui para que Annabeth veja o perdeu, mas tenho que pensar em Zoe. Não posso correr o risco de ferir ela ainda mais.

– E o que vai fazer?

– Ainda não sei. Posso levar ela para minha mãe. Ou deixar ela com Piper, amanhã ela não tem aula. Mas não me parece justo. Ela já me perguntou tanto sobre a mãe. Já me perguntou por que a mãe não a ama. Mas, por outro lado acho que isso vai ferir ela mais ainda.

– Acho que você está em uma encruzilhada.

– Eu sei. – ele disse suspirando. – Vou pegar minha filha. Depois eu penso nisso.

Percy se afastou de Grover e foi para a Casa Grande. Ele sorriu para o que viu. Zoe estava sentada no colo do deus do vinho. Dioniso ainda ensinava Zoe a jogar. Mas parecia que Zoe não precisava de ajuda, já que falava cada passo que Dioniso ia dá. Percy tinha que admiti, ele ficou muito feliz que Zoe puxou a inteligência da mãe.

– Papai, a gente estamos ganhando do tio Quíron. – Zoe disse assim que o viu.

– Sério, amor? – ele disse indo até ela. – Acho que nunca vi Quíron perde.

– Essa mocinha é minha arma secreta. – Sr. D disse sorrindo. – Ela sabe jogar e Quíron pega mais leve com ela. Peter, por que não teve uma filha antes.

– É Percy, tio D. Não Peter. – Zoe corrigiu. – E ele não pode ter outro bebê. Só eu.

– Vai demorar muito? Essa mocinha, precisa comer. – Percy disse se sentando ao lado deles.

– Já estamos acabando, Percy. – Quíron disse estudando ele. – Aconteceu alguma coisa?

– Encontre com Grover, e ele me disse uma coisa que me deixou preocupado.

– Eu sei. Ele já falou comigo sobre isso. O que vai fazer?

– Ainda não sei.

– Mas, eu sei. – disse uma voz atrás dele.

– Hermes? – ele perguntou confuso.

– Olá, Percy. – o deus disse. – Essa deve ser a pequena Zoe. Você é mais bonita do que me lembrava.

– Sou. – ela disse sorrindo. – Você me conhece?

– Não. Mas seus avos mostram fotos de vocês para todo o Olimpo. – ele tirou uma coisa do bolso e entregou para ele. – Aqui, para você.

– Papai, posso pegar? – ela perguntou olhando para o pai.

– Claro. – ele disse olhando para a filha. – Senhor, o que quis dizer que sabe o que vou fazer?

– Zeus pediu para que eu perguntasse se ela pode passar o dia no Olimpo amanhã. Atena quer passar o dia com ela e ensinar algumas coisas. Não sei o que é.

– Filha, você quer passar o dia com a sua vó Atena?

– Quero. – ela disse contente.

– Então, eu venho buscar essa mocinha amanhã cedo. – o deus piscou para ele e sumiu.

– Papai, acorda. – Percy acordou com Zoe pulando em cima dele. – Eu vou passar o dia com a vovó. Acorda, acorda. Papai.

– Já vou. – ele disse rolando na cama e pegando ela, e começou a fazer cosquinhas. – Olha essa pestinha aqui.

– Papai, para.

– Certo. – ele disse se levantando. – Já se arrumou?

– Já.

Zoe estava vestida com um vestido roxo, com algumas corujas pelo tecido. O cabelo estava solto, mas ela tinha chuchinha na mão.

– Vou me troca. Vá pegar um brinquedo, a Jujuba não. – Zoe fez um bico quando o pai disse isso. – Já arrumo seu cabelo.

Percy se trocou rapidamente. Escovou os dentes e desceu. Zoe estava sentada no sofá balançando as pernas enquanto assistia um desenho qualquer. Percy foi para a cozinha e preparou o café da filha e pegou um chá para ele. Ele aprendeu do modo mais difícil que café não é para ele.

– Zoe, venha tomar seu café. – ele chamou.

– Papai, eu posso levar o pônei-peixe? – ela perguntou se sentando em sua cadeira e mostrando o cavalo marinho para o pai.

– Pode. – ele disse colocando as panquecas azuis na frente da filha. – Coma logo. Hermes chega já.

– Tá bom, papai. – ela disse.

Percy foi até o quarto da filha e arrumou a bolsa dela. Ele colocou algumas roupas e uma boneca. Ele também colocou uma manta e uma foto dele. Zoe sempre levava uma foto. Ele desceu e viu que a filha tinha terminado.

– Venha aqui, Anjo. Tenho que arrumar seu cabelo. – ele se sentou no sofá. Depois de amarrar o cabelo dela, ele foi arrumar a cozinha.

– Percy? – ele escutou a voz de Hermes.

– Oi. – ele disse indo para a sala onde o deus estava com Zoe. – Já vão?

– Sim.

– Aqui estar as coisas dela. – ele disse entregando a mochila para ele. – Qualquer coisa vou estar no reino do meu pai.

– Pode deixar.

– Venha aqui, amor. – ele disse pegando a filha no colo. – Eu te amo.

– Eu te amo mais.

– Te vejo mais tarde. – ele disse dando um beijo na testa dela.

Percy viu eles indo embora. Depois ele saiu. Ele passou o dia entre treinamento, correria e anotações.

– Percy. – ele escutou a voz de Anfitrite atrás dele.

– Oi. – ele disse olhando para ela.

– Seu pai acabou de me mandar uma mensagem, ele disse que você tem que voltar para o acampamento agora.

– O que aconteceu?

– Ele não disse. Mas é alguma coisa com a Zoe.

Percy ficou pálido. Ele jogou a ranheta de qualquer jeito em uma mesa ali perto e saiu correndo. Ele nunca nadou tão rápido em toda a sua vida. Ele saiu do mar e correu o mais rápido que pode.

– Camile você sabe onde está Zoe? – ele disse assim que viu a filha de Atena.

– Na Casa Grande.

Percy voltou a correr. Quando ele chegou lá viu a filha, viu a filha sentada em uma cadeira com Quíron parado em sua frente.

– Zoe. – ele disse correndo até ela.

– Papai. – ela disse esticando os braços para o pai. – Doí papai.

– O que amor? – ele perguntou apertando ela.

– Ela está com dor de cabeça. – Quíron respondeu. – Também está com febre e reclamado de dor no corpo. Apolo a examinou.

– E o que ela tem? – ele perguntou olhando para o centauro.

– Ele disse que é apenas uma virose. Ela vai ficar bem, mas ele disse ela que vai ficar enjoada. Provavelmente vai vomitar.

– Certo.

– Aqui está o remédio que ele deu para ela. – ele passou um frasco para Percy. Pode ficar tranquilo, ela está bem.

– Vou levar ela para casa.

Percy agradeceu novamente. Ele estava quase saindo quando a viu. Parada a sua frente, com uma mochila nas costa, estava Annabeth.